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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE EDUCAÇÃO CURSO DE HISTÓRIA

TIAGO MORAIS DE OLIVEIRA

TEORIA E ENSINO: COMPETÊNCIA TEÓRICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COMO ELEMENTO DE CONSTRUÇÃO DE CONCEPÇÃO HISTÓRICA

NATAL- RN 2017

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TIAGO MORAIS DE OLIVEIRA

TEORIA E ENSINO: COMPETÊNCIA TEÓRICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COMO ELEMENTO DE CONSTRUÇÃO DE CONCEPÇÃO HISTÓRICA

Projeto apresentado ao curso de graduação em História da Universidade Potiguar - UnP como requisito necessário á obtenção de nota da disciplina de: Projeto de Pesquisa em História sobre orientação do professor Mariano Azevedo júnior.

NATAL- RN 2017

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO...........................................................................4 2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................6 3- OBJETIVOS ...............................................................................9 3.1 OBJETIVO GERAL....................................................................9 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................9 4- METODOLOGIA.........................................................................10 5- REFERÊNCIAS..........................................................................12

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INTRODUÇÃO O presente projeto objetiva-se analisar no contexto da sala de aula, os processos inter-relacionais entre teoria e ensino de história. Fundamentando-se na perspectiva teórica como elemento de construção de concepção histórica por parte do alunado, através da introdução dos estudos históricos propostas para a educação básica observado, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como também, nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) como objeto de condução das discussões iniciais por parte do docente no ambiente escolar. Com base nos pressupostos da “Didática da História”, e de processos analógicos entre teoria e ensino formuladas pelo historiador alemão Jörn Rüsen, na formulação de obras a saber: “Razão Histórica: Teoria da História: Os fundamentos da ciência histórica” (RÜSEN, 2001) e História Viva: Formas e funções do conhecimento histórico” (RÜSEN, 2007) que buscou-se salientar a unidade dimensional do ensino e sua familiaridade com a fundamentação teórica, bem como, interesse pelo elemento de estruturação da aprendizagem histórica tendo como propósito a influência da concepção de história produzida pela prática docente em conteúdos preliminares de iniciação aos estudos históricos. Segundo o historiador Jörn Rüsen: "Os historiadores deveriam discutir as regras e os princípios da composição da história como problemas de ensino e aprendizagens”. (RÜSEN. 2006, p.8). Isto é, a discursão teórica proposta na educação básica torna-se elemento fundamental de construção de conhecimento, por intermédio da problematização do processo histórico no qual proporciona aos discentes uma cosmovisão crítica da realidade presente. Compreender os mecanismos relacionais entre o campo historiográfico acadêmico e o ensino de história, torna-se elementar para desenvolvimento da prática escolar, como objeto norteador de elaboração de concepção histórica por parte dos discentes. Baseando-se em análises do campo teórico e do ensino, segundo a historiadora Circe Bittencourt: Conhecer e acompanhar as principais tendências da produção historiográfica não é apenas uma questão de caráter teórico, mas

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trata- se também de uma necessidade prática, porque é com base em uma concepção de história que podemos assegurar um critério para uma aprendizagem efetiva e coerente (BITTENCOURT, 2004, p. 140).

A afirmação acima, como em linhas anteriores, leva-nos a refletir a respeito da importância do estojo teórico, como também historiográfico por parte do professor/historiador na composição da sua prática docente, como forma de sair de uma “Transmissão de conteúdo” e fundamentar-se no processo de construção do conhecimento histórico, isso caracteriza-se pelo domínio da competência teórica da ciência histórica. A razão de se pesquisar o campo teórico na educação básica, é buscar compreender a forma do processo construtivo da aprendizagem histórica por parte dos educandos, através, de práticas docentes que impulsionam segmentos metodológicos de reflexão do campo histórico, como organização conceitual do termo História e de suas relações na construção de consciência histórica. O processo relacional entre teoria e ensino é de fundamental importância, não só no aspecto de compreensão do sistema de elaboração de entendimento do termo história, bem como, parte fundamental na formação inicial de docentes, como também objeto de reflexão na educação básica. Tendo em vista os aspectos observados: Acreditamos ser fundamental evidenciar a relação entre ensino e teoria, pois é através dela que é possível se fazer a crítica e abordar de forma mais completa o processo de ensinar e aprender história. (JUZWIAK; LEITE; JÚNIOR, 2014, p. 2).

Por meio da reflexão da citação acima, fica-se evidente desse modo, que a implementação da investigação do objeto teórico no ensino, torna-se, imprescindível, nas análises historiográficas, como instrumento norteador de entendimento do campo construtivo de consciência histórica, bem como elemento de conceituação da noção de história.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O campo teórico como objeto de análise na construção da concepção de história como uma “narrativa construtiva” é imprescindível na aprendizagem do alunado, de modo que, busca proporcionar o desenvolvimento da competência do processo de reflexão da realidade vivenciada por parte dos discentes. Ou seja, aplicar-se ao estudo teórico na sala de aula é fundamental não só por parte dos educandos como aspecto na estruturação do método reflexivo, bem como ao docente como mediador nesse processo de construção de conhecimento histórico. A dimensão teórica da ciência histórica, Segundo Jörn Rüsen: Contribui para formar a capacidade de reflexão, sem a qual não se pode solucionar o problema posto pela necessidade de conciliar, no trabalho científico de fôlego, os requisitos científicos e a economicidade do trabalho. (RUSEN, 2006 p. 40).

Isto é, o desenvolvimento da extensão reflexiva proporciona não somente ao pesquisador uma contribuição no aspecto da produção historiográfica, visto que, norteia todo um sistema de delimitação, bem como, orientação na análise de documentos no processo construtivo do conhecimento histórico concernente a pesquisa histórica, como também, aos educandos o conhecimento do processo de construção deste saber proporcionando dessa forma, a reflexão de que o conhecimento histórico não está pronto, porém, feito de processos de construção tornando-os portanto críticos para com a sua realidade. Tendo em vista os pressupostos observados: (...) o mundo atual caracteriza-se por uma utilização da visualidade em quantidades inigualáveis na história, criando um universo de exposição múltipla para os seres humanos, o que gera a necessidade de uma educação para saber, perceber e distinguir sentimentos, sensações, ideias e qualidades. Por isso o estudo das visualidades pode ser integrado nos projetos educacionais. Tal aprendizagem pode favorecer compreensões mais amplas para que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade e seus conceitos e se posicione criticamente (PCN, 1997, vol. 6, p.61).

Os processos relacionais entre o campo teórico presente na dimensão do ensino de história, tem sido alvo de intensas pesquisas viabilizando inúmeras produções por parte de historiadores que tem proporcionado um conjunto de problematizações de cunho reflexivo concernente a temática proposta. Segundo o historiador Jörn Rüsen a teoria torna-se elementar na análise reflexiva, visto que, é

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onde estrutura-se “os fundamentos e os princípios da ciência da história” (RÜSEN, 2001, p. 29) Conforme já referenciado, segundo a historiadora Circe Bittencourt: Conhecer e acompanhar as principais tendências da produção historiográfica não é apenas uma questão de caráter teórico, mas trata- se também de uma necessidade prática, porque é com base em uma concepção de história que podemos assegurar um critério para uma aprendizagem efetiva e coerente (BITTENCOURT, 2004, p. 140).

Ou seja, a perspectiva teórica é elemento vital no processo da aprendizagem histórica ocasionando assim uma instrução “efetiva e coerente” concedendo no ambiente da sala de aula, um treinamento do campo instrutivo. O processo da aprendizagem histórica como campo teórico de análise, possibilita a fundamentação reflexiva de conceitos substanciais relacionada ao desenvolvimento do processo de construção de conhecimento. Conceito como “Didática da História” onde relaciona-se com a aprendizagem histórica para além da sala de aula, segundo o historiador luís Fernando Cerri: Com a mudança paradigmática da didática da história nos anos 70, ela passa de apenas metodologia do ensino a reflexão sobre produção, circulação e consumo de conhecimento histórico, do ponto de partida da teoria da História, e não somente do ponto de partida do conhecimento didático ou pedagógico. (CERRI, 2009, p. 151).

Conforme a citação acima fica-se claro que a reflexão teórica alusiva à aprendizagem histórica, não estrutura-se somente dentro do ambiente da sala de aula, porém, ao desenvolvimento cognitivo do educando concernente ao aprender história partindo da “circulação e consumo” de conceitos que promovem tal aprendizagem oriundo muitas vezes da produção material cinematográfica, jornais, e da tradição oral. Fica-se evidente, portanto, que a “Didática da História” preocupa-se em entender como o ser humano aprende história. Segundo Jörn Rüsen: Dadas estas orientações, as perspectivas da história foram grandemente expandidas, indo além de considerar apenas os problemas de ensino e aprendizado na escola. A didática da história analisa agora todas as formas do raciocínio e conhecimento histórico na vida cotidiana, prática. Isso inclui o papel da história na opinião pública e as representações nos meios de comunicação de massa; ela considera as possibilidades e limites das representações históricas visuais em museus e explora diversos campos […] (RÜSEN, 2006: 12)

O conhecimento histórico como já exposto, constitui-se como elemento construtivo do aprendizado histórico por parte do educando, desde modo, dar-se

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destaque a outro conceito essencial o de “Consciência histórica”. Segundo Luís Fernando Cerri: A consciência histórica não é algo que os homens podem ter ou não – ela é algo universalmente humano, dada necessariamente junto com a intencionalidade da vida prática dos homens. A consciência histórica enraíza-se, pois, na historicidade intrínseca à própria vida humana prática. Essa historicidade consiste no fato de que os homens, no diálogo com a natureza, com os demais homens e consigo mesmos, acerca do que sejam eles próprios e seu mundo, têm metas que vão além do que é o caso (CERRI, 2001, p. 100).

Baseando-se na citação acima, percebe-se que o processo de “Consciência Histórica” fundamenta-se na perspectiva da própria realidade humana, ou seja, a representação social que uma coletividade adquire advinda de seu desenvolvimento no espaço e no tempo. O processo de construção da consciência histórica está relacionada com a aprendizagem histórica não só no ambiente escolar, como também na vida cotidiana. Desenvolver mecanismos dos pressupostos teóricos referente ao processo de construção da aprendizagem histórica, torna a teoria objeto fundamental na construção da concepção da noção de história no ambiente escolar como na vida prática dado como um processo que sempre está processo de estruturação.

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OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral: Investigar os processos relacionais entre o campo teórico presentes na dimensão do ensino de história, baseando-se na perspectiva teórica como componente na estruturação da consciência histórica e composição da concepção da noção de história por parte dos educandos, com o propósito de fundamentar-se, na importância do processo reflexivo do modo organizacional do processo histórico vigente na extensão teórica, como elemento norteador das discursões propostas na educação básica, proporcionando o desenvolvimento do alunado à competência reflexiva do campo histórico.

3.2 Objetivos Específicos: Refletir os processos relacionais da teoria da história presente no ensino de história na educação básica, por meio da reflexão da introdução dos estudos históricos como conteúdos iniciais aos discentes como forma de possibilitar o debate na iniciação dos conteúdos propostos. Compreender a importância da reflexão teórica no ambiente da sala de aula com a finalidade de despertar o senso crítico dos educandos. Analisar o processo construtivo do conhecimento histórico por parte da reflexão do sistema teórico como construtor da concepção e consciência histórica

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METODOLOGIA Buscando desenvolver o presente projeto, objetiva-se elaborar uma reflexão bibliográfica a partir da concepção de história de Jörn Rüsen com base em obras já referenciadas como: “Razão Histórica: Teoria da História: Os fundamentos da ciência histórica” (RÜSEN, 2001) e História Viva: Formas e funções do conhecimento histórico” (RÜSEN, 2007) dando destaque, a dimensão do “Ensino” formulando desde modo, uma perspectiva de processos de similitude entre o campo teórico na extensão do ensino de história. O processo teórico é de fundamental importância no campo da instrução histórica. Segundo a historiadora Sabrina Magalhães Rocha: A perspectiva central da obra de Rüsen é refletir sobre o conhecimento histórico a partir da teoria da história, ou, em seus próprios termos, entender a teoria da história como autocompreensão da ciência da história (2008, p.104).

Isto é, a perspectiva da instrução histórica fundamenta-se em uma concepção de história bem como, a efetivação do processo teórico trabalhada na sala de aula tendo como premissa a construção de conhecimento histórico. Proporcionando assim, "autocompreenção" da estruturação do processo de consciência histórica. A teoria desse modo, assume um papel vital na compreensão do processo histórico, proporcionando na vida dos educandos uma concepção da realidade em que vivem. Buscasse-a desenvolver na sala de aula, uma pesquisa de cunho exploratório com as turmas de 1° ano da Escola Estadual Hilton Gurgel de Castro, tendo como base a noção de história que cada um tem a partir de problematizações de conceitos referentes aos conteúdos iniciais de introdução aos estudos históricos e como essas noções estão sendo trabalhadas incorporadas à concepção teórica estruturada em sala de aula. Pretendesse-a elaborar um plano de trabalho que contenha como proposta o desenvolvimento de um questionário trazendo a abordagem da temática, valorizando em sala de aula o desenvolvimento de problematizações de conceitos presentes nos discursões iniciais de conteúdos introdutórios na educação básica como: o que é Pesquisa? O que é História?

Por quê conhecer história é importante? O

conhecimento de História só é adquirido somente na sala de aula?

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Desenvolver

mecanismos

de

problematizações

de

conceitos

chaves

correlação a temática proposta, proporcionará ao discentes não somente um processo de respostas mecânicas, porém desenvolverá por parte da pesquisa de intervenção um debate de cunho reflexivo colocando conceitos centrais como elemento norteadores das discussões de caráter mais teórico. O processo estrutural como também organizacional do método reflexivo tem como intuito o desenvolvimento de competências atitudinais como procedimentais por parte dos educandos na intenção de proporcionar como já referenciada posicionamentos sociais e ideológicos de forma crítica com sua realidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RÜSEN, Jörn. Razão Histórica: Teoria da História: Os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Unb, 2001. RÜSEN, Jörn. História Viva: Formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Unb, 2007. BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008. JUZWIAK, Victor Ridel; LEITE, Marcos Flávio; SILVA JÚNIOR, Astrogildo Fernandes da. Ensino De História e Teoria: O que Dizem Os Professores Egressos Do Curso de História Da FACIP/UFU. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2017. CERRI, Luís Fernando. Ensino de História e concepções historiográficas. Disponível em: . Acesso em: 13 jun. 2017. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História Experiências, reflexões e aprendizados. 8. ed. São Paulo: Papirus, 2009. OS CONCEITOS DE CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E OS DESAFIOS DA DIDÁTICA DA HISTÓRIA. Paraná: Revista de História Regional, 2001. BRASIL, Ministério da Educação, (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF....