questão sobre o período Joanino PDF

Title questão sobre o período Joanino
Author Joana Pêcego
Course Politica Externa Brasileira Ii
Institution Universidade Federal do Pampa
Pages 3
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Summary

respostas completas para as questões:
Por que o ano de 1808 é mais importante para o processo de emancipação política do Brasil em relação a Portugal do que 1822?

Como Odila argumenta sobre o enraizamento do Estado português no Brasil independente?

Explique a política...


Description

Questão 9) Por que o ano de 1808 é mais importante para o processo de emancipação política do Brasil em relação a Portugal do que 1822? A vinda da família portuguesa em 1808 causa grande impacto no cenário brasileiro, tornando-o mais autônomo da metrópole, por meio de acontecimentos como a abertura dos portos às nações amigas e melhorias na infraestrutura (mesmo que apenas ao redor da capital Rio de Janeiro), e até mesmo a presença da corte no Brasil conferia status à colônia ao interiorizar a metrópole; Ainda como consequência da vinda da família real o Brasil é reconhecido como Reino Unido a Portugal, o que o eleva da condição de simples colônia. Este impacto pode ser considerado maior que o causado em 1822, em que o Brasil se torna independente de Portugal, porém sem grandes mudanças, considerando que o Imperador do Brasil seria Dom Pedro I, filho de Dom João VI; e que além deste fator, Brasil continua sendo submetido ao controle, desta vez da Inglaterra ao invés de Portugal. Assim, a emancipação política do Brasil, se dá graças a vinda da família real, aonde a colônia se torna vital para o Império português e cria um corpo político capaz de questionar Lisboa, o que acontece na independência em 1822. Mas é notável, que as guerras de independência foram apenas uma guerra civil interna, aonde o Brasil já estava emancipadamente político e Portugal havia perdido projeção no sistema internacional, assim como a revolução liberal em Lisboa, ou Revolução do Porto fez com que o império português se fragilizasse. Mas em síntese, em 1808 o Brasil cria as condições que necessita para chegar em 1822 com embasamento político, embora submetido a Portugal, o que em muitos aspectos seguiram praticamente as mesmas políticas. Questão 10) Como Odila argumenta sobre o enraizamento do Estado português no Brasil independente? Para Odila, o enraizamento de interesses de Portugal e do Estado português no Brasil se dá primeiramente a questão da relação de "Mãe Pátria", como Odila cita no texto, com a colônia. Assim, além do aspecto econômico, aonde ficaram enraizados práticas portuguesas, além da classe dominante no Império do Brasil, independente ainda serem portugueses que enriqueceram a partir da exploração da metropole-colonia. O enraizamento segue no interesse de Portugal com a relação com o Brasil Independente, principalmente na questão de interesses econômicos e políticos, aonde veio a ser quebrado com a entrada da

Inglaterra como principal "parceira" do Brasil independizado. Além disso, Portugal deixou de herança para o Brasil, o enraizamento das questões sociais que se refletiam na sociedade nova do Brasil. Questões de desigualdade social, conflitos raciais, escravidão e concentração de renda na oligarquia portuguesa que havia apoiado a independência, pois aqueles que não apoiaram foram retirados de suas terras. Questão 11) Explique a política externa do período Joanino. Durante o Período Joanino - que se trata da vinda da Família Real ao Brasil até a independência em 1822 - o Brasil apresenta uma política externa ainda regida pela sua estreita relação com a metrópole, Portugal. Porém, diferencia-se do período anterior ao manter relações comerciais com as "nações amigas", além de Portugal. Portanto, o Brasil mantém praticamente uma condição de bilateralismo. Devido a sua prévia e recente condição de colônia, e de sua nova condição de reino unido à Portugal, o Brasil não possui autonomia ou independência de inserção internacional. Ao contrário da situação atual brasileira, que tem o desenvolvimento como vetor, durante o período Joanino o Brasil tem seus esforços e economia voltados para a metrópole. Apesar dos investimentos da infraestrutura na capital, para maior conforto da corte, que veio ao Brasil. Nesse período, o Brasil encarregava de tensões no Norte e Sul do Brasil. Ao sul, o Prata era a região de maior tensionamento, aonde primeiro se dava em relação a navegação do Prata, como uma pauta principal, para a livre circulação, o que não compactuava com o pensamento dos vizinhos. Em 1821, a ocupação do Uruguai, através da anexação da província Cisplatina, se tornou assim, uma tensão principalmente com o maior rival, a Argentina. Dom João, planejava construir um império nas Américas que passava por Buenos Aires e Montevideo, a anexação da província cisplatina, e o confronto com a Argentina não entraram em conflito de campo, mediado pela Inglaterra, que não tinha interesse no conflito, pois seu interesse na América era puramente comercial, o que um conflito não beneficiaria. O ponto do Prata, mostra o quanto o Brasil, no período Joanino era agressivo com seus vizinhos, travando uma disputa com a Argentina, o que depois veio a emergir como uma potência regional no século XIX, rivalizando com o Brasil. Ao norte, o Brasil defendia a não navegação no Amazonas, pois não seria um ponto benéfico, pois tal

rio penetraria diretamente dentro do Brasil, o que uma possibilidade de ataque e estrangeiros dentro do território aumentava. No norte, o Brasil travou batalhas na Guiana, como uma espécie de revanche contra os Frances, pelas invasões no século XVIII. Além disso, outros pontos do período que puderam ser notados, era a relação de submissão a Inglaterra, com a penetração inglesa dentro do Brasil, através de contratos econômicos, que não beneficiava o Brasil, em troca cooperação luso-inglesa nas guerras napoleônicas. A política externa no período Joanino, se dá com uma dicotomia entre a ambição de um grande império hemisférico e uma dependência inglesa. Nas américas, as tenções no Prata e a rivalização com a Argentina marcam essa disputa, além das pragmáticas tentativas de ter a livre navegação ao sul e a não circulação ao norte, que perduram por todo o século XIX, iniciando-se como pauta principal nesse período....


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