Trovadorismo a Romantismo PDF

Title Trovadorismo a Romantismo
Course Literatura Portuguesa e Brasileira
Institution Ensino Médio Regular (Brasil)
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Resumo de Ensino Médio brasileiro...


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ESCOLAS LITERÁRIAS Trovadorismo, humanismo, classicismo, quinhentismo, barroco, arcadismo, romantismo Trovadorismo (séc. XII a XV) O trovadorismo é o primeiro período literário, que durou de 1189 a 1434, na península Ibérica. Contexto histórico-cultural: no final do século XI, o rei de Leão e Castela, Dom Afonso VI, casou suas filhas Urraca e Tareja com dois condes. Tareja, filha bastarda, recebeu um pequeno território, o Condado Portucalense, que demorou para conseguir sua independência, enquanto Urraca recebe a Espanha. Na época, a sociedade era marcada pelo teocentrismo, tendo a figura de Deus como centro das coisas e do Universo e a Igreja Católica organizou as Grandes Cruzadas. - sistema feudal - língua falada: galego-português, também conhecida por português-arcaico ou galaicoportuguês Trovador: poeta do Trovadorismo, que pertencia à nobreza decaída e fazia poemas para serem cantados para animar a vida dos feudos, juntamente com pessoas com diversas habilidades artísticas (malabaristas, atores, equilibristas, mágicos, etc.). Trovadorismo em forma de poema As cantigas eram poemas feitos para ser cantados, acompanhados por instrumentos musicais, sendo dividas em lírica e satírica. Lírica: ressaltam os sentimentos humanos, principalmente os de amor. É subdividida em: de amor e de amigo. - lírica de amor: origem provençal (Provença - França). Tanto o “eu lírico” quanto o autor eram masculinos. A mulher, nesse tipo de cantiga, era inacessível, seja por pertencer a uma classe social mais alta que a do homem, por ser mais velha ou por estar casada, assim, estabeleceu-se um amor cortês, em que o homem era vassalo, clamando o amor feminino (vassalagem amorosa) - coita: sofrimento de amor - “mia senhor”: era como os trovadores se referiam às mulheres, pois não existia o feminino de “senhor”, na época, sendo equivalente à “minha senhora” - cantiga bem elaborada Um exemplo que pode ser associado à uma cantiga lírica de amor, atualmente, é a canção “Queixa”, de Caetano Veloso: “Princesa, surpresa, você me arrasou [...]

Um amor assim delicado Nenhum homem daria [...] Você pensa que eu tenho tudo E vazio me deixa” - lírica de amigo: origem peninsular. O “eu lírico” era feminino e o autor masculino, já que o trovador se passava por uma mulher, geralmente camponesa, que, por ter a figura masculina ausente em decorrência das Cruzadas ou do serviço militar, clamava por seu amado (confessando para mãe, amiga, irmã ou natureza, como “mares”, “pinheiro” e “aves”) - homem não aparecia na cantiga Satírica: cantigas de cunho popular, brincalhão e, muitas vezes, cruel. A linguagem usada é debochada e há uso de trocadilhos e termos obscenos. É dividida em escárnio e mal dizer: - satírica de escárnio: crítica indireta, sem citar nomes, generalizando e trazendo ambiguidades - satírica de mal dizer: crítica direta, citando nomes e com muitos palavrões. Exemplo de canção atual que pode relacionar-se com a sátira de mal dizer: “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque: “Joga pedra na Geni! Joga bosta na Geni! Ela é feita pra apanhar! Ela é boa de cuspir! Ela dá pra qualquer um! Maldita Geni!” Paralelismo: sequência de frases com estrutura idêntica, sendo a simetria de frases

Refrão ou estribilha: se repete a cada estrofe Trovadorismo em forma de prosa A canção de gesta, que contava fatos históricos, deu origem a prosa dentro do trovadorismo. Dentro dessa prosa, encontramos: novelas de cavalaria, cronicões, livros de linhagem e hagiografia. Novelas de cavalaria: é dividida em três ciclos (clássico, carolíngio e Bretão ou Arturiano) - Clássico: temas greco-latinos - Carolíngio: conta sobre histórias de Carlos Magno - Bretão ou Arturiano: conta sobre histórias do Rei Artur. Nesse ciclo encontra-se a mais importante novela de cavalaria: “A Demanda do Santo Graal”. Nela, ocorre uma busca pelo cálice sagrado (o santo graal – que foi roubado), sendo representado pelo suor e lágrimas derrubados por Jesus ao ser crucificado e recolhido por José de Arimateia. O cavaleiro premiado, por encontrar o cálice, é Galaaz. Cronicões: conta fatos sobre pessoas importantes de Portugal Livros de linhagem: falava sobre reis Hagiografia: falava sobre santos, como a Santa Maria Goret Humanismo (século XV) O Humanismo é a fase de transição entre o fim da Idade Média trovadoresca e o Classicismo renascentista do século XVI. Assim, é o período de transição entre teocentrismo (Trovadorismo) e antropocentrismo (Classicismo), possuindo valores teocêntricos e antropocêntricos. Durante esse período (1434-1527), apareceram três vertentes literárias:

- historiografia de Fernão Lopes - poesia palaciana - teatro de Gil Vicente Ao nomear Fernão Lopes, em 1434, para ser “guardador-mor” (ou guarda-mor) da Torre do Tombo, o rei D. Duarte inaugurava o Humanismo, com a historiografia. Fernão Lopes (crônica histórica – historiografia): Fernão escreveu crônicas descritivas sobre reis que passaram por Portugal, as quais eram fidedignas (fiéis e dignas, não podiam ser inventadas/fictícias). Crônicas feitas por ele: - Crônica d’El Rei Dom Fernando - Crônica d’El Rei Dom João I, o Mestre de Avis - Crônica d’El-Rei Dom Pedro: Dom Pedro casou-se com Dona Constança e teve um caso com a dama de companhia de sua esposa, Inês de Castro, uma plebeia com a qual teve dois filhos. Dona Constança engravidou de seu marido, mas os filhos de Inês já eram nascidos e o mais velho deles deveria assumir o trono do pai, o que não era bem visto pela população, já que o garoto não tinha sangue real. Dona Constança morre e Dom Pedro pretende se casar com Inês, mas o povo é contra e pede a cabeça da plebeia. Quando Dom Pedro se ausenta, seu pai manda alguns de seus capangas para matar Inês e seus filhos, o que não ocorre, já que os homens ficam com pena das lágrimas da mulher. Assim, o próprio rei, manda decapitar Inês e mata seus filhos, devido à insatisfação popular. Ao retornar, Dom Pedro manda desenterrar Inês e a coroa como rainha de Portugal, obrigando seus súditos a beijarem a mão da mulher morta. 

Surge o provérbio “Agora Inês é morta”, que possui mesma semântica de “não adianta chorar pelo leite derramado”

- Camões coloca essa narrativa em “Os Lusíadas” A poesia palaciana: a melopeia (fala + música/cantigas com instrumentos musicais) desaparece, dando origem à poesia, que passa a ser declamada dentro de palácios, de uma forma mais formal, com uma linguagem mais próxima do português, pois estava associada com a nobreza. - o eu lírico é sempre masculino e chama mulher de “senhora” (assemelha-se, nesse aspecto, com cantiga de amor) - a melopeia originou a música e a poesia (dramatização) como duas coisas separadas, sendo que eram juntas antes

O teatro popular de Gil Vicente: antes de Gil Vicente existia o teatro clássico (não escrito), que contava milagres e mistérios de Jesus Cristo, sendo exclusivo à nobreza e ao clero e com intenção puramente doutrinária. Depois de Gil Vicente, o teatro passa a ser escrito, apresentado nas igrejas, praças e escolas para todos verem, tendo como base um tema e um discurso para entreter o público, se popularizando. 

A primeira apresentação de Gil Vicente foi “Auto da visitação (ou Monólogo do vaqueiro”, feita para saudar o nascimento de Dom João III, filho da Rainha

Em suas peças, Gil critica os vícios do ser humano, que é mais apegado ao dinheiro do que à alma, sendo muito pecador. Ele escreveu autos e farsas Autos: crítica com religiosidade no meio; escrita em versos geralmente redondilhos (Auto da Barca do Inferno; Auto da visitação; Auto da Lusitânia) Farsas: crítica profana (sem religiosidade no meio); escrita em versos (Farsa de Inês Pereira; Farsa do Velho da Horta); critica os vícios dos tipos sociais, admitindo que os vícios não estavam em toda a sociedade, apenas em alguns tipos sociais (nem todos os padres/nobres não prestam, apenas alguns); possui apenas um único ato, seu enredo e número de participantes é reduzido 

As personagens do teatro vicentino não têm profundidade psicológica e são tipos ou alegorias, ou seja, são como representações de grupos, instituições ou ideias abstratas. Alto da Barca do Inferno – Gil Vicente

O cenário desta obra é um porto onde estão duas barcas: uma leva para o inferno (guiada pelo diabo) e a outra para o paraíso (guiada por um anjo), sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas. Os mortos não se consideravam culpados, queriam levar seus bens materiais para o outro mundo e sempre encontravam uma desculpa para seus erros, a fim de serem conduzidos pelo Anjo. - escrita em redondilha maior (7 sílabas poéticas) com estrofes em oitavas (8 versos) - critica, com ironia e clima bem-humorado, alguns grupos sociais, já que a sociedade, em si, só passa a existir no final do século XVIII, com a burguesia Ordem de aparecimento dos personagens: fidalgo, onzeneiro, parvo, sapateiro, frade, alcoviteira, judeu com bode, corregedor, procurador, enforcado e quatro cavaleiros da Ordem de Cristo. O parvo, um camponês que foi explorado durante sua vida, morreu de caganeira. Por ter sido oprimido e não possuir marca de pecado, é mandado para o céu. Os quatro cavaleiros medievais, que morreram nas Cruzadas, vão para o céu. Há, nesse trecho, uma crítica: mesmo tendo matado, apenas por usar o nome de Cristo como justificativa, são considerados salvos. Vão para o inferno:

Pessoa Fidalgo Sapateiro Onzeneiro Alcoviteira (cafetina) Corregedor Procurador Frade Enforcado

Marca alegórica Tirania Ladrão Usura (apegado ao dinheiro) Aliciava menores Corrupto Corrupto Devasso (não segue regras) Aproveitador

Insígnia (leva da Terra) Roupagem cadeira (pajem) Avental Mala 600 himens postiços Código de leis Livros Amante Corda

O judeu, como estava acompanhado de seu bode, que cheirava mal, não é aceito nem pelo anjo nem pelo diabo. Assim, o bode vai em outra barca, enquanto o judeu acompanha o diabo e os demais personagens. Auto da Lusitânia Tal auto possui duas histórias: “Lisibia” (mitológica) e “Dinato e Berzebu” (crítica) Lisibia: uma ninfa da beleza (Lisibia) se apaixona pelo sol e, dessa união, nasce uma filha chamada Lusitânia, que se encontra com Portugal. Com ciúmes de Portugal com sua filha, Lisibia morre e, sobre seu túmulo, constroem Lisboa Dinato e Berzebu: eram dois diabos que foram mandados para Portugal por Lúcifer (diabo mor) para anotar os pecados da população em um caderno. Eles encontram duas pessoas: “Todo o mundo”, vestido de ouro, sendo rico, mercador e mentiroso e “Ninguém”, um mendigo que fala a verdade). 

Assim: “Todo mundo mente e ninguém fala a verdade” -> todos mentem

Originalmente, “Ninguém” e “Todo o mundo” são pronomes indefinidos, porém, no contexto houve uma derivação imprópria, mudando a classe gramatical para substantivo próprio, pois nomeia seres. Farsa do Velho da Horta Um velho com cerca de 70 anos se apaixona por uma jovem de 17 anos, passando a cortejá-la, mesmo a menina dizendo, educadamente, que não quer nada com ele. Uma alcoviteira diz que ajudará o velho a conquistar a menina e, para isso, precisa do dinheiro dele para comprar presentes, como joias e flores para a garota. A alcoviteira rouba o velho, juntando esse dinheiro e gastando com ela mesma. Assim, a jovem cada com outro, o velho empobrece e a alcoviteira é espancada em praça pública. 

Amor serôdio: amor fora de época Farsa de Inês de Pereira

Gil Vicente foi acusado de plagiar obras do teatro espanhol de Juan del Encina. Em vista disso, pediu para que aqueles que o acusavam dessem um tema para que escrevesse

uma peça. Deram-lhe o seguinte ditado popular “Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube” e ele escreveu a Farsa de Inês Pereira. Inês Pereira é uma moça bonita e solteira que se vê obrigada a passar o dia em meio às tarefas domésticas, sempre se queixando. Um dia, Lianor Vaz, a casamenteira, chega na casa de Inês com a intenção de fazer com que a moça se case com Pero Marques, lavrador sem-modos, que é rejeitado por Inês. Entra em cena Latão e Vidal, dois judeus casamenteiros, que vieram oferecer Brás da Mata, um escudeiro. Armado o encontro entre os dois jovens, Brás da Mata age conforme ela queria: a trata de modo distinto com belas palavras, pega a viola e canta. Os dois se casam e a mãe presenteia os noivos com a casa. À sós com Brás, Inês começa a cantar de felicidade, mas ele se irrita e manda que ela fique quieta. Brás começa, então, a impor uma série de regras e exige que a moça fique trancada o dia inteiro em casa, proibindo-a até mesmo de olhar pela janela e de ir à missa. Brás vai para a guerra e, passado algum tempo, Inês recebe uma carta dizendo que seu marido havia morrido covardemente tentando fugir do combate. Sabendo que Inês havia ficado viúva, Lianor Vaz retorna oferecendo novamente Pero Marques como novo marido. Dessa vez Inês aceita e os dois se casam. Com a ampla liberdade que o marido lhe dava, Inês parecia levar a vida que sempre desejou. Um dia, chega em sua casa um Ermitão a pedir esmola e Inês vai atende-lo. Porém, este é um falso padre, que havia sido um antigo namorado da moça. Ele diz que só havia se tornado ermitão porque ela o havia abandonado e começa a se insinuar para Inês, acariciando-a e pedindo um encontro entre os dois. Ela aceita e os dois marcam um encontro. No dia marcado, Inês pede a Pero Marques que a levasse à ermida dizendo que era por devoção religiosa. O marido consente e os dois partem de imediato. Para atravessar um rio que havia no meio do caminho, Pero Marques carrega a mulher nas costas e essa vai cantando uma canção alusiva à infidelidade dela ao marido e à mansidão dele. Pero segue cantando o refrão, terminando como um tolo enganado. Classicismo (século XVI: 1527-1580) – capítulo 7 O Classicismo é o quinhentismo de Portugal, sendo uma vertente do Renascimento (“o renascer das artes”). A “medida velha” foi substituída pela “medida nova” - medida velha: versos em redondilha maior (7 sílabas poéticas); mote/tema; esparsa (poema com 10 a 12 versos); vilancete (mote + voltas/estrofes) - medida nova: sonetos (dois quartetos e dois tercetos, com 10 sílabas poéticas em cada verso); oitava (8 versos); ode (canto em homenagem); epitalâmio (canto nupcial); elegia (canto fúnebre).

Poesia concreta “Epithalamium II”, de Pedro Xisto, em que a sinuosidade da serpente (S) envolve Ela (She/Eva), que envolve ele (Adão). Isso remete ao leitor o sentido do pecado original, em que Eva enganou Adão com o auxílio da serpente, nos portais do paraíso. Outro fator interessante para essa análise é o título do poema: a palavra portuguesa “epitalâmio” significa canto ou poema nupcial.

Representantes do classicismo português (lusitano): Camões, Sá de Miranda (trouxe a medida nova da Itália para Portugal), Bernardim Ribeiro, Antônio Ferreira, Fernão Mendes Pinto, Diogo de Couto e João de Barros. Luís Vaz de Camões: foi provedor de defuntos e ausentes; amada Dinamene (morreu pois, em um naufrágio, Camões preferiu salvar seu livro ao invés da amada); escreveu poesia lírica e épica; fez teatro, mas sua obra é pequena e consiste em apenas três peças: “Anfitriões”, “El Rei Seleuco” e “Filodemo”. - Dinamene (mulher idealizada e não existe amor carnal, sendo apenas um amor platônico, sem desejo sexual) Poesia lírica de Camões Tal forma de escrita ressalta os sentimentos e emoções humanas. A lírica tradicional possui versos em redondilha maior (7 sílabas poéticas) e redondilha menor (5 sílabas poéticas), enquanto a lírica clássica se apresenta na forma de sonetos, em versos decassílabos). Em ambas, o poeta soube tocar os corações, falar sobre o amor, os desencontros amorosos, as contradições da existência e a mulher foi idealizada sem sensualidade. Características da poesia de Camões - desconcerto do mundo, que sempre se reforma - amor descrito como sentimento que entusiasma o homem - o amor é, por um lado, manifestação do espírito, e por outro é físico - neoplatonismo: forma mística e espiritualista supondo a transcendência de um Deus que estabelece a interiorização (inspiração platônica, em que o espírito da amada Dinamene olha por ele) - maneirismo: é um período que tem início no classicismo e vai até o barroco. Antecipa as contradições pelas quais o ser humano passa e é cheio de figuras de linguagem (“amor é fogo...”) Poesia épica de Camões

Camões se inspirou nas epopeias “Ilíada” e “Odisseia”, de Homero, e em “Eneida”, de Virgílio, para escrever “Os Lusíadas”, cujo núcleo temático é a viagem de Vasco da Gama às Índias. Vasco é um misto de protagonista e segundo narrador, sendo um herói coletivo, pois simboliza todo o povo português. - 10 cantos (capítulos) divididos em 5 partes: proposição (se propôs a contar os feitos dos portugueses), invocação (invoca as tágides do Rio Tejo para que o auxiliem na epopeia), dedicatória (dedica ao rei de Portugal, Dom Sebastião), narração (cinco narrativas, sendo a parte mais longa do poema) e epílogo (final premonitório). - rima ABABABCC - 1102 estrofes em oitavas - 8816 versos decassílabos (10 sílabas poéticas), divididos em heroicos (sílaba tônica é a 6º e 10º sílaba) e sáficos (sílaba tônica é 3ª, 4ª, 8ª e 10ª sílaba) Es/ta/vas/ lin/da I/nês/ pos/ta em/ so/sse/go (verso heroico, pois as sílabas tônicas estão na 6ª e 10ª sílaba “nês” e “sse”) - Parte “narração”: 1 – Inês de Castro: história de Dom Pedro, casado com Dona Constança, mas que tem dois filhos com a dama de companhia da esposa, Inês de Castro. Quando retorna de Portugal, Inês havia sido morta a mando do pai de Dom Pedro. Assim, ele (D. Pedro) faz com que a moça seja coroada depois de morta. Canto III – narrativa lírica e histórica 2 – O Velho do Restelho: no meio da multidão, destaca-se uma voz medieval que adverte “a gente ousada” que põe em relevo “a glória e vã cobiça” para parar com a expansão marítima, alegando que os portugueses precisavam dele e mostrando o Estado contra tal expansão. Canto IV – narrativa histórica - Intertextualidade: Fernando Pessoa, modernista do século XX, escreveu uma só obra em sua vida, chamada “Mensagem”, com 44 poemas e que se divide em três partes: Mar Português: fala das navegações (“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal! [...] Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena”) Questiona se valeu a pena deixar Portugal, abandonar mães e noivas para a expansão, sendo uma intertextualidade com “O Velho do Restelho” Brasão: fala sobre reis e pessoas importantes de Portugal O Encoberto: fala sobre o desaparecimento de Dom Sebastião após ele ter ido para uma batalha 3 – O Gigante Adamastor: é a personificação do Cabo das Tormentas, sendo que ele se levantava como um gigante de olhos vermelhos, dentes amarelos e barba por fazer quando alguém tentava passar. Essa história indica que nem todos eram a favor da expansão marítima. Mesmo assim, os portugueses conseguem atravessar o cabo e passar pelo gigante. Canto V – narrativa mitológica e histórica

4 – Concílio dos deuses: é a reunião dos deuses da mitologia no Olimpo. Júpiter, Vênus e Netuno eram a favor, enquanto Baco era contra, tendo sido derrotado. Canto VI – narrativa mitológica 5 – Ilha dos Amores / A máquina do mundo: Tétis e outras ninfas recebem os portugueses na Ilha dos Amores, uma ilha afrodisíaca, servindo-os com banquetes e dormindo com eles. Tétis leva Vasco da Gama à mais alta montanha e mostra-lhe a “Máquina do Mundo”, dizendo que os portugueses são os maiores e passaram por todo aquele mar que ela vê. Nesse momento, dá-se a união do maravilhoso pagão (deusas mitológicas) com o maravilhoso cristão (portugueses) e, com isso, os portugueses passam a ser denominados de semideuses, se afastando da igreja católica, por se considerarem superiores a isso. Canto X – narrativa lírica e mitológica. Quinhentismo no Brasil (1500-1601) – século XVI O quinhentismo corresponde ao período de 1500 a 1601, sendo composto por uma série muito variada de documentos cujos assuntos relacionam coisas pelas quais o país estava passando no momento: a descoberta do Brasil, a instalação da colônia, a chegada dos jesuítas, a terra e seus habitantes. As frotas vindas de Portugal traziam escrivães que estavam encarregados oficialmente de produzir relatórios sobre as conquistas e descobrimentos reali...


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