Técnica Radiográfica - Paralelismo PDF

Title Técnica Radiográfica - Paralelismo
Course URIAE - endodontia
Institution Universidade Federal de Uberlândia
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Description

TÉCNICA RADIOGRÁFICA PERIAPICAL DO PARALELISMO Técnica radiográfica também conhecida com o nome de técnica do “cone longo”, hoje substituído pelo cilindro localizador aberto; atualmente denomina-se técnica do cilindro longo ou mais propriamente, do paralelismo. Introduzida por Price , em 1904; divulgada por F.W. McCormack a partir de 1911. Seu uso foi restrito até 1947, quando Fitzgerald, procedendo modificações técnicas, viabilizou a sua prática, em consultórios dentários. Com relação aos procedimentos técnicos, existem algumas diferenças fundamentais entre as chamadas técnicas do Paralelismo e da Bissetriz, embora ambas tenham a mesma finalidade, que é o exame radiográfico do dente e região periapical. Essas diferenças obedecem a seguinte distribuição: 1. Emprego de suportes especiais para o filme radiográfico, facilitando a manutenção do mesmo, além de melhorar as relações de paralelismo entre o longo eixo do dente e filme, proporcionando assim a obtenção de uma imagem radiográfica com menor grau de ampliação. Existem diferentes modelos de suportes porta-filmes, tais como: RINN , fabricado pela Rinn Corporations, Elgin, Illinois (USA) e HANSHIN , fabricado pela Hanshin Techinical Laboratory Ltd., Nishinomika (JAPÃO). 2. As áreas de incidência do feixe de raios X, assim como a determinação dos ângulos verticais e horizontais, são facilitadas pelo posicionamento do suporte porta-filmes, dispensando assim, o cuidado na determinação prévia destes procedimentos. 3. A distância focal na técnica do Paralelismo é de 40 cm, enquanto que na técnica da Bissetriz é de 20 cm, o que vem proporcionar melhores condições no tocante ao detalhe radiográfico.

VANTAGENS E DESVANTAGENS 1. VANTAGENS a. maior simplicidade na execução do exame radiográfico, não havendo necessidade do posicionamento correto da cabeça do paciente; b. menor grau de distorção da imagem radiográfica; c. exame radiográfico padronizado, com a possibilidade de se obterem radiografias iguais em épocas diferentes. d. Determinação dos ângulos verticais e horizontais, pelo posicionamento do suporte porta-filmes.

2. DESVANTAGENS a) maior possibilidade de movimentos do paciente, devido a um maior tempo de exposição; b) dentro de certos limites, proporciona um leve desconforto ao paciente; c) maior custo operacional, devido ao uso de suportes porta-filmes, geralmente de procedência estrangeira.

INDICAÇÕES DAS TÉCNICAS PERIAPICAIS Como objetivo principal do exame radiográfico intrabucal, quer seja utilizando a técnica radiográfica da bissetriz ou do Paralelismo, temos: proporcionar uma visão de conjunto das estruturas componentes do órgão dentário e região periapical. Outros vários aspectos importantes poderão ser assinalados através do exame periapical : a. estudo das relações anatômicas entre dentição decídua e permanente, assim como a cronologia da erupção dentária; b. presença de pequenas alterações coronárias, tais como os processos de cáries nas fases iniciais, cujo exame clínico não nos dá uma boa visão. A presença de cáries reincidentes, sob restaurações, também poderá ser detectada pelo exame radiográfico intrabucal , principalmente quando empregamos a técnica do Paralelismo; c. no tocante aos tecidos dentinários e pulpares, a presença de alterações estruturais (cáries), mineralizações, nódulos pulpares, reabsorções e forma da câmara pulpar e dos condutos também são motivos de exames, através das técnicas periapicais da Bissetriz e do Paralelismo; d. na manipulação dos condutos radiculares, o conhecimento da forma, do tamanho e do número de raízes dentárias é de grande valia, principalmente para o especialista em Endodontia; e. a existência de anomalias dentárias, reabsorções radiculares internas e externas, lesões patológicas periapicais, inclusões dentárias e patologias ósseas circunvizinhas ao órgão dentário, todos estes aspectos poderão ser examinados com o emprego do exame radiográfico intrabucal periapical. A técnica radiográfica Periapical do Paralelismo utiliza, num exame radiográfico de rotina, 16 a 18 radiografias e, pelo exposto acima, com o aumento da distância há um aumento considerável no tempo de exposição à radiação por parte do paciente. Some-se a estas, a complementação adicional de mais 04 (quatro) radiografias pela técnica interproximal dos dentes posteriores. Lembrete: as radiografias panorâmicas não são aceitáveis para o diagnóstico periodontal, pois dão maior grau de distorção e menor grau de detalhes. Para termos um verdadeiro diagnóstico radiográfico (confiar na imagem radiográfica), a radiografia deve reunir certas condições técnicas mínimas, fundamentais, como: máximo detalhe, contraste médio e pouca ou nenhuma distorção. Estes aspectos devem ser uniformes em toda a série radiográfica.

Sob o ponto de vista periodontal, na radiografia, deve-se estudar : o osso alveolar, o espaço periodontal, e o dente. Segundo Badeia (1977), a radiografia é útil na determinação das seguintes condições: 1. Reabsorção do osso alveolar: radiopacidade diminuída da crista (alteração da cortical ou septo). 2. Distribuição da perda óssea: extensão horizontal e vertical, furcas. 3. Perda da lâmina dura (cortical alveolar). 4. Alteração da trabeculagem óssea. 5. Relação coroa/raiz – nível ósseo alveolar. 6. Espaço periodontal e suas variações. 7. Forma e tamanho das coroas. 8. Forma, comprimento e número de raízes. 9. Perda de substâncias dentárias: cáries, reabsorções dentinárias, reabsorções radiculares, etc. 10. Afecções periapicais. 11. Iatrogenias: dentisteria e próteses inadequadas. 12. Alterações ósseas devido a distúrbios esqueléticos de etiologia diversa.

LIMITAÇÃO DA RADIOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO PERIODONTAL 1. Não registra a presença de bolsa periodontal ou mobilidade dentária. 2. Não registra a morfologia interna ou a profundidade dos defeitos ósseos, interdentários crateriformes que aparecem como defeitos verticais ou angulares, nem tampouco a amplitude da lesão nas superfícies ósseas vestibulares, linguais ou palatinas, assim como a existência de fenestrações ou deiscências. 3. Normalmente não demonstra a proporção entre tecidos moles e duros: projeta apenas o nível ósseo alveolar, mas não determina a quantidade de tecido mole coronário ao osso alveolar (Prichard). 4. Na realidade, a radiografia mostra a imagem da destruição óssea menos grave do que aquela que ocorre de fato (Theilad). 5. Não estabelece uma distinção específica entre o caso tratado com êxito e o caso não tratado....


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