Resumo Audrei Gesser - LIBRAS? Que língua é essa? PDF

Title Resumo Audrei Gesser - LIBRAS? Que língua é essa?
Author Álvaro Huber
Course Língua Brasileira de Sinais
Institution Universidade Federal de Santa Catarina
Pages 3
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Summary

Resumo do livro de Audrei Gesser: Libras? Que Língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda...


Description

AUDREI GESSER – LIBRAS? QUE LÍNGUA É ESSA? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda

GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda São Paulo: Editora Parábola: 2009.

Introdução  

LIBRAS é uma língua, que fique bem claro Perceber a língua de sinais como uma língua auxilia a enxergar a surdez não como uma deficiência, mas como uma diferença linguística/cultural

Capítulo 1 – A língua de sinais      

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Língua de sinais não é universal, muito menos um código simplificado LIBRAS – língua brasileira de sinais (diferente da francesa, japonesa...) É uma língua natural, não artificial, por evoluir com o grupo cultural surdo Gestuno – parecido com o esperanto, uma língua “internacional” artificial A língua de sinais possui gramática, mas os estudos na área são recentes A língua de sinais utiliza posição das mãos, movimentos, expressões, etc. o “as expressões faciais [...] são elementos gramaticais que compõem a estrutura da língua; por exemplo, na marcação de formas, sintáticas e atuação como componente lexical” (p. 18) Língua de sinais não é mímica! Sinais não são gestos! Portanto, é completamente possível expressar conceitos abstratos em língua de sinais Não é uma língua icônica! Nem um código secreto dos surdos! Não se limita ao alfabeto ou à soletração das palavras utilizando sinais O alfabeto manual, por ser convenção, é diferente para cada país Alfabeto manual para surdos-cegos: tátil Línguas de sinais não são versões sinalizadas das línguas orais, porque possuem estrutura própria, são autônomas, enfim o Bimodalismo: ensinar o “português sinalizado” (é um pouco problemático) As línguas de sinais não possuem origem nas línguas orais, porém há empréstimos e outros tipos de influência, como em qualquer língua A LIBRAS não representa uma unidade, assim como o português em toda a extensão do território brasileiro Há uma escrita de sinais! Porém é bem recente

Capítulo 2 – O surdo     



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Carga semântica de surdo e deficiente auditivo Surdo é muito menos pejorativo do que deficiente auditivo Surdez não é uma deficiência! Intérpretes são muito importantes e a necessidade deles é amparada por lei Surdos não vivem num mundo de silêncio absoluto o Alguns, inclusive, ouvem música e o fazem com gosto o “não é a modalidade da língua que define se estamos em silêncio ou não” (p. 50) Não há a necessidade de oralizar o surdo para integrá-lo na sociedade ouvinte o Oralizar é negar a vida do surdo O surdo possui uma identidade e uma cultura própria, porém são múltiplas entre todos O surdo, mesmo com perda auditiva profunda, pode desenvolver a fala se possuírem o aparato vocal intacto o De qualquer forma, o surdo pode falar a língua de sinais O desconhecimento da língua oral não interfere na capacidade de escrita Usar a língua de sinais também não atrapalha a aprendizagem da língua oral

Capítulo 3 – A surdez     

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O livro assume uma posição contrária à medicalização, que vê o surdo como deficiente Sendo assim, não faz sentido ver a surdez como um problema sob o prisma patológico A surdez como um problema é uma construção do mundo ouvinte, sendo muito mais um problema para o ouvinte do que para o surdo O discurso médico, majoritário, tem mais prestígio do que o discurso das minorias, o que fortalece o estigma de que surdez é uma deficiência A surdez pode ser hereditária o Exemplo do caso da ilha de Martha’s Vineyard em que um gene recessivo acabou causando a surdez de boa parte da ilha e a língua de sinais era usada em todo tipo de contexto Há várias causas para a surdez, assim como graus Aparelhos auditivos funcionam apenas para que o surdo ouça chiados, sendo muitas vezes negativo para um surdo pré-lingual





A surdez não compromete o desenvolvimento de um indivíduo, mas a falta de acesso a uma língua sim: por isso é importante a língua de sinais! O clima atual é, sendo otimista, de mudanças sociais beneficiando o surdo, mas ainda há muito chão a percorrer...


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