Imagem do Sistema Nervoso Central PDF

Title Imagem do Sistema Nervoso Central
Author Alyce Lima Amorim
Course Imagenologia
Institution Universidade do Estado da Bahia
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Summary

Resumo sobre interpretação da imagem do Sistema Nervoso Central por diferentes métodos da radiologia...


Description

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCV CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA: IMAGENOLOGIA ALUNO: ALYCE LIMA

IMAGEM DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL • COMO DIFERENCIAR UMA TC E UMA RM - A primeira coisa que devemos observar na imagem para diferenciar uma TC e uma RM é o osso. O osso brilha muito mais na TC do que na RM. Na RM, as diferentes densidades ósseas podem ser observadas com diferentes sinais em um mesmo osso. Obs: Na TC com janela de osso, é possível distinguir as densidades ósseas, entretanto, mesmo nas densidades menores, o osso continua brilhando bastante. - Além disso, na RM sem supressão de gordura, a gordura brilha, enquanto na TC a gordura apresenta uma densidade menor e, por isso, aparece mais escura. - A diferenciação tecidual na RM é muito maior do que na TC, há um maior nível de detalhamento. • ASPECTOS GERAIS NA TC - Na TC, podem ser observadas regiões de hipodensidade ao redor do tronco encefálico que correspondem às cisternas basais, dilatações do espaço subaracnóideo que abrigam vasos intracranianos (seta vermelha). - Entre os lobos do cerebelo, está localizada a cisterna magna (seta laranja). - Entre o cerebelo e a ponte, está localizado o quarto ventrículo (seta verde). A seta azul corresponde ao terceiro ventrículo. - O líquor é produzido pelo plexo coroide e, então, drena para o sistema ventricular, que se comunica com as cisternas basais e com os sulcos corticais. Todo o sistema de passagem do líquor está interligado. - As fissuras Sylvianas (setas amarelas) correspondem aos sulcos laterais que fazem a separação entre o lobo temporal e o lobo frontal. A fissura Sylviana é uma estrutura anatômica de grande importância, pois é por onde corre a artéria cerebral média. - Na TC, não é possível obter uma boa diferenciação entre substância branca e córtex. 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCV CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA: IMAGENOLOGIA ALUNO: ALYCE LIMA - A foice do cérebro é formada pelo rebatimento da dura-máter ao longo da fissura longitudinal (seta azul escuro). - Acima das massas talâmicas, observamos os ventrículos laterais (setas pretas) e, no interior deles, o plexo coroide (seta branca pontilhada), que realça quando é feita a injeção de contraste. - Na imagem 5, é possível fazer uma discreta diferenciação entre o córtex, mais hiperdenso, e a substância branca, mais hipodensa. IMPORTANTE! A única diferença entre a TC sem contraste e a TC com contraste é a presença do realce intravascular. O parênquima cerebral não realça após a injeção do contraste, pois ele está protegido pela barreira hematoencefálica. • ASPECTOS GERAIS NA RM - Na RM, o líquor fica hipointenso em T1 e hiperintenso em T2. Além disso, em T1, é possível enxergar a substância branca com uma tonalidade mais clara que a substância cinzenta, que fica cinza escuro. Algumas estruturas apontadas em sala: Corpo caloso (seta azul), tálamo (seta amarela), mesencéfalo (seta vermelha), ponte (seta roxa), bulbo (seta marrom), cerebelo (seta verde-escuro), quarto ventrículo (seta cinza), seio esfenoidal (seta verde-claro), quiasma óptico (seta vermelha pontilhada), hipófise (seta azul pontilhada).

- Estruturas que apresentam fluxo muito rápido ficam hipointensas na RM, ou seja, apresentam flow void (fluxo vazio). - Na RM, o líquor fica hiperintenso em T2 e a substância cinzenta fica hiperintensa (branca), enquanto a substância branca fica hipointensa (cinza). - É muito mais fácil visualizar estruturas vasculares intracranianas em T2, uma vez que existe um contraste entre o flow void apresentado por essas estruturas e o líquor hiperintenso ao redor delas. - A ausência do flow void em um vaso (hiperssinal vascular) indica presença de trombo vascular. - A RM permite uma boa visualização dos sulcos corticais. - A sequência Flair pode gerar uma certa confusão com a sequência T1, pois o líquor está hipointenso nas duas sequências. Entretanto, na Flair, a substância cinzenta aparece hiperintensa (branca), enquanto a substância branca aparece hipointensa (cinza).

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCV CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA: IMAGENOLOGIA ALUNO: ALYCE LIMA - Sendo assim, a sequência Flair nada mais é que um T2 com supressão de líquidos, com a finalidade de permitir a visualização de estruturas que brilham em T2 mas podem, eventualmente, estar sendo apagadas pelo líquor hiperintenso em T2. - O gradiente ECO é uma ponderação feita em T2, na qual o líquor também aparece hiperintenso e a substância cinzenta fica mais branca que a substância branca. Essa sequência é utilizada para melhor visualização de calcificações e produtos da degradação da hemoglobina (sangue) que aparecerão hipointensos na imagem. - A difusão é uma sequência funcional que auxilia na identificação de áreas de isquemia, uma vez que mostra qual a intensidade da restrição à difusão das moléculas de água em determinada área do parênquima cerebral. A área isquêmica brilha com muita intensidade na difusão. - A sequência Mapa ADC é utilizada para comprovar se aquilo que brilha na difusão é realmente algo que está restringindo a difusão das moléculas de água no tecido, ou seja, comprova se a área que brilha na difusão verdadeiramente representa uma isquemia. - O contraste só é utilizado em T1. O contraste vai embeber as estruturas vasculares e vai preservar o líquor e o parênquima cerebral. • ACHADOS INTRACRANIANOS INOFENSIVOS - Calcificações: calcificações de núcleos da base podem ocorrer de forma inofensiva e estabelecem-se de forma idiopática em pacientes mais idosos. Além disso, existem outras calcificações inofensivas que podem aparecer na TC, como da tenda cerebelar, da foice de cérebro, dos plexos coroides e da glândula pineal. - Involução cortical: aparece na imagem como um alargamento dos sulcos corticais, das cisternas basais e do sistema ventricular. É um achado esperado em pacientes idosos, mas, quando presente em pacientes jovens, pode estar associado a encefalopatia pelo HIV, alcoolismo ou sequelas de injúrias parenquimatosas. - Área de encefalomalácia: consiste em uma região “cicatricial” do parênquima cerebral em que há liquefação do tecido decorrente de um processo de lesão tecidual. A área de encefalomalácia repuxa as estruturas cerebrais em sua direção e aparece com densidade de líquor na TC. - Cisto coloide: é um cisto intraventricular que aparece 99% das vezes no III ventrículo e é, geralmente, assintomático, mas pode causar hidrocefalia eventualmente. Aparece como hiperdensidade na TC, como hiperssinal em T1 e com sinal de líquor em T2. - Cisto aracnoideo: são formações císticas de paredes imperceptíveis, que ocupam o espaço subaracnóideo, promovendo remodelamento ósseo. Comumente são pequenos e assintomáticos e o local mais frequente de aparecimento é a fossa média craniana. - Alargamento dos espaços perivasculares de Virch ow-Robin...


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