A obra de arte na época da sua possibilidade de Reprodução Técnica PDF

Title A obra de arte na época da sua possibilidade de Reprodução Técnica
Author Filipe Cunha
Course Cultura Visual
Institution Universidade Lusófona de Humanidades e Technologias
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Walter Benjamin A obra de arte na época da sua possibilidade de Reprodução Técnica

No texto, A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica , o autor constrói uma teoria materialista da arte, abordando a arte e a modernidade capitalista. Mostra-nos a possibilidade de reprodução da obra de arte. Aborda que, toda arte possui uma “aura”, expressando a sua singularidade, singularidade essa que possui “o aqui e agora” (a existência única no lugar em que se encontra). Essa aura tem uma existência única e autêntica, mas as características das obras de arte “desmancham-se” devido aos novos meios de reprodutibilidade. Afirma que toda obra é reprodutível (através da cunhagem, fundição, impressão, xilogravura, gravura e litografia), que a imitação das mesmas buscava o lucro. Mostra também a diferença entre uma obra de arte e uma imagem, a arte é a reprodução técnica, que engloba o valor de culto, a tradição, a originalidade, e o autêntico, estamos perante uma perceção na concentração. Já a imagem engloba o valor de expressão, a distribuição para massas. Estamos perante uma Perceção na Distração. A finalidade da arte é a representação, serve para fazer o indivíduo refletir, atribuir juízo e valor, é necessário tempo para ver, fazer uma análise, e pensar. Tem como objetivo a unificação das pessoas que a observam, ou seja, é uma construção de laços e estruturas entre os que a observam. Mas isso só acontece se a arte for autêntica ou irrepetível e tiver um autor (que é caracterizado pelo período histórico onde se insere, mas em contrapartida, uma obra é intemporal), e se as pessoas forem autónomas. No século XIX, iniciou-se a reprodução da fotografia e do cinema, que permitiu o acesso a outros meios, como livros por exemplo, que faz com que a fotografia perca a sua originalidade, alterando a tradição, o valor e a rapidez na reprodução. Esse conceito chama-se aura, que é o “aparecimento único de algo distante, por muito perto que seja. Seguir com o olhar uma cadeia de montanhas no horizonte ou um ramo de árvore que deita sobre nós a sua sombra, ao descansarmos numa tarde de Verão – isto é respirar a aura dessas montanhas,

desse ramo. Pegando nesta descrição, é fácil compreender o condicionalismo social da atual decadência da aura” O valor do culto perde-se e passa a um valor de exposição, a obra perde a sua autenticidade, descontextualiza-se e dá-se uma decadência da aura.

Por outro lado, o cinema faz perder a noção de representação, devido à montagem de imagens em sequência. Torna possível a absorção das imagens (Perceção da Distração). Uma das vantagens do cinema é que torna as imagens intemporais, podendo essas ser repetidas, mas qualquer pessoa pode alterar a realidade das mesmas, devido às montagens. Quando o autor se refere ao hic et nunc (“aqui e agora”), afirma que a presença do mesmo vincula a história da obra. É a sua autenticidade. E, afirma que diferente da reprodução à mão, onde permanece a plena autoridade do original, a reprodução técnica faz o oposto, há uma desvalorização desse “aqui e agora”, o que deve ser reconsiderado, pois se virmos bem, uma reprodução manual, pode levar-nos a fazer o mesmo, porque por exemplo, ao analisarmos uma réplica do quadro Mona Lisa, de certa maneira, perde a sua essência, e em contrapartida, numa reprodução técnica, a obra perde a originalidade, mas ainda assim, podemos analisar o que o autor da obra original quer “passar” para nós, podemos perceber a sua essência e a sua história, de igual maneira como a outra reprodução. O autor também mostra que a arte passa a ser criada para ser reproduzida, sendo a sua aura e autenticidade diluídas, que pode se concordar, devido ao facto de vivermos numa sociedade de massas, e de as pessoas produzirem, criarem ou fazem as coisas para que os outros vejam, não só para si próprias, as já com a finalidade de com a ajuda dos media, divulgar as suas obras. Com a reprodutibilidade técnica, aumentou a possibilidade de exibição das obras de arte, o que concedeu novas funções, como a função artística. Apresenta o cinema como uma perda de tempo, pois traz consequências grandes na perceção do consciente, diz que “o cinema restringe o valor de culto não só porque coloca o público numa atitude de apreciação valorativa, mas também porque esta atitude no cinema não inclui o fator atenção. O público é um examinador, mas um examinador distraído”, mas o cinema inclui sim o fator atenção, mas de maneira diferente, não só a originalidade, mas também à representação. E apenas é um examinador distraído, depende das ocasiões, porque se for por exemplo um documentário, e deixa de ser uma “cópia do original sendo mesmo o original, mas continuando a ser um filme.

O cinema é um exemplo de reprodutibilidade técnica, e para além disso produzse com imagens dialéticas, e para além de ter consequências políticas e sociais, dá também lugar à massificação. Na obra, o autor mostra o seu ponto de vista relativamente á assuntos muito interessantes e importantes, e com bons argumentos, mostra a teoria materialista e a modernidade capitalista, e a importância da sociedade de massas relativamente às obras de arte, abordando as obras como reproduções técnicas e não técnicas. É um texto pode ter muitas interpretações e serve para advertir as pessoas face aos perigos de manipulação por parte dos media. Os media alteram as imagens e mostram o seu carácter histórico. Não foi o aparecimento dessas novas técnicas de reprodução técnicas como o cinema e a fotografia que veio arruinar a arte, mas foi sim a sociedade da época, pois essa, deixou-se levar pelos encantos dessas mesmas técnicas, sem perceber as consequências que daí adviriam. Limitou-se a seguir os media, sem aura e sem raciocínio próprio. Era uma mentalidade de Perceção Distraída. Concluindo, O que torna uma obra de arte única é o espaço, o tempo e o seu propósito. Ideias principais do texto: •



A reprodução técnica, pela sua ajuda na perfeição da reprodução, ou seja, mesmo na reprodução mais perfeita um elemento estará sempre ausente; o aqui e agora da obra de arte, a sua existência única, no lugar em que ela se encontra. É nessa existência única e somente nela que se desdobra a história da obra, essa história compreende não apenas as transformações que ela sofre, com a passagem do tempo na sua estrutura física, como as relações de propriedade em que ela ingressou....


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