Resumo Estética PDF

Title Resumo Estética
Course Estética e História da Arte
Institution Universidade Guarulhos
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Resumo sobre contexto da estética, notações sobre o belo, o senso estético sensível e o conceito de estética segundo os filósofos...


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RESUMO ESTÉTICA

OS FILÓSOFOS Platão procurou entender, nas obras “A República” e “O Banquete”, se a obra de arte empreendia a beleza. Aristóteles tentava entender, na obra “Poética”, o papel da obra de arte como comunicadora da realidade. CONTEXTO O pensamento sobre a arte na Antiguidade também procurou tecer as considerações sobre a necessidade da beleza na obra de arte, sendo este tema bastante problemático, pois, no período clássico, pela influência da filosofia platônica, a beleza poderia ser considerada como algo intelectual e não material. O QUE É ESTÉTICA? Estética é o nome da disciplina filosófica que investiga a arte de modo a reconhecer seu valor sensível, como podemos perceber na própria origem grega do termo aisthésis (sensação, percepção, sensibilidade). Em síntese, a Estética consiste no ramo da filosofia responsável por entender a arte e suas especificidades como uma atividade capaz de produzir conhecimento.

O conceito de beleza não é o mesmo para cada pessoa. Agora, como isso está relacionado ao conceito de Estética? Em resumo, a Estética trata do complexo de sensações e dos sentimentos que objetos/manifestações podem potencialmente disparar em uma pessoa. Estuda como as produções, com intenções artísticas ou não, tocam a sensibilidade e geram julgamento de valor que articula o conhecimento prévio (a experiência), a razão e a ética. Desta maneira, a Estética é a base teórica sobre a concepção de experiência e juízo que gera a crítica de arte e os debates contemporâneos sobre arte.

O BELO Para Georg Hegel, filósofo alemão que viveu entre os séculos XVIII e XIX, a arte, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo. A produção de uma obra ou a definição de algo como belo depende da cultura de uma determinada época: o que é

considerado feio em certo período pode ser belo em outro.

O SENSO E O SENSÍVEL SENSO ESTÉTICO Senso estético é a capacidade de julgar, raciocinar, apreciar e decidir o que é belo e agradável aos sentidos humanos: VISÃO, AUDIÇÃO, TATO, PALADAR E OLFATO.

SENSIBILIDADE ESTÉTICA A sensibilidade estética está na capacidade de perceber as coisas como belas.É uma relação sensório-emocional. A sensibilidade estética, como todo sentimento intenso, tende a se exteriorizar.

Para o filósofo prussiano IMMANUEL KANT: ● o belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito; ● o significado do belo só pode ser percebido pela sensibilidade estética; ● cada objeto singular estabelece seu próprio tipo de beleza.

SENSO pensamento, significado ou racionalidade SENSÍVEL os sentidos, afetos ou sentimentos A experiência do belo é uma mistura entre senso e o sensível.

Aristóteles em “Poética” propôs elementos como a mímese, a fim de descrever esse nosso envolvimento com a arte.

MÍMESE O conceito de mímese consiste basicamente na imitação, ou seja, na exigência de que uma obra de arte seja capaz de imitar o que compreende a realidade. Na obra “Poética”, de

Aristóteles, o termo está associado à imitação dos homens para diferenciar os gêneros da poesia, além de estar associado à verossimilhança.

A VERDADE NA ARTE PLATÃO Toda a criação era vista como uma imitação. Até mesmo a criação do mundo era como uma imitação da natureza verdadeira (o mundo das ideias). Sendo assim, a representação artística do mundo físico seria uma imitação de segunda mão.

ARISTÓTELES Como questiona o mundo das ideias, este filósofo grego valoriza a arte como representação do mundo. Ele via o drama como sendo a "imitação de uma ação”. Na obra de arte, a pessoa libera suas paixões de modo que a própria alma ganha maior tranquilidade – CATARSE, o efeito catártico, efeito purificador.

CATARSE O efeito de catarse é o expurgo de nossas emoções ao acompanharmos uma história, ao observarmos uma imagem. Para ocorrer a catarse é necessário envolvimento emocional entre o apreciador e a obra de arte em questão. A obra cultural catártica é intensamente emotiva: ela pede de seu apreciador uma reação de tristeza profunda ou de riso incontrolado.

PRIMEIROS USOS DA ARTE Assim, as artes, em um primeiro momento, foram divididas em: ARTES LIBERAIS (dignas do homem livre) ARTES SERVIS OU MECÂNICAS (próprias do trabalhador manual) ARTES LIBERAIS Gramática, retórica, geometria, música e poesia pertenciam aos homens livres. ARTES SERVIS ou MECÂNICAS Agricultura, caça, pesca, medicina, engenharia, arquitetura, pintura, escultura, eram próprias do trabalhador manual, logo, um homem não livre.

Immanuel Kant, em Crítica da faculdade do juízo “As belas-artes são as artes do gênio” “...o gênio é este fogo que eleva os pintores acima deles mesmos, que lhes faz pôr alma em suas figuras e movimento em suas composições. É o entusiasmo que domina os poetas, quando veem as garças dançarem num prado, onde os homens comuns percebem apenas

rebanho”

Teorias da Beleza SÓCRATES ● O artista pode produzir algo semelhante ao belo de maneira natural, reunindo elementos já presentes na natureza ● O belo é verdadeiro, bom e útil ● O belo traz prazer, é captado especialmente pela concordância observada pelos olhos e ouvidos (sentidos sensoriais) ● O belo não está exatamente na aparência do objeto e sim no quão útil ele for (estética funcional)

PLATÃO - O mundo em que vivemos é uma cópia imperfeita do mundo ideal - Mundo sensível: o mundo no qual temos um conhecimento aproximado ou imperfeito.O mundo que podemos perceber ao nosso redor com os cinco sentidos não é o verdadeiro. A realidade não esta no que podemos ver, tocar, ouvir e perceber - Mundo inteligível: o mundo da essência, das ideias. O homem só o atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos - Existe uma beleza absoluta, imutável e grandios. - O homem se apaixona primeiro pela beleza, depois pela moral.

ARISTÓTELES - Autor de “Poética” - Para ser belo é preciso ter harmonia, proporção e medidas exatas - A desordem e a feiura são estímulos para criar a beleza na arte - A beleza não está no ideal platônico, mas na composição harmônica da realidade - Exemplos da busca pela harmonia na imagem: regra dos terços e proporção áurea -A arte é concebida apenas sob um conjunto de regras racionais passíveis de aplicação em uma produção artística

ALEXANDER BAUMGARTEN Criador do termo estética – área da filosofia que estuda a arte do belo, suas formas, gostos e emoções O belo pode ser compreendido com os sentidos, o sentimento e a imaginação Para a experiência estética mais apurada, é preciso ter um convívio regular com obras de arte Senso: o pensamento, o significado atribuído, a racionalidade Sensível: os sentidos, a afetividade e os sentimentos

IMMANUEL KANT

Paradoxos de Kant (contradições): 1o - não basta ser belo para o sujeito, ele quer que outros gostem também e para isso utiliza: Juízo de conhecimento: "esta rosa é branca" Juízo do agradável: "este alimento em agrada” Juízo estético: “esta rosa é bela” 2o - universal sem conceito: o sujeito emite um juízo estético baseado apenas no prazer ou desprazer que experimentou diante do objeto 3o - O ato da consciência que julga a beleza - relação entre interesse e desinteresse. sentimento da beleza é puramente contemplativo, é desprovido de interesse 4o - Diferença entre fim e finalidade: Fim: tem um interesse de julgamento pelo objeto e sua utilidade Finalidade: está ligado ao prazer e a sensação que o sujeito experimenta

GEORG HEGEL - A realidade é expressa pela própria realidade

- Belo artístico: relacionado a pureza do espírito, uma produção do homem - Belo natural: está submisso a realidade da natureza. Há condições determinadas que não permitem a evolução do homem - O belo artístico é superior ao belo natural - Para Hegel, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo

O BELO x FEIO

ALGUMAS DEFINIÇÕES SOBRE O BELO: Imannuel Kant diz que é belo tudo aquilo que, sem nenhuma intelectualização, é objeto de uma satisfação do espírito. O belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. Georg Hegel define que a beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. Essa mudança reflete mais perceptivelmente na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que uma exigência interna do belo.

CATEGORIAS DE BELEZA A sensibilidade estética pode enquadrar-se em várias categorias sendo as principais: BELO: é equilíbrio da perfeita combinação de todos os elementos esteticamente relevantes SUBLIME: nasce exatamente do aumento da intensidade do belo BONITO: é a forma diminuída do belo e não alcança a harmonia e a realização por inteiro

POÉTICO: dispõe dos elementos estéticos com leveza e encanto e produz a harmonia do todo GRACIOSO: é mais dinâmico, é característico de formas em movimento, espontâneo, elegante sem esforço.

Belo x Feio BELO - é a manifestação formal da ordem, da simetria e da proporção. FEIO - seria tudo aquilo que é, formalmente, desordenado, assimétrico ou desproporcional...


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