Diário Reflexivo PDF

Title Diário Reflexivo
Course Enfermagem na Atenção À Saúde da Criança e do Adolescente
Institution Universidade Federal da Paraíba
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Summary

Descrição e reflexões de atividades teórico-práticas no HULW ...


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Centro de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva Enfermagem na Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente II

Bárbara Thuane Aguiar dos Santos

DIÁRIO REFLEXIVO

BÁRBARA THUANE AGUIAR DOS SANTOS

DIÁRIO REFLEXIVO

Diário apresentado como parte da disciplina Enfermagem na Atenção à Criança e o Adolescente II, como requisito de avaliação. Profª Drª Neusa Collet, Profª Drª Kenya de Lima Silva, Profª Drª Erika Acioli Gomes Pimenta e Profª Drª Elenice Maria Cecchetti Vaz

João Pessoa – PB 2018

SUMÁRIO 1. Introdução...........................................................................................................................03 2. Estágio dia 13/03/2018........................................................................................................03 2.1 Diagnóstico médico.......................................................................................................03 2.2 Prescrição......................................................................................................................04 2.3 Análise..........................................................................................................................04 2.4 Evolução.......................................................................................................................05 2.5 Discussão......................................................................................................................05 2.6 Plano de Cuidados.......................................................................................................08 3. Estágio dia 14/03/2018.......................................................................................................09 3.1 Diagnóstico médico......................................................................................................09 3.2 Prescrição.....................................................................................................................10 3.3 Análise.........................................................................................................................11 3.4 Evolução......................................................................................................................12 3.5 Discussão.....................................................................................................................12 3.6 Plano de Cuidados......................................................................................................13 4. Estágio dia 15/03/2018......................................................................................................15 4.1 Diagnóstico médico.....................................................................................................15 4.2 Prescrição.....................................................................................................................15 4.3 Análise.........................................................................................................................15 4.4 Evolução......................................................................................................................16 4.5 Discussão.....................................................................................................................16 4.6 Plano de Cuidados......................................................................................................18 5. Estágio dia 16/03/2018......................................................................................................18 5.1 Diagnóstico médico.....................................................................................................18 5.2 Prescrição....................................................................................................................19 5.3 Análise........................................................................................................................19 5.4 Evolução.....................................................................................................................19 5.5 Discussão....................................................................................................................20 5.6 Plano de Cuidados......................................................................................................21 6. Considerações finais.........................................................................................................22 7. Referências........................................................................................................................23

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1. INTRODUÇÃO As atividades teórico-práticas no HULW acontecem nos turnos da tarde (terça e quarta-feira) e da manhã (quinta e sexta-feira). As professoras dividem o grupo em duplas no dia anterior e nos passam o diagnóstico e prescrição de determinada criança para que possamos analisar a situação hospitalar da mesma e traçar ações de abordagem e intervenções para o dia seguinte. Nossa primeira tarefa ao chegar à clínica pediátrica é olhar a escala do plantão e identificar a técnica de enfermagem responsável pelo nosso binômio do dia. Temos que comunicá-la que assumiremos todas as responsabilidades por aquele binômio naquele momento. Após olhar a escala de exames do dia e verificar se a criança da nossa enfermaria fará algum, damos uma olhada no prontuário para sabermos mais detalhes do(s) diagnóstico(s) e procedimentos já realizados. Em seguida, procuramos a prescrição médica e conferimos na caixinha da criança se todos os medicamentos prescritos do horário estão presentes. Caso não esteja, temos que comunicar a técnica para que seja providenciado. Depois dessas etapas, a dupla segue para os cuidados com o cliente. Após esses cuidados nós estudantes temos que preencher uma ficha intitulada “Sistematização da Assistência de Enfermagem da Clínica Pediátrica”, a qual consiste em um check list avaliando o estado da criança naquele dia. Existe um espaço para anotarmos as principais observações e outro para assinalarmos os diagnósticos e intervenções de enfermagem. Para finalizar, repassamos o turno para a técnica de enfermagem. A o final das atividades, professores e alunos se reuniam para relatar suas vivências. 2. ESTÁGIO DIA 13/03/2018 YVMG, 3 anos, F. 2.1 Diagnóstico médico: Pneumonia. A pneumonia é uma infecção do trato respiratório inferior causada por patógenos virais ou bacterianos. Essa patologia se encontra entre as infecções respiratórias agudas mais comuns em crianças com menos de 5 anos de idade (FERREIRA e BRITTO, 2003). O quadro clínico traz sinais e sintomas comuns em outras infecções como febre, cefaleia, irritabilidade, calafrios. A inspeção e ausculta do sistema respiratório trazem sinais mais específicos: taquipnéia, dispneia, utilização de musculatura acessória para facilitar a respiração, os sons pulmonares que podem indicar ruídos adventícios, pouca expansibilidade

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torácica e expansibilidade assimétrica. A tosse é mais comum em crianças maiores, podendo ser inicialmente evoluir para tosse produtiva secretiva ou não. O diagnóstico radiológico confirma o diagnóstico clínico e define o grau da pneumonia (MARCONDES et al., 2004). 2.2 Prescrição: 1. Dieta zero; 2. HV para 8/8h (solução salina isotônica) SG 5% - 500 ml NaCl 20% - 20 ml KCl 19,1% - 5 ml VT: 525 ml – correr em 8h em BIC: 58,3 ml/h 3. NBZ com SF 0,9% 3 ml + Berotec 6 gotas. Fazer NBZ de 6/6h; 4. Penicilina Cristalina 5.000.000UI – 01FA + 8 ml AD – fazer 1,8ml + 10ml SG 5% de 6/6h EV lento. 5. Dipirona 500mg/ml – fazer 0,6 ml + 5 ml AD EV de 6/6h se dor ou Tax > 37,8ºC; 6. Máscara de Venturi 50% se Sat.O2 < 92%; 7. Curva térmica; 8. Cabeceira elevada; 9. Fisioterapia respiratória; 10. SSVV + CCGG. 2.3 Análise: 1. A dieta zero é necessária em casos de preparação para exames e em casos pré-operatórios. No caso de Y., ela passou por um exame de ultrassonografia (USG) torácica pela manhã e à tarde foi encaminhada para o bloco cirúrgico (BC) para colocação de um dreno para drenagem pleural do lado direito. 2. A terapia de hidratação venosa (HV) foi prescrita para auxiliar na recuperação e/ou manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico corpóreo. 3. A nebulização (NBZ) ajuda na umidificação e fluidificação das vias aéreas, desobstruindoas e facilitando o processo respiratório. O Berotec (bromidrato de fenoterol) é um broncodilatador que relaxa a musculatura pulmonar, por isso é usado em associação com o soro fisiológico (SF) para realização da NBZ. 4. A Penicilina cristalina foi o antibiótico de escolha para tratamento da pneumonia bacteriana da criança. Esse medicamento é vasolesivo, por isso tem que ser feito uma

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primeira diluição em água destilada (AD) e depois uma rediluição em soro glicosado (SG) com infusão lenta. 5. A febre é comum em quadros de infecção. A Dipirona é um fármaco analgésico e antitérmico, que neste caso está recomendado para redução de possível episódio de febre da criança em que a temperatura esteja acima de 37,8ºC. 6. A saturação de oxigênio (SatO 2) é feita a partir de um oxímetro de pulso colocado na criança para acompanhamento através de um monitor. Quando o nível de SatO 2 está abaixo do normal, a criança deve receber suporte respiratório com fornecimento de oxigênio através da máscara de Venturi com tamanho e válvula adequados para a concentração indicada. 7. Como foi citado anteriormente, quadros de infecções costumam causar aumento da temperatura corporal, portanto é necessário um acompanhamento dos valores dessa temperatura para análise da evolução clínica. 8. e 9. Ambos os procedimentos tem a finalidade de facilitar o processo respiratório da criança e diminuir o desconforto ao respirar. 2.4 Evolução: Pré-escolar consciente, orientada, pouco cooperativa, irritada e chorosa. Apresenta higiene oral e corporal preservadas; integridade da pele preservada. Sono e repouso prejudicados devido à tosse produtiva não secretiva durante a noite (SIC). Segue em dieta zero para realização de procedimento cirúrgico. Ao exame: taquipnéica, respiração com predominância abdominal, murmúrios vesiculares (MV) presentes com sons estertores na base do pulmão direito; expansibilidade unilateral. Ritmo cardíaco regular em 2T. Abdome plano. Eliminações intestinais reduzidas pela baixa aceitação da dieta; eliminações vesicais presentes com cor e odor característicos (SIC). Foi utilizada a técnica do brinquedo terapêutico para realização do exame físico, a qual foi bem aceita pela criança. A criança foi encaminhada para o bloco cirúrgico às 16 horas devido derrame pleural; encaminhada para BC em uso de Penicilina, sendo a NBZ + Berotec do horário suspensa. Segue aos cuidados da equipe. SSVV – Tax.: 37,1ºC; FR: 46 rpm; FC: 124 bpm; SatO2 96%. 2.5 Discussão: Quando chegamos a clinica pediátrica descobrimos que a criança a qual tínhamos sido designadas havia recebido alta. Foi ótimo saber que o estado de saúde dela havia melhorado, mas por um lado ficamos assustadas porque não sabíamos o que iriamos enfrentar naquele primeiro dia de estágio. Para tanto, acabamos ficando com outra criança que possui o mesmo diagnóstico médico que a outra.

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Eu estava muito nervosa, pois esse foi meu primeiro contato com uma criança hospitalizada. Eu não sabia que situação iria encontrar, de que modo a criança e o cuidador estavam enfrentando aquela situação. Para complicar, a técnica de enfermagem nos disse que a infante havia feito um exame de USG pela manhã e estava sem comer e com dificuldade de descanso devido o estresse hospitalar. A HV estava prescrita para o horário de 13h00min, mas a técnica já havia preparado e administrado quando chegamos. Seguimos então para a abordagem, mas quando chegamos à enfermaria a criança estava dormindo. Prosseguimos então nos apresentando à acompanhante que neste caso era a mãe, explicamos nosso objetivo ali naquela tarde e começas a fazer perguntas a ela sobre a situação da criança: motivo da procura pelo sistema de saúde, alimentação, eliminações, sono e repouso. Durante o sono, pudemos fazer inspeção da pele e observar o padrão respiratório. Algo que chamou a atenção foi o fato de a criança estar taquidispnéica (46 rpm), com tiragem subcostal e visível esforço respiratório, e mesmo assim apresentar uma boa SatO 2 de 96% por isso não foi necessário a máscara de Venturi. Como já esperávamos, ao acordar Y. estava irritada, chorosa e pouco cooperativa, não conseguíamos fazer nenhum tipo de exame físico, pois quando tentávamos tocá-la ela começava a chorar. Isso nos fez pensar que talvez ela estivesse sentindo alguma dor, mas ela não se queixou. Às 14h00min precisávamos fazer a aferição da temperatura para a curva térmica, então buscamos um termômetro cor-de-rosa e notamos que ela gostou da escolha da cor e nos deixou medir a sua temperatura. Decidimos então explorar essa pequena “vitória” e Kananda (minha dupla) foi atrás de um estetoscópio rosa para que ela nos deixasse fazer a ausculta. Não adiantou, então nós insistimos na conversa amigável perguntado sobre as coisas que ela gostava de fazer, dos amigos na escolinha, tudo isso para conseguirmos sua confiança. Explicávamos que nenhum procedimento iria machuca-la, mas mesmo assim ela se recusava até mesmo a falar conosco. O medo e a ansiedade, e até mesmo o confinamento hospitalar acabam despertando sentimentos de angústia na criança. Para tentar aliviar essa situação de forma lúdica o hospital dispõe de uma brinquedoteca cujo espaço é recheado com brinquedos e atividades para satisfação e distração das crianças internadas. Almeida e Sabatés (2008) trazem como principais objetivos da brinquedoteca hospitalar: preservar a saúde emocional da criança e amenizar o trauma psicológico da internação, preparar a criança para as novas situações que enfrentará, dar continuidade à estimulação de seu desenvolvimento, e auxiliar na sua recuperação. Partimos então para a prática do brinquedo terapêutico. Fomos à brinquedoteca buscar um boneco de um personagem que a mãe disse que a Y. gosta. Logo que

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viu o brinquedo a criança mudou um pouco a sua feição, por isso explicamos os procedimentos de uma forma clara e compreensível para a idade e começamos a realiza-los no boneco para que ela observasse. Por meio dessa técnica ela permitiu que eu colocasse o estetoscópio sob seu tronco, mas apenas por poucos segundos. Foi possível auscultar murmúrios vesiculares e perceber o ritmo regular do coração, porém não consegui identificar sons anormais e nem contar a frequência cardíaca. Já estávamos quase desistindo quando a professora Elenice veio até o leito e começou a brincar com a criança. Como a professora tem mais prática, ela acabou conseguindo diminuir a ansiedade de Y. e ela me pediu então para brincar com ela com umas panelinhas que estavam na cama. Novamente conseguimos um elo com a criança por meio do brinquedo terapêutico e a partir dessa interação, enquanto eu distraia a criança com a brincadeira, Kananda conseguiu fazer o exame físico completo do tórax. Parafraseando Almeida e Sabatés (2008), digo que a brinquedoterapia é essencial para a humanização da assistência de enfermagem com crianças. Vale ressaltar que, quando chegamos a mãe estava exausta e em determinados momentos ela parecia um pouco impaciente e agressiva com a filha. Não podemos julgar essa atitude antes de entender a singularidade e o contexto que aquele binômio está inserido naquele momento. É fato que o estresse da internação não atinge somente a criança, a sobrecarga da situação recai sobre o cuidador que acompanha de perto todos os procedimentos “sofridos” por aquela criança. Assim que conseguimos aliviar a ansiedade de Y. com os brinquedos, a mãe abriu um sorriso demostrando alívio por finalmente sua filha apresentar uma melhora de humor. Notamos aqui a importância do cuidado centrado no binômio, pois devemos atender não somente as necessidades do infante hospitalizado mas também do acompanhante que precisa também observar e receber a empatia por nossa parte. Como medicações do horário, tínhamos que administrar a Penicilina e realizar a NBZ às 16h. Contudo, enquanto Kananda os preparava o médico apareceu na enfermaria para informar que a USG havia mostrado um derrame pleural e que a criança precisaria ser encaminhada ao BC para colocação do dreno. Na correria, ela desceu para o BC com a Penicilina EV sendo administrada, mas a NBZ foi suspensa. Essa primeira experiência com uma criança hospitalizada foi muito dinâmica – como era de se esperar. Inicialmente me senti intimidada no contato com a infante principalmente porque ela não cooperava com as nossas ações. Mesmo escutando em sala de aula sobre a resistência da criança diante da assistência e do tratamento, nós só podemos compreender o sentimento na prática. Foi desafiador, mas por meio das técnicas discutidas

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anteriormente nós conseguimos ganhar a confiança da criança e o processo acalmou tanto a ela quanto a mim. 2.6 PLANO DE CUIDADOS DIAGNÓSTICO

RESULTADO

APRAZAMENTO

INTERVENÇÕES  Orientar respiração adequada para estimular tosse

Paciente EXPECTORAÇÃO

conseguirá

INSUFICIENTE

expectorar

MANHÃ

efetiva;  Orientar

sobre

necessidade

conteúdo.

a de

ATT

expectoração;  Apoiar a criança e o acompanhante Pré-escolar

quanto

ao

apresentará

enfretamento

do

ANSIEDADE

melhora no

comportamento do

DECORRENTE DA

quadro de

HOSPITALIZAÇÃO

ansiedade na presença da

ATT

comportamento ansioso;  Identificar e reduzir estressores

equipe.

ATT

ambientais.

 Elevar decúbito; Diminuir DISPNÉIA

 Monitorar a

desconforto

frequência e ritmo

respiratório

respiratório;  Verificar a SatO2

RISCO DE

Criança deverá

ATT



Ingestão adequada de

M T N ATT

ATT

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HIPERTERMIA

manter a

RELACIONADO AO

temperatura

PROCESSO

corporal.

líquidos; 

Curva térmica.

M T N

INFECCIOSO ATT: Atenção; M: Manhã; T: Tarde; N: Noite. 3. ESTÁGIO DIA 14/03/2018 MCAB, 3m18d, F. 3.1 Diagnóstico(s) médico: Síndrome de Down; Celulite; e Trombose na veia jugular esquerda. A Síndrome de Down (SD) é uma doença genética causada pela trissomia do cromossomo 21, o que acarreta em mudanças estruturais e funcionais no corpo do portador. Alguns dos achados mais comuns no recém-nascido com SD são: hipotonia, língua protrusa, hipermobilidade articular, reflexo de Moro fraco, fontanelas amplas, perfil facial plano, fendas palpebrais oblíquas para cima, orelhas pequenas e hipogenitalismo; de acordo o crescimento e desenvolvimento da criança outras características físicas, comportamentais e cognitivas serão percebidas. Dentre as condições médicas mais recorrentes observamos: dificuldades auditiva e visual, apneia obstrutiva do sono, cardiopatia congênita, atresias gastrintestinais, doenças tireoidianas, convulsões e condições hematológicas (MAROSTICA et al., 2018). A SD não tem cura, é necessário tratar as outras condições concomitantes para proporcionar qualidade de vida ao individuo. À vista de que o desenvolvimento cognitivo desta criança não acontece da mesma forma que o de uma sem a síndrome, os estímulos nos primeiros anos de vida são primordiais para os aspectos cognitivos. O apoio da família é fundamental na atenção ao cuidado, proteção e compreensão. O profissional de saúde tem que trabalhar em parceria com essa família esclarecendo as dúvidas e priorizando o bem-estar do portador da SD e de seus familiares (NUNES et al., 2011). Como segundo diagnóstico, a celulite é causada por um Streptococcus e segundo Marostica et al. (2018) ela é definida como “uma infecção aguda da derme e d...


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