Atlas Descritivo PDF

Title Atlas Descritivo
Author Gabriela Nava
Course Anatomia Humana
Institution Universidade Luterana do Brasil
Pages 176
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Summary

aTLAS...


Description

At l as descri t ivo do

CORPO HUMANO

Estrutura do Atlas Os tecidos, órgãos e sistemas são mostrados, identificados, descritos e explicados.

SISTEMAS

Acidentes ósseos Introdução Cada órgão ou sistema é introduzido por uma breve explicação

Cada osso do esqueleto possui um corpo com formato adequado para realizar suas funções. Os ossos apresentam marcas, elevações e forames que estão relacionados às estruturas com as quais mantêm contato. Com o passar dos anos, os anatomistas Vista posterior do têm denominado vários tipos de caracteesqueleto humano rísticas que podem ser encontradas nos ossos. Usando estes nomes, um osso pode ser descrito precisamente. Espinha da escápula Uma espessa elevação óssea PROJEÇÕES Com frequência ocorrem projeções na que continua como o acrômio do ombro superfície de um osso no local onde músculos, tendões ou ligamentos se inserem ou onde há uma articulação. Os exemplos incluem:

Côndilo Projeção arredondada em uma articulação (tais como a do côndilo femoral, no joelho). Epicôndilo Elevação óssea sobre o côndilo (como na extremidade inferior do úmero, no cotovelo). Crista Borda proeminente de um osso (como a crista ilíaca do osso pélvico).

Explicativo O conteúdo das descrições é expandido através de explicações em texto à margem da ilustração

Tubérculo Pequena área de dilatação (como o grande tubérculo, na extremidade superior do úmero). Linha Dilatação longa e estreita (como a linha do músculo sóleo, na face posterior da tíbia). DEPRESSÕES Depressões, forames e sulcos são usualmente encontrados onde um vaso sanguíneo ou nervo passa ao redor ou através do osso. Exemplos: Fossa Uma depressão rasa em forma de tigela (como a fossa ilíaca, depressão encontrada no osso ilíaco). Forame Um orifício no osso para permitir a passagem de um vaso ou nervo em particular (como o forame da jugular, no crânio). Incisura Indentação que é encontrada nas extremidades de um osso (como a incisura isquiática maior). Sulco Um sulco ou depressão alongada que que marca a trajetória de um vaso sanguíneo ou de um nervo ao longo do osso.

Ilustrações A parte central do Atlas é constituida por desenhos avançados, que mostram com detalhes o que está sendo estudado

Fossa infraespinhal

Epicôndilo lateral do úmero

Protuberância occipital externa Esta projeção é, em geral, facilmente palpada

Tubérculo maior do úmero Uma dilatação da extremidade superior do úmero

Processo espinhoso

Quando o cotovelo está parcialmente flexionado, ele pode ser palpado

Trocanter maior do fêmur Protuberância na parte superior do fêmur

Incisura isquiática maior Uma grande incisão no ísquio

Túber isquiático Protuberância do ísquio

Crista ilíaca Uma elevação que forma a borda do osso ilíaco

Côndilo femoral lateral

Forame obturador Uma grande abertura no osso do quadril

Linha do músculo sóleo Uma elevação áspera diagonal da tíbia

Maléolo lateral da fíbula Uma projeção da extremidade inferior da fíbula

Os ossos do esqueleto humano raramente são lisos. Marcas são frequentes nos ossos onde tendões, ligamentos e fáscias estão inseridos.

Descritivo As estruturas anatômicas são identificadas e descritas de modo didático e acessível

At l as descri t ivo do

CORPO HUMANO Prof. Peter Abrahams Tradução: Prof. Dr. Adílson Monteiro Mestre em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Doutor em Morfologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia Professor convidado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

1a edição

EXPEDIENT E PRESIDENTE E EDI T OR DI RET ORA EDITORIAL EDI T OR-ASSISTENTE ASSISTENTE EDITORIAL TRADUÇÃO PREPARAÇÃO REVISÃO

Italo Amadio Katia F. Amadio Antonio Carlos Vilela Sandra Maria da Silva Adílson Monteiro Isadora Dutra Rafael Varela, Thaís Gasparetti, Renata Gonçalves

PROJETO GRÁFI CO Sergio A. Pereira DIAGRAMAÇÃO Ana Totaro PRODUÇÃO

GRÁFI CA

Helio Ramos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Atlas descritivo do corpo humano / Amber Books ; [tradução Adílson Monteiro]. -- 1. ed. -São Paulo : Rideel, 2009. Título original: Handbook of the human body. ISBN 978-85-339-1500-8 1. Corpo humano - Atlas I. Amber Books. 09–12384

CDD–611.00222

Índice para catálogo sistemático: 1. Corpo humano : Atlas : Ciências médicas

611.00222

Título original: Handbook of the Human Body Copyright © 2006 Bright Star Publishing PLC, London Copyright da tradução para o português © 2009 Editora Rideel Esta tradução do Atlas descritivo do corpo humano, publicada pela primeira vez no Brasil, foi realizada por meio de contrato com a Amber Books Ltd. © Copyright - Todos os direitos reservados à

Av. Casa Verde, 455 – Casa Verde CEP 02519-000 – São Paulo – SP e-mail: [email protected] www.editorarideel.com.br Proibida qualquer reprodução, mecânica ou eletrônica, total ou parcial, sem prévia permissão por escrito do editor. 135798642 0210

Sumário Introdução.......................................................................................... 6 Cabeça ........................................................................................ 8 Pescoço ........................................................................................... 40 Tórax......................................................................................... 52 Membros Superiores ...................................................................... 76 Abdome ................................................................................... 98 Sistema Reprodutor ...................................................................... 120 Pelve e Membros Inferiores .................................................. 136 Sistemas ........................................................................................ 162 Índice .................................................................................... 174

ATlAS DEScrITIvo Do corpo HuMAno

Introdução

O conhecimento da anatomia humana e da medicina tem-se desenvolvido extraordinariamente nos últimos 100 anos, frequentemente devido a importantes descobertas de alguns pensadores revolucionários.

O fascínio pelo nosso corpo, como ele funciona, por que

Com exceção dos monges, que cultivam ervas e plantas com

fica doente e o que fazer para curá-lo é imenso. Ao longo

alguma propriedade medicinal genuína, a inexatidão era a

da história, incontáveis teorias, na maioria errôneas, foram

marca registrada da medicina e anatomia durante a Idade

concebidas de diferentes maneiras por médicos, cirurgiões,

Média. A teoria dos “humores” ainda foi amplamente man-

curandeiros, feiticeiros, alquimistas, benzedores, astrólogos

tida como verdadeira, e as crenças religiosas cris-

e charlatões, os quais em suas épocas foram respeitados e bem pagos. Apesar deste catálogo de maus praticantes, a história da medicina está pontuada por brilhantes desco-

tã e islâmica eram bastante influentes na teoria médica. Todo tipo de ideia, tais como a do sangue drenando fluidos nocivos do corpo ou permitindo ao “excesso de

bertas e pensamento verdadei-

fluido” circular livremen-

ramente visionário, que, con-

te pelo corpo, era posta

tra todas as probabilidades,

em prática, frequente-

nos conduziram à era mo-

mente acompanhada

derna da ciência médica.

de poções de boti-

Hipócrates, o “pai da medici-

cários, as quais con-

na”, praticava essa ciência na

tinham ingredientes

ilha grega de Cós, no século

tão bizarros e infames

15 a.C., e é, sem dúvida, a

como língua de sala-

figura mais famosa e reco-

mandra e fígado de

nhecida dentre os primeiros

verme.

“médicos”. Sua grande realiza-

Com o advento do

ção foi a de estabelecer um corpo

Renascimento na Itá-

de especialistas, governados por rigoroso código de ética, que empregavam métodos científicos em suas pesquisas. Isso estabeleceu a base da prática médica moderna.

lia, no final do século XIV, a ciência médica avançou. A redescoberta de conhecimentos

clássicos

enco-

rajou os médicos a reaplicar métodos científicos em suas pesquisas, deixando para trás

Os quatro “humores”

a influência da religião e da superstição. Grandes nomes do

O trabalho de Hipócrates teve uma profunda influência sobre

período, como Leonardo Da Vinci, trouxeram novas ideias.

a medicina, e seus ideais foram entusiasticamente difundidos

Leonardo acreditava que, para curar doenças, era necessário

pelos médicos nos séculos que se seguiram. Infelizmente,

primeiro aprender sobre o corpo humano e seus processos,

suas teorias sobre anatomia e doenças eram bastante imprecisas. Ele acreditava que quatro “humores” (bile negra, bile amarela, fleuma e sangue) gerenciavam a saúde do corpo humano e que qualquer doença era o resultado da falta de equilíbrio entre eles. 6

Neste diagrama do século XVIII, de Anastasius Kircher, o corpo humano representa o universo em microcosmo, o qual é descrito como um organismo vivo com processos metabólicos.

InTroDução Cirurgiões podem, hoje, realizar o que seria considerado um milagre há apenas 100 anos, com uma taxa de sobrevivência que espantaria os médicos antigos.

bém percebeu a função das válvulas do coração no controle do fluxo sanguíneo. Embora suas ideias fossem consideradas estranhas, esse método de pesquisa provou ser o caminho certo. Suas descobertas foram confirmadas pela invenção do microscópio no final do século XVII: pela primeira vez na história, cientistas poderiam observar mais do que o olho nu permitia. No final do século XIX estavam surgindo muitos

aprendizado que somente poderia ser adquirido por meio da

dos procedimentos e práticas que hoje são comuns. Anes-

dissecação de cadáveres humanos.

tésicos rudimentares foram desenvolvidos por James Young

A dissecação não era, contudo, uma ideia nova. Cláudio Gale-

Simpson, antissépticos foram criados por Joseph Lister e, em

no, influente médico do século II, já havia dissecado animais

1896, Wilhelm Rontgen maravilhou o mundo com sua nova

e presumia que a anatomia humana seguia o mesmo padrão,

invenção que permitia examinar internamente o corpo sem a

ideia que se tornou aceita por mais de 1.500 anos. Entretanto,

necessidade de cirurgia: a máquina de raios X tinha nascido.

no século XVI, o anatomista Andreas Vasalius, demonstrou

Outros trabalhos inovadores como os de Louis Pasteur, que

que Galeno estava errado e revelou estruturas anatômicas até

estabeleceu a ligação entre os germes e as doenças, e de

então desconhecidas no livro De Humani Corporis Fabrica

Karl Ladsteiner, que descobriu os quatro principais grupos

(A estrutura do corpo humano), de 1543.

sanguíneos, pavimentaram o caminho para cirurgias mais

A obtenção de corpos para dissecação nessa época, porém,

complexas, como as de transplante de órgãos. Os cirurgiões

não era fácil nem agradável. A Igreja combatia a dissecação

podem realizar hoje o que seria um milagre há apenas 100

humana, de modo que anatomistas por toda Europa recor-

anos, com uma taxa de sobrevivência que teria espantado os

riam à prática infame de roubar túmulos e forcas para obter

antigos médicos.

material fresco para suas pesquisas. Outro trabalho pioneiro no registro das descobertas foi conduzido por Leonardo Da

Descoberta da anatomia humana

Vinci e Vasalius, que procuraram representar acuradamente

Então, quanto realmente sabemos sobre o funcionamento dos

a estrutura anatômica por meio de detalhados diagramas e

sistemas do nosso corpo e como podemos entender melhor o

ilustrações.

que o médico ou o cirurgião vê e faz? O Atlas Descritivo do Corpo Humano mostrará do que real-

Circulação sanguínea

mente somos feitos por meio de um exame completo da ana-

Ainda assim, tais ideias e métodos eram controversos e fre-

tomia humana, com ilustrações detalhadas de todas as partes

quentemente rejeitados. Em 1628, o doutor inglês William

do corpo. O livro tem uma estrutura que vai da cabeça aos

Harvey surpreendeu o mundo médico ao publicar An

dedos do pé, dividindo o corpo humano em cabeça, pescoço,

Anatomical Disquisition on the Movement of the Heart and

tórax, membros superiores, abdome, sistema reprodutor, pel-

Blood (Uma Descrição Anatômica do Movimento do Cora-

ve e membros inferiores e sistemas. Cada seção examina, por

ção e Sangue). Nesse livro, ele demonstrou que o sangue cir-

sua vez, os ossos, os músculos, os nervos, o tecido mole e os

culava por todo o corpo, e foi ainda mais longe ao propor que

órgãos, além de explicar como eles funcionam e interagem.

o coração bombeava o sangue através das artérias. Ele tam-

Este livro é o começo de uma fascinante jornada.

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ATlAS DEScrITIvo Do corpo HuMAno

O crânio gãos dos sentidos. Constituído por 28 ossos separados, é o mais complexo elemento do esqueleto. Osso frontal Forma a testa e o teto da cavidade orbitária

Calvária A abóbada do crânio (também chamada abóbada cranial ou tampa do crânio); a parte superior do crânio que cerca o cérebro

Incisura supraorbital Orifício ou fenda na parte superior da cavidade do olho através do qual passam nervos e vasos

Órbita Cavidade contendo o globo ocular e estruturas associadas, como músculos, nervos e vasos; conhecido também como cavidade do olho

Glabela Articulação entre os ossos nasais e o processo frontal da maxila

Násio Ponto da articulação entre os dois ossos nasais e o osso frontal

Osso temporal Um de dois ossos que formam parte da parede lateral e parte da base do crânio

Asa menor do osso esfenoide Uma das duas asas laterais que se projetam do corpo do osso esfenoide

Osso nasal Par de ossos que forma a raiz do nariz

Margem infraorbitária A extremidade inferior da abertura da órbita

Corpo da mandíbula A mandíbula é formada por um osso em forma de ferradura

Concha nasal inferior (turbilhão)

Osso zigomático Forma a maçã do rosto e a parede lateral da cavidade do olho

Forame infraorbitário Este é o orifício por onde passam vasos sanguíneos e nervos

Maxila Um dos dois ossos que formam a mandíbula superior

Aumenta a área de superfície da cavidade nasal

Septo nasal Delgada divisão na cavidade nasal que separa as passagens nasais

Forame mentual Orifício através do qual nervos e vasos da raiz dos dentes passam para o lábio inferior e o queixo

O crânio é o esqueleto da cabeça e da face. Sua função bá- por juntas relativamente fixas, a mandíbula é facilmente dessica é proteger o cérebro e os órgãos sensitivos especiais, tais conectada. O crânio é também subdividido em pequenas regiões, incomo olhos e partes do sistema respiratório e digestório. Ele também fornece fixação para muitos músculos do pescoço e cluindo: da cabeça. Apesar de ainda ser frequentemente pensado como um único osso, o crânio é formado por 28 ossos articulados. Por conveniência, ele é em geral dividido em duas seções principais: o crânio e a mandíbula. A base para isso está no fato de que, enquanto a maioria dos ossos do crânio são articulados

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cAbEçA

Lateral do crânio

Uma visão lateral ou de perfil do crânio claramente revela a complexidade de sua estrutura, composta por diversos ossos e articulações entre eles. Vários dos ossos do crânio são por pares, encontrados cada um num dos lados da linha central da cabeça. Os ossos nasal, zigomático, parietal e temporal conformam-se a tal simetria. Outros, como o osso etmoide e o esfenoide, são ímpares, sendo encontrados em um único lado. Alguns ossos desenvolvem-se em duas metades diferentes e depois se fundem na linha central, nomeadamente o osso frontal e a mandíbula. Os ossos do crânio constantemente sofrem um processo de remodelação: osso novo se desenvolve sobre a face exter-

na do crânio, enquanto o excesso interno é reabsorvido pela corrente sanguínea. Este dinâmico processo é facilitado pela presença de inúmeras células e por um bom suprimento sanguíneo. Ocasionalmente, uma deficiência nas células responsáveis pela reabsorção causa transtornos no metabolismo ósseo, o que pode resultar em severo espessamento do crânio — osteoporose ou doença de Paget —, podendo ser seguido de surdez ou cegueira.

Osso parietal

Sutura coronal

Osso de um par que forma o topo e as laterais do crânio

Articulação entre o osso frontal e o osso parietal

Osso frontal Forma a testa e o teto da cavidade orbitária. No recém-nascido, é formado por duas partes que, mais tarde, se unem

Osso lacrimal O menor osso da face, contribui com parte da órbita

Osso nasal Ptério

Um de dois ossos estreitos e retangulares que formam a raiz e o teto do nariz

Área onde os ossos frontal, parietal, a parte escamosa do temporal e a asa maior do osso esfenoide se articulam

Osso zigomático Forma a parte proeminente da maçã do rosto e também constitui parte da órbita

Sutura lambdóidea

Arco zigomático

Ocorre entre o osso parietal e o osso occipital

Arco horizontal formado pelo osso temporal e osso zigomático

Osso temporal (meato acústico externo)

Maxila Mandíbula superior

Canal através da orelha média e interna

Osso esfenoide Forma a base do crânio atrás do olho

Corpo da mandíbula

Processo mastoide do osso temporal Protuberância externa atrás da orelha; ponto para fixação de vários músculos do pescoço

Osso occipital Osso com formato de pires na parte posterior da base do crânio

Processo estiloide do osso temporal Forma de estilete onde se ligam músculos e ligamentos

Mandíbula inferior

Forame mentual Parte escamosa do osso temporal

Passagem para nervos e vasos sanguíneos

Forma parte da lateral do crânio

Côndilo da mandíbula Articula com o osso temporal formando a articulação temporomandibular (ATM)

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ATlAS DEScrITIvo Do corpo HuMAno

Escalpo

O escalpo é formado por cinco camadas de tecido que cobrem os ossos do crânio. A pele é firmemente fixada aos músculos do escalpo por tecido conjuntivo, no qual também correm numerosos vasos sanguíneos. Pele

Crânio

A camada externa do escalpo; contém muitos folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas

Díploe Tecido...


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