A República de Platão - Livro VII PDF

Title A República de Platão - Livro VII
Author Emily Emiliano
Course Introdução à filosofia
Institution Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
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“A República de Platão - Livro VII” O texto pode ser dividido em 3 partes: I. II. III.

Descrição da “Alegoria da Caverna” (quadro estático, pintura); Processo de libertação do prisioneiro (movimento sofrido; cinema; thauma, gatilho); Aplicação da metáfora ao pensamento da metafísica e à sociedade (por meio da política e da educação)  apresentação da dupla função do “ex-prisioneiro” (filósofo)  Educação: “conversão da alma” para a “boa direção” –> verdade + bem  Política: “vida virtuosa e sábia” + desprezo pelo poder moral

conhecimento

argumentação justa?

República = coisa pública, vida comum. A república de Platão é considerada utópica. Utopia é algo ideal, inatingível (etimologia da palavra: não lugar). É aquilo que não existe em um lugar, mas pode existir no nosso pensamento. Você pode nunca chegar nesse lugar presente na nossa mente, mas a utopia do nosso pensamento é suficiente para nos tirar do nosso lugar. Se aquilo que não tem lugar pode me indicar um deslocamento (existência dessa república na nossa imaginação), já é muito. A filosofia é carente pois não nos dá um resultado de ordem prática, no entanto é, também, potente pois pode se perguntar sobre tudo. Platão considera o senso comum ignorante. Senso comum – falta de reflexão, repetição que mantém as mesmas opiniões, as mesmas crenças (em grego, esse seria o campo da doxa). No senso comum, impera a relação instrumental com as coisas. Platão chama de senso comum o que, no geral, é repetido e mantido pq ignora que isso veio de algum lugar e que isso pode ser questionado, transformado, aprofundado. Assim, ele propõe o reconhecimento do estado de ignorância (senso comum) e a passagem desse estado para um estado de conhecimento, que exige um descolamento do senso comum (comunidade) uma vez que o caminho em direção ao estado de conhecimento só pode ser trilhado individualmente (caminho solitário, de discernimento, de diferenciação...)  o exercício do pensamento é individual e, possivelmente, solitário. O senso comum não é caracterizado por um vazio de coisas, ele é caracterizado por inúmeras coisas. Ele não é vazio. Exite um tipo de sabedoria no senso comum. O senso comum é um lugar onde acumulam-se concepções de mundo, que são superficiais,da ordem da opinião. Faz-se necessário, então questionar e aprofundar essas opiniões (sombras = senso comum) abandonando a superficialidade Há uma manutenção do senso comum na medida em que ele não é questionado, quebrado. O senso comum não vai ser quebrado pelo coletivo, mas vai ser quebrado individualmente. Mas pode ser por mais de um indivíduo. A prisão, na alegoria da caverna, pode estar ligada ao senso comum. Na primeira frase do texto, o seguinte questionamento é levantado: O que o ser humano experimenta com relação a um estado de ignorância e um estado de conhecimento (instrução)? Na sequência, Sócrates descreve o quadro da caverna. A Alegoria da Caverna representa, com o corpo, um processo que vivemos com a alma.vPor meio da alegoria da caverna, Platão representa uma espécie de passagem, ruptura, saída de dentro pra fora, libertação de um estado de aprisionamento, passagem do escuro pro claro, passagem do baixo pro alto,

tomada de consciência sobre a sua própria situação que podem ser representadas em etapas da nossa vida (ex: passagem da escola pra faculdade, libertação de um relacionamento que aprisionava...). A tomada de consciência da ignorância (senso comum) pode relacionar-se com várias etapas da nossa vida (ignorava algo que, depois, trouxe à luz a partir de um processo difícil). A partir da saída do homem da caverna, ele obtém uma missão. Antes ele não era um filósofo, ele estava ali junto com os outros, misturado no senso comum. Ou seja, existe um caminho (o de saída da caverna) que faz daquele que caminha quem ele vai ser. A missão veio pois ele se questionou sobre as coisas. O caminho para a saída da caverna é árduo. Platão sugere que o filósofo exercite essa passagem (fique voltando para a caverna e saindo de novo). Ou seja, que ele vá para a prática, volte pra teoria e depois vá para a prática novamente. Que ele vá para o senso comum e saia para o conhecimento. Na caverna, há um jogo de claro e de escuro que caracteriza o mundo das sombras, ou seja, há algum discernimento, compreensão. Há um tipo de sabedoria dentro da caverna pois eles enxergam as sobras, então eles conhecem algo. Antes, aquele homem encontrava-se na penumbra – nem totalmente claro nem totalmente escuro. Na penumbra, já temos linhas demarcatórias, mesmo que confusas. “A luz é que dá franjas e contornos às coisas”, ou seja, é a luz que destaca o limite das coisas. Por isso, ela nos permite reconhecer com maior precisão cada coisa. Na penumbra, as coisas estão misturadas. Foi a sombra que o fez pensar na luz (existe um gatilho que desencadeia esse pensamento na luz). Ele só viu a luz pois ele via as sombras. Existe uma complemetação entre a sombra e a verdade que ele enxerga do lado de fora. Esse despertar/gatilho é algo da ordem do mal estar, do desconforto. Mas que também é exigido por algo que o prisioneiro pressente sem saber o que é e que faz com que ele se desloque. O que fez aquele homem sair da caverna foi algo interno – mal estar, incômodo, angústia, algo ambíguo, espanto (thauma –ele pensa no que nunca pensou, isso o espanta). O thauma força. Mas essa força não vem de fora, vem de dentro. A angústia do prisioneiro tem a ver com o que gera a pergunta sobre o ser. Ou o que resulta dessa pergunta. A angústia tem a ver com o thauma, com uma espécie de buraco experimentado pelo ser humano quando ele percebe que ele pode se perguntar. Gatilho pra libertação do prisioneiro = o que é isso? (pergunta pelo ser) A pergunta “o que é isso?” é suficiente para a libertação da visão daquilo que estava dado (sombras). Ao se perguntar “o que é isso?”, o prisioneiro, sem controlar mais o processo, se libertou. Logo, ele teve que passar por um processo árduo e sofrido pra poder tentar responder essa pergunta com toda a violência que ela traz, com toda força que ela traz. Que força é essa? Que violência é essa? Pra ocorrer essa violência, ele precisa ter sido forçado de fora? Não, isso pode nascer de dentro. Assim como também pode ser estimulado por fora. Mas o fato dele voltar lá pra contar pra galera que tava na caverna e não dar certo sugere que o principal não é o que vem de fora, mas sim o que se faz no interior do indivíduo. Quando o prisioneiro se faz a pergunda, ele não pode mais escolher se quer passar pelo processo ou não. Simplesmente, não dá pra tirar a pergunta. E esse processo é violento, mas a vida também traz uma dose de violência inerente. Exemplo: nascimento.

O prisioneiro precisa abrir mão do que tem para se libertar. Ele tem a visão das sombras. As sombras são alguma coisa. Em um primeiro momento, ele abre mão da visão das sombras, dá as costas pra ela e, sem saber o que há por vir, ele vira para um novo paradigma. Isso gera terror (nesse sentido, é negativo). Mas também há um lado positivo que só se abre para ele pois ele topou esse desconforto inicial, ele abriu mão do que ele já possuía. O prisioneiro que se liberta abre mão de uma visão superficial/chapada em busca de uma visão mais cheia, plena, completa. Para isso, ele precisa se colocar em movimento pois o processo não acontece sem ele, o caminho não está dado de antemão. O caminho se faz na medida em que ele caminha o caminho. Ao caminhar, ele descobre quem ele é e quem ele está se tornando. Estamos estudando, então, o conhecimento da verdade (lá fora) e o conhecimento próprio/individual. Ele compreende as coisas e compreende que compreende. Depois de sair da caverna, o ex prisioneiro, então, volta pra lá pois se sente convocado pelo escuro. Vão começar a rir dele, ele vai ser chamado de louco. E, se ele morrer entre as sombras, vai ser por ter contemplado a luz. A alegoria da caverna nos mostra que tentar se aprofundar (se distinguir, questionar) faz parte do nosso caminho individual e que isso deve ser levado pro coletivo (educação). Podemos interpretar a alegoria da caverna a partir da ideia de espanto (thauma), que leva a um questionamento. Descrição da caverna: - Eles estão em comunidade/grupo. - Há prisioneiros com as pernas e o pescoço acorrentados que estão ali desde a infânciaeles não podem se mexer, não há movimento nenhum uma vez que eles estão acorrentados. - Devido as correntes, não conhecem o próprio corpo, nem o corpo das outras pessoas que estão ali. Mas eles ouvem as vozes dos outros (eles conversam sobre o que veem  as sombras). - Os prisioneiros não conhecem volume, só veem as sombras na parede, vivem num mundo bidimensional, chapado  compreensão rasa da realidade, superficial. - No fundo da caverna estão as sombras (algo superficial, distante da verdade, q não tem mt definição). - Atrás dos prisioneiros, no alto, há uma luz produzida por homens (fogo). - Entre os prisioneiros e o fogo passa um caminho elevado. - No caminho entre os prisioneiros e a luz há um muro que parece um palquinho de fantoches. - Esses fantoches são objetos em miniatura, imitações da realidade construídas pela mão humana (objeto artesanal – cópia, imagem do objeto de verdade que está lá do lado de fora). - Atrás do muro passam pessoas. - A sombra exibida no fundo da caverna não é a sombra do cavalo de verdade, é a sombra do cavalo de madeira em miniatura (fantoche – cópia do cavalo de verdade). - Na caverna só há coisas criadas por homens (fantoche, fogo). - O que os prisioneiros veem desde a infância são as aparências. Os prisioneiros precisam sair das aparências para encontrar a essências. A nossa forma de viver não é a única e nem necessariamente a melhor. Há mais de uma forma de ser (exemplo do cavalo real, de madeira e a sombra do cavalo). É o Glauco que reage à descrição da caverna dizendo “que quadro estranho!” Isso é da ordem do espanto (thauma do Glauco). Quem sofre o processo de libertação, ruptura não é toda a sociedade que encontrava-se na caverna, mas apenas um indivíduo. E esse processo é violento e paradoxal, pois, por um lado, ele sofre quando ele é forçado, é separado dos demais, ele tem que fazer movimentos pela primeira vez (virar o pescoço, levantar

o corpo, caminhar, olhar pra luz...). No entando, na medida em que ele vai efetuando esses movimentos, ele vai aprendendo a ver. O que gera isso? Foi alguém de fora que veio libertar ou essa força veio dentro dele próprio? Há, aqui, a palavra “se” como conotação de um sujeito indeterminado, que a gente precisa interpretar. Esse “se” é o espanto da pergunta sobre o ser da coisa que fez com que ele se movimentasse pra poder pensar o ser da coisa. A pergunta pelo ser daquela coisa coloca a gente pra além da própria coisa (metafísica). Ele se perguntou sobre a sombra e, nessa mesma medida, ele olhou pra trás, como quem se pergunta “o que é isso?” e, ao mesmo tempo, se pergunta “o que há para além disso?”, “o que gera isso?” E aí ele começa a fazer o caminho de subida. No processo violento de saída da caverna, a maior dor do ex-prisioneiro ocorre ao olhar pra luz. Quando ele está saindo da caverna, pra ele, parece que a sombra tinha mais verdade do que o que ele está vendo agora. Glauco percebe que, quando o prisioneiro sai da caverna, acostumado com a escuridão das trevas que reinam dentro da caverna, não vai conseguir enxergar as coisas iluminadas por uma luz tão clara quanto a luz do sol  ideia de processo gradativo. Em decorrência, a alegoria da caverna pode ser considerada uma metáfora do processo de aprendizagem (no caso da alegoria, ocorre uma busca de conhecimento da verdade que acaba sendo uma busca de conhecimento de si mesmo pois vamos entendendo, também, os nossos limites). A saída da caverna coloca em jogo uma subida. A caverna é um “dentro” que fica abaixo. E o fora fica no alto. A caverna fica no escuro e o fora fica no claro. A caverna é lugar das sombras, das ilusões, das aparências. Pra sair das aparência, a gente tem que subir/melhorar de condição na direção das essências. A hierarquização da nossa atual cultura é uma herança de Platão (região inferior x região superior verticalização). Em um primeiro momento, o prisioneiro só vê as sombras. Mas ele não sabe que as sombras são uma ilusão pois elas eram a única coisa que ele conhecia. Platão reconhece que existe mais de uma forma de existência do ser – você olha pra uma fotografia de um cavalo e diz “isso é um cavalo!” Você olha pra um cavalo em miniatura e diz “isso é um cavalo!” – dessa forma, Platão trata do problema da imagem. A miniatura é e não é um cavalo. Imagem pode ser uma forma da gente entender o conceito grego mímesis, que pode ser traduzido pela palavra “imitação”. As sombras do cavalo são aparências do cavalo. Mas o cavalo verdadeiro representa uma essência única, verdadeira, real, passível de visualização através da luz natural (estado de conhecimento). Há uma relação mimética entre os 3 cavalos: a sombra do cavalo, o cavalo em miniatura e o cavalo de verdade. Um cavalo é a imitação do outro, que é a imitação do outro. Um cavalo é a imagem da imitação do cavalo verdadeiro. Assim, Platão percebe o perigo da imagem (propaganda, marketing...). O espelho, assim como as sombras, produz uma imagem superficial, chapada, bidimensional. O ambiente da caverna representa a vida humana (tudo que é humano é ilusório). Tudo que está dentro da caverna foi construído pelo homem. Tudo que está fora da caverna é da ordem divina. Quando o ex-prisioneiro sobre à superfície, ele começa a ver as coisas nesta ordem: 1. Sombras (aquilo que ele já conhece) – a gente começa a conhecer pelo que a gente já conhece; 2. Reflexo dele na água (assim como a sombra, o reflexo ainda é imagem, ainda é superficial – a realidade dele ainda é bidimensional, mas já ganha um pouco mais de precisão, de contorno, informação, ele já vê além das sombras – no reflexo da água, diferentemente das sombras, há cor);

3. Objetos (cavalo de verdade – começa ver volume, a ocupar um lugar no espaço, a ter mais completude na visão); 4. Astros a noite (tem cor e emite luz por si próprio – uma luz mais tranquila de ver); 5. Sol (é a maior fonte de luz, é natural, é verdadeiro, é o que ilumina todas as outras coisas da realidade, governa tudo, faz tudo se movimentar). Quando o prisioneiro chega a ver o sol, ele já tá preparado. Tanto com o seu olho que já vai estar acostumado com a luz mais tranquila, tanto com a sua inteligência, com seu exercício espiritual e intelectual pra poder pensar sobre o bem. O fato dele contemplar o bem faz com que ele se sinta obrigado a aplicar a ideia de bem na vida comunitária e, com pena dos seus companheiros de cárcere, ele volta pra dentro da caverna pra tentar ensinar o que ele aprendeu do lado de fora e pra conduzir a vida comum (educação e política). Para Platão, o sol prevalece e representa a ideia superior, ou seja, ele acredita que devemos ver tudo pela luz emitida por essa ideia que tá no topo, a ideia suprema, a ideia de bem  base de tudo. O sol representa a ideia de bem (ideia suprema de Platão no Livro VII), que prevê 2 âmbitos da vida humana: o âmbito público (política) e o âmbito privado (ética). Depois que o prisioneiro enxerga a luz do sol, ele volta pra caverna para aplicar o bem. Ele volta, justamente, porque ele conheceu o bem. E porque o prisioneiro se comprometeu com a verdade do bem (bem em si, bem comum, não o bem pra mim, pra você...) ele é forçado à aplicar o bem na caverna, a se comprometer com o bem da comunidade, de todos. Isso exige dele uma dupla missão, um duplo compromisso, com a política e com a educação. Quando ele volta pra caverna, possivelmente, as pessoas vão rir da cara dele, ele vai ser chamado de louco, ele vai se tornar um estranho e talvez seja morto pelas outras pessoas que estão na caverna. Platão sugere que nós não somos uma coisa parada, nem uma coisa só. Somos duas coisas (corpo X alma sentidos X razão). A vida da alma é a vida da razão, da inteligência, da verdade filosófica. A vida do corpo é a que está ligada à ignorância, às sombras dentro da caverna, às paixões. Caverna = nossa vida aqui agora = mundo sensível Região superior = mundo inteligível  chegamos lá com a nossa alma (precisamos fechar os olhos do nosso corpo pra poder enxergar com a nossa alma pois a verdade está na definição conceitual de cadeira, na ideia de cadeira que é divina, maior). Mundo sensível  do tempo, do fluir, do devir, do fluxo constante onde tudo passa. Platão diz que pra gente entender esse mundo, temos que remeter a um outro mundo, a uma outra realidade que é imutável, que sustenta a nossa realidade sensível. Platão acredita que existe uma verdade absoluta. Pra ele, dá pra chegar no mundo inteligível e dá pra contemplar a verdade absoluta, mas não dá pra possuí-la. Em sua concepção, Deus definiu essa verdade absoluta. Ou seja, a verdade absoluta é independente do ser humano, ela ultrapassa, transcende a nossa concepção. Portanto, chegar no mundo inteligível seria transcendental e ocorreria através da reflexão. Platão diz que a cadeira que estou sentada, a roupa que eu tô vestindo, tudo isso é ilusão uma vez que é do âmbito do corpo, da realidade sensível. Tudo isso muda, é material. A cadeira pode quebrar futuramente, mas a ideia de cadeira, a verdade absoluta sobre o que seja uma cadeira hoje ou há 2 milênios atrás é a mesma. Nós na humanidade somos como essas pessoas dentro da caverna. Chega uma só pessoa que tira o conforto da humanidade, e, ao fazer isso, a humanidade precisa se mexer. Um certo grau de desconforto nos obriga a se mexer, e esse movimento dói. (Exemplo: estamos dormindo numa posição há muito tempo –

desconforto – mudamos de posição). Assim, o desconforto não é de todo ruim, ele é a saída da inércia, ele é fundamental, necessário. Ao questionarmos, podemos experimentar a violência de cada pergunta.

CAVERNA Trevas Sombra/fantasma Aparências Ignorância

REGIÃO SUPERIOR Luz Objetos reais Essência Conhecimento

MUNDO SENSÍVEL Visível Parecer “Misérias Humanas”

MUNDO INTELIGÍVEL Verdadeiro Ser “Contemplações divinas”

PROCESSO DE CONHECIMENTO Ascendente Sofrido (dor nos olhos) Violento Progressivo/Gradual Dupla Via

A priori, os gregos mantinham a sua religião por meio da poesia (Grécia antiga - séc V a.C.). Entre os gregos antigos, a arte estava abraçada na religião. Não houve uma ruptura abrupta entre o mito e o logos, houve uma passagem. No século VI, quando Tales diz “tudo é água”, começa a ocorrer a separação entre logos e mito. Logos é ciência, saber, razão, sentido (significado), palavra. O prisioneiro (o que se liberta), ao se perguntar sobre as sombras, se espanta diante do cotidiano (sombras). PROCESSO DE CONHECIMENTO/SAÍDA DA CAVERNA (ruptura): -Ascendente - Sofrido (dor nos olhos) - Violento (oq estava na caverna era muito convincente, precisa ser violento para tirar isso do lugar) - Progressivo/Gradual No cenário que vivemos todos os dias, algo pode nos tirar a paz. Podemos nos questionar! E isso nos tira do lugar. A alegoria da caverna pode simbolizar várias questões. O olhar para fora transforma oq está dentro. O indivíduo que conhece o fora se conhece melhor dentro. O conhecimento da verdade vem acompanhado por um autoconhecimento. O cavalo de verdade só pode ser conhecido pela luz do sol. A imagem de libertação do prisioneirorepresenta que a gente não deve se deixar levar pelo que é repetido no senso comum (ex: clichês), mas devemos nos perguntar sobre essas coisas. Tentar se esforçar por conhecer as coisas e aprofundar a visão que se tem das coisas têm a ver com se submeter a uma luz muito mais forte (o sol).

A última parte do texto é a aplicação da metáfora para o pensamento da metafísica  a caverna (embaixo) representa o mundo sensível (dos sentidos). Fora da caverna (região superior) representa o mundo inteligível (razão). Devemos conhecer as coisas iluminadas pelo bem. O processo de subida do prisioneiro à luz se chama dialética ascendente. A palavra “dialética” tem a ver diálogo, contradição, perguntas e repostas (Sócrates)...- se eu abro o meu pensamento pra perguntar, eu estou me abrindo pra pensar a contradição, pra dialetizar as coisas (ver sus mais variados traços, pontos de vista, perspectivas). É nos deslocando na direção do que conhecemos c...


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