10 novas competências para ensinar - Perrenoud - Kledja PDF

Title 10 novas competências para ensinar - Perrenoud - Kledja
Author Kledja Silva
Course Didática E Prática Pedagógica I
Institution Universidade Estadual de Alagoas
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL PROGRAMA UNEAL ESPECIALIZA

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar - convite a viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. Kledja Silva Neste livro, Perrenoud aborda a atuação do professor em sala de aula, levando em conta a prática reflexiva, a profissionalização docente, o trabalho em equipe, projetos, a autonomia e responsabilidade crescentes, pedagogias diferenciadas, etc. Tudo isso voltado centralmente à aprendizagem, ou seja, o foco principal do autor é trazer subsídios para nortear situações de sensibilização que levem ao alcance do saber. A partir disso, é feito um delineamento de competências que o autor julga necessárias à atividade docente. O autor toma como guia um referencial de competência adotado em Genebra, em 1996, para formação continuada. Quando traz o conceito de competências o autor deseja tratar de alguns elementos cognitivos que carecem de apropriação, pelo professor, para atuação no seu dia a dia. Além disso, ele apresenta alguns parâmetros necessários para se entender essas competências: a) As competências não são saberes, mas mobilizam saberes. b) Essa mobilização só é pertinente na prática. c) O exercício das competências requerer um certo esforço do professor para adequá-las à situação concreta. d) As competências são construídas por meio da formação do professor, mas também por suas experiências diárias. Após essa parte inicial, o autor divide as competências em capítulos para fazer apontamentos individuais a respeito de cada uma delas. A seguir, divididos em tópicos, trazemos comentários sobre os capítulos.

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem Para o autor, esse primeiro conjunto de competências consiste em apropriar-se dos conteúdos das disciplinas, e também do espaço escolar, a fim de relacioná-los às necessidades de uma determinada situação de aprendizagem. Para que se tenha uma aprendizagem

consistente, é necessário que o professor tenha objetivos claros a respeito de sua atuação, ou seja, todo seu trabalho deve ser devidamente planejado com vistas a conseguir direcionar sua prática às situações reais as quais enfrenta e assim levar o aluno ao conhecimento dos conteúdos. Ele também sinaliza que a participação do aluno no ambiente é escolar é de suma importância, não podendo o professor barrar sua participação nas aulas sob o pretexto de atrapalhar ou não contribuir efetivamente. É necessário abrir espaço para o diálogo, a fim de que o aluno se sinta à vontade para expressar suas opiniões e construir o seu conhecimento, ainda que por meio do erro, tendo em vista que é ele, o erro, que muitas vezes que leva à efetiva aprendizagem. O professor deve ter em mente que o conhecimento não vem pronto ara ser depositado no aluno, mas é uma construção diária e conjunta.

2. Administrar a progressão das aprendizagens Neste capítulo, o autor aborda a respeito da necessidade de o professor guiar sua prática de acordo com as necessidades e os saberes do aluno, ou seja, o professor precisa avaliar seu público e trazer problemas que estejam de acordo com o nível do aluno e os quais ele seja capaz de solucionar. É necessário ainda saber que, no início, os alunos não disporão dos meios necessários para encontrar a solução buscada, dessa forma, cabe ao professor oferecer os instrumentos capazes de auxiliar nessa busca. Para chegar a isso, o professor deve ter pleno conhecimento do desenvolvimento dos alunos para ser capaz de encontrar uma solução adequada a cada caso concreto. Além disso, cabe também ao professor, encontrar um ponto de equilíbrio entre o que esperam os alunos, os pais e a instituição de ensino.

3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação Neste ponto, a autor discorre sobre a necessidade da correlação do mundo escolar com a sociedade. Para ele, algumas aprendizagens dependem dessa interação social e por isso o aluno não deve ser privado delas. É fundamental que haja esse contato com o mundo exterior para que sejam desenvolvidas competências de interação e comunicação que são essenciais para alargar o mundo de conhecimentos desejável ao aluno e essas aprendizagens só são possíveis a partir de conflitos e formas de cooperação próprios da interação. Faz-se necessário ainda, que o professor seja capaz de entender a heterogeneidade de sua turma e consiga estimular o desenvolvimento da cooperação entre os alunos, a fim de que uma discriminação

positiva não seja vivenciada e denunciada como uma injustiça pelos alunos que acabam sendo mais favorecidos no processo de aprendizagem. 4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho Aqui, é abordada pelo autor a necessidade de despertar o aluno o gosto pelo aprendizado. É necessário, portanto, provocar o desejo de aprender a fim de despertar nos alunos a curiosidade e a vontade de descobrir o novo para que a aprendizagem torne-se algo prazeroso aos alunos. Além disso, também é fundamental que o trabalho escolar desenvolva na criança a capacidade de autoavaliação afim de obter um melhor rendimento da turma. Uma sugestão dada pelo autor é que o professor proporcione ao aluno sua efetiva participação no projeto de ensino, ou seja, é importante que aluno decida, junto com o professor, aos pontos do trabalho escolar para que ele se sinta participante do processo e não mero receptor de algo previamente decidido. Nesse sentido a professor pode oferecer aos alunos a possibilidade de escolher o método, os recursos, as etapas da avaliação ou qualquer outro ponto do processo que julgar adequado a essa participação.

5. Trabalhar em equipe Outro conjunto de competências necessário ao professor, segundo Perrenoud, diz respeito a ser capaz de elaborar um plano estratégico de equipe. Essa competência engloba a correta condução de reuniões, a formação e renovação da equipe pedagógica e o enfrentamento de situações complexas que possam surgir no dia a dia, tudo isso feito em conjunto a fim de administrar conflitos interpessoais que possam surgir no decorrer do processo de aprendizagem. Em suma, seria a capacidade de colocar-se no lugar do outro com o propósito de entender suas necessidades e limitação e assim construir um ambiente de trabalho de cooperação ajuda mútuas.

6. Participar da administração da escola Neste ponto, Perrenoud afirma que antes de mais nada o desafio da educação escolar é proporcionar a todos os meios para conceber e fazer projetos, sem fazer disso um prérequisito. Assim ressalta-se a pretensão em saber administrar os recursos da escola para fazer escolhas, ou seja, tomar decisões coletivamente. Aqui fala-se também da necessidade da tomada de decisões conjuntas quando se requererem intervenções em algum ponto da

administração escolar. E para que isso seja feito de forma mais tranquila e efetiva, o autor afirma que é necessário haver estima entre as pessoas que fazer parte da organização da escola, ou seja, aqui propõe-se que não haja chefes e subordinados, mas que todos trabalhem juntos em cooperação e sejam incluídos também os alunos nesse processo.

7. Informar e envolver os pais As competências envolvidas nesse ponto dizem respeito a necessidade de trazer a família para o ambiente escolar, ou seja, saber ouvir e dar voz aqueles que são também responsáveis pelo sucesso do trabalho escolar. Aqui fica explicitada pelo autor a necessidade de trazer para perto as opiniões e anseios dos pais, buscando sempre negociar ajustes necessários para a efetiva construção dos saberes.

8. Utilizar novas tecnologias Com as mudanças trazidas pela evolução da tecnologia, cabe ao professor trazer também para a sala de aula os recursos apresentados por essa evolução. Nesse sentido, o autor discorre sobre a importância de haver lugar para os recursos tecnológicos dentro da sala de aula, seja por meio de aulas mais didáticas, desenvolvidas por meio desses recursos, seja por meio do uso de ferramentas de ensino mais tecnológicas ou até mesmo por meio da comunicação remota entre as pessoas envolvidas no processo de aprendizagem. Independentemente do modo de uso dessas tecnologias, é necessário eu o professor seja capaz de abrir-se a essas novas possibilidades e dar ao aluno as beneficies trazidas por esses novos instrumentos.

9 Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão O autor traz aqui algumas competências fundamentais aos professor dentro de seu trabalho escolar: prevenir a violência na escola e fora dela; lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais; participar da criação de regras da vida comum referentes à disciplina na escola, às sanções e à apreciação da conduta; analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula; e desenvolver o senso responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça.

10 Administrar sua própria formação contínua

de

Neste último ponto, o autor traz à baila a necessidade de os professores sentirem-se cada vez mais responsáveis por sua formação. Torna-se primordial que os professores não estejam mais à espera de que o poder público ou a administração escolar ofereça-lhes os subsídios necessários à sua formação, mas que ele mesmo os busque. Para além disso, também é importante que o professor seja agente ativo na busca pela formação contínua de outros colegas, ou seja, o professor deve um mobilizador nessa busca, tanto para seu próprio desenvolvimento como para o de seus colegas. o professor não pode estar distante dos centros de formação, principalmente das universidades....


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