Como realizar uma acufenometria PDF

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Passo a passo para a técnica de realização do teste de acufenometria. Descobrir intensidade e frequência mais próxima do zumbido do paciente....

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ACUFENOMETRIA PASSO A PASSO 1. Aplicar o questionário THI a fim de saber o impacto do zumbido na vida diária do paciente. Ao marcar sim, contam-se 4 pontos; às vezes, 2; não, 0. A pontuação total varia de 0 a 100 (quanto maior a pontuação maior é a repercussão do zumbido na qualidade de vida do paciente). Também existe a EVA (Escala Visual Analógica) pedindo que o paciente avalie o problema numa escala de 0 a 10, sendo que 0 não incomoda nada e 10 incomoda muito. É uma maneira de complementar o escore obtido no THI com sua percepção global.

2. Perguntar ao paciente como é o seu zumbido, se é grave (som grosso) ou agudo (som fino), se parece com uma abelha, uma cachoeira, etc. Indagar também se o som que escuta é na cabeça ou na orelha (qual?). Se o paciente não souber diferenciar entre o que é um som grave ou agudo, deve-se exemplificar.

3. Tipo de estímulo: se o zumbido for contínuo, como um apito, inicia-se no tom puro, numa frequência mais “aguda”. Para zumbido do tipo chiado com características aguda ou grave, escolhe-se o estímulo de banda estreita (narrow band). Caso o paciente defina o zumbido como um barulho “na cabeça”, e não no ouvido, será preferido o ruído branco (white noise), ou seja, um som de banda larga.

4. É extremamente importante que o zumbido esteja presente e seja percebido pelo paciente no momento do exame, pois caso o paciente não o apresente, o resultado pode não ser fidedigno.

5. O paciente deve ficar em uma cabina acústica, sentado e estar bem orientado quanto aos procedimentos.

6. Na pesquisa da frequência, esta deve ser mais próxima à frequência do zumbido. Se o acufeno for bilateral deve ser feito no ouvido com MELHOR audição. Quando o zumbido é unilateral, uma dica é apresentar a frequência na outra orelha, pois serve de parâmetro de comparação com o zumbido. Em seguida, para conferir a frequência, o estímulo é apresentado na orelha acometida, em uma intensidade acima do limiar. Caso a frequência não seja exatamente essa, utiliza-se algumas outras próximas. O ideal é que sejam apresentados 3 estímulos e vai perguntando para o paciente qual mais se aproxima do zumbido, vai aumentando ou diminuindo (10 em 10, 5 em 5, 1 em 1 dB) até que ache a frequência mais exata. ORIENTAÇÃO AO PACIENTE: “Vamos procurar o som mais parecido com o seu zumbido, não precisa de ser igual, mas o que mais se assemelha. Vá relatando se seu zumbido é mais grave ou mais agudo que isso!”

7. Na pesquisa da intensidade, deve-se pesquisar o limiar auditivo na frequência exata encontrada. Uma vez determinado o limiar auditivo na frequência do zumbido, apresenta-se o estímulo escolhido 10 ou 15 dB acima deste valor (limiar) e pede-se para o paciente indicar, apertando o botão, enquanto ele o percebe. Se estiver próximo demais do limiar, o paciente

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vai confundir, portanto, é necessário apresentar o estímulo inicial bem acima, para não confundir o estímulo com o zumbido. Em seguida, reduz-se a intensidade, primeiro de 5 dB em 5 dB e, em seguida, de 1 dB em 1 dB, até o paciente não saber mais dizer se escuta o estímulo. Após ter ido “do som ao silêncio”, realiza do “silêncio para som”, ou seja, abaixo do seu limiar. Quando o paciente se confundir, provavelmente, esse será o limiar do zumbido, pois não sabe se é o estímulo do audiômetro ou o próprio zumbido. A dica é dar o estímulo mais longo para facilitar a tarefa do paciente. ORIENTAÇÃO AO PACIENTE: “Vamos procurar determinar qual a intensidade que ouve o seu zumbido utilizando como termo de comparação este som (apresenta-se neste momento o som teste ao paciente a um nível supraliminar, apenas para que ele o reconheça). Nos diga se o seu zumbido é mais alto ou mais baixo que este som”.

8. Nível Mínimo de Mascaramento: o procedimento é realizar uma audiometria com ruído branco. Após encontrar o limiar auditivo do ruído mascarante, pesquisa-se de 5 em 5 dB e, depois de 1 em 1 dB, do silêncio para o som, até o paciente avisar em que momento o zumbido é mascarado, ou seja, que não é mais percebido. Se o limiar do zumbido for 40 dB NA (nível de audição) e fica imperceptível com ruído branco em 52 dB NA, significa que o zumbido pode ser mascarado com 12 dB NS (nível de sensação), determinando-se, assim, o nível mínimo de mascaramento (MML). ORIENTAÇÃO AO PACIENTE: “Vamos agora aumentar o som até que ele faça o seu zumbido ‘desaparecer’. Pretendemos saber qual o momento em que este som faz com que você deixe de ouvir o seu zumbido”.

Tabela: Versão em Língua Portuguesa do THI (Schmid L. P. et al., 2006) Sim

2

Às vezes

Não

01. Você tem dificuldade de concentração por causa do zumbido? 02. A intensidade de seu zumbido faz com que seja difícil escutar os outros? 03. O zumbido deixa você irritado(a)? 04. O zumbido deixa você confuso(a)? 05. O zumbido deixa você desesperado(a)? 06. O zumbido incomoda muito você? 07.Você tem dificuldade de dormir a noite por causa do zumbido? 08. Você sente que não pode livrar-se do zumbido? 09. O zumbido atrapalha a sua vida social? 10. Você se sente frustrado(a) por causa do zumbido? 11. Por causa do zumbido você pensa que tem uma doença grave? 12. Você tem dificuldade de aproveitar a vida por causa do zumbido? 13. O zumbido interfere com seu trabalho ou suas responsabilidades? 14. Por causa do zumbido você se sente frequentemente irritado(a)? 15. O zumbido lhe atrapalha ler? 16. O zumbido deixa você indisposto(a)? 17. O zumbido traz problemas para seu relacionamento com familiares/amigos? 18. Você tem dificuldade de tirar a atenção do zumbido e focar em outras coisas? 19. Você sente que não tem controle sobre seu zumbido? 20. Você se sente cansado(a) por causa do zumbido? 21. Você se sente deprimido(a) por causa do zumbido? 22. O zumbido deixa você ansioso(a)? 23. Você sente que não pode mais aguentar o seu zumbido? 24. O zumbido piora quando você está estressado(a)? 25. O zumbido deixa você inseguro(a)?

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