Aula III - FILO Pyrrophyta, Divisão Dinophyta PDF

Title Aula III - FILO Pyrrophyta, Divisão Dinophyta
Course Ficologia, Micologia e Criptógamas
Institution Universidade do Vale do Itajaí
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Resumo Ficologia, Micologia e Criptógamas...


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Resumo Ficologia, Micologia e Criptógamas Aula III - FILO PYRROPHYTA/DIVISÃO DINOPHYTA (Dinoflagelados) Características gerais     

Apenas metade das espécies, aproximadamente, contém pigmentos fotossintéticos, enquanto as outras são totalmente heterótrofas (iremos considerar apenas os dinoflagelados fotossintéticos). Pertencem a uma linhagem, Alveolata, que agrupa os esporozoários (parasitas, como o agente do paludismo) e os ciliados (paramécio, por exemplo). Todas as análises moleculares evidenciaram o caráter monofilético dos Alveolata. Constituem, depois das diatomáceas, o segundo mais importante produtor primário nas águas marinhas costeiras. Ainda que seu crescimento seja lento e sua cultura muitas vezes delicada, os dinoflagelados têm sido utilizados em aquacultura, como alimento para larvas de certos peixes. Os cistos fósseis são utilizados como indicadores bioestratigráficos, em especial na pesquisa petroleira.

Pigmentos: 1) clorofilas a e c2 e peridinina 2) clorofilas a, c1 e c2 e fucoxantina Substância de reserva: amido ou lipídios Cobertura celular: teca – consiste de placas distintas de celulose. A maior parte dos dinoflagelados consiste em células solitárias biflageladas. Há dois tipos de dinoflagelados: desmofíceas e dinofíceas. DESMOFÍCEAS  Os dois flagelos estão inseridos no ápice celular;  Não há sulco transversal;  A membrana celular, quando presente, encontra-se dividida longitudinalmente em duas metades (valvas), que não mostram subdivisão em placas com arranjo definido.  Células rodeadas, completa ou incompletamente, por um sulco transversal ou em espiral (constrição).  As células, biflageladas, têm os dois flagelos inseridos na constrição; um rodeia a célula, o outro dirige-se para trás a partir da constrição.  A maioria dos gêneros não possui membranas compostas por um número definido de placas articuladas.  Uma célula dinofícea típica está dividida pela constrição transversal em epicone e hipocone. O flagelo posterior se estende através de uma depressão chamada de sulco. Reprodução Assexual:  Divisão em duas células-filhas  Formação de zoósporos Sexual:  Produção de isogametas haplóides que se fundem formando uma parede espessa e entram em estado de dormência, afundando. O zigoto é o único

estágio diplóide, com a meiose ocorrendo quando ele germina (ciclo de vida haplobionte). Cistos temporários, resultantes da transformação direta de células vegetativas ou reprodução assexuada, são estágios transitórios, induzidos por condições adversas e permanecem suspensos na coluna d´água. A maior parte dos dinoflagelados é marinha, mas existem muitas espécies de água doce. Importantes na formação das marés vermelhas; apenas cerca de 20 espécies são tóxicas: Alexandrium, Ptychodiscus, Gambierdiscus. Alguns dinoflagelados são luminescentes: Gonyaulax, Pyrodinium, Pyrocystis, Noctiluca (este último é heterotrófico); geralmente emitem flashes de luz azulesverdeada em resposta a distúrbios mecânicos na água. A luz vem de pequenas vesículas nas células e é produzida enzimaticamente (reação luciferina-luciferase). Pode estar associada com a defesa (assustar herbívoros). Há simbiontes, chamados zooxantelas, encontrados em protozoários, cnidários, moluscos e vermes. A alga fornece ao hospedeiro oxigênio e matéria orgânica, além de aumentar a deposição de carbonato de cálcio e recebe em troca proteção e nutrientes inorgânicos. Estão presentes em todos os recifes de corais. MARÉS VERMELHAS / FLORAÇÕES DE ALGAS NOCIVAS Florescimentos caracterizados por reduzida diversidade da população planctônica e por concentrações celulares excepcionalmente elevadas (de um milhão a um bilhão de células por litro). Entre os diversos organismos que atuam como seus agentes causadores, os dinoflagelados pequenos e arredondados, freqüentes portadores de fortes neurotoxinas, são os mais comuns. Condições do ambiente que favorecem o êxito das espécies causadoras das marés vermelhas:  Elevadas concentrações de nutrientes;  Baixa turbulência da água;  Elevadas intensidades luminosas.  Ocasionam a morte de organismos marinhos em massa , por duas razões básicas:  Consumo total do O2 dissolvido na coluna d´água;  Produção de fortes toxinas. As algas que possuem efeitos nocivos sobre os vertebrados são muito perigosas, já que se concentram em certos invertebrados marinhos sem prejudicá-los e podem, assim, chegar até o homem, que consome, por exemplo, moluscos bivalves. O gênero Alexandrium produz toxinas que provocam paralisia, sendo responsável por envenenamentos em culturas de salmão, no Chile. Ele contamina organismos filtradores que concentram sua toxina, considerada mais tóxica que o veneno de certas cobras; essa toxina resiste ao cozimento e é mortal para o homem. Pfiesteria piscicida libera toxinas que, após o consumo de peixes contaminados, provocam perdas neurológicas de percepção próximas do mal de Alzheimer: problemas graves de memória, impossibilidade de ler, escrever, falar, paralisia das

mãos. A pessoa intoxicada tem dores de cabeça, dificuldades respiratórias, disfunção dos rins, do fígado e problemas de pressão arterial. Quase sempre, apresenta problemas dermatológicos, manchas vermelhas e feridas sobre o corpo. Os peixes contaminados apresentam necroses semelhantes a mordidas. Em presença de sangue humano, observa-se, ao microscópio, que Pfiesteria esvazia os glóbulos vermelhos através da emissão de um pedúnculo. Na ausência de peixes no meio, a alga permanece em fase de dormência. Pessoas responsáveis por culturas de Dinophyta tóxicas observaram a existência de emanações perigosas durante a abertura dos frascos de cultura. As brevetoxinas (neurotoxinas que causam a morte de peixes e irritação respiratória no homem) de Gymnodinium breve, em particular, são voláteis. ZOOXANTELAS O sucesso evolutivo dos corais está ligado à associação que os cnidários fazem com algas microscópicas (dinoflagelados). Essas algas (zooxantelas) vivem no interior das colônias de corais e fazem fotossíntese, produzindo alimentos para uso próprio e também para o coral, além de auxiliar ativamente a deposição de calcário que forma o esqueleto dos corais. As zooxantelas utilizam e reciclam o gás carbônico, logo transformado em íons de carbonato e bicarbonato, que reagem com os íons de cálcio ativamente bombeados para fora pela epiderme dos pólipos. A calcificação que ocorre em corais de águas profundas ou em outras situações de obscuridade – feita portanto sem a participação das zooxantelas – demora até 14 vezes mais. 40% do carbono orgânico fixado pelas zooxantelas a partir de CO2 tem como destino os tecidos do coral; esse carbono contribui significativamente para a satisfação das exigências energéticas dos cnidários, que podem até viver em jejum durante anos, desde que estejam em ambientes iluminados. A relação é vantajosa também para as zooxantelas, que recebem proteção e principalmente sais minerais do coral, que excreta compostos nitrogenados e fosfatos provenientes da digestão de pequenos animais capturados por seus tentáculos. A água das regiões de recifes de corais é muito pobre em nitrogênio e fósforo e a alta produtividade desses recifes – comparável apenas à obtida na agricultura, com fertilizantes – só se torna possível graças a essa associação. Os corais se comportam de maneira semelhante a plantas insetívoras de ambientes pobres em nutrientes, que capturam insetos para obter sais minerais. Foi demonstrado que a associação alga – coral é espécie-específica, ou seja, a zooxantela de determinada espécie de coral é exclusiva dela, não habitando outras.

Diatomito Depósitos sedimentares de paredes silicosas de diatomáceas. Principalmente usado como dispositivo de filtração, como enchimento em tintas, vernizes e produtos de papel e em materiais isolantes, principalmente aqueles para uso em baixas e altas temperaturas. É também usado como filtro na produção de antibióticos. As diatomáceas também são utilizadas como indicadores estratigráficos em exploração petroleira, bioindicadores da qualidade das águas continentais e na reconstituição de paleoambientes. As espécies prejudiciais para o homem são raras; conhecem-se apenas algumas espécies pertencentes ao gênero Pseudonitzchia, que contém ácido domóico; essa substância é transmitida na cadeia alimentar e pode levar à morte, podendo ser responsável pelo comportamento agressivo de certas aves marinhas. Há aproximadamente 100.000 espécies vivas; tornaram-se abundantes no registro fóssil há 100 milhões de anos (Cretáceo); existem espécies fósseis idênticas às atuais. A maioria das espécies é planctônica, mas algumas ocorrem no sedimento, sobre outras algas ou sobre plantas submersas. Não possuem flagelos (apenas em alguns gametas masculinos). Parede celular dividida em duas metades (valvas) que se encaixam como uma placa de Petri, formando a frústula; são revestidas por sílica. As espécies podem ser diferenciadas pela ornamentação da frústula. Com base na simetria, reconhecem-se dois tipos de diatomácias: penadas (com simetria bilateral) e cêntricas (com simetria radial; mais abundantes em lagos e ambientes marinhos). Condições desfavoráveis, tais como baixos níveis de nitrogênio, podem levar as diatomácias a formar estágios de resistência. Reprodução: assexuada (a célula-mãe doa suas valvas para as células-filhas) ou sexuada (ciclo de vida diplobionte, oogamia)....


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