Francis Bacon - Método Indutivo PDF

Title Francis Bacon - Método Indutivo
Author Matheus Victor Araújo Oliveira
Course Metodologia Científica Ead
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Summary

Neste trabalho exemplificaremos uma das etapas da construção do conhecimento científico: o método indutivo, assim como seu conceito, formas, premissas, diferenças, erros, leis, críticas, mostrando que suas proposições se configuram como a base para a obtenção de respostas verdadeiras sobre a ocorrên...


Description

LÓGICA E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: MÉTODO INDUTIVO Allan reis, Allison augusto, Anderson rodrigues, Dyego moreira, Evanilson jardim, Lizandra pires, Matheus oliveira, Thallyson césar. UFMA – Universidade Federal do Maranhão Prof.ª Nathalia Salazar Metodologia Científica

Resumo Neste trabalho exemplificaremos uma das etapas da construção do conhecimento científico: o método indutivo, assim como seu conceito, formas, premissas, diferenças, erros, leis, críticas, mostrando que suas proposições se configuram como a base para a obtenção de respostas verdadeiras sobre a ocorrência de determinado fato. Palavras-chaves: metodologia científica, método indutivo, indução.

Abstract In this Works we will exemplify one of the stages of the construction of scientific knowledge: the inductive method, as well as its concept, forms, premises, differences, errors, laws, criticism, showing that its propositions are the basis for obtaining true answers about occurrence of a certain fact. Keywords: scientific methodology, inductive method, induction.

Introdução

Francis Bacon (1561-1626), filósofo e político inglês, foi considerado, por muitos intelectuais, o fundador da Ciência moderna e é visto como o inventor do método científico atual em valor de seu método prático, empírico e indutivo. O mesmo pretendia colocar um fim nos erros causados pelos ídolos, que em seu pensamento, significavam falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais. Para Bacon (BACON, 2003, p. 129) o cientista que realmente quisesse buscar o conhecimento deveria agir de forma sistemática. Utilizava um

método que pretendia desvendar cientificamente a natureza através de experiências sensoriais,

pois ao seu ponto de vista acreditava que ao conhecermos o meio em que vivemos poderíamos obter controle dessa natureza. Mesmo sendo considerado por muitos o criador do método indutivo, podemos afirmar que não é verdade, visto que o método já existia, inclusive no pensamento de Aristóteles. Entretanto Bacon amplificou o método visando em obter resultados mais exatos, aumentando assim o seu campo de atuação. O método indutivo bacaniano constitui-se em procedimentos eliminatórios, que separa os fatos por meio de experimentos e observações para assim poder chegar a um resultado geral.

O método indutivo é basicamente uma conclusão geral elaborada a partir da observação sistemática de ocorrências particulares, onde essas ocorrências estão correlacionadas e apresenta características quase idênticas entre si. Normalmente, o raciocínio indutivo parte do geral para o específico, chegando a conclusões verossímeis, pois apenas quer ser convincente, e essas conclusões não necessariamente podem estar corretas, no entanto, o método lhe apresenta argumentos extremamente lógicos e precisos de que realmente os meios justificam os fins. Por exemplo, vamos imaginar um cientista que realiza uma observação acerca do tamanho da orelha de bois, analisando 900 bois e constatando que esses bois possuem o mesmo tamanho das orelhas, logo, conclui que o boi número 901 também terá a orelha do mesmo tamanho dos outros 900. Há também outro exemplo, quando observamos o fato do ouro, ferro e níquel terem a capacidade de conduzir eletricidade, por conseguinte, a indução sugere que todos os metais conduzem eletricidade.

Uma outra forma de exemplificar a indução e mostrar que não deve ser considerada como uma verdade geral, está na conclusão de que todos os planetas no universo possuem superfície, partindo da análise de que, por exemplo, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte possuem superfície. De acordo com dados científicos, sabemos que isso não é verdade, ficando claro que a generalização feita por indução é falha em alguns casos. A partir dessa ideia, David Hume mostrou que o método indutivo é apenas uma inferência contingente, ou seja, que pode ou não ser válida, possuindo caráter duvidoso, trazendo consigo apenas conclusões com um pequeno grau de possibilidade de estarem corretas. No entanto, essas falhas levam ao entendimento da verdadeira essência da ocorrência de determinados fatos, permitindo a análise e a aplicação do método científico para exemplificar e propor explicações para tal. Ademais, essa generalização da ocorrência de fatos leva a indução à um caráter probabilístico, formulando que se um determinado número de ocorrências se apresenta de tal forma, é provável que todas as ocorrências desse tipo também se apresentem e comportem-se

de tal maneira. Além disso, o método indutivo caminha lado a lado com o empirismo, também chamado de senso comum, sendo baseado na observação, nas experiências sensíveis e sensoriais. Não obstante, esse raciocínio afirma que a ciência parte de observações, e estas, possibilitam a construção de firmamentos sólidos para o conhecimento científico se erguer, representando um dos passos iniciais da construção desse conhecimento, o que foi exposto, por exemplo, quando se tem uma falha no método indutivo, sendo caracterizado como uma oportunidade para a construção da ciência e da descoberta. Outra característica bem notável da indução, está na proposição de que parte de premissas, assim como o método dedutivo, porém, o segundo chega a conclusões verdadeiras, em quanto o primeiro apenas conclui ideias prováveis, verossímeis, contrastando com a afirmação de Hume a cerca do método indutivo. Todavia, podemos destacar as conclusões de Cervo e Bervian (1978, p. 25): “pode-se afirmar que as premissas de um argumento indutivo correto sustentam ou atribuem certa verossimilhança à sua conclusão. Assim, quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode dizer é que a sua conclusão é, provavelmente, verdadeira”. Fases do Método Indutivo Para realização do método indutivo, é necessário que este passe por três etapas fundamentais: observação, relação e generalização. O primeiro passo se inicia com a observação dos fenômenos/fatos, objetivando a descoberta de suas causas. A partir disso é feito comparações, aproximando-os afim de descobrir quais relações existem entre si. E por último, com base nas etapas anteriores, finalizando assim o raciocínio, é feita a generalização das relações encontradas. Formas e Tipos de Indução Existem duas formas no método de indução: 

Completa ou Formal: Foi estabelecida por Aristóteles. Ela não induz de alguns casos, mas sim de todos, sendo que cada um dos elementos inferiores é comprovado pela ciência ou seja todos os casos inferiores de um fenômeno são induzidos, e comprovados por experiências.



Incompleta ou Científica: Criada por Galileu Galilei e aperfeiçoada por Francis

Bacon. Não deriva de elementos inferiores enumerados ou provados pela experiência, porém permite induzir. Neste tipo de Indução, diferentemente da completa, somente alguns casos de

um fenômeno são observados para se chegar em uma possível lei que rege o fenômeno. Deve se ter cuidado com as amostras nesse tipo de Indução, a amostra deve ser representativa para se ter um resultado válido.

As formas de indução sempre darão a ideia de previsões e generalizações, o que ajuda muito na ciência e faz com que o método indutivo seja o preferido pelos cientistas.

Falhas e Críticas do Método Indutivo A partir do século XX começam as dúvidas sobre o método indutivo no fato de que o raciocínio que fizemos ao agruparmos situações particulares e projetar uma lei geral que em raciocínio está em todos os valores pelos meus pensamentos prévios. O método indutivo pode ser considerado falível pois não cabe ao mesmo verificar todas as possibilidades presentes no mundo real, sendo assim seria necessário verificar todas as situações e possibilidades existentes, como por exemplo: Se induzirmos que o corno 1 é negro, o corvo 2 é negro e o corvo 3 é negro, logo daríamos um salto lógico que de acordo com o método indutivo a conclusão geral seria que todos os corvos são negros. Entretanto essa conclusão poderia ser distorcida, pois quem garante que os corvos do universo realmente serão ou vão ser negros. Hoje em dia com o conhecimento em nossas mãos basta uma breve e rápida pesquisa na internet, que irão aparecer alguns corvos que tiveram uma mutação genética em seu nascimento e nasceram com outra cor.

REFERÊNCIAS BACON, Francis. Novum Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. Pará de Minas: M&M Editores, 2003. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 2ª ed. São Paulo: McGrow, 1978. LAKATOS, E. M; MARCONI, A. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: ATLAS S.A., 2003 Método Indutivo. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_indutivo >. Acesso em 17 de novembro de 2017....


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