Atendimento pré-hospitalar PDF

Title Atendimento pré-hospitalar
Author Gilbert Andrade
Course Primeiros Socorros e Aplicações de Injetáveis
Institution Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
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Summary

Fonte: PHTLS. 9ª edição...


Description

1.

Atendimento inicial

 A avaliação da cena começa antes da equipe chegar ao local (pelo telefone). O chamado inicia o processo de coleta de dados (Outros socorristas? Outras unidades? Quem está na cena?). Durante o trajeto se faz necessário o preparo psicológico através da comunicação entre os membros da equipe  Na cena, é necessário que se obtenha uma impressão geral da situação para segurança da cena; avaliar variáveis do acidente (causa e resultados) e observar se existem expectadores e familiares na cena (podem gerar situações de maior ou menos estresse dependendo do público)  É importante sempre reavaliar a cena!!!! Já que podem haver mudanças na cena e essas mudanças devem ser observadas constantemente para que se mantenha a segurança da equipe  A avaliação da cena inclui duas etapas: Segurança (primeira consideração – segurança de todas equipes envolvidas -; equipes não treinadas não devem atuar; o atendimento pode esperar até que a cena esteja segura. É importante se ter em mente que nenhuma cena é 100% segura, se necessário remover a vítima antes de ser avaliada) e Situação (problemas que podem afetar o que e como os socorristas gerenciam o doente. Alguns problemas a serem avaliados são: O que realmente aconteceu na cena? Quais as circunstâncias levaram ao trauma?)  Alguns outros problemas que também merecem atenção, são: Por que foi solicitada ajuda? Quem solicitou ajuda? Qual o mecanismo do trauma? (Importante exercitar a cinemática do trauma) Quantas pessoas envolvidas? Idade? Serão necessárias outras equipes? (Múltiplas vítimas?) Apoio de outros profissionais? (Necessita de bombeiros?) Instrumentos especiais de salvamento? Transporte especial? Causa médica pregressa?  É importante que se observe a segurança da equipe durante atendimentos no trânsito. É nesse local onde há maior casos

de acidentes e risco de morte para os socorristas. Observar condições climáticas e condições da rodovia. Importante usar roupa reflexiva (de sinalização). Outro ponto importante é o posicionamento do veículo (ideal que a ambulância fique localizada logo atrás do local onde está sendo feito o atendimento)

 Para garantir a segurança durante o atendimento, não pode faltar a sinalização adequada (distância necessária para o veículo parar após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista. A regra básica é: Velocidade da via = número de passos [obs: em casos de obstáculo, adicione o mesmo número de passos])  Sempre uma cena de acidente é carregada emocionalmente, podendo se tornar violenta, gerando situações de estresse. Qualquer indivíduo participando do atendimento deve observar os envolvidos no acidente, já que podem se tornar violentos a qualquer momento (percepção do tempo-resposta)  Toda vez que esteja frente a uma cena violenta, deve-se seguir 4 passos básicos: Não esteja presente / Recue / Desarme (verbalmente, tenta persuadir a pessoa que está atrapalhando o atendimento) / Defenda  Existe treinamento especializado para atendimentos relacionados com materiais perigosos. Esse treinamento é feito em 4 passos, são eles: Conscientização (reconhecimento do material perigoso) / Operação (zonas de segurança) / Técnico / Especialistas

 Outro ponto importante observado são aqueles que envolvem cenas de crime (vítimas intencionalmente feridas – interação com a polícia – preservação da cena)  Para prestar um atendimento adequado, é necessário de precauções (EPI). Importante lavagem das mãos e luvas, avental, máscaras e protetores faciais, proteção ocular, equipamento de reanimação e prevenção de acidentes com perfuro cortantes  Não esquecer que a segurança é a primeira parte do atendimento de cada vítima e cada cena; Avaliar os potenciais perigosos que devem ser iniciados no chamado; Avaliar os riscos potenciais da cena; Se a cena não é segura, torne-a segura  Uma vez que todos esses problemas estejam resolvidos, deve então iniciar avaliação da vítima!  A avaliação do paciente é a base do seu tratamento. O primeiro objetivo é avaliar a condição geral do doente e os valores basais do sistema circulatório, respiratório e neurológico. Sempre que possível essa avaliação deve ser rápida  As principais preocupações que devemos ter com esses pacientes poli traumatizados são: controle de hemorragias, via aérea, oxigenação, ventilação, perfusão e função neurológica. Ao longo do tempo, deve-se ter um tempo máximo de 10 minutos entre a avaliação do paciente e seu transporte para a unidade  Passo a passo: 1. Avaliação da segurança / 2. Número de vítimas / 3. O doente mais grave é aquele que possui condições que possam resultar em perda da vida; médio é aquele que possui condições que possam resultar em perda de um membro e menos graves são todas as outras que não coloquem a vida em risco  A avaliação é dividida em 2 momentos. A avaliação primária (durante o acidente) e a secundária (durante o transporte)

 Paciente com lesão isolada, geralmente possui uma condição mais branda. Já os pacientes com lesão multissistêmica são aqueles que merecem ênfase na rápida avaliação, estabilização e transporte. A causa mais comum de lesões que ameaçam a vida é a falta de oxigenação adequada nos tecidos (CHOQUE). O choque pode ser causado por 4 fatores principais: Quantidade inadequada de hemácias / Troca gasosa nos pulmões / Chegada de hemácias aos tecidos e Perfusão tecidual  A avaliação primária idealmente é feita em até 10 minutos, onde fazemos a impressão geral dos sistemas circulatório, respiratório e neurológico. No contato inicial com frases simples como “Senhor o que aconteceu?”, já podemos ter a impressão básica desses sistemas  Sequência de avaliação: (atualização de 2018) X – Hemorragias exsanguinantes (indica hemorragias graves com risco eminente de vida. O controle é feito inicialmente até o final, podendo ser feito por pressão direta ou torniquetes por exemplo) A – Via aérea e estabilização de coluna cervical (verificar se é permeável, sem risco de obstrução, se comprometida deverá ser aberta, cuidado para não agravar a lesão. Além disso estabilizar a cervical e garantir estabilidade durante a avaliação e tratamento) B – Ventilação (avaliar os pulmões; se o doente ventila; se em apnéia, auxiliar com ventilação assistida; verificar a SatO2. A frequência pode ser: anormalmente rápida > 30irpm / taquipneia: 20 -30 irpm / normal: 10-20 irpm / bradipineia:...


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