Exercícios de casos clínicos psiquiátricos com gabarito PDF

Title Exercícios de casos clínicos psiquiátricos com gabarito
Course Psicopatologia
Institution Universidade de Caxias do Sul
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Summary

Exercício que correlaciona casos clínicos aos seus respectivos diagnósticos psiquiátricos clínicos....


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Exercícios Casos clínicos – Transtornos Psiquiáticos Gabarito no final do arquivo Caso I: Diana foi internada em uma clínica psiquiatra porque seus pais relatavam que ela havia se tornado violenta em relação a eles. Tinha 20 anos e fora observada fitando o espaço com uma expressão absorta e falando com pessoas invisíveis. Mantinha posturas estranhas e sua fala tinha se tornado incoerente. Ela havia sido boa aluna na escola, depois cursou a faculdade de Direito e, um ano antes da baixa hospitalar, começara a trabalhar num escritório. Sempre havia sido tímida e, embora fosse bastante atraente, não tinha namorado muito. Outra jovem que trabalhava no mesmo escritório contava à paciente a respeito de homens e carícias, e começou a exercer muita influência sobre ela. Sua voz era ouvida pela paciente mesmo estando do outro lado da sala. Até quando iam para casa, continuava a receber mensagens de vozes que a mandavam fazer certas coisas. Depois, começaram a aparecer figuras nas paredes. As figuras tinham nomes – uma delas se chamava timidez; outra, sofrimento; outra, inveja. A amiga mandava mensagens orientando-a a bater nas figuras nas paredes. A paciente permaneceu agitada, não cooperativa e barulhenta no hospital por várias semanas depois de sua chegada. Recebeu diversos cursos de tratamento eletroconvulsivo e se manteve em tratamento com psicofármacos. Apesar disso, ela fica muda e praticamente destituída de qualquer espontaneidade, mas reage a pedidos simples. Permanece na mesma posição durante horas ou se senta encurvada em uma cadeira. Além disso, sua expressão facial é fixa e pétrea.

Caso II:

Quando a esposa de Antônio finalmente conseguiu que ele concordasse com a hospitalização para uma avaliação abrangente, ele tinha 37 anos, estava desempregado e estivera incapacitado por vários anos. Após uma semana em que ele festejou todas as noites e fez compras todos os dias, a esposa avisou que ia deixa-lo se ele não se internasse. O psiquiatra que o atendeu achou-o um homem de fala rápida, jovial, sedutor, sem evidência de delírios ou alucinações. Os problemas de Antônio começaram sete anos antes, quando estava trabalhando como coordenador de seguros e teve alguns meses de sintomas depressivos leves intermitentes, ansiedade, fadiga, insônia e perda do apetite. Naquela época, atribuiu esses sintomas ao estresse e em poucos meses voltou a ser o que era anteriormente. Alguns anos mais tarde, detectou-se um tumor assintomático na tireóide durante um exame de rotina. Após a retirada, observou mudança drástica no humor. Cerca de 25 dias de energia marcante, hiperatividade e euforia foram seguidos por cinco dias de depressão, durante os quais dormia muito e sentia que não podia se movimentar. Esse padrão se estendeu pelos anos seguintes. Em alguns momentos, Antônio era otimista e auto-confiante, mas facilmente estourado e irritado. Seu julgamento no trabalho era errático. Gastava grandes quantias de dinheiro em compras desnecessárias e que não tinham muito a ver com ele. Além disso, teve várias escapadas sexuais impulsivas. Em outros, ficava na cama o dia todo devido à fadiga, falta de motivação e humor depressivo. Também se sentia culpado pelas irresponsabilidades e os excessos das semanas prévias. Parava de comer, de tomar banho e de fazer a barba. Após vários dias, o paciente retornava ao trabalho, trabalhando de forma compulsiva para compensar o que tinha deixado atrasar. Fora demitido porque seu chefe acreditava que sua euforia era causada pelo uso de diferentes drogas, mas negava o uso, exceto a utilização de álcool em períodos de maior euforia.

Caso III:

João era um advogado de 45 anos de idade, aflito pela falência de sua firma e por um casamento em deterioração. Um dia, subitamente desapareceu do escritório para grande consternação dos sócios. Sua esposa notificou a polícia e uma investigação se iniciou. Um dia depois, seu carro foi encontrado abandonado e sem gasolina numa área de descanso de uma rodovia interestadual. Não se teve notícias suas por quase um mês, quando então ele se apresentou na emergência de um grande hospital em outro Estado, bastante longe de sua cidade de moradia. João não sabia dizer quem era e por isso foi internado na ala psiquiátrica. Seu quadro e história foram divulgados na televisão e a esposa o identificou. Ela foi chamada no hospital e forneceu a história toda para o psiquiatra que o atendia. O paciente foi confrontado com suas informações, mas permaneceu amnéstico, levando alguns dias para restaurar seu estado original. Ao reassumir essa condição, foi levado para casa e hospitalizado em sua cidade, mas continuou apresentando amnésia para seu estado de fuga. Em consulta com o neurologista, realizou exames físicos e neurológicos, nos quais não se observou nenhuma alteração. O paciente iniciou terapia e foram exploradas situações como a conjugal e a financeira, e, em pouco tempo, o paciente reestabeleceu a memória. Seus problemas financeiros continuaram e ele apresentou outro episódio de fuga, com duração de 5 dias, mas retornou para casa sozinho. O tratamento continuou.

Caso IV:

Um corretor de imóveis de 36 anos buscou auxílio devido a dificuldades em controlar sua raiva. Ele era bastante competente em seu trabalho, embora muitas vezes perdesse clientes quando se sentia irritado por sua indecisão. Em diversas ocasiões, tornou-se verbalmente abusivo, levando clientes a desistirem do negócio. A agressividade impulsiva também contribuiu para o fim de vários relacionamentos, porque as explosões súbitas de raiva continham acusações depreciativas a suas namoradas. Isso muitas vezes acontecia na ausência de qualquer conflito claro. Em várias ocasiões, o paciente ficava tão descontrolado que atirava objetos pela sala, como livros, mesa e o conteúdo da geladeira. Entre os episódios, era um individuo bondoso e agradável, com muitos amigos. Gostava de beber nos finais de semana e tinha história de duas detenções por dirigir alcoolizado. Em uma dessas, envolveu-se em insultos verbais com um policial. Tinha histórico de uso de cocaína e maconha na adolescência. O exame do estado mental revelou um paciente bastante cooperativo, mas que se tornou bastante defensivo quando abordou-se o tema de sua raiva e sentiu-se acusado pelo entrevistador por seus comportamentos pregressos. O paciente não tinha qualquer história médica significativa e nenhum sinal de problemas neurológicos. Nunca havia se submetido a tratamento psicológico antes da avaliação e não estava tomando medicação. Negou qualquer sintoma de transtorno de humor ou atividade anti-social.

Caso V:

Um carpinteiro de 47 anos de idade foi levado para exame psiquiátrico após seus vizinhos queixarem-se de seus gritos altos e abuso verbal contra sua namorada. O paciente não concordou com o encaminhamento, mas estava disposto a explicar suas preocupações. A namorada, revelou ele, estava tendo um caso com alguém, mas ele não tinha certeza de quem era o intruso. Havia começado a reunir evidências: fios de cabelo encontrados no apartamento, fotografia de lençóis sujos e itens suspeitos no lixo, todos os quais afirmava provarem que um caso estava acontecendo. Revelou planos de filmar as atividades da namorada enquanto estava no trabalho. Ao revelar que iria mata-la se o caso continuasse, foi internado no hospital. Mantevese em tratamento e só voltou pra casa depois que a namorado havia se mudado. Ele ainda alimentava suspeitas, mas aceitou o fim do relacionamento sem grande oposição.

Caso VI:

José é um comerciante, casado, 72 anos, religioso e pai de uma grande família. Foi internado no serviço ortopédico de um hospital geral para avaliação de uma dor insuportável nos pés. Mudou-se do seu país nativo, acompanhando uma migração, quando tinha nove anos de idade. Durante o ano de mudança, teve que suportar considerável sofrimento físico, falta de alimentos e espancamentos. Com trabalho duro e incessante, preosperou economicamente; casou-se com uma mulher paciente e apoiadora e testemunhou seus seis filhos desenvolverem carreiras promissoras. Dispunha pouco tempo para divertimento pessoal. Com o passar dos anos, cada vez que ele e sua esposa estavam juntos sozinhos e ela era afetuosa com o marido, ele logo desenvolvia algumas dores corporais martirizantes: cefaleia de cegar, espasmo grave nas costas, dor abdominal, ou pélvica. As dores em geral tinham remissão alguns dias depois. Algumas ocorriam com mais frequência do que outras. Ele raramente procurava ajuda médica. Seu estado de humor variava de médio a triste, mas negava que estivesse depressivo, às vezes proclamava ter sido abençoado com muita sorte. Levava uma vida comedida, bebia pouco e tinha saúde relativamente boa entre os episódios de dor. Durante as quatro décadas que os médicos o acompanharam, ficaram frustrados com esse homem humilde. Suas intensas queixas de dor eram sempre tão inespecíficas e flutuantes que não conseguiam entrever o mecanismo fisiopatológico envolvido. Além disso, João não aceitava narcóticos ou outros analgésicos que pudessem amenizar sua dor.

Caso VII:

Carla, uma mulher de 48 anos de idade, vagava pelo seu bairro desenhando suas iniciais e o nome de um grupo religioso na porta das casas. A polícia foi chamada para impedi-la de desenhar suas iniciais. Ela resistiu e afirmou convictamente que era uma “escolhida”, ela recebera uma missão de renascer esse grupo religioso em sua cidade. A polícia não obteve sucesso ao impedi-la, então ela foi detida por perturbação da ordem pública. Após exame psiquiátrico e várias semanas de observação, a mulher continuava apresentando ausência de qualquer dificuldade emocional. Ela nunca tinha recebido qualquer tratamento psiquiátrico. Não havia história de euforia ou oscilações do humor. Ela estava furiosa por ter sido hospitalizada e, apenas aos poucos, foi permitindo que o médico a entrevistasse. Após poucos dias no hospital, ela já estava contando para os outros pacientes de sua predestinação e pregando a eles a nova religião. Em uma semana, sua preocupação com poderes especiais acabou diminuindo, e nenhuma outra evidência de patologia foi observada. Não apresentava alterações na memória e não aparentava ter alucinações. A paciente teve alta sem prescrição de medicação. Entretanto, depois de dois meses, foi detida na festa de carnaval da cidade por perturbar a apresentação dos blocos carnavalescos os quais ela alegava serem satânicos.

Caso VIII:

Uma mulher de 34 anos procura um psiquiatra com queixa principal de humor deprimido. Afirma que foi estuprada há um ano por um desconhecido no estacionamento de um supermercado. Desde então, “as coisas nunca mais foram as mesmas”. Diz que fica irritada e zangada com o marido sem razão aparente e se sente emocionalmente desconectada dele. Seu sono é inquieto, e está tendo dificuldade de concentração em seu trabalho como técnica de laboratório. Tem pesadelos sobre o estupro, nos quais o fato volta a acontecer. A paciente contou a poucas pessoas o que ocorreu e se esforça ao máximo para “não pensar no assunto”. Evita se aproximar do local onde ocorreu o evento. Ao exame do estado mental, sua aparência, seu comportamento e seu discurso são normais. Seu humor é descrito como deprimido, e seu afeto é congruente e restrito. Seu processo de pensamento é linear e lógico. Nega qualquer sintoma psicótico ou ideação suicida ou homicida, embora diga que gostaria que seu agressor “sofresse uma morte horrível”. Sua cognição está praticamente intacta. Seu discernimento e controle de impulsos não foram prejudicados.

Caso IX:

Uma jovem de 17 anos é levada ao psiquiatra porque os pais estão cada vez mais alarmados com sua perda de peso. A paciente afirma que os pais estão “se preocupando por nada” e que só veio ao consultório para tranquilizá-los. Diz que se sente bem, embora seu humor esteja um pouco deprimido. Nega ter problemas para dormir ou de apetite, assim como qualquer abuso de drogas ou álcool. Comenta pensar que parece “gorda”, mas que se perdesse mais uns quilos ficaria “muito bem”. Alega que seu único problema é não ter menstruado nos últimos três meses. Não é sexualmente ativa e, portanto, não pode estar grávida. Quando questionados em separado, os pais relatam que a paciente tem perdido peso com regularidade nos últimos oito meses. Dizem que começou a fazer dieta depois que uma das amigas comentou que ela “estava um pouco cheinha”. Na época, ela pesava cerca de 54 kg. A jovem perdeu uns 2 kg e, segundo seus pais, se sentiu bem com os comentários feitos pelos amigos. Desde então, tem comido cada vez menos. Agora, usa roupas largas e não conta quanto está pesando. Apesar disso, ajuda a mãe a cozinhar refeições elaboradas para convidados, quando a família recebe amigos para jantar. Exercita-se durante todo o dia, e os pais dizem que a escutam se exercitando à noite, em seu quarto. Em um exame físico, a paciente revela medir 1,58 m de altura; está pesando 32 kg e sua aparência é caquética.

Caso X:

Um homem de 35 anos procura um psicólogo por sentir uma ansiedade devastadora devido a uma palestra que precisa fazer. Relata que recentemente foi promovido a uma posição em sua empresa que requer que fale diante de cerca de 100 pessoas. Diz que a primeira dessas palestras será em duas semanas e que sua preocupação o impede de dormir. Sabe que seu medo é desproporcional, mas não consegue controlá-lo. Explica que sempre teve problemas para falar em público, pois teme “fazer alguma burrice” ou de alguma maneira se colocar em uma situação constrangedora. No passado, evitava ao máximo falar em público ou só falava para grupos de menos de 10 pessoas. Como sabe que precisa fazer a apresentação em duas semanas ou não poderá continuar nesse emprego, procurou o psicólogo esperando encontrar uma solução para o problema.

Caso XI:

Uma jovem de 19 anos é encaminhada a um psiquiatra pelas colegas de quarto, que ficaram preocupadas com seu comportamento. A paciente conta que, nos últimos dois anos, desde que entrou na faculdade, tem provocado vômitos enfiando os dedos na garganta. Esse comportamento ocorre com regularidade, 3 a 4 vezes por semana, e piora quando está estressada com as aulas. Diz que regularmente ingere uma grande quantidade de comida e acha que vai engordar se não vomitar. Descreve esses episódios como “comer tudo o que encontro” em grandes quantidades e menciona um incidente em que pediu três pizzas grandes e as comeu sozinha. Afirma que se sente fora de controle quando está comendo dessa maneira, mas que não consegue parar. Tem vergonha desse comportamento e se esforça ao máximo para esconder o quanto come. Concordou em conversar com um psiquiatra depois que as colegas descobriram seus vômitos autoinduzidos. Exame físico mostra uma mulher jovem com 1,70 m de altura e 61 kg.

Caso XII:

Uma mulher de 28 anos chega a seu clínico com a queixa principal de tensão muscular. Afirma que, durante toda sua vida, sempre se sentiu uma considerável tensão muscular, mas que isso piorou nos últimos sete meses. Descreve-se como alguém que se preocupa muito e, desde que teve seu primeiro filho, no ano anterior, sua preocupação aumentou. Não consegue parar de se preocupar mesmo quando se esforça ativamente para isso. Preocupa-se com uma série de coisas – com as relações do Brasil com outros países, se ela e o marido conseguirão pagar os estudos do filho,com a saúde do marido e com o mercado de capitais. Também relata sintomas de inquietude e insônia. Adormece sem dificuldade, mas acorda no meio da noite e não consegue voltar a dormir. Descreve seu humor como “OK” e nega qualquer uso de substância, fora um ocasional copo de vinho no fim de semana. Ela e o marido são advogados. A paciente relata ter dificuldade para concentrar-se no trabalho desde o nascimento do filho.

Caso XIII:

Um homem de 45 anos procura seu clínico com a queixa principal de fadiga nos últimos nove meses. O homem afirma que adormece com facilidade, mas acorda várias vezes durante a noite. Diz que o problema começou quando sofreu uma lesão no trabalho há nove meses. Ao ser indagado, relata humor deprimido, especialmente no que se refere a ser incapaz de exercer suas funções profissionais. Afirma que seu consumo de álcool é de 6 a 12 cervejas por dia, assim como algumas doses de destilados para “amainar a dor”. Revela que agora precisa de mais álcool do que antes para “relaxar”. O paciente teve vários blackouts provocados pela bebida nos últimos dois meses. Admite que muitas vezes a primeira coisa que faz pela manhã é beber para não sentir tremores. Apesar de ter recebido várias reprimendas no trabalho por atraso e mau desempenho, e da ameaça da esposa em abandonálo, não conseguiu parar de beber. No exame do estado mental, está alerta e orientado para pessoa, lugar e tempo. Parece abatido, mas sua higiene é boa. Sua fala tem ritmo e tom normais, e ele coopera com o médico. Seu humor é percebido como deprimido, e seu afeto congruente, embora com variação completa. Fora isso, nenhuma anormalidade é percebida.

Caso XIV

Um homem de 35 anos é trazido ao psiquiatra por um amigo porque “desde o desastre que matou sua mulher, tem estado fora de seu normal”. O paciente conta que há uma semana um tornado atingiu a cidade onde mora. Sua casa foi destruída, e sua esposa, com quem estava casada há dois anos, foi morta. Diz que se sente como se “estivesse vivendo em um sonho – isso não pode ser real”. Relata que se sente desconectado de tudo e de todos, sabe que estão tentando ajudá-lo, mas se sente anestesiado. Diz que, quando fecha os olhos, tudo o que vê é a imagem da esposa sendo enterrada pelos pedaços de pedra e entulho, e ouve o ruído estrondoso do tornado. Segundo ele, desde aquele momento, isolou-se das demais pessoas o máximo possível, para não ter que falar sobre o que aconteceu. Não dorme bem há vários dias e, quando ouve um barulho alto, acha que o tornado está voltando, o que o deixa ansioso e sobressaltado. Não tem conseguido trabalhar e ainda não ligou para nenhuma das companhias de seguro para lhes contar do desastre. Afirma que nunca foi antes a um psiquiatra e que só veio hoje porque o amigo insistiu.

Caso XV

Um homem de 34 anos procura um psiquiatra com a queixa principal de humor deprimido que existe, segundo suas palavras, “desde que consigo lembrar”. O paciente afirma que nunca sentiu seu humor como bom. Ele o descreve como 4 em uma escala de 1 a 10. Diz que não dorme bem e não tem sentido muito apetite nos últimos anos, embora não tenha percebido qualquer perda de peso. Relata que tem um nível de energia muito baixo e dificuldade em tomar decisões em seu trabalho como operador de computador. Percebe que sua auto-estima está baixa, embora negue pensamentos de suicídio. Informa que foi hospitalizado há cinco anos por depressão maior e tratado, com sucesso, com um antidepressivo. Diz que se sente deprimido há pelo menos 10 anos e que o sofrimento é constante e estável. Nega sintomas maníacos, sintomas psicóticos ou abuso de drogas ou álcool. Em outros aspectos, ele está sadio.

Caso XVI

Um jovem de 19 anos procura um psiquiatra com a queixa principal de “eu acho que vou enlouquecer.” Afirma que no último ano, em intervalos regulares, teve episódios de enxergar clarões coloridos e halos em torno de luzes. No último ano, isto aconteceu em torno de 10 vezes. A última vez foi no dia anterior à consulta com o psiquiatra, quando estava indo para o trabalho, preso em um engarrafamento. Cada episódio dura apenas alguns minutos e deixa o paciente apavorado. Afirma que sabe que “pessoa normais” não tem essas experiências. Diz que jamais teve episódio como esses antes, exceto quando se intoxicava por meio de “cogumelos” com seus amigos, quando estava no ensino médio. Não usa drogas desde os 18 anos. Não apresenta problema médico e os resultados de um exame físico recente e completo realizado por seu médico foram normais.

Respostas:

Caso I – Esquizofrenia catatônica

Caso II – Transtorno bipolar

Caso III – Fuga dissociativa

Caso IV – Transtorno explosivo intermitente

C...


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