Semântica - Resumo PDF

Title Semântica - Resumo
Author Tarsila Albuquerque
Course Linguistica
Institution Universidade Federal de Pernambuco
Pages 2
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Summary

Explicações sobre a Semântica Formal, segundo Muller e Viotti (FIORIN, 2003)....


Description

Resumo – Semântica Formal No texto Semântica Formal, Müller e Viotti iniciam o trabalho discorrendo sobre o fato de existirem diferentes interpretações a respeito de significado e significação, e argumentam que por conta desta variedade muitos tipos de ‘semânticas’ podem ser encontrados, cada um focando diferentemente a noção de significado. A partir daí, as autoras centram seu trabalho em um desses tipos, a semântica formal, que estuda a relação existente entre as expressões lingüísticas e o mundo (real, ficcional, nosso estado mental), a ligação entre os significados e o que é considerado externo à língua, sendo a referencialidade, portanto, uma propriedade fundamental das línguas naturais. Os estudiosos da semântica formal afirmam, assim, que saber o significado de uma sentença é saber quais são suas condições de verdade, ou seja, em que situações do mundo aquela sentença é considerada verdadeira. Outra propriedade da língua é a produtividade, o fato de podermos produzir e entender sentenças completamente novas. Isso é explicado porque a partir do significado de itens lexicais e suas relações (a estrutura gramatical) se compõe o significado das unidades mais complexas. Assim, cada parte da sentença contribui para a formação de sua condição de verdade. A noção de denotação ou referência é estendida não só a uma relação com seres concretos no mundo, mas também a objetos mais complexos, como propriedades e relações entre propriedades. Entretanto, ainda assim, para se descrever o significado de uma sentença, deve-se levar em conta não apenas a referência que essa sentença tem no mundo, seu valor de verdade, mas também o seu sentido, que é a forma como o objeto que serve de referência é apresentado. Tal fato explica a situações de contextos referencias ou extensionais (pode se substituir termos com a mesma referência) e contextos opacos ou intensionais (a substituição não é possível, pois os sentidos são diferentes). Após essas considerações, Müller e Viotti explicam alguns pontos a respeito das relações semânticas que podem existir tanto entre palavras quanto entre sentenças e como tais relações se estabelecem ora entre os sentidos das expressões ora entre suas referências. O primeiro desses tópicos tem a ver com os conceitos de acarretamento e pressuposição. Acarretamento é uma relação que se estabelece entre referências (entre as verdades das sentenças) e que diz respeito ao significado de uma sentença estar conectado ou ‘dentro’ de outra. Já pressuposição, mais especificamente a pressuposição lógica, é considerada parte do conhecimento partilhado pelo falante e pelo ouvinte e tem a ver com o contexto. Duas sentenças relacionadas podem possuir tanto acarretamento quanto pressuposição.

O tópico seguinte abarca sinonímia e paráfrase. Sinonímia é a relação entre duas expressões lingüísticas que possuem o mesmo sentido, apesar de que tal sentido raramente é uma equivalência perfeita. Paráfrase é a relação de sinonímia entre sentenças. Ligado aos conceitos de acarretamento e sinonímia está o de contradição, que equivale a quando duas expressões, ou sentenças, possuem sentidos incompatíveis numa mesma situação, não podendo ambas serem verdadeiras. Isto, entretanto, não impede seu uso no discurso. Um outro conceito ainda que as autoras citam é o da ambigüidade. A ambigüidade sentencial pode ocorrer por conta de uma palavra ambígua, por causa das diferentes organizações em constituintes que as palavras podem ter, havendo diferentes estruturas sintáticas, ou ainda por razões puramente semânticas sem ser de caráter lexical. Relacionado a essas idéias estão também as chamadas relações dêiticas, anafóricas e de escopo. As duas primeiras relações estão ligadas aos pronomes, que não possuem uma denotação lexicalmente fixa, podendo fazer referência a um contexto extralingüístico (relação dêitica) ou ao próprio contexto lingüístico do qual faz parte (relação anafórica). Já as relações de escopo são definidas pelo fato da interpretação de uma determinada expressão depender da interpretação de outra. Diz-se, assim, que um expressão tem escopo sobre outra expressão. Müller e Viotti finalizam então seu trabalho comentando rapidamente sobre a importância da Semântica Formal e argumentando que ela também é usada em outros estudos de semântica, como a semântica cognitiva e a semântica argumentativa, além de na pragmática e na sintaxe, tanto funcional quanto gerativa.

BIBLIOGRAFIA MÜLLER, Ana Lúcia de Paula; VIOTTI, Evani de Carvalho. Semântica Formal. In: FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à Lingüística II. São Paulo: Contexto, 2003. p. 137-159....


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