BGP difteroides - Apontamentos 1 PDF

Title BGP difteroides - Apontamentos 1
Course Microbiologia Veterinária
Institution Universidade Federal do Pampa
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Anotações de aula da disciplina de microbiologia do curso de medicina veterinária...


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BGP difteroides: corynebacterium, rhodococcus e listeria

É um padrão bacteriano que corresponde a uma organização de parede celular Gram+ mas ricos em lipídeos; estão incluídos por uma questão de coincidências na estrutura de parede; o que eles têm em comum é uma organização estrutural da parede Gram +, mas ricos em lipídeos; são patógenos intracelulares facultativos, sobrevivem muito bem à oxidação; conseguem sobreviver dentro do fagossomo; São bacilos gram—positivos, não esporulados e imóveis; são caracterizadas por pleomorfismo: bastonetes, cocos, não se observa um padrão definido; se agrupam no padrão corine: agrupamento defiteróide = se agrupam em forma de letras chinesas; constituição celular: DAP – ácido mesodiaminopimélico, arabinogalactano e ácidos micólicos, estão presentes na parede celular; quando se faz a coloração de Gram, o que diferencia uma + de – é a capacidade do éter-cetona de remover a membrana externa, tirando o cristal violeta e permitindo a entrada de safranina; no caso desses organismos, alguns existem uma certa resistência ao álcool, aos ácidos, aos éteres, aos solventes, mesmo que tenham uma forte atividade dos solventes; estruturalmente, todos esses gêneros são Gram+, não têm membrana externa, alguns são chamados de álcool ácido resistentes (AAR), pela alta concentração de ácidos micólicos; BAAR+ = bacilo álcool ácido resistente – micobacterium, essa constituição de parede celular não tem uma consequência somente na patogenia da doença mas também nos

exames convencionais; os que exibem mais essa característica BAAR+ é o micobacterium; Hábitat do corinebacterium: lesão de pele, de trato genitourinário, podem contaminar por essas lesões outros animais ou o ambiente; é um gênero bastante comum; no homem há muita em pele, trato gastrointestinal, respiratório, conjuntiva; faz parte da microbiota normal; alguns exibem característica patogênica; no homem: difteria, daí o nome padrão difteróides; os abcessos caseosos, contaminam secundariamente o ambiente; são pleomórficos, se coram bem pela coloração de Gram; fazem disposição empaliçada (se dispõem paralelas umas às outras); Estrutura: não há capsula; há outros fatores que resistam à morte oxidativa, principalmente por sua hidrofobicidade; persistem nos fagócitos, são capazes de produzirem leucotoxicidade, induz uma redução local (pelo menos) do sistema imunológico; Fisiologia: célula fastidiosas, precisam de muitas fontes de nutrientes, precisam de um meio de cultura mais elaborado; agar chocolate telurito, é o mesmo ágar sangue, só que o ágar vai ter uma temperatura um pouco maior, tem uma cor mais amarronzada, a coagulação proteica é maior; são anaeróbios facultativos, se reproduzem por divisão binária; a avaliação é feita pela coloração de Gram, a visualização por microscopia óptica; são catalase-positivos, e oxidase-negativos; Sensibilidade frente aos agentes físico-quimicos: são relativamente sensíveis; ambiente sombreado, com umidade, rico em matéria orgânica; são sensíveis à dessecação; é sensível a antimicrobianos e ao calor, 60 graus;

Diagnóstico laboratorial: coloração de Gram, junto com outros testes; morfologia colonial: são colônias características, escuras, resistem à remoção do ágar, são praticamente puntiformes, exibem uma leve hemólise, imediatamente em volta da colônia há uma fraca hemólise; outro mecanismo: sorodiagnóstico, avaliação sorológica, temos o espécime clínico, faz-se a avaliação do microrganismo pelo complexo antígeno anticorpo; teste de hemólise sinérgica com rodococcus equi: se eu conheço o rodococcus e quero descobrir o corinebacterium, é só fazer uma reprodução cruzada; pego uma amostra conhecida de rodococcus equi, as amostras que são dúvida, coloco na horizontal do outro lado da placa; cultivo sempre um controle negativo – que eu sei que não é corinebacterium pra não ter dúvida; sinergismo de hemólise: coloco o rodococcus equi de uma lado, as bactérias que eu não conheço do outro, se houver uma potencialização da hemólise, sei que é corinebacterium, pois houve uma “junção” de hemolisinas, então há uma maior degradação de sangue naqueles locais; A hemolisina é uma fosfolipase D; PC40 = protease corinebacteriana de 40 kD; são fatores de patogenicidade, e junto com a parede celular rica em lipídeos, vai favorecer a sobrevivência intracelular, dentro de fagócitos; a parede, as fosfolipases e a protease PC40 são fatores de patogenicidade; no caso do stafilococcus aureus, haviam muitos outros fatores de patogenicidade; C. peseudotuberculosis: pode causar linfadenite e linfagite, em população de animais diferentes; são doenças relativamente diferentes; linfadenite: produz necrose caseosa, são abcessos que ao serem abertos, não drenam pus, seu conteúdo é semelhante a um queijo esmigalhado; tenho o patógeno

sobrevivendo dentro do fagócito, o fagócito tenta digerir o microrganismo, só que o microrganismo resiste a essa destruição; o sistema imune cria mecanismos para atrair células para o local; o macrófago precisa ser ativo; linfócito T auxiliar é que ativa, essa ativação serve para o macrófago se potencializar, ele passa a produzir quimioleucinas que vão atrair mais macrófagos, mais macrófagos chegam, também não vão conseguir digerir, cada vez há mais macrófagos chegando e sendo ativados, formando o abcesso; abcesso em forma de anel de cebola, em formação de camadas, é o organismo tentando conter a lesão, tentam manter a lesão em um único ponto; as células vão se agrupando, o microrganismo escapa, novas células se agrupam, isso sucessivamente, formando algo semelhante a uma cebola; Curinebacterium renale: têm fímbrias, que não são formadas por pilinas, são formadas pelo prolongamento do ác teicóico; aumentam o pH local e causam infecções, são infecções relacionadas com trato urinário; Transmissão: contaminação de feridas (tosquia), contato direto, indireto, endógena; a via endógena, quando são animais que são colonizados pelos corinebacterium; Imunidade: existem algumas tentativas de se produzir vacinas; há resposta humoral quanto celular, com via e mecanismo desconhecidos; o sistema imunológico é responsável pela formação do abcesso; Profilaxia e controle: higiene ambiental, imunização; em caso de ovinos e caprinos, descarte dos animais pela alta frequência de transmissão; Terapêutica: abcesso se curam com drenagem e antimicrobianos; penicilina, lincomicina, eritromicina, tetracilclina, etc;

Rhodococcus

Rhodococcus equi é a espécie mais importante; são fracamente ácido resistentes; têm disposição característica do grupo, são imóveis, são bactérias capsuladas; a cápsula é um dos fatores de patogenicidade; Hábitat: próprio ambiente e disseminação por animais contaminados; fezes de animais, e intestinos; Fisiologia: têm nutrição relativamente simples, não são fastidiosos; crescem em temperaturas bastante variáveis; são catalase, uréase e nitrato positivos; esses testes serão úteis, quando fizer coloração de Gram, observação em ágar sangue e cruzamento; Sensibilidade: resistente aos ácidos oxálico e sulfúrico; quando quero usar à partir do ambiente, posso usar o ácido como um fator de seleção, mata todo o resto e seleciona quem é resistente; resistem ao calor de 60º por até uma hora; têm uma resistência à dessecação; um tratamento padrão para rhodococcus é uma associação de dois antimicrobianos: rifampicina e eritromicina; Produtos elaborados: fosfolipase C e oxidase de colesterol participam da sobrevivência intracelular; são responsáveis pela hemólise sinérgica, as duas enzimas estão envolvidas; quando quero testar rhodococcus equi, faço o contrário, tenho que conhecer o corinebacterium; Patogênese: para rhodococcus há supressão do fagolisossomo, posso ter duas coisas: o fagolisossomo pode não se formar ou o fagolisossomo pode se formar e a célula sobreviver em seu

interior; em função dessa sobrevivência, há a formação de uma reação piogranulomatosa, é muito parecia com o abcesso caseoso; Manifestação clínicas: a infecção mais comum, mais grave, que tem uma taxa de letalidade elevada é a pneumonia, que acomete animais de baixa imunidade, no inicio da vida; quando há a redução dos anticorpos maternos no corpo da prole, é o ponto mais frequente de infecção; a taxa de mortalidade é em torno de 50%; essa resposta piogranulomatosa geralmente é silenciosa, pode ser vista radiograficamente depois de um tempo, mas já tem formação e um granuloma consistente, geralmente já está grande, pode cair em corrente sanguínea se disseminando;

Diagnóstico laboratorial: como são patógenos intracelulares, é bom fazer Gram da própria amostra clínica, pois mostra os microrganismos bem organizados dentro e fora das células; associados com morfologia colonial, teste de hemólise sinérgica com corinebacterium e radiografia; Transmissão e imunidade: pode ser congênita; inalação, ingestão; há varias formas de transmissão; existe tanto imunidade humoral quanto celular, a base da imunidade é a ativação via anticorpos; existe uma proteção do animal no período da amamentação, há uma passagem passiva de anticorpos; Tratamento e controle: amamentação; controle ambiental, isolamento de contato de animais, profilaxia antibiótica em surtos com eritromicina – rifampicina;...


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