Title | Resumo português do 10 ano para todos os alunos |
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Course | Portuguese |
Institution | Universidade Nova de Lisboa |
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Resumo portugues do 10 anoPortuguês (Gramática - Literatura) 21 pag.Document shared on docsityPoesia trovadoresca1. Contextualização histórico-literáriaPoesia trovadoresca é a designação dada ao conjunto de composições poéticas medievais que eram destinadas a serem cantadas e que foram produzidas po...
Resumo portugues do 10 ano Português (Gramática - Literatura) 21 pag.
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Poesia trovadoresca 1.
Contextualização histórico-literária
Poesia trovadoresca é a designação dada ao conjunto de composições poéticas medievais que eram destinadas a serem cantadas e que foram produzidas por poetas que, para alem de comporem poemas (cantigas), tocavam e cantavam sendo por isso trovadores. Esses trovadores eram normalmente nobres e dedicavam-se a compor e cantar poemas apenas por prazer. A poesia trovadoresca apareceu durante a Idade média (de meados do século XII a meados do seculo XIV). Clero → cultura monástica; Nobreza e povo → cultura profana. 2.
Representação de afetos e emoções
A poesia trovadoresca reflete, de forma de trabalhada e representa vivências do seu tempo de forma subjetiva, pois tem por base os sentimentos e as emoções. Um dos temas predominantes é o amor. →Cantiga de amigo – apresenta uma voz feminina (donzela), os sentimentos por ela vividos relativamente a um amigo que pode estar longe, ausente (por sua vontade ou guerra/viagem), levando-a a manifestar saudade, tristeza, mágoa, angústia etc. O sentimento que tem pelo amigo também pode expressar nela alegria, sensualidade, confiança. A donzela normalmente revela o que sente à sua mãe, às amigas ou mesmo à Natureza, tornando-se assim, todas confidentes desse amor, ou silenciosas ou respondendo aos seus anseios e duvidas da donzela. A ligação à Natureza e sendo ela uma personagem de confiança, dão a este tipo de cantiga uma espontaneidade e naturalidade próprias.
→Cantigas de amor – apresenta uma voz masculina e o sentimento vivido por homem que se coloca ao serviço da mulher, normalmente, casada. A dama reflete-se distante fria ou até indiferente que a torna superior ao poeta, o que lhe presta um serviço de vassalagem seguindo o código de amor cortês. O sujeito masculino vive numa paixão infeliz (coita de amor) porque não pode ser concretizada. Nestes poemas encontramse emoções que refletem o seu sofrimento de amor, como a dor, a angústia, o desespero, a loucura ou a própria morte. O amador pode louvar também a sua amada, a sua senhor, e traça todo um retrato idealizado da mesma, realçando as suas características físicas (cabelo, pele…) ou características morais (bom senso, bem falar…). Para prestar um bom serviço, o poeta nunca menciona a donzela mantendo o respeito por ela. →Cantigas de escárnio e maldizer – os trovadores e jograis sentiram também necessidade de apontar o dedo a algumas figuras da sociedade, como situações ou comportamento, e fizeram-no de forma direta usando linguagem satírica, por vezes violenta- cantigas de maldizer. As cantigas de escárnio são mais indiretas, não referindo especificamente quem era o alvo e recorrendo a uma linguagem de trocadilhos e irónica. Este tipo de cantigas tem uma intenção critica, moralizadora e cómica, dando assim um retrato mais completo da sociedade daqueles tempos.
3. ▪
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Espaços, protagonistas e circunstância
Cantiga de amigo – Ambiente doméstico e familiar, marcadamente feminino (donzela ou meninas e as amigas, ou a mãe e a filha); ambiente coletivo (romaria, santuário) ou rural (campo, rio, mar); origem autóctone, resultando da tradição lírica já existente na região. Cantiga de amor – Ambiente aristocrático (rei, nobres, senhores); palácio ou corte; ambiente marcado por um código e por convenções (amor cortês); cantigas importadas em particular da zona de Provença. Cantiga de escárnio e maldizer – Ambiente palaciano e de cort e. 4.
Linguagem, estilo e estrutura → As cantigas de amigo caracterizam se por uma estrutura rítmica e estrófica muito próxima de uma musica. Como tal, podem acontecer dois processos (em simultâneo ou isolados) : o refrãorepetição de um ou mais versos no final de cada estrofe- e o paralelismo. Estão presentes também recursos expressivos como a personificação, comparação ou apostrofe. As cantigas de amor podem ou não recorrer a um refrão e normalmente são utilizados recursos expressivos como a adjetivação, a hipérbole ou a comparação. Nas cantigas de maldizer e escárnio é muito recorrente utilizar a sátira e o cómico recorrendo também, como recurso expressivo, a ironia
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Analise de algumas cantigas:
Características temáticas : ▪
1. Ondas do Mar de Vigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai, Deus!, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus!, se verrá cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro! E ai Deus!, se verrá cedo! Se vistes meu amado, por que hei gran cuidado! E ai Deus!, se verrá cedo!
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Nesta cantiga, a amiga dirige-se às ondas do mar (apostrofe), querendo saber noticias novas do seu amigo. A natureza torna-se confidente (personificação) mas o mar não responde (símbolo de distância e do perigo “mar levado”) As ondas simbolizam a inquietação e o estado de espirito da menina. Esta confidência ao mar é acentuada pela súplica que a menina faz a Deus (“e ai Deus, se verrá cedo”- apostrofe) Por sua vez , o apelo a Deus « traduz um sentimento de grande expectativa pelo regresso do amigo.
Marcas das cantigas de amigo: O sujeito poético é uma donzela que deseja saber noticias sobre o seu amigo ausente e distante. A natureza é confidente da menina e é às ondas que a donzela questiona pelo amado. O cenário é primitivo e singelo – o mar. A simplicidade da cantiga é evidente na sua estrutura (refrão e paralelismo) e também no tipo de rima.
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2.
Cantigas de amigo
Caracteristicas temáticas :
Ai eu, coitada, como vivo en gran cuidado por meu amigo, que hei alongado! Muito me tarda o meu amigo na Guarda! Ai eu, coitada, como vivo en gran desejo por meu amigo, que tarda e non vejo! Muito me tarda o meu amigo na Guarda
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A donzela revela o seu sofrimento, a sua coita (desgraça), e preocupação pelo amigo que está afastado e que se demora na Guarda. A donzela revela na segunda estrofe, que a saudade torna-se em grande desejo de o ver. A interjeição “Aí” confere um tom de confidência que acentua a dor da ausência. O excesso de (!) contribui para acentuar a sentimentalidade já expressada.
Marcas de cantiga de amigo: ▪ ▪ ▪
Voz feminina; Sentimentalidade espontânea e natural – expressão da saudade pelo amigo que tarda. Estrutura simples e repetida (paralelismo e refrão) que remete para um caracter tradicional (autóctone).
3. Bailemos nós ja todas tres, ai amigas, so aquestas avelaneiras frolidas e quen for velida, como nós, velidas, se amigo amar, so aquestas avelaneiras frolidas verrá bailar.
Por Deus, ai amigas, mentr'al non fazemos, so aqueste ramo frolido bailemos e quen ben parecer, como nós parecemos, se amig'amar, so aqueste ramo so'l que nós bailemos verrá bailar.
Bailemos nós ja todas tres, ai irmanas, so aqueste ramo destas avelanas e quen for louçana, como nós, louçanas se amig'amar, so aqueste ramo destas avelanas verrá bailar. Caracteristicas temáticas: ▪ ▪ ▪ ▪
Uma donzela enamorada, alegre e feliz, confiante na sua beleza e na das suas amigas, certa na sua capacidade de sedução, mostra-se ansiosa por ir bailar e faz o convite às amigas. Esse convite é alargado a outras donzelas desde que sejam igualmente formosas e belas, desde que estejam apaixonadas. As donzelas, sendo as destinatárias do convite são as suas confidentes. Todas bailam, envolvidas na Natureza, que com elas partilha a alegria do despertar do amor.
Marcas das cantigas de amigo: -Voz feminina faz convite a outras donzelas, que também são suas confidentes. -Autoelogio às mulheres -Empatia com a Natureza que está em consonância com os sentimentos de felicidade, amor e sedução da menina. -O refrão e o paralelismo ajudam a criar um ritmo e uma cadência, reforçando a mensagem e contribuindo para o caracter musical da cantiga.
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Proençaes soen mui ben trobar e dizen eles que é con amor; mais os que troban no tempo da frol e non en outro, sei eu ben que non an tan gran coita no seu coraçon qual m'eu por mha senhor vejo levar.
Caracteristicas temáticas:
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Pero que troban e saben loar sas senhores o mais e o melhor que eles poden, soõ sabedor que os que troban quand'a frol sazon á, e non ante, se Deus mi perdon, non an tal coita qual eu ei sen par.
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Ca os que troban e que s'alegrar van eno tempo que ten a color a frol consigu', e, tanto que se for aquel tempo, logu'en trobar razon non an, non viven [en] qual perdiçon oj'eu vivo, que pois m'á-de matar.
4.
Ai, dona fea! Foste-vos queixar que vos nunca louv'en meu trobar; mas ora quero fazer um cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Ai, dona fea! Se Deus me pardon! pois avedes [a] tan gran coraçon que vos eu loe, en esta razon vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçon: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero muito trobei; mais ora já un bon cantar farei, en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia!
O tema desta cantiga é a coita do amor, ou seja, a morte por amor. O trovador compara o seu amor com o dos provençais. Embora os provençais saibam trovar, só trovam na primavera (“tempo da flor”) e fora desse tempo não. Logo, o trovador critica e distancia-se dos poetas provençais. O sofrimento do interprete é verdadeiro em oposição ao convencionalismo provençal. Esta cantiga também pode funcionar como uma arte poética na arte de trovar: a poesia convencional (a dos provençais) e uma poética autêntica assente na coita de amor profunda (a do trovador).
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Marcas das cantigas de amor: ▪ ▪ ▪
O sujeito poético é masculino – um trovador. Coita do amor associadas ao amor cortês. Relação direta entre a senhor e o sofrimento do poeta.
Caracteristicas temáticas: - É uma cantiga de escárnio pois critica de forma indireta (sem referir o nome) a atitude, o comportamento de uma dona que quer ser louvada, apesar de não possuir atributos para tal de tão “fea, velha e sandia”. - Nesta cantiga também é uma paródia ao amor cortês pois é uma imitação de uma cantiga de amor com um propósito cómico e irónico. - A ironia é comprovada ao longo da cantiga: - a dona queixou-se de não ser louvada e manifestou grande desejo em sê-lo e o poeta parece aceder-lhe esse desejo; -apesar de o sujeito poético louvar a dona, não o faz da maneira que esta pretendia, uma vez que o louvor é repetido no refrão “fea, velha e sandia” o que prova a ironia; - O refrão assinala, assim o efeito cómico que se cria ao elogiar-se não uma dona bela, jovem e com bom senso habitualmente retratada nas cantigas de amor, mas antes uma mulher cuja imagem é extremamente negativa.
Marcas de cantigas de escárnio: • •
A critica ao objeto de louvor evitando-se a identificação direta, apontando a sátira. Está presente uma linguagem rude que identifica uma poesia satírica.
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5.
Roi Queimado morreu con amor en seus cantares, par Sancta Maria, por ũa dona que gran ben queria: e, por se meter por mais trobador, porque lhe ela non quis ben fazer, feze-s'el en seus cantares morrer, mais resurgiu depois ao tercer dia! Esto fez el por ũa sa senhor que quer gran ben, e mais vos en diria: por que cuida que faz i maestria, enos cantares que faz, á sabor de morrer i e des i d'ar viver; esto faz el que x'o pode fazer, mais outr'omem per ren' nono faria. E non á já de sa morte pavor, senon sa morte mais la temeria, mais sabe ben, per sa sabedoria, que viverá, des quando morto for, e faz-[s'] en seu cantar morte prender, des i ar vive: vedes que poder que lhi Deus deu, mais que non cuidaria.
Características temáticas: ▪
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Critica direta e explicita a um poeta “Roi Queimado” que por causa do amor por uma dona, anunciava a sua morte, embora continuasse a viver – cantiga de maldizer que critica o ridículo deste poeta em particular. Critica mordaz e irónica à morte de amor tão convencional das cantigas de amor: - Roi Queimado afirmou nas suas cantigas que estava apaixonado por uma dona e que por ela morreu de amor; - fez tudo isto para provar que era um trovador com grandes qualidades; - no entanto “ressuscitou” no terceiro dia da sua morte causada pelo amor. Recurso à ironia para satirizar o poder que o Roi Queimado parece ter – morrer para depois viver outra vez fazendo alusão à ressurreição de Jesus, dizendo mesmo, no fim da cantiga que desejava ter esse poder. Os dotes do Roi Queimado para a poesia, são igualmente criticadas. Esta cantiga demonstra o artificialismo dos trovadores (pouco natural e fingido) e do quão comum existe amor cortês.
E, se mi Deus a mim desse poder qual oj'el á, pois morrer, de viver, já mais morte nunca temeria.
Marcas de cantigas de maldizer: • •
Voz masculina que manifesta a sua posição critica perante o comportamento ridículo de um poeta especifico. Efeito comico nas antíteses “morrer”/”viver” e da ironia.
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Fernão Lopes, Crónica de D. João I 1.
Contextualização histórico:
A crónica de D. João I é, na realidade, uma legitimação da nova dinastia, a dinastia de Avis, iniciada após um período conturbado entre dois reinos na monarquia portuguesa que vai de 1383 a 1385 (crise politica). Esta crónica é considerada a crónica medieval mais importante, quer pelos acontecimentos que relata, quer pela qualidade literária da sua prosa. Foi publicada pela primeira vez em Lisboa a 1644 e está dividida em duas partes: → a 1ª ocupa-se no espaço e no tempo desde a morte de D. Fernando até à eleição de D. João I; → a 2ª relata o reinado deste monarca até à paz com Castela em 1411.
1.1 Pequeno resumo da obra: É no prólogo da Crónica de D. João I que o cronista expõe o seu objetivo e método de historiar inovador. O seu desejo é "em esta obra escrever verdade sem outra mistura", para o que faz concorrer toda a gama de documentos possível, desde narrativas a documentos oficiais, confrontando-os entre si para assegurar a veracidade dos registos existentes. Ao mesmo tempo, esta crónica estabelece, de certa forma, o ponto de chegada das duas crónicas precedentes, na medida em que estas preparam os acontecimentos que culminam com a sublevação popular e consequentemente, com a entronização de D. João I. A primeira parte da crónica descreve a insurreição de Lisboa na narração célere dos episódios quase simultâneos do assassinato do conde Andeiro, do alvoroço da multidão que acorre a defender o Mestre e da morte do bispo de Lisboa. Ao longo dos capítulos, fundamenta-se a legitimidade da eleição do Mestre, consumada nas cortes de Coimbra, na sequência da argumentação do doutor João das Regras, enquanto desfecho inevitável imposto pela vontade da população. Nesta primeira parte, o talento do cronista na animação de retratos individuais, como os de D. Leonor Teles ou D. João I, excede-se na composição de uma personagem coletiva, o povo, verdadeiro protagonista que influi sobre o devir dos acontecimentos históricos. Na segunda parte, o ritmo narrativo diminui, tratando-se agora de reconhecer o rei saído das cortes, e é de novo pela ação do povo que a glorificação do monarca é transmitida, como, por exemplo, no modo como o acolhe a cidade do Porto. Um outro momento de maior relevo é consagrado, nesta parte, à narrativa da Batalha de Aljubarrota, embora aí não ecoe o mesmo tom de exaltação com que, na primeira parte, colocara em cena o movimento da massa popular.
2.
Afirmação da consciência coletiva:
A crónica de D. João I constitui uma afirmação da consciência coletiva, no sentido em que o verdadeiro herói que povoa na obra não é um herói individual como habitual (não é um cavaleiro, um nobre…) mas sim um herói coletivo – o POVO. Fernão Lopes mostram-nos com imenso realismo, vivacidade, pormenor descritivo e emotividade o povo que se revolta, que irrompe as ruas de Lisboa à procura do Mestre, que defende a cidade contra os castelhanos, que passa fome e privações por causa do cerco. A voz do povo, o sentir dos homens e das mulheres, dos mesteirais, dos homens-bons, é muitas vezes transmitida através de uma voz anonima e da multidão. Outras vezes é a própria cidade que parece revelar essa consciência do todo, assumindo quase o estatuto de uma personagem coletiva. O povo manifesta o seu patriotismo e o seu apoio ao Mestre. O povo é o verdadeiro herói da revolução e da crónica de Fernão Lopes. 3.
Atores individuais e coletivos: ▪ ▪
Atores coletivos: as gentes de Lisboa, quer como uma massa, uma coletividade, quer como grupos sociais (ex: lavradores, homens-bons, as mulheres). Atores individuais: ✓ Mestre de Avis- é caracterizado como um homem vulgar, hesitante e vulnerável às fraquezas. É um homem receoso, no seguimento do assassinato do conde Andeiro. Apesar destes defeitos – que o tornam uma personagem profundamente realista –, D. João I mostra também ser capaz de atos espontâneos de solidariedade, o que o converte numa figura cativante. Líder “desfeito” mas também solidário com a população, durante o cerco de Lisboa. ✓ Álvaro Pais- o burguês que espalha pelas ruas de Lisboa que estão a matar o Mestre, influenciando o povo a correr a seu auxilio. ✓ D. Leonor Teles- a mulher que gera ódio na população e é apelidada de “aleivosa” (traidora).
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5.
Capítulos 11, 115 e 148 da 1ª parte ( + importantes)
Uma das importâncias para Fernão Lopes era relatar a verdade objetiva e para isso o cronista não só recolhe e compila registos anteriores, como também pesquisa, confronta e recorre a documentos da Torre do Tombo, de cartórios etc… Falamos então de uma critica documental e histórica. ❖ Capitulo 11 (resumo): • • • • • • • •
O pajem do Mestre de Avis grita pelas ruas, a caminho da casa de Álvaro Pais, que matam o Mestre nos paços da rainha, o que leva as gentes, em agitação, a saírem para a rua e a pegarem em armas; Álvaro Pais, que já estava preparado, dirige-se com o pajem e outros aliados para o paços, apelando à população para se junte e corra em auxilio de Mestre; Chegada às portas do paço, que estavam fechadas, a multidão mostra-se ansiosa e agitada, querendo entrar para confirmar que o Mestre está vivo; Aconselhado pelos que estavam consigo e atendendo ao alvoroço das pessoas, o Mestre aparece à janela para apaziguar os ânimos. Perante esta visão, a população manifesta um “gram prazer”. Sentindo-se seguro, o Mestre deixa os paços e cavalga pelas ruas em direção aos paços do Almirante, onde se encontrava o conde D. João Afonso, irmão da rainha. Pelo caminho, o Mestre contacta com a população, que se mostra aliviada, alegre e disponível. Próximo dos paços do Almirante, o Mestre é acolhido pelo conde, pelos funcionários da cidade e por outros fidalgos. Já à mesa, vêm dizer ao Mestre que as gentes da cidade querem matar o bispo. O Mestre faz tenções de o ir socorrer, mas é aconselhado a permanecer ali (o bispo é morto pela população)
Tópico de analise: O episódio narrado neste capítulo enquadra-se na sequência de eventos que levaram ao cerco da cidade de Lisboa, considerado um dos focos estruturadores da crónica. • Neste capitulo, Fernão Lopes relata como se deu a aclamação do Mestre, após o...