Title | Resumo - Bioenergética |
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Author | Thomás Cavalcanti Pires de Azevedo |
Course | Bioquímica |
Institution | Universidade Federal de Alagoas |
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Resumo de bioquímica sobre o conteúdo de bioenergética...
Thomás Azevedo Bioenergética
É a parte da bioquímica que estuda os fenômenos energéticos nos seres vivos
Estuda como a energia é captura, armazenada, mobilizada e utilizada nos seres vivos
Organismos fotossintetizantes ou autotróficos utilizam a energia para transforma moléculas simples em moléculas complexas, através da fotossíntese (energia solar energia química); não produzem a própria energia, mas sim o próprio alimento O homem não consegue transformar a energia solar em energia química, mas consegue produzir a
glicose (gliconeogênese) a partir de outras moléculas, logo é um organismo quimiotrófico, ou seja, precisa da dieta alimentar para a síntese de glicose Fazem a oxidação (quebra) da glicose para liberar, como fonte de energia, o ATP A todo tempo, a célula está consumindo (quebrando por hidrólise) o ATP, já que a energia está guardada
na ligação fosfato do ATP OBS: hidrólise adição de água para quebrar uma ligação simples; processo catalisado pelas hidrolases hidratação adição de água para quebrar uma ligação dupla; processo catalisado pelas hidrolases
ATP + H2O ENERGIA (liberação do fosfato inorgânico) + ADP ADP + H 2O (esse processo só ocorre em rotas específicas) ENERGIA (liberação do fosfato inorgânico) + AMP
Respiração celular Aeróbica queima completa da glicose (se transforma em energia que é armazenada/utilizada pela célula), com completa liberação de energia Anaeróbica queima incompleta da glicose, por causa do déficit de O 2, não conseguindo fazer a oxidação completa da glicose e, consequentemente, não liberando toda a energia da glicose A energia é liberada na forma de ATP em suas ligações fosfato Quando a célula precisa de energia, faz a hidrólise do ATP
O ATP (energia armazenada) é um nucleotídeo (grupo fosfato + carboidrato + base orgânica nitrogenada)
Reação de oxirredução tem presença do NAD e do FAD (coenzimas das oxirredutases), assim como as oxirredutases São reações de transferência de elétrons, ou seja, energia em movimento O NAD e o FAD (estruturas que transportam hidrogênio ricos em elétrons, em energia) existem na forma reduzida (NADH, NADPH – é o NADH fosforilado – e FADH 2) ou na forma oxidada (NAD+, NADPH+ e FAD) Oxidação perda de elétrons; consumo de energia Redução ganho de elétrons; ganho de energia NAD e FAD são dinucleotídeos (2 carboidratos, 2 bases e 2 fosfatos) ETANOL + NAD+ ↔ ALDEÍDO + NADH
1. O etanol sofreu oxidação para se trasnformar no aldeíodo (acetaldeído; é tóxico) 2. O NAD+ sofreu redução para se transformar no NADH 3. Por isso, o consumo de álcool dificulta a retirada, pelo fígado, de energia da glicose (processo realizado pelo NAD+) e faz o fígado trabalhar mais (vai gastar energia) para transformar o acetaldeído numa forma não tóxica
Todos os segundos da vida, as células precisam de energia para realizar trabalho mecânico, químico e de transporte
Metabolismo celular todas as reações químicas que acontecem no corpo de forma sincronizada para produzir ou consumir energia (quando acontece de forma aleatória, o indivíduo vai do estado saúde para o estado doença) Catabolismo oxidação de substâncias (quebra dos alimentos e nutrientes endógenos) para liberação/produção de energia Anabolismo síntese de substâncias (formação de moléculas complexas) a partir do consumo de energia Essas reações acontecem ao mesmo tempo na célula
Lipídeos e aminoácidos oriundos das proteínas – só são utilizados como fonte de energia, para produção de glicose, em jejum excessivo, exercício físico intenso e dieta pobre em carboidratos - também representam energia
triglicerídeos (oxidação) ác. Graxos entram na mitocôndria (oxidação total) CO2 + H2O + energia OBS: atividade muito intensa e com pouca duração consumo de carboidratos (aumenta a taxa da lactato no sangue e o fígado não consegue metabolizar essa quantidade de lactato, ocasionando vômitos e tonturas) atividade pouco intensa e de longa duração consumo de lipídeos jejum excessivo, exercício físico muito prolongado e dieta pobre em carboidrato consumo dos aminoácidos
OBS: dietas cetogênicas (sem carboidrato) o fígado utiliza os ác. graxos para produzir corpos cetônicos e jogam eles no sangue para servirem de energia para as células (baixam o pH do sangue e podem prejudicar a atividade renal); mas isso não acontece em todas as pessoas, porque cada metabolismo é único OBS: a glicose já é convertida em energia no citosol, logo não precisa entrar na mitocôndria para essa conversão em energia (por isso, a ingestão ou produção de glicose é a maneira mais rápida de repor a energia gasta pela célula). As células que não possuem mitocôndria (glóbulos vermelhos, córnea, cristalino, retina) e as células que possuem poucas mitocôndrias (medula renal, testículos, leucócitos, fibras musculares brancas) precisam da glicose para produção energética (40g de glicose/dia)
Sistema creatina/fosfocreatina Nos primeiros minutos de um exercício físico, por exemplo, a 1ª molécula a ser utilizada para reposição do ATP é a fosfocreatinina A reserva humana de fosfocreatina é mínima, por isso esse sistema só trabalha durante o 1º minuto Ela doa o fosfato para o ADP, o qual se transforma em ATP
Para dar continuidade à reposição do ATP, o corpo começa a utilizar o glicogênio do fígado, o qual é quebrado, liberando a glicose na corrente sanguínea
Depois, utiliza-se o glicogênio muscular, liberando glicose no sangue
Por fim, o corpo utiliza os ác. graxos livres e o triglicerídeo do tecido adiposo
OBS: o fígado representa glicose para todo o corpo e o músculo representa glicose apenas para o músculo
OBS: intolerância à frutose deficiência na enzima aldalose B (fígado), a qual é específica para o metabolismo dos carboidratos (principalmente frutose, mas também da glicose – por isso, causa grande dano na produção energética)
É perceptível no desmame (6º mês de vida), momento em que é introduzida as frutas na dieta da criança
Sintomas (varia de criança para outra) hipoglicemia, problemas no desenvolvimento, falência hepática, letargia
Consumo da frutose absorção corrente sanguínea entra nas células hepáticas incoporação de fosfato inorgânico (fosforilação oxidativa) frutose-1P (6C) ação da aldalose por catabolismo
dihidroxicetona-P (3C) e gliceraldeído (3C) liberação do fosfato inorgânico energia O fosfato inorgânico entra e sai da reação, mantendo a quantidade de fosfato inorgânico no organismo Com a deficiência da aldalose, há o acúmulo da frutose-1P e a não liberação do fosfato inorgânico, diminuindo o fosfato inorgânico da célula. Essa diminuição do fosfato inorgânico vai gerar a diminuição da fosforilação oxidativa (depende do fosfato inorgânico), ocasionando assim o acúmulo da frutose e a baixa da energia
Tratamento dieta sem frutose...