Anatomia DAS Veias - Resumo Sistema Cardiovascular PDF

Title Anatomia DAS Veias - Resumo Sistema Cardiovascular
Course Sistema Cardiovascular
Institution Universidade Estadual de Campinas
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Summary

Resumo de anatomia das veias com base nas aulas do módulo de Sistema Cardiovascular do ano de 2019...


Description

ANATOMIA DAS VEIAS •

Vasos sanguíneos aferentes em relação ao coração.



Veias superficiais: superficiais ao plano muscular ---> normalmente localizam-se na tela subcutânea ---> não são acompanhadas de artérias, mas às vezes o são por nervos cutâneos. Importância médica: as veias superficiais são bastante utilizadas para punção de sangue e para administração de medicamentos na corrente sanguínea devido à sua superficialidade e fácil acesso.



As veias superficiais dos membros inferiores apresentam valvas para assegurar o fluxo unidirecional do sangue. Veias varicosas: as veias perdem sua elasticidade, principalmente se submetidas frequentemente a altas pressões de suportar uma coluna de sangue contra a gravidade (como ao ficar longos períodos de pé). Essas veias acabam dilatando-se em algumas regiões e são denominadas veias varicosas, condição que ocorre normalmente em veias superficiais. As veias varicosas possuem valvas incompetentes, havendo refluxo de sangue. A insuficiência valvar pode ser primária à dilatação da veia, ou seja, pode ser a causa da variz. Veias superficiais do membro superior



As principais veias superficiais do membro superior, as veias cefálica e basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal.



A veia cefálica ascende na tela subcutânea a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e da face anterolateral da região proximal do antebraço e do braço ---> muitas vezes é visível através da pele. Anteriormente ao cotovelo, a veia cefálica comunica-se com a veia intermédia do cotovelo, que tem um trajeto oblíquo através da face anterior do cotovelo na fossa cubital e se une à veia basílica. A veia cefálica segue superiormente entre os músculos deltoide e peitoral ao longo do sulco deltopeitoral, perfura a fáscia clavipeitoral e une-se à parte terminal da veia axilar.



A veia basílica ascende na tela subcutânea a partir da extremidade medial da rede venosa dorsal ao longo da face medial do antebraço e da parte inferior do braço, perfurando a fáscia do braço e seguindo em sentido superior paralelamente à artéria braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila, onde se funde com as veias acompanhantes da artéria axilar para formar a veia axilar.



A veia intermédia do antebraço é muito variável. Inicia-se na base do dorso do polegar, curvase ao redor da face lateral do punho e ascende no meio da face anterior do antebraço entre as veias cefálica e basílica. Às vezes a veia intermédia do antebraço divide-se em uma veia

intermédia basílica, que se une a veia basílica, e uma veia intermédia cefálica que se une à veia cefálica.

Veias superficiais do membro inferior •

A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé ---> ascende anteriormente ao maléolo medial até o terço proximal da perna, onde começa a se desviar no sentido posterossuperior ---> quando atinge o côndilo medial do fêmur, está na face posterior do membro (cerca de quatro dedos posteriormente à margem medial da patela) ---> na coxa, tem trajeto medial e atravessa o hiato safeno na fáscia lata, para desembocar na veia femoral. o Tem 10 a 12 válvulas, que são mais numerosas na perna do que na coxa. o Enquanto ascende na perna e na coxa, a veia safena magna recebe várias tributárias e comunica-se em vários locais com a veia safena parva ---> as tributárias das faces medial e posterior da coxa costumam se unir para formar uma veia safena acessória, que é a principal comunicação entre as veias safenas magna e parva.



A veia safena parva origina-se na face lateral do pé, a partir da união da veia dorsal do quinto dedo com o arco venoso dorsal ---> ascende posteriormente ao maléolo lateral e segue ao longo da margem lateral do tendão do calcâneo ---> inclina-se em direção à linha mediana da fíbula e penetra na fáscia muscular ---> ascende entre as cabeças do músculo gastrocnêmio e drena para a veia poplítea na fossa poplítea.



Embora as veias safenas recebam muitas tributárias, seus diâmetros se mantêm praticamente constantes no trajeto de ascensão no membro. Isso é possível porque o sangue recebido pelas veias safenas é continuamente desviado para as veias profundas através de veias perfurantes.

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Veias profundas Situam-se no plano muscular e acompanham as artérias. Estão contidas na bainha vascular com a artéria, cujas pulsações também ajudam a comprimir e deslocar o sangue nas veias. Distalmente ao joelho e ao cotovelo, há duas veias para cada artéria, o que é importante para garantir que a capacidade do leito venoso seja bem maior do que a do leito arterial. Veias comunicantes ou perfurantes Unem o sistema de veias profundas ao superficial. Possuem válvulas para direcionar o sangue no sentido superficial ---> profundo. Válvulas venosas: são projeções do endotélio com seios valvulares caliciformes cujo enchimento vem de cima. Quando os seios estão cheios, as válvulas ocluem a luz da veia, evitando, assim, o refluxo distal de sangue e tornando o fluxo unidirecional. A íntima relação das veias profundas com artérias justifica a formação de fístulas arteriovenosas (comunicações anômalas entre uma artéria e uma veia), que podem ser estabelecidas após traumatismos vasculares.







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Veias profundas do membro superior Vv. radiais e vv. ulnares ---> vv. braquiais ---> v. axilar ---> v. subclávia ---> v. braquiocefálica --> veia cava superior.

Veias profundas do membro inferior V. tibial anterior, vv. tibiais posteriores e vv. fibulares ---> v. poplítea ---> v. femoral (recebe a v. femoral profunda em sua porção terminal) ---> v. ilíaca externa ---> v. ilíaca comum ---> veia cava inferior. As veias perfurantes da perna penetram na fáscia muscular, formam e suprem (com o sangue drenado pelo arco venoso dorsal do pé) continuamente uma veia tibial anterior no compartimento anterior da perna. As veias plantares medial e lateral da face plantar do pé formam as veias tibiais posteriores e fibulares, situadas posteriormente aos maléolos medial e lateral. As três veias profundas da perna fluem para a veia poplítea posterior ao joelho, que se torna a veia femoral na coxa. As veias que acompanham a artéria femoral profunda e seus ramos, drenam sangue dos músculos da coxa e terminam na veia femoral profunda, que se une à parte terminal da veia femoral. A veia femoral segue profundamente ao ligamento inguinal para se tornar a veia ilíaca externa. Observações: em vista do efeito da gravidade, o fluxo sanguíneo é mais lento quando uma pessoa fica parada de pé. Durante o exercício, o sangue recebido pelas veias profundas proveniente das veias superficiais é impulsionado por contração muscular para as veias femorais e, depois, para as veias ilíacas externas. As válvulas competentes impedem o refluxo.



As veias profundas são mais variáveis e se anastomosam com frequência muito maior do que as artérias que acompanham. Tanto as veias superficiais quanto as veias profundas podem ser ligadas, se necessário.

Pescoço •

A veia jugular interna, a maior veia no pescoço, drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras cervicais e dos músculos profundos do pescoço ---> origina-se no forame jugular na fossa posterior do crânio como a continuação direta do seio sigmóideo ---> a veia desce na bainha carótica, acompanhando a artéria carótida interna ---> termina no nível d a vértebra T1, superiormente à articulação esternoclavicular, unindo-se à veia subclávia para formar a veia braquiocefálica ---> uma grande válvula perto de sua extremidade evita o refluxo de sangue para a veia.



A veia jugular externa começa perto do ângulo da mandíbula (imediatamente inferior à orelha) ---> cruza o músculo esternocleidomastóideo em direção oblíqua, profundamente ao músculo

plastima, e entra na parte anteroinferior da região cervical lateral e termina na veia subclávia --> drena a maior parte do couro cabeludo e a região lateral da face. •

A veia subclávia, o principal canal venoso que drena o membro superior, curva-se através da parte inferior da região cervical lateral --- > passa anteriormente ao músculo escaleno anterior e ao nervo frênico e une-se, na margem medial do músculo, com a VJI para formar a veia braquiocefálica.



A veia jugular anterior desce na tela subcutânea ou profundamente à lâmina superficial da fáscia cervical entre a linha mediana anterior e a margem anterior do músculo esternocleidomastóideo. Na raiz do pescoço vira-se lateralmente, posterior ao músculo esternocleidomastóideo, e abre-se no término da veia jugular externa ou na veia subclávia. Superiormente ao manúbrio do esterno, as veias jugular anterior direita e esquerda podem se unir através da linha mediana para formar o arco venoso jugular no espaço supraesternal.

Observações do roteiro 1. Veias nas raízes dos membros: v. femoral, v. axilar e v. braquial podem ser comprimidas contra os planos muscular e ósseo ---> são de grande valor em manobras de garroteamento que visam reduzir o retorno venoso para o coração. Em caso de edema agudo do pulmão, as veias femoral, axilar e braquial devem ser garroteadas alternadamente para reduzir o retorno venoso para o coração e aliviar o edema, até que seja feito o tratamento definitivo. 2. Veia cava inferior na região posterior ao útero: durante a gravidez, a VCI pode ser comprimida pelo útero quando a gestante está em decúbito dorsal, dificultando o retorno venoso e contribuindo para a formação de edema nos membros inferiores. Edema de membro inferior em gestantes: sinal de compressão da veia cava inferior pelo útero. Indicação: decúbito lateral esquerdo.



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Sistema porta do fígado A veia porta hepática é o principal canal do sistema porta venoso. Ela coleta sangue pouco oxigenado, porém rico em nutrientes, proveniente da parte abdominal do trato gastrointestinal, incluindo a vesícula biliar, pâncreas e baço, e conduz até o fígado. É formada pela anastomose das veias mesentérica superior e esplênica. No fígado, ela se ramifica para terminar em capilares expandidos - os sinusóides hepáticos. O sistema venoso portal comunica-se com o sistema venoso sistêmico nos seguintes locais: Veias esofagianas (comunicam o sistema porta com a cava superior através do ázigos) ---> drenam para a veia ázigo (sistema sistêmico) ---> quando dilatadas formam varizes esofágicas. Veias retais Veias paraumbilicais

Hipertensão portal: Quando a circulação porta através do fígado é reduzida ou obstruída por doença hepática ou compressão física por um tumor, por exemplo, há aumento de pressão na veia porta e suas tributárias, o que causa hipertensão portal. Porém, o sangue ainda pode ser drenado por intermédio das vias colaterais de anastomoses portocavas ---> essas vias alternativas estão disponíveis porque a veia porta e suas tributárias não têm válvulas, podendo desviar o sangue do sistema porta para o sistema cava ---> no entanto, o aumento da pressão vai gradualmente sendo transmitido às anastomoses e o volume de sangue forçado pelas vias colaterais pode ser excessivo, acarretando varizes (dilatação anormal das veias), com risco à vidam se não houver construção cirúrgica de uma derivação da obstrução....


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