Lista de Substituição Ana Paula PDF

Title Lista de Substituição Ana Paula
Author Ana Carolina
Course planejamento de cardapios
Institution Centro Universitário e Faculdades PROJEÇÃO
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ISBN 978-85-912838-5-9

Lista de substituições de alimentos funcionais com Carga Glicêmica

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Lista de Substituições de Alimentos: Alimentos funcionais com Carga Glicêmica Copyright© 2012 IEPN Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição Ltda Em associação com Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME. ISBN 978-85-912838-5-9

Todos os direitos reservados.

Produção e Capa: Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME

IEPN Instituto de Ensino e Pesquisa em Nutrição LTDA Rua Getúlio Vargas, 112 – Sala 105 Centro, CEP: 88340-347 Camboriú, SC

Instituto Ana Paula Pujol LTDA ME Rua Getúlio Vargas, 112 – Sala 106 Centro, CEP: 88340-347 Camboriú, SC

ISBN 978-85-912838-5-9

Supervisão de Editoração Gráfica: Djoni Borges de Carvalho

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AGRADECIMENTOS

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Esta obra é resultado de um esforço cooperativo e interativo de toda equipe do Instituto Ana Paula Pujol. Meu especial agradecimento às acadêmicas do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, SC: Andrielle Petry, Gabriela Dors e Luana Bertamoni pela dedicação e esforço no desenvolvimento e publicação deste trabalho.

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PREFÁCIO

O

Sistema de Equivalência Alimentar consiste em um instrumento utilizado pelo profissional nutricionista para elaboração do Plano Alimentar personalizado e adequado de acordo com as necessidades nutricionais individuais. Unido ao cardápio, o paciente recebe uma lista com grupos de alimentos, suas calorias e medidas caseiras a fim de fazer as devidas substituições no planejamento alimentar prescrito pelo profissional evitando uma possível monotonia em suas refeições.

Esta ferramenta prática e que norteia a elaboração dos planos alimentares, atualmente é disponibilizada em distintas versões, utilizadas tanto no meio acadêmico quanto profissional por acadêmicos de nutrição e nutricionistas, sobretudo aqueles que atuam em nutrição clínica. Em um momento de reflexão clínica, idealizei um instrumento que pudesse atender às limitações das listas de equivalentes disponíveis e pesquisadas atualmente. Assim, distintos motivos nortearam a elaboração desta Lista de Substituições de Alimentos. O primeiro deles veio da necessidade de uma lista que contemplasse somente alimentos saudáveis, considerando que a maioria das listas consultadas inclui alimentos fritos, industrializados, refinados, ricos em açúcar e gordura saturada. Acredito que o consumo destes alimentos não deve ser estimulado aos pacientes e que a inclusão destes alimentos em uma lista de substituições poderia instigar o consumo destes.

O segundo motivo é a carência de alimentos que atualmente são rotineiros em uma população onde impera falta de tempo. Um exemplo são os snacks (lanches rápidos) que são opções práticas para os pacientes/clientes que não possuem disponibilidade de tempo, preparo e armazenamento de alimentos que poderiam compor uma refeição equilibrada e sem produtos industrializados. Igualmente, alimentos para pacientes com intolerância ou sensibilidade ao glúten e à lactose tinham restritas listas de substituições decorrente da exclusão de alimentos com leite, centeio, aveia, cevada e, principalmente, o trigo. E mais, todas as listas pesquisadas omitiam o grupo das oleaginosas e das fibras. Apesar das fibras estarem presentes em grande parte dos alimentos, a população brasileira apresenta um baixo consumo, o que contribui para obstipação intestinal e câncer de cólon. Por isto, a inclusão do grupo de fibras seria um estímulo ao consumo, contribuiria para o alcance da recomendação diária e equilibraria a carga glicêmica, importante para indivíduos diabéticos ou que necessitam reduzir o peso. O terceiro é a discrepância que há entre diversas listas de equivalentes pesquisadas. Estas diferenças foram mensuradas na medida caseira, peso (g) e valor calórico. Um trabalho realizado por Ribeiro et al em 2003 objetivou avaliar a concordância entre os valores de macronutrientes e energia de alimentos analisados em laboratório com os dados apresentados em tabelas e softwares de composição de alimentos em uso no Brasil. Foram analisados 11 alimentos totalizando 701 amostras. Verificou-se que dependendo do alimento, do nutriente estudado e da tabela

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Ao longo de quase 12 anos de prática clínica, cheguei a uma conclusão tardia, pois já havia sido publicado na literatura: dietas muito restritivas, artificiais e rígidas não são sustentáveis. Um planejamento alimentar mais flexível, que objetive reeducação, geralmente obtém mais sucesso (SMITH, C.F., WILLIAMSON, D. A., BRAY, G. A., RYAN, D.H., 1999). Em contrapartida, esta flexibilidade deve ser estendida no contexto de “extra” a dieta, ou seja, conscientizar o paciente/cliente que nada é proibido, mas que o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcar não podem simplesmente equivaler a alimentos ricos em compostos bioativos, vitaminas e fibras.

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ou software escolhido para a comparação, ocorreram diferenças estatisticamente significantes entre os dados analisados em laboratório e os dados de tabelas e softwares. Sabe-se também que a variabilidade da composição dos alimentos é decorrente do seu caráter biológico em função da variedade, safra, solo, clima, produção, formulação, entre outros (MENEZES et al., 2003). A maioria das tabelas trazem medidas caseiras que impossibilitam a mensuração da porção por parte do paciente como, por exemplo, aipim – 1 pedaço pequeno. Vale lembrar que mesmo que o nutricionista opte por explicar as porções através de registros fotográficos ou réplicas, o paciente tende a subestimar o seu consumo alimentar. Assim, 1 (um) pedaço pequeno de aipim que para o nutricionista representa 90g, para o paciente pode representar 150g. Destaco ainda que a elaboração do Plano Alimentar pelo nutricionista está baseada na necessidade energética diária do paciente e que erros quanti/qualitativos na elaboração e cumprimento do Plano Alimentar podem contribuir para o insucesso do tratamento. O quarto motivo foi inspirado pelos colegas de classe que conheci no norte e nordeste do Brasil. Descobri alimentos que jamais encontraria em um cardápio realizado e paramentado nos costumes do Sul do Brasil. Portanto, para abranger os hábitos miscigenados dos brasileiros seria necessária a inclusão de alimentos regionalizados. O conhecimento do valor nutricional dos alimentos consumidos nas diferentes regiões do Brasil é um elemento básico para ações de orientação e diversificação da alimentação (TACO, 2011). E, por fim, a carência de uma lista de equivalentes que apresentasse a carga glicêmica por porção, a fim de calcular a carga glicêmica diária. A carga glicêmica (CG) fornece o resultado do efeito glicêmico da dieta porque avalia não só a qualidade, mas a quantidade do carboidrato a partir de uma determinada porção consumida. Assim, a carga glicêmica parece ser um biomarcador mais apropriado que o índice glicêmico (IG) para avaliação de resposta glicêmica de um alimento e pode interferir na capacidade de aumentar ou diminuir as concentrações sanguíneas de glicose. Este mecanismo favorece um maior controle dos picos de glicose e insulina (SIRQUEIRA, RODRIGUES e FRUTUOSO, 2007). Devido à extensão das listas de alimentos por grupos, sugere-se a indicação de alguns alimentos de cada grupo para que não provoque confusão por parte do paciente/cliente. Esta lista pode ser ampliada no decorrer do tratamento à medida que ele solicite novos alimentos ou para evitar a monotonia do cardápio. Para simplificar, sugiro que a lista de equivalentes entregue ao paciente/cliente não elucide a composição nutricional, mas somente o alimento e a respectiva porção.

A “lista de substituições de alimentos funcionais e carga glicêmica” almeja facilitar o trabalho do profissional nutricionista disponibilizando maior flexibilidade e entendimento do paciente/cliente que está em busca de um hábito alimentar saudável em contraposição à massificação de uma dieta monótona e desequilibrada.

Ana Paula Pujol

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Como demonstração, apresento cardápios baseados na lista, ressaltando que a prescrição da dieta deve ocorrer de forma individualizada, considerando aspectos clínicos, bioquímicos, socioeconômicos e culturais do paciente/cliente.

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SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ......................................................................................................................................................... 3 PREFÁCIO ........................................................................................................................................................................ 4 SUMÁRIO ........................................................................................................................................................................ 6 ALIMENTOS FUNCIONAIS E CARGA GLICÊMICA .............................................................................................................. 8 FIBRAS......................................................................................................................................................................... 9 ÍNDICE E CARGA GLICÊMICA ....................................................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................ 11 METODOLOGIA ............................................................................................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................ 17 EXEMPLO DE CARDÁPIO - 1200kcal ......................................................................................................................... 18 Café da manhã .......................................................................................................................................................... 18 Lanche da tarde ........................................................................................................................................................ 18 Almoço...................................................................................................................................................................... 18 Lanche ...................................................................................................................................................................... 18 Jantar ........................................................................................................................................................................ 18 Ceia ........................................................................................................................................................................... 19 CARDÁPIO COM SUBSTITUIÇÕES .............................................................................................................................. 19 GRUPO DAS BEBIDAS .................................................................................................................................................... 22 SUCOS INDUSTRIALIZADOS ....................................................................................................................................... 22 BEBIDAS ABAIXO DE 12 CAL POR PORÇÃO – CONSUMO LIVRE................................................................................. 25 GRUPO DAS CARNES ..................................................................................................................................................... 26 CARNES BOVINAS, SUÍNAS E AVES ............................................................................................................................ 26

PESCADOS ................................................................................................................................................................. 27 FRUTOS DO MAR ...................................................................................................................................................... 28 GRUPO DOS DOCES ...................................................................................................................................................... 28 GRUPO DAS FIBRAS....................................................................................................................................................... 33 GRUPO DOS FRIOS ........................................................................................................................................................ 33 GRUPO DAS FRUTAS SECAS .......................................................................................................................................... 34 GRUPO DAS FRUTAS ..................................................................................................................................................... 34 SUCOS NATURAIS...................................................................................................................................................... 36 GRUPO DOS ÓLEOS E GORDURAS ................................................................................................................................. 37

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OVOS......................................................................................................................................................................... 27

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GRUPO DOS LEGUMES A............................................................................................................................................... 38 GRUPO DOS LEGUMES B ............................................................................................................................................... 40 GRUPO DAS LEGUMINOSAS E PROTEÍNAS DA SOJA ..................................................................................................... 41 GRUPO DOS LEITES E IOGURTES ................................................................................................................................... 42 GRUPO DAS OLEAGINOSAS ........................................................................................................................................... 42 GRUPO DOS PÃES, CEREAIS E TUBÉRCULOS ................................................................................................................. 43 GRUPO DOS QUEIJOS .................................................................................................................................................... 48 GRUPO DOS TEMPEROS ................................................................................................................................................ 49 TEMPEROS A ............................................................................................................................................................. 49

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TEMPEROS B ............................................................................................................................................................. 49

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ALIMENTOS FUNCIONAIS E CARGA GLICÊMICA

Dentre os alimentos funcionais, podemos inserir os probióticos, os quais são compostos por várias espécies de microrganismos, sendo que os critérios para a escolha das bactérias é a capacidade de resistir ao ácido gástrico e aos ácidos biliares (COELHO; OLIVEIRA, 2009). Os alimentos mais usados contendo probióticos são os produtos lácteos e os alimentos fortificados. No entanto, também existem no mercado comprimidos, cápsulas e sachês que usam bactérias em forma liofilizada (Organização Mundial de Gastrenterologia - OMGE, 2008). Os probióticos são responsáveis por inúmeros benefícios, como por exemplo, a redução da intolerância à lactose, a redução de patógenos intestinais, melhora na absorção de micronutrientes (ferro, cálcio e magnésio), estímulo do sistema imune, redução da incidência de câncer de cólon, destoxificação por substâncias carcinogênicas, entre outros fatores (DANIEL et al., 2010). O uso do probióticos também é utilizado em pacientes tratados com antibióticos, pois promovem a recuperação da microbiota intestinal e aumento da tolerabilidade ao medicamento, exibindo um excelente perfil global de segurança (BOYNOVA; MYTOV, 2012). Uma alimentação composta por frutas e verduras diariamente pode trazer diversos benefícios, considerando que um dos principais aspectos

relacionados ao efeito protetor desses alimentos tem sido atribuído, em parte, à presença de compostos antioxidantes, dentre os quais se destacam os compostos fenólicos betacaroteno e vitamina E (KIM; GIRAUD; DRISKELL, 2007). Esses compostos fenólicos são responsáveis por combater os radicais livres que estão envolvidos nos mecanismos de desenvolvimento das principais doenças, incluindo as cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer. A vitamina E é o principal antioxidante do LDL, podendo contribuir para a estabilidade dessa partícula (GORDON, 2011). Outros carotenóides, como a luteína e a zeaxantina, têm sido identificados como sendo importantes para a resistência à degeneração macular da retina (PRYOR; STAHL, 2000). Ainda em relação ao combate dos radicais livres, há também os polifenóis, que englobam as antocianidinas, flavonóis, isoflavonas, entre outros subgrupos, sendo encontrados principalmente em frutas, vegetais, grãos, chocolate, açaí, vinho e chás, sendo responsáveis também pela melhora da sensilidade à insulina e atividade antiinflamatória (TSAO, 2010). A fibra dietética, também encontrada nas frutas e verduras e nos grãos integrais, contêm uma mistura única de componentes bioativos, incluindo amido resistente, vitaminas, minerais, fitoquímicos e antioxidantes. A fibra possui diferentes constituintes, no entanto, alguns são de particular interesse e incluem arabinoxilano, inulina, β-glucano, pectina, farelo e amidos resistentes. Estudos epidemiológicos e clínicos demonstram que a ingestão de fibras dietéticas e de grãos inteiros está inversamente relacionada com a obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e doença cardiovascular (LATTIMER; HAUB, 2010). De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), a recomendação para o consumo de fibra dietética é de 25 a 35 g/dia, dos quais 6 g devem ser de fibra solúvel. Outros compostos funcionais que encontramos nos alimentos são os ácidos graxos poli-insaturados como

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egundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 1999) o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica. Assim, os atributos dos alimentos funcionais incluem, entre outros benefícios à saúde, a redução do risco de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, obesidade, osteoporose e de outras doenças crônicas não transmissíveis (COSTA; ROSA, 2010).

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ácido linoleico (ω-6) e ácido α-linolênico (ω-3), que quando metabolizados formam outros poliinsaturados como ácido araquidônico, ácido eicosa...


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