Antibiótico - Classificação dos antimicrobianos PDF

Title Antibiótico - Classificação dos antimicrobianos
Author Carla Luíza Stahlhof Erbes
Course Farmacologia
Institution Universidade Federal de Santa Maria
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Summary

Classificação dos antimicrobianos...


Description

ANTIBIÓTICO Metabólito microbiano ou análogo sintético inspirado em um metabólito que, em pequenas doses, inibe o crescimento de microorganismos sem apresentar grande toxicidade para o hospedeiro.

ALVOS PARA AÇÃO DE ANTIMICROBIANOS Metabolismo do ácido fólico – Sulfonamidas trimetoprima DNA girasse – quinolonas Síntese proteica – subunidade 50 S – anfenicóis, macrolídicos Síntese proteica – subunidade 30 S – aminociclitóis, tetraciclinas Parede celular – penicilinas, cefalosporinas, bacitracina, vancomicina

CLASSIFICAÇÃO ANTIMICROBIANA SULFONAMIDAS MECANISMO DE AÇÃO:  antiinfecciosos bacteriostáticos de amplo espectro;  análogos estruturais do PABA (ácido p-aminobenzóico);  inibem competitivamente a enzima diidropteroatosintetase, que catalisa a incorporação do PABA ao ácido diidrofólico;  impede biossíntese de ácido diidrofólico e conseqüentemente a de ácido tetraidrofólico (co-fator para biossíntese de purinas e timidinas) Þ interferem na síntese de ácidos nucléicos;

RESISTÊNCIA BACTERIANA  bactérias resistentes apresentam alterações nas enzimas alvos = diminuição da afinidade dos fármacos pelo sítio de ação; CLASSIFICAÇÃO

DCB Sulfamerazina Sulfadiazina

SULFONAMIDAS

Sulfametoxazol

SISTÊMICAS

Sulfadoxina

SULFONAMIDAS

Sulfadiazina de Prata

PARA OUTROS FINS Mafenida ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS  absorção no TGI;  ligam-se as proteínas plasmáticas em graus variados;  atravessam barreira placentária e são excretadas no leite;  biotransformação hepática;  excreção pela urina (principal), fezes, bile e outras secreções orgânicas. REAÇÕES ADVERSAS 

náusea,

vômito,

diarréia,

cefaléia,

erupção

cutânea,

febre,

fotossensibilização e icterícia; 

discrasias sanguíneas e anemia hemolítica (pacientes com deficiência de desidrogenase da glicose 6-fosfato);



comprometimento hepático;



reações de hipersensibilidade;



superinfecção

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  podem diminuir o efeito de anticoncepcional contendo estrogênio;

 podem

aumentar

anticonvulsivantes

o

efeitos

hidantoínicos,

de

anticoagulantes

hipoglicemiantes

cumarínicos, orais,

AINES,

diuréticos tiazídicos, fenilbutazona, metotrexato (sulfonamidas podem deslocar estes fármacos do sítio de ligação as proteínas).

TRIMETOPRIMA Derivado diaminopirimidina com atividade antibacteriana e antimalárica;  inibe a enzima diidrofolatoredutase= inibe síntese de DNA;  empregada em associação com sulfonamidas possui efeito sinérgico;  trimetoprima potencializa efeito da sulfonamida, amplia espectro de ação e diminui  resistência adquirida;  sulfametoxazol+trimetoprima - 5:1 (200+40 mg, 400+80 mg, 800+160 mg) - adm. v.o., i.v  redutase bacteriana é mais sensível a inibição pela trimetoprima que a enzima humana correspondente, no entanto, é possível alguma repercussão no metabolismo do ácido fólico no hospedeiro:  prevenção: administração de ácido folínico.

PENICILINAS Pencicilinas ativas por via oral CLASSIFICAÇÃO

DCB Ampicilina Amoxicilina

PENICILINAS

Cloxacilina Oxacilina

Penicilinas ativas contra bactérias GRAM negativas

CLASSIFICAÇÃO

DCB Ampicilina Amoxicilina

PENICILINAS

Carbenicilina Ticarcidina

Penicilinas de liberação prolongada – uso IM CLASSIFICAÇÃO

DCB Benzilpenicilina procaína (Despacilina®)

PENICILINAS

Benzilpenicilinabenzatina (Benzetacil®)

Solubilidades Benzilpenicilina sódica = 1g/40ml de água Benzilpenicilinaprocaína = 1g/250 ml de água. PENICILINAS – pró - fármacos Latenciação da ampicilina = pró-fármacos da ampicilina =melhor absorção intestinal; CLASSIFICAÇÃO

DCB Bacampicilina

PENICILINAS

Pivampicilina Talampicilina

CEFALOSPORINAS

Cefalosporinas ativas por via oral CLASSIFICAÇÃO

DCB Cefalexina Cefaclor Cefuroximaaxetila Cefpodoximaproxetil

CEFALOSPORINAS

Cefotaxima Cefoxitina Cefadroxila Cefoperazona Ceftazidima

CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO  ativas contra bactérias gram+ e modesta atividade contra gram - ;  empregadas em infecções leves a moderadas do trato respiratório, trato urinário, pele e estruturas da pele e ósseas. CLASSIFICAÇÃO

DCB Cefalotina Cefazolina

CEFALOSPORINAS

Cefalexina Cefadroxila

CEFALOSPORINAS DE SEGUNDA GERAÇÃO  apresentam melhor atividade contra gram negativa que 1ª geração (H. influenzae, Acinetobacter, Citrobacter, Enterobacter, E. coli, Klebsiella,

Neisseria, Proteus, Providencia, Serratia);  empregadas em infecções da pele, ósseas, das articulações, trato respiratório inferior, trato urinário, bacteremia, meningite, pneumonias. CLASSIFICAÇÃO

DCB Cefuroxima Cefaclor

CEFALOSPORINAS

Cefoxitina Cefprozila

CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO  menos ativas contra estafilococos que 1ª e 2ª geração, no entanto, são muito mais ativas contra gram-;  maior resistência a beta-lactamases, sendo ativas contra espécies de Neisseriagonorrhoeae, H. influenza e maioria das Enterobacteriaceae produtoras de penicilases;  ativas contra Morganella, Bacteroides fragilis e Pseudomonas aeruginosa; CLASSIFICAÇÃO

DCB Ceftriaxona

CEFALOSPORINAS

Cefixima Cefpodoxima

CEFALOSPORINAS DE QUARTA GERAÇÃO  espectro ampliado de atividade em relação a 3ª geração;  maior estabilidade a b-lactamases mediadas por plasmídios;  ativas contra P. aeruginosa e muitas enterobactérias resistentes aos agentes da 3ª geração;

CLASSIFICAÇÃO

DCB

CEFALOSPORINAS

Cefpiroma

AMINOCICLITÓIS ou AMINOGLICOSÍDEOS ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS Fármacos hidrossolúveis, logo:  baixa absorcao por via oral;  via intramuscular: rapidamente e completamente absorvidos;  via tópica: absorção ocorre se pele estiver lesada;  boa distribuição nos fluidos corporais, (exceto SNC, ossos, tecidos conectivos);  ligam-se fracamente a proteínas plasmáticas;  atravessam barreira placentária;  excretados de forma inalterada na urina (filtração glomerular);  alta concentração nos rins, logo, atenção especial em pacientes com insuficiência renal.  baixa absorção via oral

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS  uso sistêmico: reservado ao tratamento de infecções graves causadas por bacterias gram negativas, devido a toxicidade destes fármacos;  uso tópico: formulações dermatológicas e oftalmológicas;  estreptomicina: tratamento de tuberculose;  espectinomicina: 2º opção no tratamento de gonorréia endocervical, retal e uretral; adm. via IM.  neomicina :aminociclitol mais tóxico; não é empregado via parenteral devido a sua extrema toxicidade; uso tópico em preparações dermatológicas ou oftalmológicas; geralmente e empregado em associações com outros antibióticos ou corticóides. REAÇÕES ADVERSAS  ototoxicidade(disfunço vestibular e/ou disfuncção auditiva);

 nefrotoxicidade(necrose tubular, função glomerular);  bloqueio neuromuscular. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  diuréticos de alça, cefalosporinas, cisplatina, ciclosporina, vancomicina, anfotericina B aumentamnefrotoxicidade de aminociclitóis;  anti-histaminicos,

fenotiazinicos,

tioxantenicos

podem

mascarar

sintomas de ototoxicidade; CLASSIFICAÇÃO

DCB Estreptomicina Espectinomicina Neomicina

AMINOCICLITÓIS

ou

AMINOGLICOSÍDEOS

Gentamicina Tobramicina Amicacina Netilmicina

MACROLÍDEOS MECANISMO DE AÇÃO  bacteriostáticos;  inibição da síntese protéica através da ligação às subunidades ribossômicas 50S;  anfenicóis e lincosamidas também ligam-se às subunidades 50S dos = competição pelosítio (não se emprega combinação destes antibióticos);  não apresentam boa solubilidade em água. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS  antibióticos de amplo espectro (não apresentam ação contra P. aeruginosa)  comumente empregados em infecções do trato respiratório e em DST (gonorréia, doença inflamatória pélvica);

 claritromicina: empregada em associação com outros fármacos no tratamento de úlceras gástricas causadas por H. pylori.  biodisponibilidade por via oral variável:  eritromicina: instável em meio ácido;  sofrem interação com alimentos;  distribuem-se amplamente nos tecidos, porém não ultrapassam BHE;  atravessam barreira placentária e são excretadas no leite;  t ½ variável: eritromicina (90 minutos), azitromicina (3 dias);  metabolização hepática;  eritromicina e claritromicina são inibidores metabólicos;  eliminação via biliar. REAÇÕES ADVERSAS  irritação gastrintestinal;  hepatitecolestática (estolato de eritromicina);  infecções oportunistas;  reações de hipersensibilidade. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  eritromicina e claritromicina são inibidores metabólicos = potencializam efeitos

de

derivados

carbamazepina, da

ergotamina,

corticosteróides, teofilina,

digoxina,

triazolam,

alcalóides

valproatopodem

potencializar efeito de anticoagulantes cumarínicos;  podem diminuir eficácia dos anticoncepcionais contendo estrogênios.

CLASSIFICAÇÃO

DCB Eritromicina Claritromicina Azitromicina

MACROLÍDEOS

Diritromicina Roxitromicina Telitromicina

QUINOLONAS  boa absorção por via oral;  antiácidos e íons metálicos interferem na absorção;  acumulam-se em vários tecidos, principalmente rins, próstata, pulmão;  atravessam barreira placentária e são excretadas no leite;  metabolização hepática e eliminação renal. MECANISMO DE AÇÃO  quinolonas inibem DNA girase, enzima que atuana síntese de DNA;  apresentam ação bactericida;

QUINOLONAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO  antibacterianos que apresentam atividade apenas contra bactérias gramnegativas;  empregadas no tratamento de infecções urinárias não complicadas, por via oral; CLASSIFICAÇÃO

DCB Ácido nalidíxico Ácido oxolínico

QUINOLONAS

Ácido pipedímico Rosoxacino

QUINOLONAS DE SEGUNDA GERAÇÃO - FLUORQUINOLONAS  antibacterianos de amplo espectro, incluindo P. aeruginosa;  infecções urinárias, prostatites, infecções do trato respiratório superior, infecções

ósseas,

septicemia,

endocardite

(estafilococos

pseudomonas), meningites, DST, osteoartrite purulenta; CLASSIFICAÇÃO

DCB Norfloxacino Ofloxacino Levofloxacino

QUINOLONAS

/

FLUORQUINOLONAS

Ciprofloxacino Iomefloxacino Enoxacino

QUINOLONAS DE TERCEIRA GERAÇÃO - FLUORQUINOLONAS CLASSIFICAÇÃO

DCB Ofloxacino Levofloxacino

QUINOLONAS FLUORQUINOLONAS

/

Esparfloxacino Gatifloxacino Gemifloxacino

e

QUINOLONAS DE QUARTA GERAÇÃO – FLUORQUINOLONAS CLASSIFICAÇÃO

DCB Alatrofloxacino (pró-fármaco do Trovafloxacino)

QUINOLONAS

Movifloxacino

/ FLUORQUINOLONAS

Trovafloxacino

REAÇÕES ADVERSAS  ação pró-convulsivante (1ª geração), insônia, alucinações, distúrbios visuais, tontura,cefaléia;  náuseas, vômitos, dor abdominal e diarréia;  fotossensibilidade, erupções, prurido, eczema;  eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, anemia hemolítica;  superinfecção;  hipersensibilidade. PRECAUÇÕES – CONTRA-INDICAÇÕES  insuficiência hepática, epilepsia ou arteriosclerose cerebral grave;  contra-indicado emcrianças e adolescentes (o uso de quinolonas foi associado a artrites e erosões de cartilagens de crescimento degrandes articulações (estudos em animais);  gravidez. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  antiácidos, leite ou laticínios, minerais, íons metálicos podem quelar quinolonas

=

quelatos

insolúveis,

consequentemente

dimui

a

absorção/potência  podem potencializar efeito de anticoagulantes;  podem diminuir eficácia dos anticoncepcionais estrogênicos;  efeito fotossensibilizante pode ser aumentado com uso de outros agentes fotossensibilizantes;

 fluorquinolonas inibem metabolização da teofilina, AINES.

TETRACICLINAS  são antibióticos de amplo espectro, porem não apresentam ação contra P. aeruginosa;  usadas na agricultura (suplemento alimentar). MECANISMO DE AÇÃO  tetraciclinas são antibioóicos bacteriostáticos;  ligam-se a subpartícula 30S do ribossomo bacteriano, com possivel colaboração do sitio 50S, num processo nao totalmente conhecido (interferem com a sintese proteica); ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS  rapidamente distribuidas pelos fluidos organicos, com tendência a concentrar-se nos ossos, figado, baco, liquor e dentes;  concentrações séricas maximas em 2 a 4 horas, após adm. Via oral;  atravessam barreira placentária e são excretadas no leite;  eliminação renal, via filtração glomerular, e pelas fezes. REAÇÕES ADVERSAS  dor epigástrica, náusea, vômitos, diarréia;  descoloração dos dentes e retardo do crescimento ósseo;  superinfecção;  acentuação de insuficiência renal;  hepatotoxicidade em gestantes;  reações de fototoxicidade;  alterações hematologicas;  reações de hipersensibilidade. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

 antiácidos, hematínicos, leite ou laticinios, preparações minerais, íons metalicos podem quelar tetracilinas = quelatos insolúveis;  podem potencializar efeito de anticoagulantes cumarínicos;  podem diminuir eficacia dos anticoncepcionais contendo estrogênios;  podem aumentar a biodisponibilidade da digoxina; 

efeito fotossensibilizante pode ser aumentado com uso de outros medicamentos fotossensibilizantes.

INSTABILIDADE QUÍMICA FOTOTOXICIDADE  algumas tetraciclinas, principalmente aquelas que possuem um Cl ligado ao C-7 (demeclociclina), absorvem luz na região do visível acarretando na formação de radicais livres e potencializando a formação de eritemas em pacientes sensíveis expostos ao sol; 

reações de fototoxicidade também foram relatadas com uso de doxiciclina;

 pode ocorrer pigmentação das unhas; 

orientar paciente quanto à exposição ao sol durante o tratamento com estas tetraciclinas.

CLASSIFICAÇÃO

DCB Doxiciclina Demeciclina

TETRACICLINAS

Minociclina Oxitetraciclina Tetraciclina Tigeciclina *

* Tigeciclina (Tygacil) - glicilciclinas  nova classe de antibióticos, com estrutura derivada das tetraciclinas; amplo espectro;  empregada, por via IV, no tratamento de infecções complicadas da pele ou intra-abdominais.

GLICOPEPTÍDEOS MECANISMO DE AÇÃO Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático, inibem a síntese da parede celular bacteriana (ANVISA, 2015).

CLASSIFICAÇÃO GLICOPEPTÍDEOS

DCB Vancomicina

Teicoplanina

Vancomicina  via intravenosa, tem boa distribuição na maioria dos tecidos.  t

1/2

com função renal normal é de 6 a 8 horas; em pacientes anúricos,

pode variar de 7 a 12 dias.  usada como alternativa aos beta-lactâmicos em pacientes alérgicos. É uma alternativa no tratamento de infecções por estafilococos resistentes a oxacilina. Exemplos: infecções em próteses (válvulas cardíacas, enxertos vasculares e “shunts” neurocirúrgicos ou de hemodíalise), endocardites, meningites pós-neurocirúrgicas e peritonites pós-diálise peritoneal (ANVISA, 2015).

Teicoplanina  farmacocinética favorável possibilitando a administração intramuscular ou intravenosa em bolus e, devido a sua meia-vida prolongada, pode ser administrada uma vez ao dia. Em infecções graves deve ser utilizada dose de ataque (ANVISA, 2015).

REAÇÕES ADVERSAS Vancomicina  mais comuns são: febre, calafrios e flebites associados ao período de infusão;  Síndrome do pescoço vermelho é associada à velocidade de infusão, devendo-se diluir a droga e infundir em aproximadamente 1 hora. “Rash” e eritema máculo papular podem ocorrer em 5% dos casos;  Pode ocorrer leucopenia, reversível após a retirada da droga e ototoxicidade, especialmente em pacientes com insuficiência renal. A nefrotoxicidade é um efeito potencialmente grave da vancomicina (ANVISA, 2015).

Teicoplanina  mais comuns são reações cutâneas e disfunções hepáticas transitórias (menos de 5% dos pacientes).  pode causar dor no local da injeção. Não costuma causar tromboflebite ou alterações plaquetárias, ou a síndrome do pescoço vermelho.  nefrotoxicidade atribuível à teicoplanina é rara, mesmo quando for usada junto com aminoglicosídeos ou ciclosporina.  ototoxicidade também é rara (ANVISA, 2015).

NITROIMIDAZÓLICOS  bactericida

potente,

com

excelente

atividade

contra

bactérias

anaeróbicas estritas (cocos gram-positivos, bacilos gram-negativos, bacilos

gram-positivos)

e

certos

protozoários

como

amebíase,

tricomoníase e giardíase (ANVISA, 2015).  usado para tratar grande variedade de infecções por anaeróbios, como abscesso cerebral, pulmonar, bacteremia, infecções de partes moles, osteomielite, infecções orais e dentárias, sinusite crônica, infecções intra-abdominais;  é a terapia inicial no tratamento da colite pseudomembranosa (por via oral), indicado no tratamento do tétano, sendo considerado por alguns como antimicrobiano de primeira escolha;  pode ser associado à claritromicina ou à amoxicilina no tratamento do H. pylori e é eficaz no tratamento da vaginose bacteriana ( Gardnerella vaginalis) (ANVISA, 2015). ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS  disponível nas formas oral, tópica e intravenosa, é quase totalmente absorvido no tubo digestivo;  meia-vida plasmática é de 8 horas.

 apenas 10% se liga a proteínas plasmáticas, distribuindo-se amplamente, atingindo níveis terapêuticos em diversos fluidos orgânicos como secreção vaginal, líquidos seminais, saliva, bile e líquor.  atravessa a placenta atingindo no feto as mesmas concentrações que na mãe, devendo ser evitado na gravidez.  excretado no leite materno.  tem a característica de penetrar e agir no conteúdo de coleções como empiema, abscesso hepático e ouvido médio.  É metabolizado principalmente pelo fígado.  A maior parte é excretada pelos rins (60 a 80%) e o restante nas fezes (ANVISA, 2015).

MECANISMOS DE AÇÃO Após a entrada na célula, por difusão passiva, o antimicrobiano é ativado por um processo de redução. O grupo nitro da droga atua como receptor de elétrons, levando à liberação de compostos tóxicos e radicais livres que atuam no DNA, inativando-o e impedindo a síntese enzimática das bactérias. As bactérias aeróbicas não possuem enzimas que reduzam a droga, e não formam portanto, os compostos tóxicos intermediários com atividade antibacteriana (ANVISA, 2015).

REAÇÕES ADVERSAS  manifestações mais comuns são: cefaléia, náuseas, secura e gosto metálico

na

boca.

Eventualmente

ocorrem

vômitos,

diarréia

e

desconforto abdominal, glossite e estomatite, comumente associadas à candidíase;  zumbidos, vertigem, convulsões, ataxia cerebelar, neuropatia periférica são raros, ocorrendo com uso prolongado e em doses ...


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