Resumo Mídia, Sociedade e Cultura PDF

Title Resumo Mídia, Sociedade e Cultura
Author Matheus Wilczek
Course Sociologia Da Comunicação
Institution Universidade Federal de Santa Maria
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Resumo do livro Mídia, Sociedade e Cultura - Heloisa Buarque Almeida...


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - RELAÇÕES PÚBLICAS I SEMESTRE DE 2020

Mídia, Sociedade e Cultura Matheus Sampaio Xavier Wilczek Professora: Camila Marques Sociologia da Comunicação

Santa Maria, 2020

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - RELAÇÕES PÚBLICAS I SEMESTRE DE 2020

Resumo: Mídia, Sociedade e Cultura A forma como a televisão tornou-se algo central nas casas de caráter popular, influenciou diretamente no posicionamento do jornalismo, pois mesmo que indiretamente, em novelas, por exemplo, havia a necessidade de representar pautas que os telespectadores se identificassem. Essa construção social, onde a mídia influencia e molda-se de acordo com o público alcançado, foi desenvolvida no século 19 e percorrida com o passar dos anos através da evolução dos meios midiáticos. Desta forma, criou-se uma camada intermediária de bens culturais que se distanciavam tanto da arte elitista, quanto das tradições folclóricas, teatro popular e artesanato. No início da ascensão da mídia, o público alcançado era tratado como massa, sem considerar seus nuances e peculiaridades. Segundo Gustave Le Bon, o indivíduo dentro dessa massa é guiado como um rebanho sem considerar o ser humano como um sujeito pensante e questionador. Desta maneira, havia também a ideia de que as revoluções ou mudanças socias abruptas eram, principalmente, por influência midiática, desconsiderando a capacidade das pessoas em questionar a sociedade em que vivem. Posteriormente, em 1930, os EUA buscavam expandir sua influência em um âmbito global com a exportação de seus filmes hollywoodianos e o American Way of Life, que construiu uma base influente, principalmente, na América Latina. Logo, com o fator histórico da Segunda Guerra Mundial, ocorreu a análise do discurso nazista buscando trazê-lo como um aliado comunicacional e a formulação de um novo modelo de condução da informação, proposto pelo cientista político, Harold Lasswell. É válido ressaltar também, que nesse mesmo período os estudos de rádio propostos por Paul Lazarsfeld, tiveram uma grande relevância no âmbito comunicacional, influenciando inclusive a formulação de pesquisas de rádio e tv no Brasil. Além disso, Lazarsfeld estimulava um modelo comunicacional diferenciado de Lasswell, ele dizia que a influência ocasionada pela informação era concebida de maneira indireta. Desta forma, a ideia de que o processo de assimilação era feito por emissor > mensagem > receptor, mostrava-se obsoleto, e as influencias eram internalizadas por meio de mediações. Mas o mesmo reconhecia o poder dos meios de comunicação em atribuir status para as coisas e seu efeito narcotizante, onde o indivíduo se põem fora do pensar politicamente e rende-se ao entretenimento proposto pela mídia. Na Europa, há o destaque dos estudiosos de Frankfurt, principalmente com a teoria de Adorno e Horkheimer, que desenvolveram a teoria da indústria cultural, onde há a produção cultural vendo o público de uma maneira massificada, ou seja, são artistas, escritores, atores e jornalistas que produzem bens culturais de uma maneira padronizada. Segundo Adorno sobre os filmes de Hollywood, “escondem as perversidades do sistema capitalista, promovendo o conformismo e a aceitação de valores sociais dominantes.” Desta maneira, os filmes norte-americanos se vincularam a gêneros pré-estabelecidos, como os policias, faroeste, românticos, desestimulando a criatividade.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - RELAÇÕES PÚBLICAS I SEMESTRE DE 2020

Em uma outra perspectiva frankfurtiana, temos Walter Benjamin, que defende a ideia da reprodutibilidade técnica como uma forma de democratizar a arte e torná-la mais acessível a outras camadas da população. Por outro ponto de vista, há Edgar Morin, que ressalta os estímulos da indústria cultural em criar modelos a ser seguidos e os mesmos sendo reforçados pelo cinema, pela indústria das estrelas, cultura pop, televisão e esportes. A criação da necessidade de encontrar um amor, um ideal de feminilidade e masculinidade e a valorização da juventude estão diretamente ligados a estímulos midiáticos que confabulam em um ideal de comportamento que está fora da naturalidade do indivíduo social. Já na Inglaterra, outra vertente partia da mesma fonte, mas buscava analisar como esse público recebia a mensagem, se eles a questionavam ou só a inseriam no cotidiano sem pensar sobre isso, essa vertente ficou conhecida como Estudos Culturais. Um dos seus representantes, foi o crítico literário Richard Hoggart, que busca ilustrar a relação da classe operária inglesa com a produção cultural massificada dentre as décadas de 1930 e 1940. Além disso, o mesmo busca entender, junto com Raymond Williams e E.P. Thompson, os efeitos do pós-guerra na sociedade inglesa. Williams também é notável por seus estudos relacionado ao poder que é difundido além da coerção e violência, onde a elite domina através do convencimento de sua superioridade. Além disso, o mesmo destaca que a tv é uma instituição social, ou seja, a tv não só influencia, mas ela é parte da sociedade. Ainda no contexto da televisão temos Stuart Hall, que deteriora a ideia de que a transmissão de informação é linear e afirma que o emissor possui um público específico que pretende atingir. Ele também afirma que o público é heterogêneo, logo a decodificação da mensagem é feita e assimilada de maneiras diferentes. No final, a autora salienta a grande quantidade de estudos realizados no Brasil, destacando Renato Ortiz, ressaltando sua obra a moderna tradição brasileira. E como a tv nos anos 80 ocasionou uma unificação simbólica brasileira. Além disso, é válido ressaltar que o fator geográfico/regional pode influenciar no entendimento de telejornais e novelas que estão muito presentes no cotidiano dos brasileiros. Em sua conclusão, salienta as transformações sociais que a internet pode ocasionar e os fenômenos que a mesma pode guiar. Enfim, um produto midiático atual que pode ser considerado contra hegemônico é a série da Netflix “Eu Nunca”, que busca analisar a relação de uma garota americana de ascendência indiana com a sociedade ao seu redor. Desta forma, a mesma se trata de uma protagonista não convencional, e inclui em seu núcleo de personagens principais (dentre eles, ascendências chinesas e afro-americanas), poucos caucasianos, os quais são muitas vezes normatizados como protagonistas....


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