Analise Funcional PDF

Title Analise Funcional
Course Behaviorismo
Institution Universidade Metodista de Piracicaba
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Summary

Analise Funcional...


Description

Analise Funcional O analista funcional é um cientista natural, darwinista, funcionalista e determinista. Explique. O analista comportamental tem uma postura determinista na medida em que vê o comportamento humano como um produto inevitável de uma herança genética e de eventos ambientais ocorrendo durante a vida de uma pessoa. Como darwinista o analista de comportamento acredita que todas as mudanças comportamentais, operante ou não, resultam de um processo de seleção pelas consequências. Isto supõe que o organismo seja dotado de uma sensibilidade inata ao efeito destas consequências. Como cientista natural, o analista do comportamento é um baconiano, ou seja, trabalha por observação, classificação e indução (gradual). Evita generalizações apressadas e indevidas, evita o dogma, evita explicações metafísicas. É basicamente um empirista e um experimentalista, só secundariamente um interpretacionista, privilegiando uma abordagem histórica aos eventos. Como funcionalista o analista do comportamento é um machiano, substitui a noção de causa por função, e a explicação pela descrição. Os fenômenos sempre ocorrem em variadas relações de interdependência uns em relação aos outros e assim a tarefa do estudioso funcionalista é descrever estas interdependências. Causa é sinônimo de função, que é sinônimo de controle, que é sinônimo de descrição de relações funcionais. Porque um comportamento não pode ser chamado de patológico pelo analista do comportamento? Um comportamento jamais é dito patológico, pois se entende que se ele ocorre é porque de alguma maneira ele é funcional, tem um valor de sobrevivência. Qual a importância da analise funcional com relação ao comportamento? Fazer uma analise funcional é identificar o valor de sobrevivência de um determinado comportamento. Por exemplo: o comportamento de auto-agressão não é considerado como manifestação de um processo psicótico, e sim, um conjunto de respostas que permitem o acesso, pelo individuo, a consequências importantes para ele: consequências sensoriais, consequências sociais, consequências como bens tangíveis, ou consequências como a evitação de eventos desagradáveis. O que a Analise Funcional leva em consideração? Uma analise funcional leva em conta aspectos do ambiente e a função que o comportamento tem naquele ambiente. Nesse sentido a Analise Funcional não é diretamente observável, o que observamos são as mudanças no fenômeno ‘comportamento’ e mudanças no fenômeno ‘ambiente’. A partir destas observações hipotetizamos uma relação entre esses fenômenos e a testamos. Uma analise funcional nada mais é do que uma explicação de um evento pela descrição de suas relações com outros eventos. Uma analise funcional produz o que? Uma analise funcional completa (observação-suposição-verificação) produz uma definição funcional (a definição de reforçamento, por exemplo, ‘aumento na probabilidade de ocorrência de um comportamento que é seguido de certas consequências’). Quais são as vantagens de uma análise funcional? As vantagens de uma analise funcional são que, além de identificar as variáveis importantes para a ocorrência de um fenômeno e, exatamente por isso, permitir intervenções futuras; ela possibilita o planejamento de condições para a generalização e a manutenção desse fenômeno. Outra vantagem é que elas podem ser realizadas a longo prazo, isto é, entre eventos que estão separados por um intervalo entre si. Uma determinada variável ambiental pode não estar presente no momento em que ocorreu a mudança comportamental e mesmo assim estar relacionada com esta mudança. Analises funcionais, por não estarem fundamentadas em aspectos estruturais, permitem uma explicação histórica, e protegem o

analista do comportamento de conceitos mediacionistas como memória, informação, trauma, decodificação, complexos, etc. Quais são os cinco passos básicos para a realização de uma analise funcional? 1. Identificação do comportamento de interesse juntamente com os relatos de outras pessoas. 2. Identificar e descrever o efeito comportamento, isso supõe sua especificação (especificação da frequência, por exemplo) 3. Busca de uma relação ordenada entre variáveis ambientais e variáveis comportamentais relacionadas com esse efeito supõe: a) Descrição da situação antecedente e da subsequente ao comportamento de interesse; b) A identificação da situação subsequente deve distinguir quais eventos são consequências; c) A identificação da situação antecedente deve distinguir quais eventos são condições. 4. A natureza das relações de consequências deve ser descrita (reforço positivo ou negativo; punição; fuga; esquiva). Do mesmo modo é necessário identificar se as condições antecedentes envolvem apenas eventos físicos ou também comportamentos, e nesse caso se apenas da própria pessoa ou de outras pessoas. 5. E finalmente a analise funcional supõe um teste das previsões. Quais os passos para a realização de uma analise funcional de um determinado comportamento de interesse? 1. Identificar o comportamento de interesse: a) Enunciar em termos empíricos as ações dos participantes e conceituais; b) Verificar a frequência de ocorrência das ações identificadas. 2. Especificar o produto de cada uma das ações e o produto delas a) É condição reforçadora ou aversiva? b) Sua ação se faz por apresentação, remoção ou impedimento? c) O produto é grande, provável, imediato? d) Existem produtos a longo prazo? Quais? e) Os produtos são consequências naturais ou sociais? Quem são os agentes? 3. Identificar as condições antecedentes necessárias e/ou presentes quando o comportamento ocorre a) Identificar as condições motivadoras e as operações estabelecedoras que afetam as condições motivadoras. b) Especificar estímulos discriminativos (existe mais de um discriminativo para o mesmo comportamento?). Existe uma classe de discriminação? c) Os discriminativos são circunstancias e/ou eventos físicos ou sociais? d) Existem comportamentos que ocorrem antes do comportamento de interesse? Sua relação com o comportamento de interesse é de necessidade, facilitação ou são ocorrências acidentais? 4. Ordenar os comportamentos pré-correntes (necessários e facilitadores) e os de interesse, por hierarquia (força dos comportamentos) ou por cronologia (sequencia dos comportamentos). 5. Organizar as observações em 3 colunas: antecedentes, comportamento (resposta) e consequentes. 6. Verificar se não existem lacunas em alguma coluna. 7. Analisar o que precisaria ser feito para facilitar (impedir ou dificultar) a ocorrência do comportamento a) Como alterar as condições antecedentes? b) Como alterar as condições subsequentes? As alterações implicam em operações de reforçamento ou punição do comportamento de interesse? Implicam em reforçamento de comportamentos incompatíveis? Qual a utilidade da analise funcional? Trata-se de um instrumento básico de trabalho de qualquer analista do comportamento, inclusive daquele que atua na clinica. É sua tarefa identificar contingencias que estão operando e inferir quais as que

possivelmente operaram no passado, ao ouvir a respeito ou observar diretamente comportamentos. Ele também pode propor, criar ou estabelecer relações de contingencias para desenvolver ou instalar comportamentos, alterar padrões, como taxa ou ritmo, ou espaçamento, assim como reduzir, enfraquecer ou eliminar comportamentos dos repertórios dos indivíduos. Quais são as dificuldades para conduzir uma analise funcional? Dificuldade na identificação da unidade de análise, ou seja, dificuldade na identificação da classe de estímulos antecedentes, classe de respostas, e classe de estímulos consequentes. Estas relações talvez não abarquem todas as informações que necessitamos para entender o processo. É difícil identificar pontos na cadeia comportamental contínua (O comportamento é contínuo, um fluxo de atividades que nunca cessa), que possam ser fracionadas. Ainda mais que nenhum comportamento é repetido exatamente da mesma forma. Mas para submeter o comportamento a uma análise científica é preciso dividir o objeto de estudo de tal modo que alguma coisa fixa e reproduzível possa ser conceituada. - A resposta para o analista do comportamento é que a definição da classe de comportamento requer tempo, pois o principal instrumento na A. F. C. é a Inferência e a Verificação das regularidades que surgem nas relações, que são construídas durante o processo através de relatos e/ou pela observação direta. - A definição da classe de comportamentos com a qual lidar durante a terapia é construída durante o próprio processo. Para identificar a classe de respostas mais abrangente e significativa, às vezes é necessário identificar funções comuns que comportamentos aparentemente diferentes possuem. - Muitas vezes é difícil discriminar as classes dos eventos antecedentes e consequentes porque nem sempre o comportamento é topográfico e sim funcional. Varias consequências podem estar seguindo o comportamento analisado. - Compreender a história de vida é muito importante. Condições sociais, médicas e fisiológicas são consideradas juntamente com o repertório comportamental do individuo. Contingência comportamental: é uma regra que especifica uma relação condicional entre uma resposta e suas consequências (enunciada muitas vezes em afirmações do tipo: se... então). Ou ainda, contingência natural se refere a qualquer relação de dependência entre eventos ambientais , ou entre eventos comportamentais e ambientais....


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