Resumo DE Ácidos Nucleicos PDF

Title Resumo DE Ácidos Nucleicos
Course PATOLOGIA GERAL
Institution Universidade Castelo Branco
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Resumo DE Ácidos Nucleicos...


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RESUMO DE ÁCIDOS NUCLEICOS Os nucleotídeos (ribonucleosídeos e desoxirribonucleosídeos) são moléculas essenciais em todas as células. São compostos de uma base nitrogeada, um monossacarídeo pentose e um, dois ou três grupos de fosfato. Sem os nucleotídeos, nem o DNA nemo RNA poderiam ser produzidos e, dessa forma, as proteínas não poderiam ser sintetizadas, nem as células poderiam se multiplicar. Além disso, os nucleotídeos também são utilizados como carreadores de intermediários ativados na síntese de alguns carboidratos, lipídeos e proteínas e são componentes estruturais de várias coenzimas essenciais, como, por exemplo, a coenzima A, o FAD, o NAD+ e o NADP+. BASES NITROGENADAS As bases nitrogenadas pertencem a duas famílias de compostos: purinas e pirimidinas. Purinas do DNA e RNA – adenina (A) e guanina (G); Pirimidinas do DNA – timina (T) e citosina (C); Pirimidinas do RNA – citosina e uracila (U). A adição de um açúcar pentose a uma base produz um nucleosídeo, se esse açúcar for a ribose, será produzido um ribonucleosídeo; se o açúcar for a 2-desoxirirbose, será produzido um desoxirribonucleosídeo. Os ribonucleosídeos de A, G, C e U são denominados: adenosina, guanosina, citidina e uridina, respectivamente. Já os desoxirribonucleosídeos de A, G, C e T, recebem a dição do prefixo “desoxi”, como, por exemplo, desoxiadenosina. Já os nucleotídeos são ésteres mono, di ou trifosfatados dos nucleosídeos. São esses grupos fosfatos, que são ligados à hidroxila 5’ da pentose, os responsáveis pelas cargas negativas associadas aos nucleotídeos e também são o motivo pelo qual o DNA e o RNA são chamados de ácidos nucleicos. Como dito acima, os nucleotídeos exercem algumas funções biológicas que são importantíssimas, como: moeda energética; elos químicos na resposta das células; componentes estruturais de co-fatores enzimáticos e intermediários metabólicos; constituintes dos ácidos nucleicos. Os átomos do anel de purina originam-se de diversos compostos, como: ácido aspártico, glicina, glutamina, CO2 e N10-formiltetraidrofolato. Dessa forma, o anel de purina é formado por uma série de reações que adicionam carbonos e nitrogênios a uma ribose-5-fosfato préformada. Ao contrário da síntese do anel púrico, construído sobre uma ribose-5-fosfato preexistente, o anel pirimidínico é sintetizado previamente, sendo depois ligado a ribose-5-fosfato. As fontes dos átomos desse anel pirimidínico são: glutamina, CO2 e ácido aspártico. ÁCIDOS NUCLEICOS

A descoberta da estrutura do DNA por Watson e Crick, em 1953, revolucionou a ciência, sendo um evento que originou disciplinas inteiramente novas e influenciou o curso de muitas outras. Foram eles que postularam um modelo tridimensional para a estrutura do DNA. Esse modelo consistia em duas cadeias helicoidais de DNA que se enrolam em um mesmo eixo formando uma dupla hélice que gira no sentido da mão direita. As bases purínicas e pirimidínicas de ambas as fitas estão empilhadas dentro da dupla hélice, com suas estruturas hidrofóbicas de anéis quase planos muito próximos e perpendiculares ao longo do eixo da hélice. Cada base de uma fita está pareada no mesmo plano com uma base de outra fita. Sabe-se que essas fitas são antiparalelas (5’,3’). A dupla hélice de DNA é mantida unida por duas forças, as pontes de hidrogênio entre os pares de bases complementares e as interações de empilhamento das bases. A complementaridade entre as fitas de DNA é atribuível às pontes de hidrogênio entre pares de bases e as interações de empilhamento das bases dão a maior contribuição para a estabilidade da dupla hélice. O RNA é a segunda forma principal de ácidos nucleicos nas células, possuindo diversas funções. Por exemplo, na expressão gênica, o RNA atua como um intermediário usando a informação codificada do DNA para especificar a sequência de aminoácidos de uma proteína funcional. O RNA é encontrado tanto no núcleo quanto no citoplasma e o aumento da síntese de proteínas é acompanhado por um aumento na quantidade de RNA no citoplasma e um aumento na sua taxa de renovação (Figura 3). Em 1961 foi proposto um nome para o RNA que transportava a informação genética do núcleo celular até o ribossomo (maquinaria da biossíntese de proteínas), sendo chamado de RNA mensageiro (mRNA). O processo de formação do mRNA num molde de DNA é conhecido como transcrição. E o processo que resulta na transformação do mRNA em proteína é chamado de tradução. Vale lembrar que o mRNA é apenas uma das várias classes de RNA celular. Existem os RNAs ribossômicos que são componentes estruturais dos ribossomos, além de uma grande variedade desse ácido nucleico de funções especiais, incluindo alguns (chamados ribozimas) que possuem ação enzimática. O RNA tem a capacidade de parear suas bases com fitas complementares tanto de RNA quanto de DNA. A regra do pareamento segue o padrão do DNA – G pareia com C e A pareia com U, sendo esse pareamento com a uracila no lugar da timina, a diferença entre elas. A análise da estrutura do RNA e a sua relação com a função é um campo emergente de investigação. A importância da compreensão da estrutura do RNA cresce à medida que despertamos para o crescente número de funções dessa molécula. O código genético é um dicionário que identifica a correspondência entre uma sequência de bases nucleotídicas e uma sequência de aminoácidos, ou seja, é a informação para “construção” de todas as nossas proteínas. Cada “palavra” individual no código é composta de três bases nucleotídicas, que são chamadas de códons.

Os códons são apresentados na linguagem do mRNA. Suas sequências nucleotídicas estão sempre escritas da extremidade 5’ para a extremidade 3’. As quatros bases nucleotídicas são usadas para produzir códons de três bases, existindo, portanto, 64 combinações diferentes de bases. Com isso, percebe-se que, as principais funções dos ácidos nucleicos (RNA e DNA), são: DNA – armazenar a informação genética; RNA – síntese proteica, transportar a informação genética, traduzir a informação genética e realizar a transcrição e cortes de íntrons (vazios de informações, não produzem codificação) do DNA....


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