Resenha CAVALCANTI, M. C. Educação linguística na formação de professores de línguas: intercompreensão e práticas translíngues. In: LOPES, L. P. M. (Org.) Linguística Aplicada na Modernidade Recente: PDF

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Resenha Acadêmica do texto CAVALCANTI, M. C. Educação linguística na formação de professores de línguas: intercompreensão e práticas translíngues. In: LOPES, L. P. M. (Org.) Linguística Aplicada na Modernidade Recente: festschrift para Antonieta Celani. São Paulo: Parábola, 2013, p. 211-226....

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Curso: Letras - Português Disciplina: Linguística Aplicada Professora: Raquel Sena Mendes Aluna: Emanuela Silva de Almeida

Resenha Crítica CAVALCANTI, M. C. Educação linguística na formação de professores de línguas: intercompreensão e práticas translíngues. In: LOPES, L. P. M. (Org.) Linguística Aplicada na Modernidade Recente: festschrift para Antonieta Celani. São Paulo: Parábola, 2013, p. 211-226.

Sobre o autor Marilda de Couto Cavalcanti tem graduação em Letras Anglo-Portuguesas pela Universidade Estadual de Londrina (1970), mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1977) e doutorado em Linguística Aplicada - University of Lancaster (1983). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Campinas. Com formação na área de Linguística Aplicada, desenvolve pesquisa etnográfica em contextos de minorias e de maiorias minoritarizadas em cenários sociolingüisiticamente e culturalmente complexos. Nesses cenários, seu interesse em pesquisa, baseado em reflexões metateóricas e metametodológicas, está nos seguintes temas: leitura, letramentos, identidades, diversidade/diferença, formação de professores.

A obra A autora inicia o texto abordando o porquê é essencial que haja uma educação linguística na formação do professor de línguas. Segundo ela, o mundo atual encontra-se em constantes mudanças e por tanto, o docente deve estar sempre habituado ao cenário atual. Paralelo a isso a autora traz a perspectiva de outro autor, Blommart, que acredita ser necessário uma linguagem mutante que possa contemplar a sociedade mutante em que nos encontramos. Cavalcanti propõe que saiamos do monolinguismo, — referindo-se à estrutura padrão da Língua Portuguesa, e contemplemos as línguas portuguesas não prestigiadas no país. Ao trabalhar por um ano com a disciplina de Estágio Supervisionado, a autora fez de suas anotações mentais um diário retrospectivo que lhes mostrou a dificuldade que os estagiários tinham de elaborar atividades que combinassem pontos fonéticos, fonológicos ou sintáticos. Na maior parte das vezes eles acabavam imergindo muito em questões ideológicas e trazendo níveis de detalhamento, muitas vezes, desnecessários. Ela também percebeu que ao tratar a questão da sociolinguística relacionada a

traços descontínuos, era comum que surgissem piadas e risadas, de forma a minimizar o preconceito existente. Isso comprovava que mesmo realizando uma explicação teórica, na prática os estagiários não aceitavam esse fenômeno. A autora conclui o texto ressaltando que a atual formação de professores não contempla as diferenças na diversidade, e nem mesmo a interação entre um mundo globalizado e digitalizado. Também evidencia que o foco dos cursos de licenciatura é o conteúdo metalinguístico que deve ser aprendido para ser ensinado, mas que isso não basta. A educação linguística do professor deve ser pluralizada, antropológica e engajada. Mesmo sendo direcionada aos estudantes de licenciatura em Letras - Língua Portuguesa, a obra é de grande valia para todos os estudantes de licenciaturas, no geral. O tema escolhido pela autora é de suma importância nos dias atuais e contempla diversas pautas que estão sendo amplamente discutidas em cenário social, relacionadas às questões de diversidade. A leitura é fluida, a autora possui uma narrativa concisa e objetiva e as subdivisões existentes em seu capítulo ajudam a situar o leitor do que será tratado adiante....