Gêneros Literários - Resumo PDF

Title Gêneros Literários - Resumo
Course Literatura Portuguesa
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Gêneros Literários - Resumo...


Description

GÊNERO LÍRICO ●

O objetivo do emissor não é contar qualquer acontecimento do mundo exterior ou mesmo descrever esse mundo. Portanto, num poema lírico geralmente não há enredo, descrição ou personagens.



O eu-poético está centrado na sua realidade interior, já que seu propósito é expressar essa realidade. Por isso o texto é subjetivo.



Textos do gênero lírico são geralmente escritos em versos.

O termo “lírico” vem do latim (lyricu) e quer dizer “lira”, um instrumento musical grego. Durante o período da Idade Média os poemas eram cantados, quando separados letra e ritmo o poema foi dividido por métricas (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas). A combinação de palavras, aliterações e rima, por exemplo, foram cultivadas pelos poetas como forma de manter o ritmo musical. Logo, essa é a origem da métrica e da musicalidade na poesia. A temática lírica geralmente envolve a emoção, o estado de alma, os pensamentos, os sentimentos do eu-lírico, e também os pontos de vista do autor e, portanto, é inteiramente subjetiva. Este gênero é geralmente expresso pela poesia, contudo, não é toda poesia que pertence ao gênero referido, já que dependerá dos elementos literários inseridos na mesma. Quanto à forma, da Idade Média aos dias de hoje, o estilo de poema que permaneceu com intensidade foi o soneto, poesia rimada, composta por quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos, com métrica composta de versos decassílabos (dez sílabas) e versos alexandrinos (12 sílabas). Quanto ao conteúdo, predominantemente subjetivo, destacam-se: • Elegia – vem do grego e significa “canto triste”; poesia lírica que expressa sentimentos tristes ou morte. Um exemplo freqüente é “O cântico do calvário” de Fagundes Varela. • Idílio e écloga – são poemas breves com temática pastoril. A écloga, na maioria das vezes, apresenta diálogo. • Epitalâmio – na literatura grega é um poema de homenagem aos noivos no momento do casamento. Logo, é uma exaltação às núpcias de alguém. • Ode ou hino – derivam do grego e significa “canto”. Ode é uma poesia que exalta algo e hino que glorifica a pátria. • Sátira – poesia que ridiculariza os defeitos humanos ou determinadas situações.

GÊNERO NARRATIVO O termo “narrar” vem do latim “narratio” e quer dizer o ato de narrar acontecimentos reais ou fictícios. Na Antigüidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos surgiu dentro do gênero épico a variante: gênero narrativo, a qual apresentou concepções de prosa com características diferentes, o que fez com que surgissem divisões de outros gêneros literários dentro do estilo narrativo: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem?, que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: • Narrador: é o que narra a história. O narrador observador narra em terceira pessoa apenas aquilo que está ao alcance de seus olhos, o que consegue ver. O onisciente narra em terceira pessoa aquilo que vê e o que não vê também como os pensamentos e sentimentos da personagem; tem conhecimento da história e das personagens, observa e conta o que está acontecendo ou aconteceu. O narrador personagem narra em primeira pessoa, pois participa da história e, contudo, conta os fatos à medida em que acontecem, não pode prever o que acontecerá com as demais personagens. • Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos) ou psicológico (memória de quem narra, flash-back feito pelo narrador). • Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem. O espaço pode se caracterizar por apenas uma estrutura física, como um quarto, uma sala, uma praça, etc., mas pode denunciar aspectos sociais e econômicos como um cortiço, uma favela, um hotel cinco estrelas, etc. • Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho. • Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, se encadeiam os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas. As personagens podem ainda ser classificadas como planas, aquelas que não mudam de postura no decorrer da narrativa, ou esféricas, aquelas em apresentam mudanças no comportamento, caráter ou personalidade. ●

Discurso: é o procedimento do narrador ao reproduzir as falas ou o pensamento das personagens. Há três tipos de discurso:

a) direto: neste caso, o narrador, após introduzir as personagens, faz com que elas reproduzam a fala e o pensamento por si mesmas, de modo direto, utilizando o diálogo. Exemplo: Baiano velho perguntou para o rapaz: —O jornal não dá nada sobre a sucessão presidencial

b) indireto: neste tipo de discurso, não há diálogo; o narrador não põe as personagens a falar e a pensar diretamente, mas ele faz-se o intérprete delas, transmitindo o que disseram ou pensaram, sem reproduzir o discurso que elas teriam empregado. Exemplo: Baiano velho perguntou para o rapaz se o jornal não tinha dado nada sobre a sucessão presidencial. c) indireto livre: consiste na fusão entre narrador e personagem, isto é, a fala da personagem insere-se no discurso do narrador, sem o emprego dos verbos de elocução (como dizer, afirmar, perguntar, responder, pedir e exclamar). Exemplo: Agora (Fabiano) queria entender-se com Sinhá Vitória a respeito da educação dos pequenos. E eles estavam perguntadores, insuportáveis. Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? Tinha? Não tinha. O que vimos foram os recursos que os estilos narrativos têm em comum, agora vejamos cada um deles e suas características separadamente: • Romance: é uma narrativa longa, geralmente dividida em capítulos, possui personagens variadas em torno das quais acontece a história principal e também histórias paralelas a essa, pode apresentar espaço e tempo variados. • Novela: é um módulo mais compilado do romance e também mais dinâmico, é dividida em episódios, são contínuos e não têm interrupções. • Conto: é uma narrativa curta que gira em torno de um só conflito, com poucos personagens. ●

Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático; tem como objetivo transmitir uma lição de moral.

• Crônica: é uma narrativa breve que tem por objetivo comentar algo do cotidiano; é um relato pessoal do autor sobre determinado fato do dia-a-dia. GÊNERO ÉPICO A palavra epopéia vem do grego épos (verso) + poieô (faço). Constitui um dos grandes e mais antigos gêneros literários. Trata-se de uma narrativa feita, essencialmente, em versos; é sobretudo um canto, um poema de exaltação. A epopéia narra grandes feitos heróicos. Sua principal característica é ter um narrador que fala dos acontecimentos grandiosos e heróicos da história de um povo. Um dos elementos da epopéia e o “maravilhoso”, isto é, a ação dos deuses se faz presente para a “grandeza e majestade” do poema.

Uma epopéia apresenta-se dividida em cinco partes: ●

Proposição ou exórdio – é a apresentação do tema e do herói.



Invocação – o poeta pede auxílio às musas ou deuses inspiradores.



Dedicatória – o poeta dedica a obra a um protetor.



Narração – é o desenvolvimento do tema e das aventuras do herói, com exposição de fatos históricos.



Epílogo – é o remate, o encerramento do poema.

GÊNERO DRAMÁTICO ●

O que interessa nesse gênero é o texto em si, mas esse texto só alcança sua realização total quando se transforma numa peça, encenada num palco. Portanto sua realização plena depende de duas linguagens: a verbal e a não verbal.



Geralmente existe uma história.



Os acontecimentos não são contados por um narrador. Serão “vividos” diretamente pelos atores que representam as personagens. A fala do narrador – quando lemos o texto – é até certo ponto suprida pelas rubricas;



Existe um espaço onde ocorre a história. No texto esse espaço é indicado pelas rubricas. No palco, pelo cenário. Portanto, não há descrições.

Drama, em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que entre autor e público desempenha papel fundamental o elenco (incluindo diretor, cenógrafo e atores) que representará o texto. O gênero dramático compreende as seguintes modalidades: · Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". · Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Sua origem grega está ligada às festas populares, celebrando a fecundidade da natureza. · Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. · Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que crítica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, castigam-se os costumes). Auto: composição dramática, com argumento geralmente bíblico, burlesco e também alegórico....


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