Conferência Destino: Europa PDF

Title Conferência Destino: Europa
Author Ana Ferreira
Course Matrizes Clássicas da Cultura Europeia
Institution Universidade de Coimbra
Pages 2
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Relatorio...


Description

Ana Carolina Neves Ferreira Estudos Europeus – Matrizes Clássicas da Cultura Europeia 26/11/2015

Conferência “Destino: Europa” Esta conferência, realizada no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, no passado dia 23 de novembro, à qual assisti durante o período de aula com a docente de Matrizes Clássicas da Cultura Europeia, foi organizada por estudantes dos núcleos de estudantes de Antropologia e de Relações Internacionais da Associação Académica de Coimbra. A conferência tinha como objetivo clarificar a polémica atual sobre os refugiados e a sua entrada na Europa, bem como sensibilizar a comunidade estudantil para essa problemática.

“O mundo aqui. Refugiados, imigrantes e outros aliens.” Foi com esta citação de Pedro Góis que se iniciou a primeira apresentação da conferência, com o testemunho de um estudante Sírio que frequenta a Universidade de Coimbra. Os refugiados partem para a Europa vindos de cinco países: Síria, Afeganistão, Iraque, Eritreia e Sudão. Estes refugiados não são mais do que os migrantes que sempre vimos chegar à Europa, o que os diferencia é que ultimamente vêm em maior quantidade e provêm de origens diferentes devido a motivos distintos. Os refugiados abandonam os seus países sobretudo devido a problemas internos de difícil resolução e aos conflitos militares que se vivem nessas regiões. A facilidade de entrada na Europa é apenas mais um incentivo para tentarem chegar ao continente europeu. Um exemplo desta facilidade de entrada é a Itália, que tem centenas de milhas de fronteiras muito pouco patrulhadas. Este fenómeno migratório é altamente complexo e teve um aumento muito significativo de 2014 para 2015. Cerca de um milhão de refugiados conseguiram já chegar ao Espaço Schengen. Estes seguem várias rotas, mas a principal, de onde vem um maior número de migrantes, é a rota do Mediterrâneo Central. Apesar de muitos terem conseguido chegar à Europa, têm-se verificado milhares de mortes durante a tentativa de fuga dos países de origem. A redistribuição dos refugiados pela Europa é desigual e muitos países já recuaram no que diz respeito à aceitação destes migrantes nos seus territórios, recusando prestar auxílio a esta vaga migratória. Em 2015, a opinião europeia em relação a esta problemática recai muito na ideia de que os refugiados são mais um fardo para os países e não pessoas que necessitam de apoio e que até poderiam constituir um benefício para o país que as acolhe.

A segunda apresentação remetia para o “Contrato Sírio – Médio Oriente-Europa”. Este contrato já ajudou quatro milhões de refugiados, mais mil e duzentos grupos combatentes. Antes do conflito, a Síria caracterizava-se por ser um país de classe média e com poder de compra alto. Daqui podemos concluir que os refugiados não são só os mais desfavorecidos, nem os povos em desenvolvimento. Qualquer ser humano, seja qual for a sua classe social, pode sofrer de abusos dos Direitos Humanos, de violência e de guerras. A Síria possuía um aparelho militar forte, bem equipado e organizado. Quando se iniciaram os conflitos, estes não se verificaram apenas nos centros urbanos da Síria, mas um pouco por todo o território sírio. Esta guerra “gerou” mais de quatro milhões de refugiados e mais de doze milhões de “refugiados dentro do próprio país”, que necessitam de apoio pois não conseguem sair da Síria. Estas vítimas foram acolhidas num campo improvisado no próprio território sírio, que já acolhe seis milhões de pessoas. Um dos grandes problemas desta situação foi o ignorar do que estava a acontecer, durante quatro anos de guerra. Os países europeus não prestaram apoio às vítimas dos conflitos, o que piorou os acontecimentos, levando às condições que vivemos atualmente. Se a Europa tivesse, desde o início, auxiliado os refugiados, hoje em dia a complexa distribuição de refugiados teria sido mais organizada e eficaz....


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