Atividade 3 - Analisando o paradigma de Rio Branco, quais foram as grandes inovações PDF

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Analisando o paradigma de Rio Branco, quais foram as grandes inovações em relação à Política Externa do Império...

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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Ciências Econômicas e Relações Internacionais Curso de Relações Internacionais Disciplina de Política Externa Brasileira – CIE 1067

Aula 4: Período da República Velha Santa Maria, 30 de agosto de 2017 Prof. Ms. Junior Ivan Bourscheid Aluno (a): Mateus Landerdahl Albanio ATIVIDADE 1. Analisando o paradigma de Rio Branco, quais foram as grandes inovações em relação à Política Externa do Império? Utilize o conceito de alinhamento, parceria estratégica, o modelo de inserção econômica internacional, e compare as estratégias da Política Externa de Rio Branco e do Império frente ao americanismo, aos projetos de estabilização das relações hemisféricas. A Política Externa do Império tinha um alinhamento econômico/social, conformando uma parceria estratégica, com a Inglaterra, a fim de se enquadrar no modelo europeu de relações internacionais, inclusive isolando-se da América. O único objetivo, mesmo que amplo, da política externa, era o de "soberania", não se tinha um papel bem difundido ao corpo diplomático e sequer uma preocupação com a reputação do Império em relação aos seus vizinhos. Com o paradigma do Rio Branco dá-se início ao americanismo, isto é, mudar a inserção internacional do Brasil. Isso começou com a mudança institucional que houve, a partir do momento que a diplomacia burocrática foi institucionalizada, deixando de ser a vontade individual e tornando-se impessoal, dando início a uma Política Externa propriamente dita. Outro fator que ajudou nessa institucionalização foi a definição das fronteiras, quando o Brasil começou a resolver as questões externas por meio do juridicismo, deixando de lado a expansão imperial e já demonstrando o caráter pacifista brasileiro, outra característica que foi moldando a Política Externa brasileira como forma de inserção. Essa personalidade política pacifista, de caráter negociador juridicista traz prestígio para o sistema interamericano, visto que os conflitos são agora resolvidos sem necessidade de interferência externa. Neste caso o Brasil está se inserindo no cenário internacional de forma diferente: desvinculou-se da exclusividade inglesa, abriu-se à América, focou-se mais nas questões econômicas, inclusive caracterizando a agroexportação como pilar central das políticas

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econômicas. Grande parte disso se deve à figura do presidente, não mais um imperador centralizador de poder respondendo a tudo, e sim uma leve fragmentação do poder, também à burocracia diplomática que passa a agir com assuntos de Estado, diretrizes padrão, diminuindo a realização estrita dos interesses da elite imperial e também não se pode esquecer das oligarquias regionais, as quais de maneira ou outra contrabalanceavam o poder oligárquico central. Ainda assim, o Brasil tentava harmonizar os interesses da América Latina com os Estados Unidos da América, pretendendo ser uma potência regional à sombra da grande potência, claramente um alinhamento automático, por convergência ideológica. Nada obstante estão alguns eventos mundiais que colaboraram à ideia de o Brasil mudar suas políticas internacionais: a Primeira Guerra Mundial ascendeu um sentimento de abstenção do conflito por parte do Brasil, participando muito superficialmente, uma vez que a Europa já não era mais o centro de sua Política Externa. Diferente da Liga das Nações, na qual o Brasil participou a fim de ostentar seu papel pacifista e mediador de conflito, tentando algum prestígio internacional e quiçá um assento permanente....