Associação de aciclovir com l lisina para herpes orofacial PDF

Title Associação de aciclovir com l lisina para herpes orofacial
Author Matheus Paris
Course Saúde Coletiva
Institution Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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Associação de aciclovir com l lisina para herpes orofacial...


Description

DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO DE CREME DE ACICLOVIR EM ASSOCIAÇÃO COM L-LISINA PARA O TRATAMENTO DO HERPES OROFACIAL. O vírus herpes simplex (HSV) é DNA vírus de cadeia dupla causadora de infecção (KUMAR et al, 2016). O aciclovir é um dos antivirais de escolha para o tratamento do herpes orofacial. Por via oral apenas 20% deste fármaco é absorvido. (RANG et al., 2007). A L-lisina vem sendo utilizado no tratamento da infecção pelo HSV juntamente ao aciclovir, onde atua principalmente como antagonista a ação da arginina que é essencial para a síntese proteica do vírus (RANG et al., 2007). O presente projeto teve como objetivo obter uma formulação que apresente os fármacos aciclovir e L-lisina incorporados em uma mesma forma farmacêutica, de modo a trazer melhores resultados de tratamento ao paciente.

Foram desenvolvidas quatro formulações (Tabela 1). Para obtenção do creme utilizou-se o banho–maria como método de aquecimento durante a incorporação dos ingredientes e posterior resfriamento sob agitação constante. O aciclovir foi primeiramente dissolvido em propilenoglicol e a L-lisina em água e posteriormente incorporado à formulação. Tabela 1 – Formulações Cremes Composição F1 F2 F3 F4 Fase Aquosa Propilenoglicol Água Destilada EDTA

20g q.s.p 50g -

20g q.s.p 50g -

Metilparabeno

-

-

2,5 g 0,1 5g 2g 7,5 g -

4g

-

-

0,1 5g 3g 7,5 g -

-

-

1,5g

2g

-

-

6g 0,02 5g 0,1g

8g 0,02 5g 0,1g

2,5 g 2,5 g

2,5 g 2,5 g

2,5g

2,5g

2,5g

2,5g

Fase Oleosa Álcool cetoestearílico Laurilsulfato de Sódio Parafina Vaselina Líquida Polawax Propilparabeno BHT Princípios Ativos Aciclovir L-lisina

20g q.s.p 50g 0,05 g 0,05 g

20g q.s.p 50g 0,1g 0,05 g

O método de doseamento foi realizado por espectrofotometria de absorção no ultravioleta, utilizando espectrofotômetro UV/Vis (Cary 100, Agilent) em comprimento de onda de 255nm. A quantificação do aciclovir no creme foi calculada em relação à equação da reta de curva de linearidade. O pH das formulações foi medido usando um medidor de pH elétrico (pH/ORP edge – HI2002-01) imediatamente após a preparação de cada formulação. Determinou-se a espalhabilidade dos cremes utilizando 0,1g de massa de creme entre duas placas de vidros horizontais (12cm por 12cm) à temperatura de

25ºC. Adicionaram-se pesos de 400, 600, 800, 1000 e 1200g, a cada três minutos, na placa superior, promovendo o espalhamento do produto. A espalhabilidade foi medida como extensibilidade, em milímetros quadrados. Para a realização do teste de centrifuga as amostras foram centrifugadas (mod.80-2B – Centribio) na velocidade de 3000 rpm durante 15 min, e avaliadas quanto à separação das fases.

Resultados e Discussão Foram analisadas qualitativamente a composição química de quatorze formulações genérica e onze formulações similares além da referência. Entre os excipientes presentes na composição o componente propilenoglicol apresentou-se com maior frequência nas formulações. Estudos realizados com diferentes cremes contendo aciclovir demostraram diferenças significativas na permeação de aciclovir na pele, onde a que obteve maior permeabilidade foi o Zovirax (referência) que contém 40% de propilenoglicol na formulação (MEHTA et al., 1997; AN-EX ANALYTICAL SERVICES, 1999). Conforme apresentadas na tabela 1 e na figura 1, as formulações apresentaram aspecto branco sem presença de grumos e textura de creme. F1

F2

F3

F4

Figura 1- Aspecto físico visual, e espalhabilidade das formulações creme de aciclovir e L-lisina. Observa-se que as formulações F1 em relação a F2 e a F3 em relação F4 possui uma maior espalhabilidade, visto que a concentração de substâncias doadoras de viscosidade é menor em suas composições. Ambas as formulações apresentaram bom perfil de espalhabilidade quando submetidas a uma força de ação sobre elas. O pH final das formulações F1, F2, F3 e F4 foram respectivamente 6,7; 6,8; 6,5 e 6,5. O valor adequado para formulações tópicas é de 5,5 a 7,0.

O resultado da centrifugação das formulações está exposto na figura 2, onde não observou-se sedimentação ou separação de fases, demostrando que as concentrações de tensoativo e/ou agente emulsificante está na concentração adequada para a formulação.

F1

F2

F3

F4

Figura 2. Centrifugação formulações F1; F2 F3 e F4. A curva de linearidade resultou em equação da reta de y = 0,0561x + 0,0022 e um R 2 de 0,9999, a mesma foi utilizada para o doseamento do aciclovir no creme onde se obteve teor entre de 92,2 e 108,2%. Considerações Finais Com os resultados obtidos é possível concluir que as formulações realizadas no presente projeto contendo o princípio ativo aciclcovir e L-lisina apresentaram características satisfatórias para um creme, possuindo boa espalhabilidade, pH adequado para região alvo, consistência uniforme sem separação de fases. Referências AN-EX ANALYTICAL SERVICES.The effect of propylene glycol contente on the skin permeation and distribution of aciclovir from four topically applied formulations. GlaxoSmithKline, 1999. KUMAR, S.P.; CHANDYA, M.; SHANAVAS, M.; KHANC, S.; SURESHD, K.V.. Pathogenesis and life cycle of herpes simplex virus infection-stages of primary, latency and recurrence. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, Medicine, and Pathology. v. 28, p. 350-353, 2016. MEHTA, S.C.; AFOUNA, M.I.; GHANEM, A.H.; HIGUCHI,W.I.; KERN, E.R. Relationship of skin target site free drug concentration to the in vivo efficacy: an extensive evaluation of the predictive value of the concept using acyclovir as a model drug. J. Pharm. Sci.1997. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; FLOWER, R.J.. Rang & Dale Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007....


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