Transmissão Sináptica - Transmissão sináptica, tipos de sinalização celular, vias de sinalização e substâncias sinalizadoras PDF

Title Transmissão Sináptica - Transmissão sináptica, tipos de sinalização celular, vias de sinalização e substâncias sinalizadoras
Author Amanda Peracchi Schneider
Course Internato Em Clínica Médica
Institution Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
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Transmissão sináptica, tipos de sinalização celular, vias de sinalização e substâncias sinalizadoras...


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TRANSMISSÃO SINÁPTICA

→ Nas sinapses elétricas, as membranas dos neurônios pré-sinápticos e pós-sinápticos entram em contato, e junções comunicantes formam pontes de baixa resistência pelas quais íons passam com relativa facilidade de um neurônio para outro; → Tem neurônios fora do cérebro, mas todos estão conectados com o nosso sistema nervoso central; → Composição de neurônios: corpo do neurônio ou soma que possui o núcleo, as ramificações que partem do corpo do neurônio são dendritos (os dendritos se comunicam com os outros neurônios), o axônio (ligado com o corpo pela zona de gatilho ou cone de implantação) e a parte final é a chamada de terminal axonal; → Os canais de sódio voltagem dependente se encontram na zona de gatilho e por todo axônio, mas não no corpo do neurônio. Eles ficam nos nódulos de Ranvier; → Por questões elétricas o sódio quer entrar e por questões de difusão também; → Nível de sódio dentro do neurônio é muito baixo; → Houve um influxo de cargas positivas e a voltagem subiu, atingindo o limiar (-55mV), que abre os canais de sódio voltagem dependente. Ocorre o potencial de ação, inversão das cargas periféricas; → A medida que eu abro o primeiro canal de sódio voltagem dependente na zona de gatilho, ocorre um efeito dominó, abrindo todos os canais ao longo do axônio, proporcionando a abertura dos canais de cálcio voltagem dependente (localizados no terminal axonal) que seguem na mesma onda; → O potencial elétrico do axônio repolariza com a saída de potássio pelos canais de potássio; → O potencial de ação no neurônio é unidirecional, porque ele só vai em uma única direção; → A bainha de mielina é um isolante elétrico; → O sentido unidirecional permite direcionar a passagem da informação a um ponto específico; → Sinapse química: - Neurônio que vem antes: pré-sináptico; - Neurônio que vem depois: pós-sináptico. → Vesículas com neurotransmissores localizadas no terminal axonal; → Canal de cálcio voltagem dependente: cálcio louco para entrar porque tem muito pouco dentro do neurônio (questões de difusão), está localizado só no canal axonal. É um sinalizador químico da vesícula; → Cálcio sinaliza as vesículas, que se fundem com a membrana e liberam (exocitose) os neurotransmissores na fenda sináptica. Os neurotransmissores se ligam nos receptores do neurônio pós-sináptico;

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→ Fenda sináptica: espaço entre os dois neurônios; → Quando mais rápido os neurotransmissores se ligam nos receptores do neurônio póssináptico, mais rápida a recepção da informação; → Acetilcolinesterase é um neurotransmissor. A serotonina também; → Neurotransmissor: GLUTAMATO - Principal neurotransmissor excitatório do SNC; - O receptor de glutamato é um canal de Na+ dependente de ligante; - A entrada do Na+ aumenta a chance de o neurônio pós-sináptico atingir o limiar. → Neurotransmissor: GABA - Principal neurotransmissor inibitório do SNC; - É uma substância hiperpolarizante (muito negativa dentro); - Abre o canal para a entrada do cloreto; - O cloreto (Cl-) quer entrar por questões de difusão; - Mais difícil para atingir o potencial de ação, pois deixa o potencial dentro da célula mais negativa ainda; - Mais difícil para fazer sinapse ↔ mais difícil para gerar potencial elétrico. → Mais neurotransmissores: dopamina, noradrenalina, serotonina e acetilcolina; → O neurotransmissor tem que ser retirado, após isso é recaptado; → Agonista: potencializa o neurotransmissor; → Antagonista: inibe o neurotransmissor. TIPOS DE SINALIIZAÇÃO CELULAR Existem diferentes tipos de sinalização celular, que se diferenciam principalmente pela rota estabelecida pela molécula sinalizadora até alcançar a célulaalvo. Diante disso, temos: → Sinalização autócrina: a molécula sinalizadora é produzida por uma célula sinalizadora que também é a célula-alvo; → Sinalização parácrina: nessa sinalização, a molécula sinalizadora é liberada e atua em células que estão próximas a ela. Nesse processo, a molécula encontra a célula-alvo por processo de difusão; → Sinalização de longas distâncias: elétricas ou químicas. VIAS DE SINALIZAÇÃO As vias de sinalização compartilham as seguintes características: 1. A molécula sinalizadora é um ligante que se liga a um receptor. O ligante também é conhecido como um primeiro mensageiro porque leva informações a sua célula-alvo. 2. A ligação ligante-receptor ativa o receptor. 3. O receptor, por sua vez, ativa uma ou mais moléculas sinalizadoras intracelulares. 4. A última molécula sinalizada na via inicia a síntese de proteínas-alvo ou modifica as proteínas-alvo existentes para gerar uma resposta. a. Hormônios: são secretados por glândulas ou células endócrinas na corrente sanguínea. Apenas células-alvo com receptores para o hormônio respondem ao sinal. b. Neurotransmissores: são substâncias químicas secretadas por neurônios, as quais se difundem através de uma pequena fenda até a célula-alvo. Neurônios também usam sinais elétricos.

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c. Neuro-hormônios: são substâncias químicas liberadas por neurônios na corrente sanguínea para agirem em alvos distantes. SUBSTÂNCIAS SINALIZADORAS Classificadas em dois tipos: → LIPOFÍLICAS: são apolares. Atravessam livremente a membrana da célula que vai receber a informação. Porque são pequenas e apolares, passando pelos fosfolipídios. São substâncias derivadas do colesterol (ex: progesterona, testosterona, estradiol que ativam ou inativam genes). Tem mais chance de ser cancerígena porque modula gene. São mais demoradas do que as lipofóbicas (resposta lenta). → LIPOFÓBICAS ou PEPTÍDICAS: não se misturam em meio apolar pois são polares. São maioria no nosso corpo. São incapazes de se difundir através da membrana. Mandam a mensagem para dentro da célula através de receptores. Ex: insulina, glucagon. Se divide em substâncias do tipo: • Ionotrópicas: o próprio receptor é o canal iônico, a substância abre e fecha os canais. É a resposta mais rápida. Exemplo: GABA e glutamato. • Metabotrópicas: efeito cascata, uma molécula vai ativando a outra. Exemplo de receptor: guanilato ciclase, tirosina cinase (se liga a molécula sinalizadora, tira um fosfato do ATP e o insere em uma proteína, a partir disso ocorre uma cascata metabólica/de sinalização) e via proteínas G, em que a molécula sinalizadora se liga ao receptor GPCR, aí a proteína G se desloca na membrana plasmática para ativar uma outra proteína acoplada a membrana (canal iônico, fosfolipase C ou adenilato ciclase). Ou seja, proteínas G ativadas alteram a função de muitos efetores subsequentes. A maioria desses efetores são enzimas que produzem segundos mensageiros intracelulares. Exemplos de enzimas efetoras são adenilato-ciclase, guanilatociclase e fosfolipase C, entre outras. As proteínas G, além de ativar moléculas efetoras, podem também se ligar e ativar diretamente canais iónicos. OBS: Fosfato: é um sinalizador celular lipofóbico, principalmente para enzimas. Inativa ou ativa uma proteína. Precisa da proteína cinase/quinase que o leva até a proteína alvo. Cálcio: é um sinalizador celular lipofóbico. Cálcio dentro da célula muscular, sinalizador para contração. Também é utilizado na sinapse. IMPORTANTE: “Em bioquímica, uma proteína cinase ou quinase, é um tipo de enzima que transfere grupos fosfatos de moléculas doadoras de alta energia (como o ATP) para moléculas-alvo específicas (substratos). O processo tem o nome de fosforilação.”

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