A dimensão estética - Filosofia 11º ano PDF

Title A dimensão estética - Filosofia 11º ano
Author Inproviise
Course Filosofia
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Summary

FilosofiaA experiência estética está relacionada com a vivência do artista, por exemplo, se um artista sofre um acidente que o deixou paraplégico, e vamos supor que ele consegue começar a andar outra vez, nas suas obras ele irá retratar esperança (porque ele nunca desistiu de ultrapassar este entrav...


Description

Filosofia A experiência estética está relacionada com a vivência do artista, por exemplo, se um artista sofre um acidente que o deixou paraplégico, e vamos supor que ele consegue começar a andar outra vez, nas suas obras ele irá retratar esperança (porque ele nunca desistiu de ultrapassar este entrave na sua vida), poderá retratar o acidente (porque é algo que ficará sempre na sua memória) e pode retratar também algo relacionado com obstáculos ultrapassados (porque apesar de ter sofrido aquele acidente, ele teve forças para conseguir ultrapassar), ou seja, se um artista passa por um acontecimento bastante marcante, o artista irá retratar tudo aquilo que teve de passar, não terá que fazer um quadro ou uma música somente relacionada com o tal acidente, mas dentro da música ou do quadro terá pequenos elementos que retratem isso; com a apreciação estética sobre algo, por exemplo, uma pessoa vai a um museu e observa um quadro, com o devido tempo e com a devida reflexão sobre o quadro, essa pessoa chega a uma apreciação, pode dizer: “Que quadro belo.”, mas também pode dizer: “Este quadro não é dos mais belos.”, ou ainda: “Falta algo a este quadro para alcançar a perfeição”; tem a ver também com o agrado ou desagrado sobre algo, ou seja, ao olhar ou ouvir alguma obra, o sujeito irá sentir alguma sensação, que pode ser positiva (agrado) ou pode ser negativa (desagrado), essa pessoa pode dizer que gosta ou não gosta de algo, tudo depende das sensações que essa pessoa possa sentir. Podemos olhar para uma escultura e, instantaneamente dizer que é lindíssima, mas isso não é experiência estética porque foi a primeira coisa que nos veio à cabeça, e para podermos ter uma experiência estética, temos de fazer um pouco de esforço, precisamos de tempo e reflexão. Todos nós podemos ter uma experiência estética quer seja a contemplar a natureza, seja a criação ou a contemplação de uma obra de arte. Características: > Desinteressada > Subjectiva

Atitude estética

Desinteressada: Porque quando alguém observa uma obra de arte não tem nenhum objectivo de utilidade nem observamos tal peça porque queremos fazer uma pesquisa para recolher informações para mais tarde utilizarmos. De uma maneira geral, não é as coisas nem o material que as compõe que observamos, apenas observamos o belo das coisas. Subjectiva: É subjectiva porque as pessoas não têm o mesmo gosto, por isso, o que para uma pessoa pode ser bonito para outra pode ser feio, ou seja, o sentimento de agrado ou desagrado varia de pessoa para pessoa. Isto acontece porque não existem características objectivas concretas que digam que isto ou aquilo é bonito ou não. “Quando temos uma experiência estética temos uma atitude estética.” Porque quando um artista retrata algo que o marcou, numa obra de arte (vivências do artista) e uma pessoa observa e reflecte sobre essa mesma obra de arte ficando com uma opinião sobre ela (apreciação estética) essa pessoa pode gostar ou não da obra, tudo depende das sensações que a peça que lhe causa (agrado ou desagrado), porém, enquanto a pessoa observa esta peça, não lhe interessa se mais tarde os conhecimentos que ela possa adquirir serão úteis ou não; também, esta pessoa pode ter uma opinião completamente diferente do resto das pessoas, pode achar o quadro muito bonito, e um quadro que lhe causou imensas sensações positivas (enquanto nas outras pessoas, o quadro não lhes causava qualquer sensação positiva), o que é perfeitamente normal, porque na arte, não existem regras específicas para um quadro, uma música, uma escultura (entre outras coisas) serem considerados bonitos ou feios.

Os objectos estéticos e a experiência estética estão interligados, ou seja, se não existir um objecto estético (seja um elemento da natureza, um quadro, um objecto, uma música) nunca poderá existir uma experiência estética porque não haveria nada para nós “avaliarmos” (dizermos se é bonito ou não) e se não há nada que nos cause sensações de agrado ou desagrado, não pode haver uma experiência estética; todos os objectos

estéticos nos causam sensações e por isso todos nós temos uma experiência estética. A sensibilidade estética é basicamente os nossos 5 sentidos, porém, nem todas as pessoas têm os seus sentidos tão desenvolvidos em relação a outras, contudo, os sentidos podem ser mais desenvolvidos, porque a sensibilidade estética pode ser ensinada e aprendida (lendo livros, ir a espectáculos musicais, bailados, concertos, museus, ou seja, se nos forem proporcionadas experiências estéticas); aos estarmos atentos também podemos desenvolver os nossos sentidos, porque muitas das vezes olhamos para as coisas sem as ver realmente; podemos aprender sobre as coisas, ou seja, ouvimos uma música que não gostamos, mas se formos pesquisar sobre a banda e o significado das letras dessa mesma banda, é possível que comecemos a gostar, ou talvez não, mas se assim for, podemos dizer que não gostamos mas que nos fomos informar, pois é muito frequente não gostarmos de uma coisa por falta de pesquisa. Todos nós nascemos com a sensibilidade estética, porque nascemos todos com os 5 sentidos, mas não a temos desenvolvida, nessa altura é quase nula, só começamos a desenvolver a nossa sensibilidade estética quando os nossos sentidos se desenvolvem e começam a ver, sentir, ouvir as coisas ao seu redor. De uma maneira bastante geral, a sensibilidade estética é a possibilidade de sermos afectados ou a possibilidade de sentirmos emoções ao observar algo.

O subjectivismo estético defende que nenhum objecto contem beleza, essa beleza apenas é ganha através das emoções que sentimos ao contemplar a obra de arte e por isso, a beleza nasce das nossas emoções, porém, não podemos dizer que é verdade ou não o facto de um objecto estético ser bonito ou não.

O objectivismo estético defende que um objecto estético é bonito se seguir as regras que fazem parte da corrente artística da altura, caso contrário, é feio, e por isso, a beleza está no objecto, contudo, nesta corrente filosófica podemos afirmar que uma obra de arte é bonita ou feia, porque se uma peça seguir a corrente artística é bonita, se não seguir, é feia. A experiência estética é um estado afectivo de agrado e de prazer suscitado pela apreciação subjectiva, quer seja pela contemplação da natureza, quer seja pela criação ou contemplação de uma obra de arte. É caracterizada pela subjectividade e pelo desinteresse. Chamamos atitude estética a essa atitude desinteressada, fixada apenas no sentido de prazer proporcionado pela contemplação do objecto. Aos objectos capazes de desencadear a experiência estética, chamamos objectos estéticos. Os objectos estéticos são todas as obras de arte ou elementos da natureza capazes de provocar uma experiência estética. O contacto com os objectos faz-se através dos sentidos. A sensibilidade estética é precisamente a capacidade de observar os objectos em termos de um sentimento de agrado ou desagrado. Podemos aprender a ver e a sentir, descobrindo novas maneiras de olhar, e aceder a aspectos que não são imediatamente visíveis. A educação da sensibilidade estética em relação à arte, pode fazer-se a partir: do contacto frequente com obras de arte; da aquisição de conhecimentos sobre o autor e a obra.

Subjectivismo  A contemplação de um objecto é acompanhada de um sentimento de prazer;  Esse sentimento de prazer não depende de nenhum interesse no objecto;

 A beleza diz respeito ao sentimento de prazer que a contemplação da obra provoca no sujeito. Belo: Quando observamos um objecto estético e sentimos um sentimento de agrado, tranquilidade, positivo, sereno. Sublime: Quando observamos um objecto estético e sentimos um misto de prazer e desprazer nascido da capacidade, da imaginação para compreender aquilo que ultrapassa em poder e grandeza, como por exemplo, um vulcão a explodir, faz-nos entender o quão pequenos somos em relação à força da natureza.

O objectivismo estético faz depender os juízos estéticos de critérios objectivos, por isso, quando se trata de apreciar arte, o que deve ser determinado são as características formais do objecto. O problema que se coloca é de saber quais são estas características nas diferentes formas de arte. Se consultarmos a história da arte podemos ser ver que até ao século XVIII os artistas se integravam em movimentos estéticos e subordinavam as suas criações a regras definidas para cada forma de arte. No entanto, actualmente encontramos uma grande variedade de correntes estéticas e de estilos, os artistas não se submetem às regras estabelecidas. Os critérios estabelecidos actualmente são tão vastos que contemplam todas as formas de arte. São eles: a intensidade, a unidade e a complexidade.

Teoria do expressionismo - O que é a obra de arte ? Quando expressa e comunica intencionalmente um sentimento vivido pelo artista.

Esta teoria defende que:  Só é arte se expressar uma emoção sentida pelo artista;  Não é arte se o público não sente qualquer emoção ou quando as emoções do artista e do público não são idênticos. Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende da capacidade de comunicar e de suscitar a mesma impressão na audiência. Limitações: Esta teoria exclui do mundo da arte:  A arquitectura, música aleatória e inúmeras manifestações da arte contemporânea;  Obras de arte produzidas sem intenção de comunicar;  Obras que não expressão sentimentos vividos pelo artista;  Obras que, sendo expresso os sentimentos do artista não suscitam o mesmo sentimento no público.

Teoria da Imitação - O que é a obra de arte ? São imitações da natureza ou das acções. As diferentes formas de arte distinguem-se porque:  Usam meios diferentes;  Imitam coisas diferentes; Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende do quão imitada ela está. Limitações: há muitas obras que de arte que não imitam nada, como as obras da pintura abstracta, da arquitectura, das obras musicais, etc.

Arte com forma significante

- O que é a obra de arte ? É um objecto dotado de forma significante que provoca emoções estéticas. Limitações:  Usam um raciocínio incorrecto porque define a forma significante a partir da emoção estética e a emoção estética a partir da forma significante, cometendo um erro no raciocínio;  Faz depender a definição de arte da intuição e da sensibilidade do crítico de arte;  Não explica porque razão as obras de arte não provocam emoções estéticas em todas as pessoas.

Artesão: Segue as regras fielmente; domina muito a técnica. Artista menor: Domina as regras; cria obras de arte segundo as regras. Artista autêntico: Cria as regras; cria novas formas de arte; faz aparecer novos estilos de arte.

Um dos problemas importantes no mundo da arte é o problema da autenticidade de uma obra de arte, ou seja, o de distinguir o original das imitações. Podemos distinguir dois tipos de imitações: a cópia de uma obra ou a imitação de um estilo. Ora, as imitações, quer sejam cópias perfeitas de uma obra original, quer seja a imitação do estilo de um artista, poderão ser consideradas obras de arte? E se atingiram um grau de perfeição capaz de enganar os especialistas, fará sentido que o imitador seja considerado, de facto um artista? A resposta é NÃO. Na verdade valorizamos mais as obras originais; há várias razões para isso:  Razões económicas, sociais e psicológicas:  O quadro original tem um valor muito mais elevado do que a cópia;

 Os coleccionadores gostam de ter peças únicas;  Há uma espécie de veneração do original.  Razões estéticas:  Se o autor que copiou a obra modificar os seus “erros” a peça pode perder o seu verdadeiro significado e a intenção do artista que a criou;  Quem faz uma cópia perfeita das obras não tem mérito porque não é o criador nem do quadro nem do estilo da obra. As réplicas demonstram a habilidade técnica do imitador mas continuam a ser indícios do génio que criou a obra. Arte e mercado A aquisição de obras de arte pode ter duas motivações principais:  O lucro: ao vender e comprar obras de arte é ganho muito dinheiro  A promoção social: é associado normalmente que quando uma pessoa possui obras de arte tem um estatuto social mais alto. Estamos praticamente condicionados a reflectir sobre a arte que, por exemplo, passa na publicidade, estamos de certa forma condicionados à arte comercial; o outro problema, é o facto de nós não observarmos a arte da maneira certa, ou seja, para nós basta um simples olhar sobre a o objecto estético para acharmos que sabemos tudo sobre ela, no entanto, para podermos ter uma experiência estética, é necessário tempo e concentração.

Arte e consumo Com o consumo massificado da arte, verifica-se um esquecimento do que é a verdadeira arte e também à sua banalização, porque aquilo que vemos habitualmente acaba por não ser notado nem apreciado....


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