8 -Alegres campos, verdes arvoredos- Camões PDF

Title 8 -Alegres campos, verdes arvoredos- Camões
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Summary

ALEGRES CAMPOS, VERDES ARVOREDOS – pág.Tema: Saudade/ ausência da amada/ Amor – desilusão amorosa. Assunto: Uma natureza luminosa, primaveril, alegre, consonante e outra agreste, caótica e dissonante. O poeta já se comprazeu com a sua beleza, agora já não se compraz, nada o consegue fazer esquecer a...


Description

ALEGRES CAMPOS, VERDES ARVOREDOS – pág.188 Tema: Saudade/ ausência da amada/ Amor – desilusão amorosa. Assunto: Uma natureza luminosa, primaveril, alegre, consonante e outra agreste, caótica e dissonante. O poeta já se comprazeu com a sua beleza, agora já não se compraz, nada o consegue fazer esquecer a amada e dirige-se-lhe (personificação da natureza) confidenciando-lhe a sua tristeza, o seu “mal”. O que brota dos campos regados pelas lágrimas é a saudade, a memória, a possibilidade de lembrar o tempo passado. Amor

"meu bem"

Ausência

"saudades", "lembranças tristes"

Despedida

"saudades de meu bem"

Dor

"meu mal", "lágrimas saudosas"

Inverno

"Claras e frescas águas de cristal"

Natureza

1ª. parte do poema (2 quadras e 1º. terceto)

Negro

"tristes", "saudosas"

Olhos

"olhos ledos", "me já não vedes como vistes"

Passado

"me já não vedes como vistes"

Presente

1ª. parte do poema (2 quadras e 1º. terceto)

Recordações "lembranças tristes" Saudade

"lágrimas saudosas", "saudades de meu bem"

RESOLUÇÃO DO QUESTIONÁRIO DO MANUAL – pág. 188 1. A paisagem apresentada remete-nos para um cenário rural, onde existem campos alegres, arvoredos verdes, águas cristalinas e frescas que “discorrem” do alto dos rochedos e refletem a paisagem circundante. Com estes elementos que configuram um cenário harmonioso, convivem outros de carater mais dissonante: montes silvestres e penedos ásperos. 2. O sujeito lírico, nos versos 7-8 dirige-se aos elementos da paisagem e confidencia-lhes o seu sofrimento (“mal”), dizendo-lhes, também, que só com a permissão desse “mal” é que a beleza da paisagem lhe pode dar alegria e felicidade, ou seja, a beleza da natureza por si só já não consegue apaziguar a sua dor. 3. A paisagem que antes alegrava o sujeito lírico, já o não pode fazer agora, pois ele não pode esquecer o seu sofrimento. 4./4.1. A primeira forma encontra-se no presente do indicativo e a segunda no pretérito perfeito do indicativo. Neste terceto é a paisagem, personificada, que olha para o sujeito lírico (no passado viu-o de modo diferente daquilo que o vê no presente): no passado viu-o feliz , agora vê-o em sofrimento, incapaz de se alegrar com tão belo cenário (v. 11-12). 5. No verso 12, ao usar o pronome pessoal “vós”, o poeta refere-se aos vários elementos da natureza a quem se dirigiu no início do soneto: “campos”, “arvoredos”, “montes” e “penedos”… 5.1. Ocorre neste terceto um conjunto de palavras pertencentes ao campo lexical de “campo” ou “natureza”, ao qual se poderia acrescentar outras como “água” (verso 2)e “verduras” (v.10). RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO SEGUINTE: 1. Refere o sujeito da enunciação. R. O sujeito da enunciação é o poeta. 1.1. Assinala marcas da sua presença (determinantes, pronomes e formas verbais). R. As formas verbais “Sabei”, “Semearei” (vv.7 e 12); os determinantes possessivos “meu”(vv.7 e 14), meus” (v.8) e o pronome pessoal “me” (vv.9 e 10) são marcas da presença o sujeito da enunciação.” 1.2. A quem se dirige? R. O sujeito poético dirige-se à natureza, “Alegres campos, verdes arvoredos / Sabei(…)”. 1.3. De que recurso se serve para a interpelar. Justifica com elementos textuais. R. O sujeito poético serve-se da apóstrofe (invocação) presente nos seis primeiros versos para interpelar a natureza “Alegres campos, verdes arvoredos / (…) /Compostos em concerto desigual,” . 2. Identifica os versos que correspondem à descrição da natureza. R. Os seis primeiros versos correspondem à descrição da Natureza. 2.1.Refere os elementos apresentados. R. Os elementos apresentados são “campos”, “arvoredos”; “águas”, “rochedos”, ”montes” e “penedos”. 2.2. Procede ao levantamento dos elementos que os caracterizam R. Os elementos que os caracterizam são “alegres”, “verdes”; “claras e frescas”, “de cristal”, ”silvestres”, “ásperos”, “compostos em concerto desigual” 3. Identifica os versos que correspondem à auto-caracterização do poeta. R. Os versos 7 a 14 correspondem à auto-caracterização do poeta. 3.1. Caracteriza o estado de espírito do “eu”. Justifica com expressões textuais. R. O “Eu” apresenta-se triste, infeliz: “meu mal”, “ não podeis fazer meus olhos ledos”, “lágrimas saudosas”. 3.2. Explicita a causa desse estado de espírito. Escolhe no texto a melhor palavra que o exprime. R. A sua infelicidade deve-se à saudade da amada (“lembranças tristes”, “saudades de meu bem”), sendo a palavra “saudades” aquela que melhor exprime o seu estado de espírito. 4. Mostra a relação de sentido entre o primeiro terceto e as duas quadras.

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10.

R. O poeta, nas quadras, descreve a natureza e mostra que já se comprazeu com a beleza harmoniosa da mesma. No primeiro terceto, justifica o facto de esta agora já não conseguir fazê-lo feliz, “já não me vedes como vistes”; já não o alegram “as verduras deleitosas”, nem a alegria das “águas que correndo alegres vêm”. Nada o consegue fazer esquecer a amada. 4.1. Justifica o uso dos conectores “E, pois” com que se inicia o primeiro terceto. R. o uso destes conectores está em conexão com o estado de espírito do poeta na passagem da primeira para a segunda parte do poema, explicitando e justificando a mudança verificada nos sentimentos do “eu” antes (com a presença da amada) e depois (quando a amada não está presente). Explica o conteúdo dos tercetos. R.O poeta, nos dois tercetos, explica que, apesar deste cenário idílico, não se sente alegre, porque a sua amada está ausente e nada o consegue fazer esquecê-la, nem “verduras deleitosas”, nem “águas que correndo alegres vêm”. O que brota dos campos regados pelas lágrimas é a saudade, a memória, a possibilidade de lembrar o tempo passado. Com base no que afirma o poeta nos tercetos, explica a relação “eu” / “natureza”. R. O sujeito lírico estabelece uma relação direta com a natureza, fala com ela como se fosse a sua confidente ( “me já não vedes como vistes”, “vós”, etc.). Por outro lado, a beleza e alegria da natureza contrastam com o estado de espírito do “eu”, acentuando a sua infelicidade. 6.1. Refere a função da natureza. R. A natureza funciona como confidente da tristeza do poeta; com ela partilha a sua dor, nela se reflete a sua saudade (“regando-vos com lágrimas saudosas, / e nascerão saudades de meu bem.” Identifica o sentimento predominante neste soneto, fazendo o levantamento do vocabulário do respetivo campo lexical. R. Saudade – “meu mal”, “lembranças tristes”, “lágrimas saudosas”, “saudades”,… Delimita no poema as suas partes lógicas e sintetiza o conteúdo de cada uma delas. R. As quadras, que apresentam a descrição da natureza, correspondem à primeira parte lógica do poema; os tercetos, que desenvolvem a auto-caracterização do poeta, correspondem à segunda parte. A delimitação em duas partes é marcada pela utilização das conjunções coordenativas “E, pois”. Encontra exemplos dos seguintes recursos estilísticos: Personificação; metáfora; antítese; referindo o seu valor expressivo. R. por exemplo, personificação – “águas que correndo alegres vêm” e metáfora – “águas de cristal”, a sugerir o movimento, a alegria e a pureza das águas, ou seja, uma natureza viva, luminosa, primaveril e alegre; a antítese – meu mal (v.7) / meu bem (v.14), a reforçar a ideia de que a amada do poeta, lhe traz sentimentos contraditórios, pois foi toda a sua felicidade, “meu bem”,mas é também a causadora do seu maior “mal”, a sua tristeza e saudade. Procede à análise formal do poema. R. O poema é um soneto, dado que é composto por catorze versos agrupado em duas quadras e dois tercetos. O esquema rimático é [ABBA / ABBA /CDE /CDE]: as quadras apresentam rimas interpoladas e emparelhadas; os tercetos rimas interpoladas. Os versos são decassílabos como o exemplifica, por exemplo, o seguinte verso: “A /le/gres/ cam/pos,/ ver/des/ ar/vo/re/dos”. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10...


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