Prova de concepção e formação do ser humano PDF

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Ciclo menstrual, desenvolvimento folicular e embriogênese,...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS LAGARTO

Departamento de Educação em Saúde

Nota:

Professora: Rosana de Souza Siqueira Barreto Subunidade: Concepção e Formação do Ser Humano Data: 01/11/2019 Discente: Letícia Costa Barreto de Oliveira

Turma:26

Avaliação Somativa Questão 01: (2,0) Leia as seguintes afirmações a respeito do ciclo menstrual na mulher: I. No início de cada ciclo menstrual ocorre um aumento nas taxas de todos os hormônios, exceto o FSH, que só aumenta no momento da ovulação, quando deve haver a estimulação do folículo. II. Quando ocorre a fertilização e conseqüente fixação do embrião no tecido uterino, iniciase a produção de gonadotrofina coriônica humana (HCG) pela placenta. Este hormônio é responsável por estimular o corpo lúteo a produzir progesterona, impedindo, assim, o início de um novo ciclo menstrual. III. No momento da ovulação, por volta do 14º dia do ciclo, as taxas de LH e estrógeno estão altas, enquanto as taxas de FSH estão baixas. IV. Para que a ovulação ocorra, é necessário que todos os hormônios estejam com suas taxas baixas, exceto a progesterona, que mantém o endométrio preparado para a nidação. Identifique e justifique as alternativas FALSAS: Alternativa I: O início de cada ciclo menstrual é marcado pelo primeiro indício de sangramento vaginal e representa a fase de descamação endometrial resultante da involução do corpo lúteo que tem como principal consequência a redução drástica dos níveis de estrogênio e progesterona. Em relação ao FSH, durante a fase pré-ovulatória (período menstrual e todos os dias posteriores que antecedem a ovulação) ele sofre um AUMENTO progressivo para que os folículos sejam estimulados nesse período, caso o contrário, não seria possível acontecer a ovulação. Alternativa IV: Na verdade, a ovulação é um evento que necessita de um aumento na taxa de diversos hormônios. O LH deve estar em um estágio de pico desde o fim da fase préovulatória como um feedback positivo ao aumento do estrogênio(estradiol) até que a ovulação aconteça e, juntamente com o FSH irá atuar convertendo as células da granulosa e da teca do óvulo em células produtoras de progesterona a partir do processo de luteinização( formação do corpo lúteo) para mantem o endométrio em condições favoráveis para receber um embrião.

Questão 02:(2,0) A ilustração a seguir representa parte do sistema reprodutor feminino e as etapas iniciais da gestação:

Descreva brevemente as etapas da formação do embrião ilustradas na figura: I- Representa a liberação do óvulo, ainda no estágio de oócito secundário, na cavidade abdominal de onde seguirá para a tuba uterina, e ficará na região da ampola aguardando a chegada do espermatozoide. II: Fecundação- momento em que o espermatozoide que anteriormente passou pela formação do acrossomo e, mais recentemente, pelo processo de capacitação a sofrer a reação acrossomal. A fecundação é dividida nas seguintes etapas: Penetração na corona radiata: Quebra da corona radiata a partir do movimento flagelar do espermatozoide e liberação da hilaruonidase que irá digerir essa matriz extracelular. Como se trata de uma reação com enzimas, alguns autores acreditam que espematozoides sofrem uma reação acrossomal precoce onde o conteúdo de seus grânulos é liberado e a corona radiata é dissolvida para que um outro espermatozoide que não sofreu essa reação possa seguir em frente. Penetração na zona pelúcida: A segunda barreira é caracterizada pela reação acrossomal propriamente dita a partir ligação da proteína de superfície do espermatozoide às cadeias polissacarídicas de ZP3 o que leva a um aumento de Ca+ e Na+ intracelular e saída de H+ o que gera um aumento de ph intracelular e desencandeia a reação acrossômica. A partir daí, vesículas se formarão pela fusão da membrana externa do espermatozoide e do seu acrossomo, reação que culminará na liberação das enzimas proteolíticas que dissolverão a zona pelúcida até que o espermatozoide consiga atravessa-la. Fusão entre as membranas do ovócito e do espermatozoide: Na sequência, o espermatozoide, a partir de proteínas transmembrana do espermatozoide e inegrinas da membrana plasmática do ovócito, estabelecer um contato cada vez mais íntimo com o ovócito até que estejam totalmente fusionados. Enquanto isso, no exato momento em que o espermatozoide entra em contato com o óvulo, aumentam os níveis de Ca+ intracelular, isso leva a exocitose de vesículas com enzimas que irão modificar a estrutura das glicoproteínas ZP3 e ZP2 e impedirão uma nova associação (bloqueio de poliespermia). Uma vez que a fusão tenha acontecido, o espermatozide liberará fatores que induzirão a conclusão da meiose II e formação do óvulo propriamente dito. Em seguida os pró- núcleos feminino e masculino serão formados e, a partir da fusão destes, o zigoto estará pronto. PS: O processo de capacitação dura cerca de 7 horas e nem todos os espermatozoides passam por esse processo, inclusive, alguns deles chegam antes disso a tuba uterina e, mesmo chegando primeiro, não são capazes de fertilizar o óvulo. III- O zigoto iniciará as divisões mitóticas e se diferenciará em uma mórula que após 3 sucessivas divisões mitóticas, terá entre 16 e 32 células, a mórula passará por uma fase de amadurecimento e formará o blastocisto que se implantará no endométrio. IV- Quando ocorre o rompimento da zona pelúcida em que o blastocisto estará envolto, ele irá se implantar no endométrio a partir de seu sinciciotrofoblasto que simultaneamente

estará englobando “células gordas’ ricas em glicogênio essencial para nutrição inicial do embrião. Q3- Questão 03: (2,0) A figura abaixo esquematiza o desenvolvimento dos folículos ovarianos durante um ciclo menstrual. Descreva as fases do desenvolvimento dos folículos estão representadas pelas letras A, B e C. A- Folículos primordiais são os folículos formados durante a vida fetal da mulher, que ainda não sofreram nenhum estímulo de desenvolvimento, estes são ovócitos primários envolvidos por apenas uma camada achatada de células da granulosa, situados na camada cortical do ovário, próximo à tuba albugínea (quanto mais próximo da camada cortical, mais imaturo o folículo é); Folículos primários imaturos, têm um núcleo de tamanho aumentado, mitocôndrias em maior número, o RE cresce e os complexos de Golgi estão próximos a superfície celular. A principal característica deste estágio é o aumento da espessura das células da granulosa, que sofrem mitose e de achatadas passam a ser cuboides. Folículos primários maduros, terão como principal característica ainda o aumento das células da granulosa, que continuam sua mitose e geram um epitélio estratificado, surge também a zona pelúcida que envolve todo o ovócito. Folículos secundários, têm seu líquido folicular acumulado entre as células da granulosa, formando alguns pequenos espaços entre as células, que se reorganizam e formam o antro folicular; neste estágio, enquanto as células da granulosa se reorganizam, algumas permanecem ao redor da parede do folículo formando o cumulus oophorus, enquanto outras se reorganizam em volta do ovócito, formando a corona radiata. O estroma em volta se modifica e foram as células da teca. E por fim, quando alcança seu máximo desenvolvimento, este folículo é chamado de folículo de Graaf, alcançando cerca de 2,5 cm de diâmetro. B- Ovocitação: A parede do folículo de Graaf se rompe e ocorre a saída do óvulo para as tubas uterinas. C- Após a ovulação, as células do folículo que permanecem formam o corpo lúteo, que é o principal responsável pela produção de progesterona para manter a espessura endométrio para que ocorra a nidação do óvulo; caso o óvulo não seja fecundado, o corpo lúteo se torna atrésico e a mulher menstrua; dando início a um novo ciclo. Questão 04:(2,0)A figura a seguir representa a variação hormonal durante o ciclo menstrual: Identifique e descreva a importância dos hormônios 1, 2 e 3 para o ciclo ovariano e menstrual. Hormônio 1: FSH- O Hormônio Folículo Estimulante é uma glicoproteína produzida e secretada pela hipófise anterior que tem papel fundamental no recrutamento, crescimento(desenvolvimento do folículo primário até o estágio antral)e maturação dos

folículos ovarianos, por esse motivo, se encontra em níveis de aumento gradual nos momentos que antecedem a ovulação. O FSH também será importante na conversão do androgênio em estrogênio nas células granulosas através da ação da enzima aromatase que foi produzida pelas células foliculares como resposta a um estímulo do FSH. É justamente por isso que o primeiro pico de estrogênio é alto e o da progesterona é baixo. O rompimento do folículo de Graaf (maduro) vai decorrer desse pico de estrogênio que estabelecerá um feedback positivo que aumentará mais ainda os níveis de FSH, como também, de LH. Hormônio 2: LH- O Hormônio Luteizinante é a proteína reguladora da secreção da progesterona na mulher e controla o amadurecimento dos folículos de Graaf e iniciação do corpo lúteo. A produção de androgênios citada anteriormente no tópico referente ao FSH é mediada pela ação do FSH Hormônio 3: Estrogênio. O estrogênio, hormônio responsável pelas características físicas femininas da puberdade, no ciclo menstrual é produzido nas primeiras semanas e atua na reepitelização do endométrio a partir da proliferação das células estromais e epiteliais que formam essa camada preparando-o para a ovulação, onde o endométrio terá de três a cinco milímetros de espessura. Como já falado, sem ele o pico de LH para a ovulação não aconteceria pelo mecanismo de feedback positivo.

Questão05:(2,0) A homeostasia de diversos mecanismos de controle da função reprodutiva tanto em homens quanto mulheres são mediadas por hormônios. Esses mecanismos de controle podem apresentar uma alça de resposta com feedback positivo ou negativo. Com base em seus conhecimentos sobre a fisiologia da reprodução EXPLIQUE um mecanismo de feedback negativo e outro positivo. Feedback negativo da testosterona- Este mecanismo de feedback negativo é induzido quando a testosterona atinge valores de concentração elevados no sangue, reduzindo ou inibindo a libertação de GnRH pelo hipotálamo, que por sua vez fará diminuir a produção, na hipófise, de LH e FSH. A redução dos níveis desses hormônios no sangue faz diminuir a secreção de testosterona, o que leva a um novo aumento de produção de GnRH. Nas células de Sertoli é produzida a inibina, que participa no controle da produção hormonal do complexo hipotálamo-hipófise. Níveis elevados desse hormônio inibem o funcionamento do hipotálamo, diminuindo a produção de GnRH e, consequentemente, a produção das hormonas hipofisárias, FSH e LH, reduzindo os níveis de testosterona no sangue. Um exemplo clássico de feedback positivo é o trabalho de parto. Ao final da gravidez, as contrações que antes eram fracas se tornam progressivamente fortes dando início ao trabalho de parto a partir de certo ponto em que elas se tornam excepcionalmente fortes. A partir do momento em que o trabalho de parto verdadeiramente se inicia, as contrações nunca serão menores que as antecedentes, pelo contrário, uma será sempre menor que a seguinte. Esse feedback positivo é explicado pela teoria de que existe um reflexo decorrente da grande distensão do colo uterino pelo feto que provoca um grande aumento na

contratilidade uterina que empurra ainda mais o bebê e este acabará distendendo o colo uterino mais ainda, desencadeando mais feedback positivo. Além disso, a distensão do colo uterino estimula a hipófise a secretar ocitocina, hormônio responsável pelas contrações uterinas durante o parto. Esse processo irá se repetir até que um efeito máximo seja atingido e o bebê seja expelido....