Anotações - Tomografia Computadorizada DO Interstício Pulmonar PDF

Title Anotações - Tomografia Computadorizada DO Interstício Pulmonar
Author Maria Aparecida Fagundes
Course Radiologia
Institution Universidade Bandeirante de São Paulo
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Anotações - Tomografia Computadorizada DO Interstício Pulmonar...


Description

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO INTERSTÍCIO PULMONAR Anatomia seccional - Tomo = corte - 2.000 densidades radiológicas - 0 = água - Negativo = gordura e ar - Positivo = líquido, partes moles e osso - Plano transversal: vista como se o pcte estivesse deitado, com os pés para mim - Plano sagital = perfil - Plano coronal - A radiação incidente, após interagir como corpo, sensibiliza uma série de detectores eletrônicos, que enviam essa informação para o computador - Densidade mais baixa de todas: ar - Segunda densidade mais baixa: gordura - Maior densidade: osso - Uma das duas vantagens que tenho em relação ao RX é diferenciar as estruturas anatômicas diferentes. A outra é poder injetar meio de contraste iodado (densidade de metal), que circula nas estruturas vasculares. Com isso, no mediastino, consigo definir estruturas vasculares e diferenciá-las de outras estruturas anatômicas. Parênquima pulmonar: - Na tomografia, posso enxergar sua anatomia fina (estruturas do interstício) - Veia pulmonar -> corre nos septos inter-lobulares e eu consigo enxergar isso na TC (interstício periférico) - Bronquíolo e arteríola pulmonar --> correm juntos (interstício axial) - Linfáticos: junto, tanto com a veia, quanto com bronquíolo + arteríola. Então se tem lesão em interstício periférico e axial, provavelmente é vaso linfático que está sendo afetado. Na tomografia torácica: - Convencional - De alta resolução A diferença é que na convencional, a fatia que está formando a imagem tem entre 8-10mm de espessura. Na tomo de alta resolução, tem de 0,5 a 1mm. Isso é importante porque as estruturas do interstício pulmonar têm em torno de 1-2mm. Posso ver cistos de faveolamento (mostram doença fibrosante no pulmão), por exemplo. > 2 variáveis formam a tomo de alta resolução: - Espessura do corte - Número de pontos que formam a imagem (pixels) Lóbulo secundário: - Delimitado pelo septo interlobular, onde corre a veia pulmonar - Artéria pulmonar e bronquíolo correm juntos e estão no centro do lóbulo - Arteríola não toca a superfície pleural. A vênula, sim --> fixar imagem de lóbulo secundário - Interstício axial = no centro do lóbulo sec - Interstício periférico = nas margens do lóbulo - Interstício inter-pulmonar = alvéolos - Num pcte normal, o pontinho que vejo na TC de tórax é arteríola. Só vejo bronquíolo quando deixa de ter densidade de ar. Prova: quais são as estruturas centro lobulares? Quais as estruturas periféricas? Quais que tem na periferia e no centro? Anatomia do lóbulo pulmonar secundário: Interstício: saber para prova

- Axial/ central = peribroncovascular (interstício que envolve bronquio e arteríola) + centrolobular (no centro do lobulo pulmonar secundário) (arteríola, bronquíolo e linfático) - Periférico (em relação ao lobo pulmonar secundário) = subpleural + septal (veia e linfático) - Intralobular = alvéolos Achados TCAR: - OPACIDADES RETICULARES - OPACIDADES NODULARES - AUMENTO DA ATENUAÇÃO - REDUÇÃO DA ATENUAÇÃO 1. OPACIDADES RETICULARES (a) Espessamento septal interlobular - padrão reticular grande - mais fácil de ser visto, pois os “gomos” da rede serão grandes, já que a doença está no septo do lóbulo (b) Faveolamento (fibrose pulmonar) - padrão reticular médio (c) Reticulação com bronquiectasias (espessamento da parede do alvéolo por fibrose) - padrão reticular fino O que tem no septo interlobular: veia e linfático. Então doenças que aumentem calibre da veia (edema pulmonar) ou do linfático (linfoma), terão padrão reticular. (a) Espessamento septal interlobular: - liso, nodular ou irregular - Edema pulmonar - Linfagite carcinomatosa (disseminação de câncer através do linfático) - Sarcoidose = doença granulomatosa que infiltra o linfático (espessamento septal nodular) TC de tórax em que identifico uma massa com contorno espiculado -> quer dizer que a partir da massa, a neoplasia começa a se disseminar por via linfática. Ela enche o linfático de célula neoplásica, formando uma reticulação/ irregularidade no contorno da massa, que nada mais é que o espessamento do septo. (b) Faveolamento pulmonar = padrão reticular médio - faveolamento é doença fibrosante em estado avançado. O que eu vejo é o que sobrou do pulmão em torno de alvéolos destruídos - Vários cistos dispersos em camadas, normalmente na periferia - Ex.: pneumonia intersticial usual - cistos normalmente nos lobos inferiores do pulmão (c) Padrão de reticulação fina/ pequena = espessamento da parede do alvéolo por fibrose ou por inflamação (não infecção) - sarcoidose - pneumonite de hipersensibilidade = doença aspirativa em que a pessoa é exposta à Ag que desencadeiam reação de hipersensibilidade (normalmente criadores de pássaros fazem essa doença) - Pneumonia intersticial não específica 2. OPACIDADES NODULARES Para estabelecer o diagnóstico diferencial deve-se considerar: - tamanho - aspecto - distribuição Enquanto no padrão reticular havia predomínio de linhas, aqui há predomínio de nódulos e opacidades nodulares.

Tamanho (para nóodulo intersticial): - pequeno < 1cm - grande > 1cm Aspecto: - contorno bem definido - intersticial (sem confluir um com outro; pequeno) "como se eu jogasse areia na radiografia" = pontinhos pequenos e muito bem delimitados entre si - contorno mal definido - nódulo do espaço aéreo (formam confluência; grandes) Intersticial: - centrolobular -> não tenho nódulo subpleural (BRONQUIO E ARTERIOLA -> penso em doença do bronquiolo ou da arteriola -> bronquiolo inflamado = bronquiinfecções, como Tb, por exemplo) - perilinfático -> muito nódulo na cisura e em torno do feixe peribronquivascular; tem nodulo subpleural (DOENCAS LINFOPROLIFERATIVAS, LINFOMAS...) - randômico -> não segue nenhum dos dois outros padrões; nódulos distribuídos ao acaso (Tb miliar e metástase hematogênica) Através dessa classificação penso em diferentes tipos de doença A Tb pode fazer 2 tipos de padrão: - disseminação broncogênica da Tb (pela via aérea) = padrão centrolobular - disseminação hematogênica da Tb (miliar) = padrão randômico (a) Nódulos centrolobulares - Relacionados com bronquíolos ou artéria centrolobular - localizados a 5 a 10mm da superf pleural - regularmente espaçados - distribuição difusa ou irregular - Padrão de árvore em brotamento --> tem bronquiolo dando origem aos pontinhos - Diagnostico diferencial: qualquer doença que faz infecção ou inflamação do bronquiolo = Tb, pneumoconiose.... carcinoma bronquilobular - É comum associação de nódulos centrolobulares com consolidação do espaço aéreo (broncopneumonias) - Associação de padrão centrolobular com lesão escavada = praticamente diagnóstico de Tb pulmonar (b) Nódulos perilinfáticos - nódulos relacionados com vasos linfáticos - nódulos subpleurais - nodulos septais - nodulos peribroncovasculares - distribuição costuma ser assimétrica - comum em sarcoidose, linfoma e linfagite carcinomatosa - tenho nódulo tanto no centro, quanto na periferia -> única estrutura que existe tanto na periferia quanto em torno do feixe peribroncovascular é linfático (c) Randomicos - distribuição randomica - padrão uniforme - nódulos subpleurais - Diagn diferencial: doenças que chegam por via hematogênica ao pulmão, principalmente Tb e metástase - padrão difuso e simétrico - distribuição bilateral e simétrica

3. REDUÇÃO DA ATENUAÇÃO - diminuição da densidade do parênquima - doenças que fazem hiperinflação ou que fazem cistos pulmonares Cisto pulmonar: - lesão circunscrita de conteudo aereo - pneumatocele - após trauma ou infecção por stafilococo Doenças pulmonares císticas: - linfagioliomiomatose: mulheres em idade fértil com cistos regulares, sem fibrose. Deficiência na formação da musculatura lisa dos bronquiolos --> alveolo explode formando esses cistos. Essas mulheres podem ser assintomáticas ou terem leve dispneia. Diagnóstico definitivo por biopsia pulmonar a céu aberto. Um cisto pode romper para cavidade pleural e fazer pneumotórax - Outros: cistos como manifestação secundária, principalmente infecção por pneumocisto carini (Fungo dos imunossuprimidos = HIV+ padrão de vidro fosco, mas no meio desse vidro fosco, faz cistos) - Diagnostico diferencial: bronquiectasia, faveolamento, enfisema, escavação - Histiocitose de Langerhans = doença de tabagistas por deficiência de uma enzima; cistos difusos, bilaterais, mas além dos cistos tenho nódulos e áreas de consolidação. Aqui os cistos são bizarros. Há fibrose, alteração da arquitetura do pulmão. Aqui também pode haver rompimento de cisto e fazer pneumotórax - PCP - cistos septdos, mas o que predomina aqui é uma lesão que aumenta a densidade do parênquima -> associação de doença que aumenta a densidade do parênquima + - cistos pulmonares PNEUMOCISTOSE - pneumocisto carinii (HIV+) - pneumatoceles (por pneumonia estafilocócica ou trauma pulmonar. Ambos podem deixar como consequência uma pneumatoceele) - pneumatocele é um cisto pulmonar com um conteúdo aéreo - bronquiectasia cística: diferente da pneumatocele, eu terei cistos com dicotomização, o que me sugere que sejam brônquios dilatados. Outra forma de diferenciar e entender que isso são brônquios é que junto dos cistos eu sempre terei arteríola - Enfisema centrolobular: aspecto de roído de traça em torno da estrutura centrolobular. É o enfisema do fumante, pois a inflamação do fumante vem através da via aérea. Essa inflamação que ocorre no centro, em torno do bronquiolo, começa a destruir os septos interalveolares com confluência deles em torno do bronquiolo - Enfisema panacinar = envolve toda estrutura do lobo pulmonar secundário - ocorre por deficiência enzimática - enfisema confluente (não tenho mais o padrão em torno da estrutura centrolobular) não é enfisema de fumante - envolve qualquer um dos lobos - Síndrome de Swyer: bronquiolite obliterante pós-infecciosa – hiperinsuflação doenças que podem fazer cistos veradeiros, enfisema, hiperinflação -> diminuição da densidade do parênquima 4. AUMENTO DA ATENUAÇÃO Doenças alveolares ou intersticiais Todos padrões de consolidação -> qualquer doença que ocupe o espaço aéreo Existem 2 padrões de tomografia: (a) padrão de consolidação - limite mal definido - há broncograma aéreo - desaparecem os vasos

- normalmente essas coisas que preenchem o espaço aéreo tem densidade de partes moles ou líquido. Eventualmente, algumas doenças preenchem o espaço com coisa de densidade maior (padrão de consolidação calcificável = intoxicação por amiodarona; microlitíase alveolar; calcificação pulmonar metastática = doença que faz alteração no metabolismo do cálcio) ou menor (pneumonia lipoídica = densidade de gordura) (b) padrão de vidro fosco - aumenta a densidade, mas aqui eu vejo os vasos no meio da area de consolidação - pode existir na doenca do espaço aéreo ou na do interstício pulmonar - Situações em que pode haver padrão de vidro fosco: * diminuição do volume do alvéolo * doenças intersticiais = espessamento da parede do alvéolo (aumento a densidade sem formar consolidação) - pode ser inflamação, fibrose ou edema pulmonar * ocupação parcial do espaço aéreo. Quando essa ocupação parcial vira total = consolidação. Então, se tenho vidro fosco + consolidação, pensar em doença - pneumonia intersticial linfocítica; P carinii; Ambas podem ter broncograma aereo, mas enquanto eu vejo vasos no meio da lesão com padrão do vidro fosco - Pneumococo (Streptococo pneumoniae)-> pneumonia lobar -> PAC - Transudato, exsudato, sangue, neoplasia e materiais estranhos -> causam padrão de consolidação - Saber que tanto doença intersticial quanto doenca do espaço aéreo pode fazer padrão de vidro fosco na tomografia! Vidro fosco: - padrão mais inespecifico da TC - doença intersticial/ alveolar/ misto...


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