I Juca Pirama Resenha crítica FAM Faculdade de Americana PDF

Title I Juca Pirama Resenha crítica FAM Faculdade de Americana
Author Evandro Guimarães
Course Letras
Institution Faculdade de Americana
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Resenha crítica e análise do poema I Juca Pirama, realizado no curso de Letras - Português/Inglês da Faculdade de Americana realizado no ano de 2021, espero ter ajudado....


Description

FAM – FACULDADE DE AMERICANA LETRAS, 8º PERÍODO

Evandro Guimarães - RA - 20172202

I JUCA PIRAMA RESENHA CRÍTICA

AMERICANA-SP MAIO/2021

FAM – FACULDADE DE AMERICANA LETRAS, 8º PERÍODO

Evandro Guimarães - RA - 20172202

I JUCA PIRAMA RESENHA CRÍTICA

Ativid ade Prática Supervisi onada do 8° Perío do apresen tado à FAM – Facul dade de American a ( American a/SP) – no Cu rso de Lice nciatu ra em Let ras, como req uisit o para

aprovação

em

Introduç ão

aos

Estud os Lite rário s . Profess ora Ciava relli Lucas

AMERICANA-SP MAIO/2021

Orie nt ador a:

Genilse

Atividade sobre o livro 1. Orientação da Atividade Para a avaliação principal da disciplina vocês deverão fazer uma análise crítica da obra I-Juca-Pirama de Gonçalves Dias. Para isso, observe os procedimentos obrigatórios: 

Uma comparação com a estrutura do gênero épico;



Uma comparação com a temática do gênero épico;



Uma comparação com o herói do gênero épico;



Uma análise crítica sobre a construção e a temática, apontando em que medida a origem e as características de I-Juca-Pirama contribuem para a identidade da literatura e da cultura brasileira.

Procedimentos: 

O gênero textual deve ser expositivo argumentativo



Apresentação de todos os requisitos solicitados;



Coesão e coerência textuais;



Apresentação de, no mínimo, uma citação das referências para a revisão literária;



Adequação do texto à norma padrão;



Adequação do texto às normas da ABNT.

Análise da obra O livro Últimos cantos foi escrito entre 1848 e 1851 por Gonçalves Dias e contém o clássico poema I – Juca Pirama, considerado pelos críticos como um dos mais elaborados poemas do Romantismo brasileiro. O poema é constituído por 484 versos divididos em 10 cantos, seu título é tirado da língua tupi e significa, segundo Gonçalves Dias (DIAS, 1980, p. 179), “o que há de ser morto, e que é digno de ser morto”. Gonçalves Dias avisa ao leitor, logo no começo do poema, que iniciará uma viagem pelo tempo e pela cultura. Como visto anteriormente, o poema é divido em 10 partes e exibe um tom heroico e narrativo, características do gênero épico. Bakhtin define a epopeia como algo acabado, que não consegue representar os problemas contemporâneos, pois sua história refere-se ao passado. Segundo ele: O mundo épico é totalmente acabado, não só como evento real de um passado longínquo, mas também no seu sentido e no seu valor: não se pode modificá-lo e nem reavaliá-lo. Ele está pronto, concluído e imutável, tanto no seu fato real, no seu sentido e no seu valor (BAKHTIN, 1998, p. 409).

Encontramos na obra de Gonçalves Dias a narrativa em terceira pessoa e um conteúdo dramático predominante no gênero lírico, observamos também no poema as emoções e subjetividade do poeta. O poema IJuca Pirama nos aproxima da visão do índio, apresentando seus costumes e cultura, porém escrito ao gosto romântico. O índio em seu habitat natural, e principalmente adequado a um sentimento de honra, nos remete ao pensamento ocidental de honra típico das novelas de cavalaria medievais – é o caso do texto Rei Arthur e a Távola Redonda. Por essa razão, a volta ao passado e o uso da figura do bom “selvagem”, personifica na figura do indígena o símbolo exato e adequado para a realização do herói. Então, mais uma vez, o índio é descoberto, trazendo a tona o nacionalismo, e com isso, um personagem capaz de criar uma identificação com o povo brasileiro. O idealismo, as situações envolvidas em todas as 10 partes da obra, as ações heroicas e trágicas vividas pela civilização indígena, a degradação do colonizador branco, são reflexos da epopeia, dos romances retradados pelas obras na Idade Média e, graças ao versos bem elaborados de Gonçalves Dias, tona o índio um símbolo poético tal qual aos personagens medievais. Como afirma Bosi (1977, p. 110) em seu livro História Concisa da Literatura Brasileira: O índio, fonte da nobreza nacional, seria, em princípio, o análogo do "bárbaro", que se impusera no Medievo e construíra o mundo feudal: eis a tese que vincula o passadista da América ao da Europa. O Romantismo refez à sua semelhança a imagem da Idade Média, conferindo-lhe caracteres "romanescos" de que se nutriu largamente a fantasia de poetas, narradores e eruditos durante quase meio século.

Em Juca Pirama, Dias destaca a valorização indígena e sua cultura, atribuindo aos índios valores, como, por exemplo, coragem e honradez, resgatando os vaores

medievais, adaptadas ao contexto brasileiro, ressalta também as belezes naturais do nosso país, além de exaltar as belezas do país. Essa personificação do herói brasileiro, somada as características brasileiras foram fundamentais para a criação da identidade nacional tão buscada durante o Romantismo brasileiro.

Referências BAKHTIN, Mikhail. Epos e romance: sobre a metodologia do estudo do romance. In: Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Trad. Aurora F. Bernardini et al. 4. ed. São Paulo: Editora UNESP, 1998. p. 397-428. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1977. DIAS, Gonçalves. “I-Juca Pirama.” Poemas de Gonçalves Dias. Ed. Péricles Eugênio da Silva Ramos. São Paulo: Cultrix, 1980....


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