Atuação dos anticoncepcionais PDF

Title Atuação dos anticoncepcionais
Author Vitória Silva
Course Farmacologia
Institution Universidade Federal do Piauí
Pages 22
File Size 925.5 KB
File Type PDF
Total Downloads 64
Total Views 133

Summary

O artigo abrange os processos sociais e científicos envolvidos no processo de criação da pílula anticoncepcional, e seus efeitos nos corpo feminino, tais como seus benefícios e malefícios. Há também uma breve explicação a cerca dos hormonios LH, FSH, e progesterona. O contexto histórico e sua pesqui...


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ- UFPI CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO Á METODOLOGIA CIENTIFICA DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS

LAYNARA VITÓRIA DA SILVA VIEIRA

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL A contribuição da farmacologia nos avanços sociais

Teresina 2018

LAYNARA VITÓRIA DA SILVA VIEIRA 20

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL A contribuição da farmacologia nos avanços sociais

ARTIGO, apresentado ao curso de Farmácia Como requisito para obtenção de NOTA na disciplina de METODOLOGIA

Orientador: JOAQUIM GONCALVES NETO

Teresina 2018

SUMÁRIO:

APRESENTAÇÃO.................................................................... 4 INTRODUÇÃO...........................................................................5 METODOLOGIA.......................................................................6 ESTERÓIDES.............................................................................7 DESENVOLVIMENTO DA PILULA.......................................9 RISCOS.........................................................................................17 CONCLUSÃO .............................................................................19 REFERENCIAS..........................................................................20

20

APRESENTAÇÃO: 20

O trabalho em questão é de conclusão da disciplina de introdução à metodologia cientifica na Universidade Federal do Piauí, foi elaborado no formato de pesquisa cientifica descritiva, enfatizando o surgimento, o desenvolvimento, o uso, e os impactos biológicos e sociais da pílula anticoncepcional, procurando evidenciar suas características químicas, de acordo com as normas da revista Cosmetics and Farmacology

PRESENTATION: The work in question is the conclusion of the discipline of introduction to the scientific methodology at the Federal University of Piauí. It was elaborated in descriptive scientific research format, emphasizing the emergence, development, use, and biological and social impacts of the contraceptive pill, looking for chemical characteristics according to the standards of the journal Cosmetics and Pharmacology.

INTRODUÇÃO:

Em meados do século XX os antibióticos e antissépticos eram de uso corrente e haviam reduzido de maneira impressionante as taxas de mortalidade, em particular entre mulheres e crianças. As famílias não mais precisavam ter um enorme número de filhos para ter certeza de que alguns iriam chegar à idade adulta. Enquanto o espectro da perda de filhos para doenças infecciosas diminuía, crescia a demanda por medidas que limitassem o tamanho da família por meio da contracepção. Em 1960 surgiu uma molécula anticoncepcional que desempenhou papel fundamental no perfil da sociedade contemporânea. Estamos nos referindo, é claro, à noretindrona, o primeiro anticoncepcional oral, mais conhecido como “a pílula”. Atribui-se a essa molécula o mérito — ou a culpa, segundo o ponto de vista adotado — pela revolução sexual da década de 1960, o movimento de liberação das mulheres, a ascensão do feminismo, o aumento da porcentagem de mulheres que trabalham e até a desagregação da família. Apesar da divergência das opiniões acerca de seus benefícios ou malefícios, essa molécula desempenhou importante papel nas enormes modificações por que passou a sociedade nos 40 anos, aproximadamente, transcorridos desde que a pílula foi criada. Ao longo dos séculos e em todas as culturas, as mulheres ingeriram muitas substâncias na esperança de evitar a concepção. Nenhuma delas realizava esse objetivo, exceto, talvez, quando deixavam a mulher tão doente que ela se tornava incapaz de conceber. Alguns remédios eram bastante simples: infusão de folhas de salsa e menta, ou de folhas ou casca de pilriteiro, hera, salgueiro, goivo, murta ou choupo.

20

METODOLOGIA:

Durante os meses de maio e junho de 2018 fora realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto em questão, tendo sido consultados artigos selecionados a partir de pesquisas das bases de dados PubMed, SciELO, ScienceDirect utilizando palavras chaves como Pílula, Progesterona, Noretindrona e Feminismo.

20

ESTEROIDES: 20

Embora a fricção de certas substâncias em várias partes do corpo para evitar a gravidez pudesse de fato ter propriedades espermicidas, o advento de anticoncepcionais orais em meados do século XX marcou o primeiro meio químico verdadeiramente seguro e eficaz de contracepção. A noretindrona é um dos compostos de um grupo conhecido como esteroides, um nome químico perfeito que hoje se costuma aplicar a drogas ilegalmente usadas por alguns atletas para melhorar seu desempenho. Não há dúvida de que essas drogas são esteroides, mas muitos outros compostos que nada têm a ver com proezas atléticas também são; usaremos o termo esteroide no sentido químico mais amplo. Em muitas moléculas, alterações mínimas de estrutura podem resultar em grandes mudanças nos efeitos. Mais do que em qualquer uma, isso acontece com as estruturas dos hormônios sexuais: os hormônios sexuais masculinos (androgênios), os hormônios sexuais femininos (estrogênios) e os hormônios da gravidez (progesteronas). Todos os compostos classificados como esteroides têm o mesmo padrão molecular básico: uma série de quatro anéis amalgamados da mesma maneira. Três deles têm seis carbonos cada um, e o quarto tem cinco. Esses anéis são chamados A B, C e D — o anel D sempre possui cinco membros.

Em 1931 um hormônio masculino foi isolado pela primeira vez: 15mg de androsterona foram obtidos de 15 mil litros de urina coletados de policiais belgas, em tese um grupo exclusivamente masculino na época. Mas o primeiro hormônio sexual jamais isolado foi feminino, a estrona, obtida em 1929 da urina de mulheres grávidas. Como a androsterona e a testosterona, a estrona é uma variação metabolizada do principal e mais potente hormônio sexual feminino, o estradiol. Um processo de oxidação semelhante transforma um OH do estradiol num oxigênio duplamente ligado.

Essas moléculas estão presentes em nossos corpos em quantidades muito pequenas: usaram-se quatro toneladas de ovários de porca para extrair apenas 12mg do primeiro estradiol que se isolou. É interessante considerar como o hormônio masculino testosterona e o hormônio feminino estradiol são similares estruturalmente. Apenas um pequeno número de mudanças na estrutura molecular faz uma enorme diferença.

20

DESENVOLVIMENTO DA PILULA: 20

Esta única variação na estrutura química entre a progesterona e a testosterona leva a uma vasta diferença no que a molécula faz. A progesterona envia sinais à mucosa que reveste o útero para que ela se prepare para a implantação de um ovo fertilizado. Uma mulher grávida não concebe novamente durante a gravidez porque um fornecimento contínuo de progesterona coíbe novas ovulações. Essa é a base biológica da contracepção química: uma fonte externa de progesterona, ou de uma substância semelhante à progesterona, é capaz de coibir a ovulação. O uso da molécula de progesterona como anticoncepcional envolve grandes problemas. Ela precisa ser injetada; sua eficácia quando tomada por via oral é muito reduzida, presumivelmente porque ela reage com ácidos estomacais ou outras substâncias químicas digestivas. Outro problema (como vimos no caso do isolamento de miligramas de estradiol a partir de toneladas de ovários de porca) é que esteroides naturais ocorrem em quantidades muito pequenas em animais. A extração a partir dessas fontes simplesmente não é viável. A solução para esses problemas está na síntese de uma progesterona artificial que conserve sua atividade quando ministrada oralmente. Para que tal síntese seja possível em larga escala, precisa-se dispor de um material inicial em que o sistema esteroide com quatro anéis, com grupos CH3 em posições determinadas, já esteja presente. Em outras palavras, a síntese de uma molécula que imite o papel da progesterona requer uma fonte conveniente de grandes quantidades de um outro esteroide cuja estrutura possa ser alterada no laboratório com as reações certas.

20

Russell Marker, o químico norte-americano cujo trabalho foi decisivo para o desenvolvimento da pílula, não tinha alçado a descoberta; o objetivo de sua experimentação química não era produzir uma molécula anticoncepcional, mas encontrar uma maneira economicamente viável de produzir outra molécula esteroide — a cortisona. Marker sabia da presença de compostos contendo esteroides em muitas plantas, entre as quais a dedaleira, o lírio-do-vale, a salsaparrilha e a espirradeira. Embora até então não tivesse sido possível isolar delas apenas o sistema esteroide de quatro anéis, a quantidade desses compostos encontrada em plantas era muito maior que em animais. Pareceu a Marker que esse era obviamente o caminho a seguir. Começou com raízes da trepadeira salsaparrilha (usada para aromatizar a cerveja root beer e outras bebidas similares), que sabidamente continham certos compostos chamados saponinas por causa de sua capacidade de formar soluções saponáceas ou espumosas na água. As saponinas são moléculas complexas, embora nem de longe tão grandes quanto moléculas polímeras como a celulose ou a lignina. A salsaponina — saponina da salsaparrilha — consiste em três unidades de açúcar presas a um sistema de anéis esteroide, que por sua vez está amalgamado no anel D a dois outros anéis.

20

Estrutura da salsaponina, a molécula de saponina da planta salsaparrilha

Sabia-se que remover os três açúcares — duas unidades de glicose e uma unidade de açúcar diferente chamada ramnose — era simples. Com ácido, as unidades de açúcar se partem no ponto indicado pela seta na estrutura. Era a porção restante da molécula, uma sapogenina, que apresentava problemas. Para obter o sistema de anéis esteroide da salsapogenina era necessário remover o grupamento lateral circulado no diagrama a seguir. Segundo o bom senso prevalecente na química da época, isso não podia ser feito, pelo menos sem destruir outras partes da estrutura esteroide.

20

A salsapogenina, a sapogenina da planta salsaparrilha

Marker, porém, tinha certeza de que isso era possível, e estava certo. O processo que desenvolveu produziu o sistema esteroide básico de quatro anéis que, com apenas alguns passos a mais, resultou em pura progesterona sintética, quimicamente idêntica à produzida pelo corpo da mulher. Além disso, depois que o grupo lateral era removido, tornava-se possível a síntese de muitos outros compostos esteroides. Esse processo — a remoção do grupamento lateral da sapogenina do sistema esteroide — continua sendo usado hoje na indústria multibilionária dos hormônios sintéticos. É conhecido como “degradação de Marker”. O desafio seguinte de Marker foi encontrar uma planta que contivesse mais daquela matéria-prima que a salsaparrilha. Sapogeninas esteroides, derivadas mediante a remoção de unidades de açúcar das saponinas-mães, podem ser encontradas em muitas plantas além da salsaparrilha, entre elas o trílio, a iúca, a dedaleira, o agave e o espargo. Sua procura, envolvendo centenas de plantas tropicais e subtropicais, acabou levando Marker a uma espécie de Dioscorea, um inhame silvestre que cresce nas montanhas da província mexicana de Veracruz. O ano de 1942 se iniciava, e os Estados Unidos estavam envolvidos na Segunda Guerra Mundial. As autoridades mexicanas não emitiam autorizações para coleta de plantas, e Marker foi aconselhado a não se aventurar na área para coletar o inhame. Conselhos desse tipo não o haviam detido antes, e ele não se deixou dissuadir dessa vez. Viajando em ônibus locais, acabou chegando à área onde lhe haviam dito que a planta crescia. Ali, colheu dois sacos das raízes negras de 30cm de cabeza de negro, como os

inhames eram chamados no lugar. De volta a Pensilvânia, extraiu uma sapogenina muito parecida com a da salsaparrilha. A única diferença era uma ligação dupla extra (indicada pela seta) presente na diosgenina, a sapogenina do inhame silvestre.

A diosgenina do inhame mexicano difere da sapogenina da salsaparrilha, a salsapogenina, apenas por uma ligação dupla extra. Depois que a degradação de Marker removeu o grupo lateral não desejado, outras reações químicas produziram uma generosa quantidade de progesterona. Marker estava convencido de que a maneira de obter boas quantidades de hormônios esteroides a um custo razoável seria montar um laboratório no México e usar a fonte abundante de esteroides representada pelo inhame mexicano. Ao desenvolver a série de passos químicos conhecida como degradação de Marker, Russel Marker abriu para os químicos acesso a inúmeras moléculas esteroides vegetais. Usando a degradação de Marker, Carl Djerassi mostrou como era possível produzir cortisona a um custo muito mais baixo a partir de uma fonte vegetal como a diosgenina. Um dos maiores obstáculos à produção de cortisona é prender o oxigênio duplamente ligado no carbono número 11 no anel C, uma posição que não é substituível nos ácidos biliares ou nos hormônios sexuais.

20

20

Mais tarde foi descoberto um método original de prender oxigênio nessa posição com uso do fungo Rhizopus nigricans. O resultado dessa combinação de fungos e química foi a produção de cortisona a partir de progesterona num total de somente oito etapas — uma microbiológica e sete químicas.

Depois de produzir cortisona, Djerassi sintetizou tanto estrona quanto estradiol a partir da diosgenina, dando à Syntex uma posição de destaque como grande fornecedora mundial de hormônios e esteroides. Seu projeto seguinte foi fazer uma progestina artificial, um composto que teria propriedades semelhantes às da progesterona, mas que poderia ser tomado por via oral. O objetivo não era criar uma pílula anticoncepcional. Nessa altura, a progesterona, já disponível a um custo razoável — menos de um dólar o grama —, era usada para tratar mulheres com histórico de abortos. Tinha de ser injetada em doses bastante grandes. Um relatório havia mencionado que a remoção de um grupo CH3 — o carbono designado como número 19 — parecia aumentar a potência em outras moléculas semelhantes à progesterona. A molécula que Djerassi e sua equipe produziram e patentearam em novembro de 1951 era oito vezes mais potente que a progesterona e podia ser tomada por via oral. Foi denominada noretindrona — o nor indica a falta de um grupo CH3.

20

Noretindrona Em primeiro lugar, Pincus e outros pesquisadores da Worcester Foundation verificaram que a progesterona realmente inibia a ovulação. Seu experimento foi feito com coelhos; só depois de entrar em contato com outro pesquisador de reprodução, o dr. John Rock, da Universidade de Harvard, ele ficou sabendo que já estavam disponíveis resultados semelhantes com pessoas. Rock era um ginecologista que trabalhava para a superação de problemas de fertilidade de suas pacientes. Seu ponto de partida para usar a progesterona no tratamento da infertilidade era o pressuposto de que o bloqueio da fertilidade pela inibição da ovulação durante alguns meses promoveria um “efeito de ricochete” depois que as injeções de progesterona fossem suspensas. Em 1952, o estado de Massachusetts tinha uma das legislações mais restritivas para o controle da natalidade nos Estados Unidos. Não era ilegal praticá-lo, mas exibir, vender, receitar, fornecer anticoncepcionais e até informações sobre contracepção eram crimes. Essa lei só foi revogada em março de 1972. Dadas essas limitações legais, Rock era compreensivelmente cauteloso ao explicar o tratamento com injeções de progesterona a seus pacientes. Como o procedimento ainda era experimental, o consentimento tácito do paciente era em especial necessário. Assim, explicava-se a inibição da ovulação, mas a ênfase recaía sobre seu caráter de efeito temporário e colateral para atingir o objetivo de promover a fertilidade. A companhia farmacêutica G.D. Searle, com sede em Chicago, havia patenteado uma molécula muito semelhante àquela sintetizada por Djerassi na Syntex. Seu noretinodrel diferia da noretindrona apenas pela posição de uma ligação dupla. Supõe-se que a molécula eficaz seja a noretindrona; os ácidos estomacais supostamente mudavam a posição da ligação dupla de noretinodrel para aquela de seu isômero estrutural — fórmula igual, arranjo diferente —, a noretindrona.

20

A única diferença entre o noretinodrel da Searle e a noretindrona da syntex é a ligação dupla lateral. Para chegar à eficácia que tornaria o medicamento atraente para a indústria e para as mulheres, os médicos precisavam ampliar a escala do experimento. Isso não seria possível nos EUA, dadas as barreiras legais. Pincus e Rock se voltaram então para Porto Rico, ilha caribenha que, desde 1950, é um Estado livre associado dos Estados Unidos. Porto Rico tinha, então, duas características que a tornavam propícia, aos olhos dos cientistas, para os experimentos com a contracepção oral: era superpopulosa e não tinha leis que proibiam contraceptivos. A taxa de fecundidade no país era de 5,2 filhos por mulher. Os testes realizados com as porto-riquenhas são “um dos capítulos mais controversos — e raramente discutidos — da história de uma droga que simboliza a libertação das mulheres”, diz um artigo publicado no jornal The Washington Post. O método tinha como base a análise do ciclo menstrual, e as alterações nos níveis hormonais:

Em 1956, mais de 200 mulheres foram testadas em Porto Rico. Boa parte delas já tinha muitos filhos e poucos ou nenhum meio de evitar a gravidez. Elas receberam altas doses hormonais e pouquíssima informação sobre a segurança do experimento. Muitos dos efeitos colaterais relatados pelas porto-riquenhas foram desconsiderados pelos médicos. Em 1957, o remédio Enovid recebeu aprovação limitada da Food and Drug Administration (FDA) como tratamento para irregularidades menstruais. As forças da tradição e da autoridade ainda prevaleciam; embora as propriedades contraceptivas da pílula fossem indiscutíveis, considerava-se pouco provável que as mulheres quisessem tomar uma pílula anticoncepcional diariamente, e que seu custo relativamente alto (cerca de dez dólares por mês) seria um fator dissuasivo. No entanto, dois anos depois de sua aprovação pela FDA, meio milhão de mulheres estavam tomando Enovid para fins contraceptivos, mostrando-se eficaz.

Por fim G.D. Searle solicitou a aprovação do Enovid como contraceptivo oral, o que foi obtido formalmente em maio de 1960. Em 1965, quase quatro milhões de mulheres norteamericanas tomavam “a pílula”, e 20 anos mais tarde estimava-se que nada menos que 80 milhões de mulheres no mundo inteiro estavam se beneficiando da molécula que os experimentos de Marker com um inhame mexicano haviam tornado possível. A dose de 10mg

20

usada nos testes de campo (outro item das críticas atuais aos testes de Porto Rico) logo foi reduzida para 5mg, depois para 2mg, mais tarde a menos ainda. Descobriu-se que a combinação da progestina sintética com uma pequena porcentagem de estrogênio diminuía os efeitos colaterais (ganho de peso, náusea, pequenos sangramentos fora do período menstrual e oscilações do humor). Em 1965, a molécula da Syntex, noretindrona, produzida por suas licenciadas Parke-Davis e Ortho, uma divisão da Johnson & Johnson, tinha a maior fatia do mercado dos anticoncepcionais.

‘’Você pode decidir quantas crianças quer ter’’ era uma das propagandas ligadas à pílula anticoncepcional nessa época.

RISCOS DA PILULA ANTICONCEPCIONAL: Em 1969, foi publicado o livro “The Doctor’s Case Against the Pill”, da escritora, ativista e jornalista Barbara Seaman. Ele denunciou riscos, alguns deles fatais, das altas doses de hormônios dos primeiros anticoncepcionais — como coágulos, câncer, ataque cardíaco, derrame, depressão e diminuição da libido — e como os médicos vinham falhando em informar suas pacientes sobre esses efeitos. Baseado na pesquisa de Seaman, o senador Gaylord Nelson convocou uma série de audiências públicas, em 1970, para investigar se os...


Similar Free PDFs