O Pioneirismo português nas grandes navegações PDF

Title O Pioneirismo português nas grandes navegações
Author William Freitas
Course História I
Institution Universidade Católica de Pernambuco
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Summary

trabalho - O Pioneirismo português nas grandes navegações ...


Description

Curso de Licenciatura em História Professora Tanya Maria

O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES

Recife 2016

Aluno: William Silva de Freitas

O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES

Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da disciplina História do Brasil Colônia do curso de Licenciatura em História orientado pela professora Tanya Maria

Recife 2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................3 2 FATORES QUE OCASIONARAM A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA................................................................................................4 2.1 O DESENVOLVIMENTO DAS GRANDES NAVEGAÇÕES POR INTERESSE ECONÔMICO..............................................................................4 2.2 O ESTADO PORTUGUÊS E A ASCENSÃO SOCIAL BURGUESA...........4 2.3 O INTERESSE DA NOBREZA E DO CLERO SOBRE AS GRANDES NAVEGAÇÕES..................................................................................................5 2.4 O DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS NAVAIS E O FAVORECIMENTO GEOGRÁFICO..................................................................5 3 PORTUGAL E A ERA DOS DESCOBRIMENTOS........................................6 3.1 AS EXPEDIÇÕES PORTUGUESAS NO SÉCULO XV...............................6 3.2 A CHEGADA DOS PORTUGUESES À TERRA DE VERA CRUZ.................................................................................................................6 3.3 O PERIODO COLONIAL BRASILEIRO.......................................................7 4 CONCLUSÃO.................................................................................................9 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................10

I – INTRODUÇÃO

Partindo de fatores socioculturais, religiosos, políticos e econômicos, Portugal foi pioneiro na expansão marítima europeia, como decorrência da formação do Estado Nacional e da centralização do poder politico. A partir de expedições organizadas e patrocinadas pela coroa, estimulada pela igreja, nobreza e burguesia portuguesa (esta ultima sendo a grande beneficiaria deste processo), e privilegiada por sua posição geográfica, são elaboradas as primeiras navegações, ainda sem grandes expressões, porém, de grande importância, pois garantiu experiência e um aperfeiçoamento nas técnicas náuticas. Nesse cenário, a sofisticação das técnicas navais, com o desenvolvimento de embarcações capazes de realizar viagens à longa distância, e dos conhecimentos no campo geográfico, como a cartografia, além do desenvolvimento dos instrumentos náuticos, possibilitou, enfim, as grandes navegações, passando pela África, Ásia e pela América. Tais expedições foram o marco para a transição do feudalismo da idade media, para a idade moderna, período correspondido como “Era dos descobrimentos”.

II - Fatores que ocasionaram a expansão marítima portuguesa 2.1 O desenvolvimento das grandes navegações por interesse econômico Uma das principais motivações para o desenvolvimento das grandes navegações, sem duvidas, seria as de caráter econômico, tal que a Europa estava passando por uma crise de estagnação, com o declínio do sistema feudal, que já não dava mais conta da necessidade alimentícia da população europeia, a qual teve seu numero duplicado entre os séculos XI e XIII, além das revoltas por parte dos camponeses, que eram submetidos a trabalhos abusivos para dar conta da demanda. O plantio produzido nos feudos era destinado não só para o campo, mas também para os habitantes dos grandes centros, onde de desde o século XII, com a retomada das atividades comerciais, passaram a

corresponder a

grande

concentração populacional. O alimento produzido não era suficiente, além da diminuição considerável dos trabalhadores rurais, ocorrendo assim, um aumento demasiado em seu preço, retraindo a economia e empobrecendo a dieta da população, que má alimentada, foi perdendo suas defesas contra as doenças, principalmente a peste negra, que dizimou um terço da população da Europa. Por volta do século XV, a população europeia voltou a crescer em um ritmo considerável, porém, outros problemas econômicos surgiram em meio a esse crescimento. O comercio das especiarias, que consistia em umas das principais atividades econômicas da época sofre um impasse com o monopólio do mediterrâneo (principal rota de comercio entre a Europa e as Índias) por parte dos italianos e dos árabes, que controlavam os portos de Constantinopla e Alexandria, e faziam a distribuição das especiarias com preços exorbitantes. Com os altos preços das especiarias, e a ausência de metais preciosos para sintetizar novas moedas, ouve uma retração na economia europeia, em especial, a portuguesa, onde somente a busca de novos mercados poderia resolver tal situação, surgindo os primeiros pensamentos sobre o desenvolvimento da expansão marítima. 2.2 O Estado português e ascensão social burguesa. Apesar dos fatores econômicos contarem um uma extrema importância na expansão marítima, não foram exclusivamente estas as razões as quais os

portugueses fundamentaram para o investimento no desenvolvimento das técnicas navais. A ascensão de uma nova classe social, a burguesia mercantil (comerciantes e artesãos manufatureiros), a ausência de conflitos em relação a outras nações europeias e a prosperidade nos negócios burgueses favoreceram a centralização governos, e o robustecimento do poder do Estado nacional. A capitalização de renda e essa aliança rei-burguesia possibilitaram a obtenção de recursos bélicos, náuticos, financeiros e mão-de-obra, necessários para tornar viável a expansão marítima portuguesa. A burguesia em trabalho conjunto á coroa oferecia uma troca de favores mútua onde ofertava o capital necessário para patrocinar as grandes navegações ultramarinas em diversos aspectos, e o rei similarmente alavancava o comercio, acatando os desejos portugueses. 2.3 O interesse da nobreza e da igreja sobre as grandes navegações Com a expansão marítima portuguesa, a possibilidade de conquistas de novos territórios, que era de extremo interesse para a nobreza, que estavam vislumbrando postos em regiões conquistadas que rendam algum lucro. Já por parte do clero, o interesse era em questão do conflito contra os infiéis e catequisar povos nativos de outros continentes. Por ambos os lados, a expansão foi apoiada, estimulada e também patrocinada por nobres e clérigos. 2.4 O desenvolvimento de tecnologias navais e o favorecimento geográfico O desenvolvimento da engenharia naval em Portugal é um marco na revolução nas concepções de uma embarcação. A criação das chamadas caravelas, por parte dos portugueses, que poderiam navegar em alto mar, evidencia a superioridade naval dos portugueses em relação às outras grandes nações no velho mundo, além de objetos que auxiliara a navegação, como o uso de bússolas e astrolábios, e o uso da cartografia de uma forma mais sofisticada, permitindo uma melhor representação dos territórios que passam. Quanto à posição geográfica, Portugal é privilegiado para o campo náutico, pois seu território é banhado pelo oceano Atlântico, tornando sua faixa litorânea em ponto de chegada e partida de varias embarcações, possibilitando a consolidação de laços mercantis com diversas nações.

III – Portugal e a era dos descobrimentos 3.1 As expedições portuguesas no século XV A partir do século XV, os portugueses se lançam ao pacifico em busca de novas terras e um caminho alternativo ao do mediterrâneo para as Índias, iniciando seu processo expansionista pela conquista de vários pontos do litoral africano (Périplo Africano), fazendo entrepostos ao longo da costa nos pontos onde paravam, demonstrando uma evolução gradativa nas suas expedições. O ponto crucial de sua jornada ocorreu quando cruzou o Cabo da Boa Esperança, situado ao sul do continente africano, localizado na entrada do oceano Indico. Pode-se também citar, no período compreendido entre 1415 e 1488 a descoberta das ilhas Atlânticas, sendo em 1419, o arquipélago da Madeira, em 1431, os Açores, e entre 1456 e 1460, as ilhas de Cabo Verde. Como consequência dessas conquistas, houve uma redefinição das reais dimensões do mundo, e também se pode atribuir às expedições portuguesas, diversos avanços na área da navegação em alto mar nesse período, além da bagagem cultural. Depois de anos de pesados investimentos na marinha lusa, finalmente é traçado uma rota até as Índias (1948), por Vasco da gama, o que viria a ser importantíssimo corredor comercial que renderia muito lucro à burguesia portuguesa. Mais dois marcos de suma importância ainda viriam: a chegada à China (1513), e a chegada ao Japão (1543), sendo o ultimo citado como o desfecho final das grandes navegações de Portugal. 3.2 A chegada dos portugueses à Terra de Vera Cruz Em Abril de 1500, é avistado um pedaço de terra que até então deixava ainda em aberto o fato de se tratar de uma ilha ou de um continente, então a terra que foi batizada inicialmente de Ilha de Santa Cruz, e logo depois foi alterada pra Terra de Santa Cruz. 8 anos antes, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, havia chegado a América, e diante de uma ambição que era compartilhada por Portugal e Espanha, porém sem pretensões de iniciar uma guerra, ambas as nações assinaram o Tratado de Tordesilhas (1494), onde Portugal ficou com as terras localizadas a leste da linha imaginaria (370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), e a Espanha com as terras a oeste.

Apesar da descoberta dessas novas terras, Portugal ainda mantinha maior atenção ao comercio de especiarias vindas das Índias, pois na época era uma de suas principais fonte de lucro, logo era de suma importância sua atenção. Não muito tempo depois se iniciou a extrativismo do Pau-Brasil, madeira que tinha aos montes na costa brasileira, de onde era retirada uma tinta vermelha extremamente forte, que era comercializada na Europa com o intuito de tingir tecidos. 3.3 O período colonial brasileiro Apenas por volta de 1530 que a coroa portuguesa se interessou de fato pela colonização no Brasil, uma ameaça francesa (e de outras nações que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas) de uma possível fixação à esta área da América do Sul, induziu o então rei de Portugal, Dom João III, através de uma expedição organizada por Martin Afonso de Souza, a iniciar o processo colonial nas terras agora chamada de Brasil. Em 1534 se inicia o sistema de capitânias hereditárias, dividida em 12 faixas de terras no litoral entre o rio Amazonas e São Vicente, entretanto, somente em duas houve um pleno progresso de inicio, se tornando importantes centros comerciais e urbanos, e registrando um considerável crescimento da população. As outras capitânias ou não foram habitadas em primeira instância, ou abandonas em decorrência de ataques indígenas. Somente em 1549, foi dado o próximo passo da colonização, como a efetivação do governo geral, e a fundação de uma nova capitânia, na Bahia, com controle direto da coroa portuguesa. Nesse mesmo período se iniciou o planejamento das extensas plantações de cana-de-açúcar, majoritariamente em Pernambuco e na Bahia, juntamente com o inicio da exploração de locais ainda não colonizados no interior do Brasil. Um decréscimo na mão de obra indígena derivada de diversos fatores, como a dizimação de grupos ameríndios pelas guerras locais e doenças europeias as quais não tinham resistência, associado ao alto índice de mortalidade no campo por não suportar a vida nas grandes propriedades rurais, obrigaram os portugueses a procurar uma maneira alternativa para esse déficit de trabalhadores, intensificando o comércio de escravos negros, já existente na África Ocidental.

As crises no sistema colonial no fim do século XVIII emergem de uma população insatisfeita com os abusos da coroa quanto à fiscalização das áreas auríferas, agregado de ideias iluministas e revoluções como a francesa e a dos Estados Unidos, que repercutiram pela colônia, unidas às transformações econômicas e sociais, e pelo desenvolvimento da própria colônia criou um sentimento de emancipação, gerando revoltas aqui no Brasil também, com destaques para a Inconfidência Mineira (1789), de caráter idealista, foi a primeira rejeição ao sistema colonial português, a Conjuração Baiana (1798) e a Conspiração dos Suassunas (1801). A crise foi agravada com a chegada da família real ao Brasil em 1808, e por fim, declarada a independência em 1822, encerrando o colonialismo português no Brasil.

IV – CONCLUSÃO Partindo de uma Europa totalmente desorganizada e que apresentava diversos problemas quanto sua economia, com o sistema feudal em decadência, Portugal, com uma necessidade de encontrar novos mercados para alavanca sua economia, se torna pioneiro nas grandes navegações, incentivado pela burguesia que havia conquistado sua ascensão social após a formação do estado nacional português, pela nobreza, que buscava novas terras com fins lucrativos, e pela igreja, para difundir a fé cristã, fortemente marcada pelos lusitanos, privilegiado quanto sua posição geográfica e seu desenvolvimento nas técnicas navais, Portugal estabelece um império que mudaria para sempre os rumos da história, influenciando diversas sociedades ao longo do globo terrestre, deixando marcas que são perceptíveis até os dias atuais, explorando toda costa da África, agregando um grande numero de ilhas ao seu território, se tornando um importante mercado europeu e reestruturando a parte administrativa portuguesa. E por fim sendo o personagem principal da descoberta da América. Acidentalmente ou não, a descoberta da Terra de Vera Cruz, logo batizada de Brasil, viria se tornar o mais importante centro comercial português, com suas grandes produções latifundiária, e posteriormente, a extração de ouro, fez do Brasil uma peça importante no cenário comercial mundial. O Período entre os séculos XV e XIX ilustra o contrassenso de um pequeno reino, sem grande relevância, que conquistou diversos territórios das mais longas distâncias, formando um poderoso e expressivo império comercial marítimo.

BIBLIOGRAFIA BOXER, Charles Ralph. O império marítimo português. Rio de Janeiro. 3 ª reimpressão. Companhia Das Letras. 2002 p. 31-54 - p. 98-119 LEITE, Duarte. História dos descobrimentos. Edições Cosmos. Lisboa, 1960. P.26-31 ELLIOTT, John. ESPAÑA, EUROPA Y EL MUNDO DE ULTRAMAR, Madrid. 2009 p.29-33 VIEIRA, Alberto. As Ilhas atlânticas, para uma visão dinâmica da sua história. p.219-264 DE NICOLA, José. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. 15ª edição. São Paulo: Scipione, 1998. Expansão marítimo-comercial europeia Disponível em:http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/11/expansaomaritimo-comercial-europeia.html . Acesso em: 06/04/2016 Inicio dos tempos modernos/Expansão comercial e marítima da Europa Disponível em: https://fabileo.wikispaces.com/file/view/A+Expans%C3%A3o+ Comercial+e+Mar%C3%ADtima+Europ%C3%A9ia.+p.+17-28.pdf . Acesso em: 07/04/2016 Descobrimento do Brasil. Disponível em:http://www.historiadobrasil.net/descobrimento. Acesso em: 07/04/2016 SORIANO, Thiago. Crise no Sistema Colonial. 2010. Disponível em: http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/crise-do-sistema-colonial/. Acesso em: 07/04/2016...


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