Resumo durkheim - Anotações pontuais sobre o livro \"as formas elementares da vida religiosa\" de PDF

Title Resumo durkheim - Anotações pontuais sobre o livro \"as formas elementares da vida religiosa\" de
Course Teoria Antropologica I
Institution Universidade Federal do Piauí
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Anotações pontuais sobre o livro "as formas elementares da vida religiosa" de Durkheim...


Description

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Para estudar a religião mais primitiva precisa: encontra a organização que não seja ultrapassada por outras; explica-la sem usar elemento de religião anterior. Não há religiões falsas, elas apenas tem valor e dignidades desiguais, mas elas respondem as mesmas necessidades e desempenham o mesmo papel e dependem das mesmas causas. Para estudar a religião é preciso ir até sua forma mais primitiva e ver o que as definem e o período de sua existência, como ela se formou e se tornou completa. Na base de todos os sistemas de crenças e cultos deve haver certo número de representações coletivas fundamentais e atitudes rituais, que apesar da forma, devem apresentar, em toda parte, o mesmo significado objetivo e exercer as mesmas funções. Se deve primeiro conhecer as religiões primitivas pois nestas a realidade é diferente, tudo é comum a todos, tudo está reduzido ao essencial, as relações entre os fatos sã transparentes. A religião ultrapassa as vezes o círculo das ideias religiões, a religião fazia as vezes de ciência e filosofia. Categorias do intelecto: tempo, espaço... são a ossatura da inteligência pois nascem na e da religião, são produtos do pensamento religioso. A religião é coisa eminentemente social e a religião também. As categorias não apenas não dependem de nós mas se impõe a nós Eliminar as pré-noções para identificar a definição de religião Durkheim refuta tanto a ideia de sobrenatural como elemento essencial da religião, como a de divindade. A ideia de sobrenatural é uma conquista das ciências positivas, antes dessa ideia os acontecimentos mais maravilhosos nada possuíam que não parecessem concebíveis, foi a ciência e não a religião que ensinou os homens que as coisas são difíceis e complexas de se intender. A ideia de mistério é limitada a um pequeno número de religiões avançadas, portanto não pode ser caracterizada como característica genérica das religiões. A ideia da divindade também é refutada. Segundo Tylor se entender religião como crença suprema numa divindade, muitas religiões serão excluídas. O budismo, por exemplo, é uma religião sem deus, o essencial é concebido por 4 verdades. Já o cristianismo só se matem com a ideia de cristo. Portanto a religião vai além da ideia de deuses, logo não pode como característica geral.

Durkheim, fala do sagrado e do profano como gêneros opostos advindos de uma classificação de coisas reais ou ideais, que é caráter comum de todas as crenças religiosas. Segundo o autor, a heterogeneidade como sendo absoluta é suficiente para caracterizar essa classificação de coisas (sagrado) e distingui-la de outras (profano). O sagrado e o profano são duas espécies de coisas que foram concebidas como gêneros completamente diferentes. Tendo em vista isso, Durkheim fala que por mais que não seja impossível, a passagem de um para o outro, põe-se em evidencia a dualidade dos dois. O autor usa os ritos de iniciação como exemplo de passagem do profano para o sagrado, falando que para isso ocorrer, é preciso o desaparecimento do outro, como se o indivíduo que está nesse rito de iniciação morresse e fosse substituído por um outro, que agora será tido como “sagrado”. Durkheim

complementa que, um gênero inibe o outro, os dois não podem se aproximar e conservar ao mesmo tempo sua natureza própria. Diante disso, o autor fala da oposição desses gêneros, como um primeiro critério para definir as crenças religiosas, tendo em vista que as coisas sagradas são aquelas que são protegidas e isoladas e as profanas são as que devem manter distância das primeiras. Valendo lembrar que, as crenças religiosas são representações que exprimem a natureza das coisas sagradas e as relações que essas mantem entre si e com as coisas profanas. 

Para Durkheim, Igreja é a união de membros de uma sociedade, através de crenças religiosas, pelo fato de conceber o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano e de traduzir essa concepção comum em práticas idênticas. Toda religião possui uma igreja, independente se o culto é privado ou doméstico, o que caracteriza a igreja é a celebração desses cultos por uma coletividade. Vale ressaltar, segundo o autor, que a igreja não é uma comunidade sacerdotal, mas sim uma comunidade moral formada por todos os crentes da mesma fé. Até mesmo as religiões tidas como individuais, foram formadas a partir de aspectos da religião comum a toda igreja que os indivíduos fazem parte. Sendo assim, a religião inseparável da ideia de igreja.



Já com relação a magia, por mais que essa tenha alguma generalidade, não existe igreja mágica, diferenciando-se assim da religião. Durkheim fala que, entre o mago e os indivíduos que o consultam, como entre esses próprios indivíduos, não existem laços duradouros que faça deles um mesmo corpo moral, comparável ao formado pelos fieis de mesmo deus, pelos praticantes de um mesmo culto. O mago tem clientela, não igreja, e seus clientes podem muito bem não ter entre si nenhuma relação. Compara-se isso com as relações entre o doente e o médico. Mesmo, em determinados casos, os magos

formando

sociedades

ente

si,

essas

sociedades

não

absolutamente dispensáveis ao funcionamento da magia. 

A religião não é só cença

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A religião não serve apenas para nos fazer pensar, mas para agir, nos ajuda a viver. Não basta que pensamos, precisamos nos colocarmos na esfera de ação, é necessário que ajamos e repitamos os atos todas as vezes que for útil para renovar seus efeitos. O culto que sustenta a impressão de alegria, paz interior, ele não é simplesmente um conjunto de signos, é a coleção de meios pelos quais ela se cria e se recria



são



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Durkheim fala que o papel do culto é que a sociedade so pode se fazer sentir sua influencia se ela for ato, e ela so é ato se os indivíduos que a compõe estão reunidos e agindo em comum. É pela essa ação em comum que a sociedade toma consciência de si e se impõe. Portanto é a ação que domina a vida religiosa pois ela tem por fonte a sociedade. Durkheim fala que quase todas as inst. Sociais nasceram da religião. Por isso a ideia de sociedade é a alma da religião. Portanto, as forças religiosas são forças humanas, forças morais. Essas forças tratam de atingir a consciência, de tonifica-las, de disciplina-las. Todas a religiões são espiritualistas A religião é realista a sua maneira, pois ela reflete a imagem da sociedade e de todos seus aspectos, os mais vulgares e repelentes. Em: satã-impuro. Através da mitologia pode se ver a realidade, so que aumentada, idealizada, o próprio mal é assim. O que define o sagrado é que ele é sobreposto ao real. Se a vida coletiva, desperta o sentimento religioso é porque ela determina um estado de efervescência que muda as condições da vida psíquica. O mundo real do homem na qual ele vive na sua vida profana, sobrepõe o outro que so existe no seu pensamento Mundo ideal como produto natural da vida social, uma sociedade não pode criar-se e recriarse sem criar ao mesmo tempo algo ideal. O ideal coletivo expresso pela religião foi antes idealizado pelo individuo com base nas exigências da vida coletiva. Assim tanto o indivíduo quanto o grupo, a faculdade de idealizar nada tem de misterioso. A existência dos cultos individuais não implica em nada na religião pois estes cultos são derivados dos coletivos. Não há sociedade que não sinta necessidade de reafirmar em intervalos regulares os sentimentos coletivos e ideias coletivas que constituem sua unidade e personalidade. Isso só pode ser obtido através de reuniões, assembleias, onde o indivíduo reafirma seu sentimento em comum, por isso cerimonias não diferem de cerimonias em comum. As festas e os ritos não são toda a religião, o culto também é um sistema de ideias com objetivo de exprimir o mundo. A ciência nasceu da religião e a ciência vai servir para explica, servir como objeto de pesquisa a especulação, que é o homem, a natureza, a sociedade. Até as noções essenciais de logica são de origem religiosa. A ciência tende a substituir a religião em tudo que diz respeito as funções cognitivas e intelectuais, ideia de vida psíquica a ciência como profanação. A ciência nega a religião mas a religião existe, é um princípio de fatos dados, uma realidade. A ciência não poderia substituir a religião pois ela exprime a vida, não a cria, ela tenta explicar a fé, mas nisso ela a supõe. O que o cientista contesta na religião não é o direito de ser, é o de dogmatizar sobre a natureza das coisas, a competência de conhecer o homem e o mundo, sendo que ela nçai conhece nem a si própria, ela é o objeto da ciência, ela não pode impor lei a ciência. Entretanto, a religião não parece desaparecer mas sim cada vez mais se transformar. O culto, a fé, é algo de eterno na religião. Mas os homens não podem celebrar cerimonias sem er razão nestas, nem acetar fé sem compreender. É preciso uma teoria, teoria essa que se utiliza das ciências sociais, psicológicas, mas isso não é suficiente, por isso a religião não pode dispensar a especulação....


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