1- Aula Fluidoterapia em Cães e Gatos PDF

Title 1- Aula Fluidoterapia em Cães e Gatos
Author Amanda Novais
Course Clínica De Pequenos Animais I
Institution Universidade do Anhembi Morumbi
Pages 12
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Summary

Anotações de aula: Completo, disciplina: Clínica de Pequenos Animais I, curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi....


Description



Disciplina: Clínica de Pequenos Animais I

FLUIDOTERAPIA EM CÃES E GATOS

Forças de Starling - espaço IV e EV - Pressão hidrostática (pressão nos vasos) -> força a saída de água para o espaço extravascular - Pressão oncótica (proteínas) -> força a entrada de água para o espaço intravascular Equilíbrio ácido-básico pH concentração sanguínea normal de hidrogênio = 0,00004 mEq/l como tais valores são pequenos, eles são expressos em escala logarítima pH normal = ~ 7,4

Equilíbrio ácido-básico - Produção de ácidos no metabolismo ácido carbônico

ácidos alimentares ácido lático ceto-ácidos - Mecanismos de controle sistema tampão, respiração, excreção e reabsorção renal Mecanismos de controle do pH SISTEMA TAMPÃO - sistema tampão do bicarbonato (HCO3) - sistema tampão do fosfato (H2PO4) - proteínas CENTRO RESPIRATÓRIO regula a remoção do dióxido de carbono (CO2)

pH ácido -> causa taquipnéia (diminui PCO2) pH alcalino -> causa bradipnéia (aumenta PCO2)

RENAL excreção de H+ excreção, reabsorção e produção de HCO3

Equílibrio ácido-básico

-Regulação do HCO3 controlada pelos rins.

- Regulação da PCO2 controlada pela respiração. Quando a fluidoterapia é indicada ? Como avaliar a desidratação ? Qual fluido escolher ? Qual a via de administração ? Qual o volume a ser utilizado ? Qual a velocidade ? Quando suspender a utilização da fluidoterapia ? Quando a fluidoterapia é indicada ? - Para restabelecer e manter a volemia - Para corrigir alterações eletrolíticas e ácido-básico - Para estimular a diurese - Para manter um acesso venoso Como avaliar desidratação? -TPC -Elasticidade cutânea -Exames laboratoriais : PT x VCM Urinálise (densidade urinária > 1,035)

Qual a via de administração ? - intravenosa - intraóssea em filhotes - subcutânea - oral

Colóides - plasma, dextran, hetastarch e albumina - aumentam a pressão oncótica

- não se difundem para o espaço extravascular - custo elevado Cristalóides Tendem a causar acidemia: - solução NaCl 0,9% - ringer simples - solução de glicose a 5% - solução glicofisiológica Tendem a causar alcalemia: - ringer com lactato -lactato é metabolizado no fígado em bicarbonato (na metabolização do lactato no fígado há formação de bicarbonato)

NaCl solução NaCl 0,45% (hipotônica) - manutenção (reposição apenas de água) - hipernatremia branda 0,9% (isotônica) - reposição de água e eletrólitos 7,5% (hipertônica) - choque agudo - não pode ser administrado em animais desidratados Ringer / Ringer Lactato ringer simples X ringer lactato Ringer lactato - é metabolizado no fígado em bicarbonato, sendo - indicado nas acidoses metabólicas - ringer lactato é conceitualmente contra-indicado nas doenças hepáticas - deve ser evitado em pacientes com neoplasias devido a produção aumentada de lactato pela glicólise anaeróbica dos tumores ringer simples X ringer lactato - as soluções de ringer tem em sua composição potássio (K+), portanto conceitualmente contra-indicada nos casos que tem hipercalemia ( K+) como o hipoadrenocorticismo - por conter Ca2+ na sua composição é contra-indicado nas hipercalcemias

- pelo mesmo motivo é contra-indicado usar o mesmo acesso nas transfusões sanguíneas Glicose 5 % - Considerado uma solução hipotônica - não contém eletrólitos - a glicose é metabolizada e a reposição é apenas de água - indicada para pacientes cardiopatas, hipoglicêmicos e hipercalêmicos (excesso de potássio sérico) Glicofisiológico solução de NaCl a 0,9% e glicose a 5% - geralmente é indicada nos pacientes com doença hepática (exceto gatos com lipidose), hipoglicêmicos e hipercalêmicos (aumento  de K+)

Suplementação de potássio ? - Nas doenças que diminuem a sua ingestão ou absorção - em casos de anorexia prolongada - nos casos de aumento da sua excreção ou perdas - casos de doença renal crônica (poliúrica) - uso crônico de diuréticos - casos de diarréias graves

ressuscitação volêmica (choque) • solução cristalóide • administrar 90 ml / kg / hora • 25 a 50% do volume inicial na primeira meia hora e reavaliar a pressão arterial • ressuscitação volêmica (choque) • NaCl 7,5% (hipertônica) • indicada nos casos de choque • volume de 4 ml / kg • velocidade de infusão •volume total em 5-10 minutos •não ultrapassar 1 ml/kg/minuto • duração do efeito de 30-60 minutos • nunca utilizar em animais desidratados

Suplementação de potássio - solução de fisiológico de 500 ml - suplementação de potássio 20 mEq/L - KCl 19,1% = 2,56 mEq/ml quantidade de K+ a adicionar em 500 ml = 10 mEq se 1 ml de KCl tem 2,56 mEq, o volume a adicionar é de 3,9 ml

Hipercalemia - hipercalemia > 7,5 mEq/L severo comprometimento cardíaco e arritmias Tratamentos - insulina regular (0,5 UI/kg) + glicose (0,5 a 1g/kg) - diminui 1 mEq/L em 30-60 minutos - monitorar glicemia e potássio sérico - gluconato de cálcio 10% somente em caso de bradiarritmia – 0,5 a 1,5 ml/kg, IV, em 10-20 minutos

Fluidoterapia Êmese - perda excessiva de HCl e água - acidose ou alcalose metabólica? - diminuição da ingestão de água e perda pela êmese - desidratação fluido de escolha: Diarreia - perda intestinal e bicarbonato e água - acidose ou alcalose metabólica? - absorção inadequada e perda de líquido nas fezes - desidratação fluido de escolha: Vômito e diarreia - perda de água e absorção / ingestão insuficiente - desidratação - perda de HCl (vômito) e HCO2 - acidose ou alcalose metabólica? fluido de escolha: Insuficiência hepática - produção de ácidos do catabolismo (ac. láctico) - acidose ou alcalose metabólica? - diminuição dos estoques de glicogênio - hipoglicemia - metabolização diminuída de substâncias tóxicas - hiperamonemia e toxemia fluido de escolha:

Cálculo para fluidoterapia Cálculo do volume total (Vt) a ser administrado em 24 horas Levar em consideração : - manutenção - reposição - perdas eventuais (êmese e/ou diarreia)

MANUTENÇÃO : perdas imperceptíveis (transpiração, urina etc) 40 a 60 ml / kg em 24 horas (padrão 50 ml) REPOSIÇÃO : % de desidratação (déficit hídrico pré-existente) PERDAS : déficit que está ocorrendo (êmese, diarréia ou associação) 40 a 60 ml / kg em 24 horas

Cão de 7 kg com 8% de desidratação e diarréia deve receber, em 24 horas: - Manutenção -> 7 Kg x 50 ml = 350 ml - Reposição -> 7 Kg x 8(%) x 10 = 560 ml - Perdas -> 7 Kg x 50 ml = 350 ml Volume total : manutenção + reposição + perdas 1260 ml em 24 horas de fluidoterapia.

EQUIPO : Macrogotas : - Cada 20 gotas ->1 ml Microgotas (animais de pequeno porte ou filhotes) : - Cada 3 gotas -> 1 gota do macrogotas VELOCIDADE DE INFUSÃO Exemplo :

Volume total : 1260 ml em 24 horas.

52,5 ml/hora 0,9 ml/minuto 18 gotas/minuto

Monitorar - pressão arterial (pulso, TPC) - auscultação pulmonar (crepitações) - diurese oligúria: < 0,7 ml/kg/hora normal: 1 a 2 ml/kg/hora poliúria: > 2 ml/kg/hora Fluidoterapia - intravenosa animais desidratados clinicamente animais hipotensos ou em choque - subcutâneo só em pacientes não ou levemente desidratados fluidoterapia de manutenção - oral somente em pacientes sem êmese...


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