1 Influências DE RENÉ Descartes, Francis Bacon E JOHN Locke PARA O Empirismo Clássico PDF

Title 1 Influências DE RENÉ Descartes, Francis Bacon E JOHN Locke PARA O Empirismo Clássico
Course História moderna
Institution Universidade Federal de Rondônia
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A influência de Francis Bacon (1561-1626), ao empirismo clássico, é o seu método de observação, seu método era pautado na observação, o resultado das observações deveria ser colocado a prova em uma experimentação, o resultado obtido seria então positivado, ou seja, a validação das teorias só seria p...


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1 INFLUÊNCIAS DE RENÉ DESCARTES, FRANCIS BACON E JOHN LOCKE PARA O EMPIRISMO CLÁSSICO 2 A influência de Francis Bacon (1561-1626), ao empirismo clássico, é o seu método de observação, seu método era pautado na observação, o resultado das observações deveria ser colocado a prova em uma experimentação, o resultado obtido seria então positivado, ou seja, a validação das teorias só seria possível através dos resultados da observação e experimentação. Bacon rompeu com a tradição anterior a sua época, não acreditava no teocentrismo, e via o progresso humano e a fé na razão, como norteadores do seu método cientifico.

O conhecimento se desenvolve na medida em que adotamos o método correto, a experiência como guia. Os antigos representam a “infância da humanidade”, e a modernidade significa uma nova fase. Sua importância e influência derivam dessa defesa da modernidade, de um modelo de ciência ativa, prática e aplicada, e de um pensamento crítico, que deve combater superstições e preconceitos, permitindo assim o progresso de nosso conhecimento e o aperfeiçoamento da condição humana. MARCONDES (2001, p. 201)

O pensamento crítico de Bacon, alinhado ao método ante especulativo, se materializou no seu método, e foi uma das maiores colaborações para o mundo moderno, seus escritos, nortearam diversos cientistas e ajudou a formular, os pilares do positivismo. John Locke (1632-1704), também elaborou um método ante especulativo, para ele a filosofia é a atividade crítica que norteava a construção da ciência, defendia em seu método, que o conhecimento não era um produto natural do ser humano, mas sim, resultado das sensibilidades humanas, ou seja, das suas experiencias frente ao que lhe era sensível e passível de investigação.

Não desconheço que é opinião aceite que os homens têm ideias inatas e certos caracteres originários impressos na mente, desde o primeiro momento da sua existência. Esta opinião já foi por mim detidamente examinada e suponho que quanto disse no livro

precedente será mais facilmente admitido quando eu tiver mostrado de onde pode o entendimento tirar todas as ideias que possui e por que vias e graus elas podem entrar na mente, para o que invocarei a observação e a experiência pessoais de cada um. LOCKE

Tudo que é representado pelo real, é um reflexo da sensibilidade humana, os objetos externos e sua relação com o sujeito, para Locke, é o gera a sensibilidade ao ser humano, e sua capacidade de refletir, segundo ele

O entendimento, na minha opinião, não tem o mínimo vislumbre de ideia que não tenha recebido de uma destas duas fontes. Os objetos externos fornecem à mente as ideais das qualidades sensíveis que são todas essas diferentes percepções por elas produzidas em nós; e a mente fornece ao entendimento as ideias das suas próprias operações. Se fizermos uma revisão completa de todas estas ideais e dos seus diversos modos, combinações e relações, veremos que contêm a totalidade das nossas ideias e que nada temos nas nossas mentes que não proceda de uma dessas duas vias. Examine cada qual os seus próprios pensamentos e penetre a fundo no seu entendimento e diga-me, depois, se alguma das ideais originais, que aí tem, não são ideias de objetos dos seus sentidos ou de operações da sua mente, consideradas como objetos da sua reflexão. E, por maior que ele imagine o cúmulo de conhecimentos aí armazenados, verá, se o investigar com rigor, que, na sua mente, não há outras ideias além das que foram impressas por uma destas duas vias, muito embora – como depois veremos – talvez combinadas e ampliadas com uma variedade infinita pelo entendimento. LOCKE

Locke é claro ao afirmar que, todo o conhecimento, o nosso entendimento e o exercício de reflexão, é resultado da interação dos objetos externos com o sujeito, ele reitera, que o saber sobre os fatos sensíveis, não são inatos ao ser humano. A utilização e um método cientifico e empírico, que vise investigar com rigor as ideia e conhecimento humanos, irá chegar a mesma conclusão. René Descartes (1596 – 1650), transcende os pensamentos de Bacon e Locke, para além do método de observação e experimentação baconiano, ou, a filosofia crítica de Locke, que definia todo o conhecimento e o exercício do saber como resultado de um objeto exterior, Descartes, defendia que o conhecimento era resultado da avaliação das partes que compõe o método cientifico.

Em outras palavras, não era apenas observar e aplicar os resultados das observações em um experimento, para então tirar suas conclusões, o modelo cartesiano defendia uma fragmentação do método cientifico, cada segmento ou parte do método também deveria ser estudada, a validação das teorias se daria pelo estudo de todo o método frente a relação sujeito e objeto, e não somente a aplicabilidade do método e seu resultado O que se observa desses teóricos, é a preocupação em se obter um método cientifico, que fosse completamente dissociado das ideias metafisicas e divinas sobre o conhecimento. A razão passou a configurar para os teóricos iluministas e principalmente aos precursores do positivismo, o fim último, que deveria ser encontrado através do método empírico, onde os fenômenos pudessem ser avaliados, e validados através de uma experimentação. O materialismo histórico dialético é uma doutrina moderna, porém, filósofos clássicos como Platão já discutiam o materialismo dialético séculos antes de Cristo, a filosofia plantonista a dialética, seria uma arte do pensamento, que forneceria as condições para se alçar a verdade, através do conflito entre ideias opostas, surgindo aí o primeiro germe da formula dialética, tese + antítese = síntese. Outros filósofos clássicos como Demócrito e Epicuro, também abordaram o materialismo, ao passo que Heráclito, também já discutia a mesma perspectiva dialética de Platão. MEDEIROS (2010, p.13)...


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