Prótese - articuladores PDF

Title Prótese - articuladores
Author Jordana Chaves
Course Prótese
Institution Universidade Franciscana
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Summary

Prótese - articuladores...


Description

AULA 3 ARTICULADORES Histórico Pode-se dizer que a história dos articuladores se inicia quando Garlot (1805) produz o primeiro articulador totalmente em gesso com movimentos de abertura e fechamento exclusivamente. Em 1906, Snow começou a criar o arco facial, tentando representar estruturas anatômicas no aparelho, para conseguir fidelidade maior da estrutura do paciente. Hanau, em 1921, inicia a era dinâmica, introduzindo os articuladores semi ajustáveis, que temos até hoje. Permitem individualizar a trajetória condilar, anteroposterior, lateral e ajuste da mesa incisal. Dentre as considerações históricas que se conhecem, duas etapas cronológicas sobre a evolução dos articuladores; a primeira denominada “Estática” (1805-1921) e a segunda, “Dinâmica” a partir daí. Stuart refinou a ideia de Hanau e chegou ao articulador Whip Mix, semi-ajustáveis. O articulador é basicamente dividido em: ramo superior, corpo, ramo inferior e guias

Por que usar? 1. O instrumento é suficientemente ajustável para permitir o desenvolvimento de uma oclusão planejada que pode funcionar harmoniosamente com poucos ajustes na boca 2. A natureza do instrumento permite ao estudante observar os movimentos mandibulares no instrumento como ele ocorre na boca; 3. É simples para usá-lo, durável e preciso (os ajustes necessários são mínimos); 4. Com um custo baixo A grande vantagem do uso desses aparelhos se traduz na possibilidade da simulação dos movimentos mandibulares do paciente quando da montagem da prótese, seja ela qual for, além de ajuste oclusal prévio à instalação na boca do paciente, sem a presença de fatores dificultadores, como o campo operatório limitado pela musculatura perioral e saliva. Reduzindo o tempo e o trabalho dispensados para a realização dos ajustes oclusais na boca. Auxiliam a visualização do paciente no aspecto tridimensional, fora da boca. Reproduz a posição da mandíbula em relação à estrutura cranial. Instrumento mecânico que representa a ATM, a maxila e a mandíbula. Auxiliam no diagnóstico e planejamento de casos mais complexos, permitindo um estudo mais detalhado da oclusão, visualizando interferências nos movimentos de lateralidade, protrusão. Limitação: os movimentos não são 100% fiéis aos que o paciente faz em boca, pois o paciente apresenta a questão muscular na movimentação. Por isso, alguns ajustes oclusais são necessários. As guias lateral e posterior são planas, e na realidade o côndilo e a cavidade glenóide são arredondados, isto pode causar a necessidade de ajustes.

CLASSIFICAÇÃO DE WEINBERG (1963) – Quanto ao grau de precisão 







Articuladores arbitrários: são aqueles concebidos com base em teorias empíricas, onde se acreditava que as curvas dos arcos dentários coincidiam com uma esfera de aproximadamente 10 cm de raio, cujo centro localiza-se na crista Galli do osso etmoide. Oclusão na mão Articulador não-ajustável estático ou oclusor: são representados por aparelhos com limitação de movimentos onde predomina a interrelação dental em abertura e fechamento. Apenas movimento de abrir e fechar Articulador semi-ajustável: são aqueles que permitem alguns ajustes: trajetória condilar sagital e lateral (ângulo de Bennett); trajetória incisal; ajuste da distância intercondilar Articulador totalmente ajustável: os articuladores totalmente ajustáveis permitem todos os tipos de ajustes. Isto implica dizer que reproduzem com mais fidelidade os movimentos executados. Podem ser ajustados: trajetória condlica sagital e lateral; trajetória incisal; ângulo de Fischer (movimento feito pelo côndilo de trabalho durante a lateralidade) e distância intercondilar Articulador totalmente ajustável é mais complexo de ser usado, e o ângulo de Fischer não acrescenta tanto em definição, não ganhando tanto tempo clínico em relação ao semi-ajustável. Por isso utilizamos o semi-ajustável.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE PRECISÃO   

Articulador não ajustável Articulador semi-ajustável Articulador totalmente ajustável

CLASSIFICAÇÃO DE BEGSTRON (1950)  

Articulador do tipo Não-Arcon: tem o mecanismo representativo dos côndilos unidos ao ramo superior do articulador. Impede a individualização da distância intercondilar. Articulador do tipo Arcon: articulação condilar. Apresentam mecanismos que representam os côndilos (esferas) unidos ao “corpo” do articulador, passíveis de serem separados do ramo superior. Permite fazer a mudança da distância intercondilar conforme o paciente. A única diferença entre os articuladores Arcon e Não-Arcon é que os Arcon permitem a individualização da distância intercondilar e os Não-Arcon não permitem. A distância intercondilar é importante, principalmente para o movimento de lateralidade.

Partes constituintes

De uma forma geral, para que se torne fácil, o entendimento, podemos dividir o articulador em três partes: corpo, ramos superior e inferior; e guias (guia condilar e ângulo de Bennett). Arcon e Não-Arcon são divididos da mesma forma.

Ramo superior

Para mudar a distância intercondilar, os parafusos da guia condilar devem estar soltos O ângulo de Bennett é de 15° e a guia condilar é de 30°

Bolacha também é chamada de placa metálica

Corpo

Não existem nos articuladores Não-Arcon

Ramo inferior

Arco facial

Esterilizar somente o garfo As ogivas entram no conduto auditivo externo, não são autoclavadas, então encapamos com PVC. Objetivo do arco facial: transferir para o articulador a situação clínica do paciente. O plano oclusal é paralelo ao plano de Camper. Ao conseguir reproduzir a inclinação do plano oclusal para o articulador, conseguiremos reproduzir a inclinação do plano oclusal em relação à base do crânio. Transmitimos para o articulador a inclinação do plano oclusal, a partir do plano de camper do paciente. Reprodução do plano oclusal a partir do plano de camper, o arco facial fica na mesma posição do plano de Frankfurt, ou seja, levamos em consideração o tragus (ogiva dentro do conduto auditivo externo) e o arco fica na região infraorbitária do paciente e o naso bem adaptado na glabela. Começamos pelo registro oclusal no garfo (fixar a godiva em três pontos no garfo, 2 posteriores e 1 anterior) e depois montamos o arco facial no paciente. Estabilizamos o arco facial no paciente a partir de três pontos: glabela, conduto auditivo externo e plano oclusal. O paciente segura o garfo com os polegares. Montando o arco facial: primeiro, a haste do garfo encaixa no cubo inferior. Após, encaixamos as ogivas no conduto auditivo externo do paciente. Devemos cuidar a adaptação do naso na região da glabela (a parte mais comprida deve ficar para cima); Fixar os parafusos laterais e o anterior. O parafuso anterior é o que dá a distância intercondilar; apertar a borboleta do cubo lateral e, por último, o parafuso do cubo inferior. A borboleta do cubo inferior deve estar sempre virada para baixo. Após ajustar todo o arco, visualizar a distância intercondilar

Desmontando o arco facial: soltar o naso; soltar os parafusos da haste do arco facial; os parafusos da parte inferior não devem ser soltos, pois o garfo irá soltar também. Tiramos a peça do naso e colocamos o arco apoiado na mesa, de forma que o garfo fique para cima. Montando o arco facial no articulador: lembrar da distância intercondilar do paciente e ajustar nos postes do ramo superior; Regular os espaçadores sempre em um número menor do que a distância intercondilar (ex.: distância intercondilar 2, espaçadores 1); arrumar o ângulo da guia condilar e o ângulo de Bennett. Adaptar o furinho da ogiva na haste que fica na lateral da guia; Apertar novamente os parafusos do arco e ele irá prender no articulador. Lembrar de tirar o pino incisal do articulador antes de encaixar o arco facial Montando o modelo no articulador: para placa miorrelaxante, usamos o gesso pedra tipo III; modelo apoiado no garfo; adaptar o modelo e preencher com gesso comum até a bolacha; virar o articulador, ocluir o modelo inferior; usar palitos e godiva para segurar um modelo no outro; pino incisal em zero; usar a borracha para não ocorrer expansão no sentido vertical;

Fase laboratorial 

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Após a montagem no articulador, o pino incisal que estava montado em zero irá ser aberto para gerar espaço interoclusal para a placa. O pino deve ser aberto o suficiente para desocluir 2mm dos molares. Ao abrir 1mm atrás, abre 3mm na frente. A princípio, abre-se 6mm no pino incisal, com ajustes individualizados para cada paciente. Eliminar todas as retenções: cobrir parte da oclusal e regiões de ameias com gesso comum; Limites da placa: cobre 2 a 3mm da vestibular, a face palatina é toda coberta, até 5 a 6mm abaixo da região cervical dos elemento – extensão no palato suficiente para estabilizar a placa Enceramento da placa com cera 7: encobrir e dar o formato da placa miorrelaxante em cera, para depois substituir a cera por resina acrílica. Deixar as pontas de cúspides de trabalho (vestibulares) tocando e confeccionar as guias, realizar teste de protrusão e lateralidade A altura da guia depende da curva de Spee e da altura das cúspides. A altura da guia é somente o suficiente para desocluir dentes posteriores. Deve haver toque do canino em toda a trajetória da guia, para guiar o movimento de protrusão e lateralidade. Inclusão em mufla: preferir o termopolimerizável fervido em água, não em micro ondas. A silicona de condensação laboratorial irá moldar a anatomia da placa A resina acrílica deve ficar pelo menos 6h descansando, para evaporar o monômero e a placa ficar com uma qualidade melhor. Para acrilizar, a placa deve ficar fervendo de 4 a 6h; a placa sai fosca, rugosa e porosa, necessita de fresa para começar o processo de polimento e acabamento. Quanto maior o polimento, menor a absorção de biofilme e menor alteração de cor; Orientar o paciente a não higienizar com pasta de dente, pois é abrasiva e relizar “faxina”, deixando de molho em vinagre de maçã, ou em água com gotas de hipoclorito, para limpar o biofilme que está tentando se depositar na placa...


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