Title | Position paper |
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Author | Gabriella Costa |
Course | Administração Estratégica |
Institution | Universidade Federal Rural do Semi-Árido |
Pages | 6 |
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Position Paper sobre estratégia e planejamento ...
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA EMPRESARIAL
PLANEJAMENTO E ESTRATÉGICA “POSITION PAPER”
MARIA GABRIELLA COSTA 1
INTRODUÇÃO
Os ternos planejamento e estratégia andam sempre juntos, mas será que esses termos estão diretamente relacionados? De acordo com Mintzberg (2004, p. 41), “a formulação de estratégias é um processo de planejamento”. Portanto, neste trabalho iremos trabalhar em cima da relação entre planejamento e estratégia, com o objetivo principal de expor os principais conceitos de estratégia e planejamento afim de responder à pergunta de pesquisa. Em uma pesquisa divulgada pelo G1 (2018), em 2016, 648,5 mil empresas foram abertas, porém 719,6 mil empresas fecharam, uma alta taxa de mortalidade de empresas. Para suportar as dificuldades que essas organizações enfrentam e na tentativa de amenizar as incertezas, as empresas necessitam utilizar ferramentas e instrumentos para prever cenários, na tentativa de garantir o seu desenvolvimento e permanência no mercado. Segundo Drucker (1997, p. 47) “quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcançá-los, ela tem claramente definido do porque ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”. O que alerta a grade necessidade não só de planejamento, mas também de estratégia, e ao decorrer do nosso estudo iremos entender essa diferença e a sua importância. Neste trabalho, veremos o que é estratégia, o que é planejamento, entender se apenas planejar é suficiente, como se dá a relação entre os termos. 2
DESENVOLVIMENTO 2.1 O que é planejamento?
O termo “planejamento” é considerado como moderno, ele surgiu no final do século XX e se difundiu rapidamente, ganhando o fama principalmente nas organizações de grande porte por volta dos anos 60 (Gilmore, 1970:16; Chamberlain: 1968:151 apud Mintzberg, 2004). Sendo assim, considerado uma tarefa essencial dentro das organizações, construindo seu espaço, o planejamento era através dos sucessos e dos fracassos que estavam sendo apresentados durante o processo. Concluiu-se que o lugar do planejamento dentro das organizações já estava claramente definido, e que era necessário o reconhecimento dele como ferramenta importante dentro da administração (BORN, 2012). Segundo Kotler e Armstrong (2003), podemos dizer que o planejamento encoraja a administração a pensar sistematicamente no que está acontecendo e no que acontecerá. Ele força a empresa a definir melhor seus objetivos e políticas, definindo melhor os padrões de desempenho para um melhor controle. Já para Maximiano (2004), planejamento é a atividade de se definir um futuro desejado e de se estabelecer como este futuro será alcançado. Porém, Mintzberg (2004) tem uma abordagem que defende que estamos preocupados demais com as definições sobre planejamento, do que de fato ele gera de resultado, e ainda acrescenta que o planejamento é apenas o procedimento formal de produção do resultado proposto. Então, podemos dizer que planejamento é um processo contínuo que consiste em um conjunto de ações coordenadas, conectadas e dirigidas para tornar realidade um objetivo futuro, e bastante necessário à gestão das organizações. 2.2 O que é estratégia? De acordo com TERENCE (2002, p. 13): “a palavra estratégia provem da palavra grega stratego, que significa a arte da liderança. Era utilizada para designar a função do chefe de um exército. Por muitos anos os militares a utilizaram para referir-se ao caminho que era dado à guerra com vistas à vitória militar. Foi a partir de então que a elaboração dos planos de guerra passou a ser denominada estratégia”.
A história do conceito de estratégia entrou no meio administrativo a partir as respostas às mudanças ambientais começaram a se tornar importantes, na década de 50. A princípio, o significado do termo não estava muito claro, pois a definição era de caráter militar, sendo definido como: a ciência e a arte do emprego de forças numa guerra (NICOLAU, 2001). Atualmente podemos dizer através de Gramle e Thompson (2012, p. 2) que a “estratégia de uma empresa consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas pela
administração para atrair clientes e agradá-los, conduzir as operações, promover o crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho.” Mintzberg et al. (2010) apresentam dez “escolas de pensamento” sobre formulação de estratégia, sendo que cada uma destas escolas representam ideias a respeito da estratégia em si, mostrando diferentes tipos de estratégias que podem serem adotadas pelas empresas, podendo escolher qual destas mais se adequam a realidade da organização. Quadro 1: Escolas de Pensamento – MINTZBERG Design
Planejamento
Formulação estratégia
de
Formulação
como estratégia
um processo de concepção
um
Posicionamento
de Formulação
Empreendedora
de Formulação
de Formulação
processo um
processo um processo v i s um
(pontos fortes e
estratégia
pontos fracos e
conduzida por um específicas,
oportunidades
processo de p l a resumidas
ameaças).
de
como estratégia como estratégia como estratégia como
– formal, na qual a analítico em que i o n á r i o ,
e
Cognitiva
processo
mental, que se
é as estratégias são baseada na visão preocupa com o do
líder,
sua pensamento
e intuição, j u l g a
si e não com os
n e j a m e n t o possíveis.
m e n t o , requisitos
formal.
conhecimento, experiência
em
para
pensar. e
critério. Aprendizado Formulação estratégia
Poder de
Formulação
como estratégia
um processo e m
Cultural de Formulação
um processo de um
sobre padrões de como
processo um
de
é
destacado
o ambiente
aberto f u n d a m e n t a
é
o ã o – o processo
destacando o uso social da cultura serem e da organização.
poder
para
negociar.
Fonte: MINTZBERG et al. (2010).
geração
de
determinando as estratégia
influência, d o na relação diretrizes
política
de
processo um processo de t
um interesse comum, ponto principal, de
processo
de
de Formulação
– coletivo em que reativo, na qual o r a n s f o r m a ç
ainda caracterizada
comportamento.
de Formulação
Configuração
como estratégia como estratégia como estratégia como
e r g e n t e , negociação atuando
Ambiental
a (transformação).
seguidas
pela organização.
Além das escolas, Mintzberg (2010) ainda classifica a estratégia em deliberadas e emergentes. As estratégias deliberadas são aquelas que se realizam tal como foram explicitamente planejadas, através de um processo controlado; as estratégias emergentes são padrões de ações realizados que não era o pretendido. “As estratégias emergentes não são necessariamente más, nem as estratégias deliberadas são sempre boas.” (MINTZBERG et al. 2010, p. 27) 2.3 Relação de planejamento e estratégia Ter uma boa estratégia é a única forma de garantir uma boa posição e um diferencial afrente de seus concorrentes (PORTER, 1997). Mintzberg (2004) diz que “o planejamento se torna o meio de criar e também de operacionalizar a estratégia. Em outras palavras, o planejamento estratégico é a elaboração de estratégia, pelo menos na melhor pratica. Daí a tendência comum de usar de dois termos de modo intercambiável.” Dessa forma, houve um surgimento acelerado de ferramentas gerenciais, sendo um reflexo da preocupação das empresas com a eficiência operacional. Mas, por mais que essas ferramentas sejam valiosas para empresas que pretendiam melhorar suas práticas de gerenciamento, elas não podem se substituir a estratégia. “Uma estratégia implica criar uma posição única e diferenciada para a companhia. As ferramentas gerenciais dizem respeito a coisas que todas as empresas devem fazer, mas a estratégia de refere às coisas que fazem com que determinada empresa seja diferente. Se uma empresa decidir competir somente procurando melhorar suas operações, enfrentará uma concorrência difícil de vencer. O desafio que as empresas tem pela frente, no mundo todo, é, cada vez mais, consolidar uma posição competitiva realmente única e diferenciada e não apenas imitar outras empresas, nem copiar o que as outras fazem. A ideia é definir uma posição realmente exclusiva que envolva uma forma particular de trabalhar, de desenvolver atividades, de fornecer um tipo partic ular de valor”. PORTER (1997, p. 8)
Observando por essa ótica, podemos considerar sobre o que Mintzberg, (2004), argumenta, onde uma organização pode planejar (considerar seu futuro), mas não realizar o seu planejamento (procedimento formal), mesmo que ela faça planos. Podemos considerar a interdependência dos termos. Garantindo que, na falta de um não influência no insucesso do outro.
3 CONCLUSÃO De acordo como vimos no decorrer do trabalho, o planejamento sozinho não alcança os objetivos da empresa. Se o planejamento realizado não for executado, acompanhado, controlado e o mais importante, corrigido se necessário, de nada adiantará realizar o planejamento. A organização que se planeja, tendo como base a visão estratégica, define ações a serem tomadas e com isso alcança os objetivos desejados de maneira eficiente, fazendo com que haja o engajamento de toda organização em busca do mesmo objetivo, tornando o processo estratégico contínuo.
REFERÊNCIAS DANIEL SILVEIRA. Por três anos seguidos, Brasil fecha mais empresas do que abre, diz IBGE | Economia | G1. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2019. DRUCKER, Peter. A organização do futuro: como preparar hoje as empresas de amanhã. 2. ed. São Paulo: Futura, 1997. GAMBLE, John E; THOMPSON, Arthur A. Jr.. Fundamentos da Administração estratégica: A busca pela vantagem competitiva. 2ª Ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G.. Princípios de Marketing. São Paulo, Prentice Hall, 2003. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. BORN, Jeferson Carlos. Recuperação Da Teoria Do Planejamento Estratégico. 2012. Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2019. MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento. Porto Alegre: Bookman, 2010. MINTZBERG, H. Ascensão e queda do planejamento estratégico. Porto Alegre, Bookman, 2004. NICOLAU, I. (2001). O Conceito de Estratégia. Disponível em:
. Acesso em: 09 junho 2019. PORTER, M. A hora da Estratégia. HSM Management, São Paulo, a. 1, n. 5, p. 6-10, dez. 1997.
TERENCE, A.C.F.. Planejamento Estratégico como Ferramenta de Competitividade na Pequena Empresa: desenvolvimento e avaliação de um roteiro prático para o processo de elaboração do planejamento. São Paulo: 2002. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18140/tde-27052004-110812/>. Acesso em: 28 maio 2019....