Exemplo de Ensaio Acadêmico (UFG) PDF

Title Exemplo de Ensaio Acadêmico (UFG)
Course Português: Produção e interpretação textual
Institution Universidade Federal de Goiás
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Summary

Descrição da produção de um ensaio acadêmico (curto)....


Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE LETRAS 1 ENSAIO ACADEMICO

o

ensaio é um gênero text ual em que se fundamenta um ponto de vista sobre um tema de i nteresse científico. O ensaio pode ser curto ou documentado.

1.1 Ensaio Curto

Segundo Moreno & Guedes (1997, p. 27), "chamamos ensaio curto um texto que exponha ou discuta idéias sobre um determinado tema e que te nha um tamanho variável entre quatro e dez parágrafos". As especificidades funcionais do ensaio curto podem ser assim sistematizadas: - reflexão própria de um tema sobre o qual o autor detém algum conhecimento prévio; - texto escrito a partir das informações armazenadas na memória do autor; - recorrência a dados que possam sustentar o ponto de vista adotado sobre o tema; Quanto à organização textual, o ensaio curto se constitui das seguintes partes: Introdução: contextualização do Tema e indicação da Tese. Desenvolvimento: argumentos principais (justificativas para a tese) e argumentos secundários (dados que comprovam os argumentos principais). Conclusão: retomada do contexto inicial e reafirmação da tese a partir dos argumentos desenvolvidos.

EXEMPLO DE ENSAIO CURTO Eutanásia - direito ou ilegalidade? Tema recorrente nos dias atuais é a questão que trata da leg alização ou não da eutanásia. Doutrinadores e pensadores se digladiam na defesa de suas teses. Em muitos países, este procedimento já foi permitido sob a égide da lei. O s críticos da "boa morte" sustentam o velho e batido argumento de que ninguém tem o direito de tirar a vida de outrem, incrementado agora com o crescente a vanço da medicina, que tem permitido uma sobr evida cada vez maior e verdadeiros milagres. Porém, tais assertivas não merecem ser acolhidas , pois a eutanásia é uma das poucas formas de amenizar a dor e o sofrimento das pessoas que se encontram em estado terminal, devendo ser legalizada para que se torne um direito. Não há dúvidas de que a legalização da eutanásia precisa ser vista com minúcias e com extremo rigor para que não seja utilizada de forma desenfreada e sem limites, transformando-se em uma verdadeira forma l egalizada de assassinato. Ademais, a eutanásia não poder servir apenas como meio de redação das despesas do Estado ou, então, como forma de enx ugar as sua legalização, uma vez que são

indiscutíveis os benefícios que este processo pode trazer não s ó ao moribundo que dela necessita, mas também a toda sua família. Se utilizada de forma controlada e rigorosamente nos ditames da l ei, a eutanásia poderá .ser uma eficiente arma para conquistarmos o direito a uma morte digna e sem sofrim ento. Diuturnamente, observamos casos de pessoas que vivem por anos como vegetais, sem nenhuma perspectiva de melhora ou recuperação, e outras que até mesmo imploram por sua morte. Isso acaba causando uma desestruturação em toda farm1 ia, que por anos tem de conviver com a dor de apenas aguardar o dia da morte do ente querido , sem contar nas vultosas despesas para a manutenção de sua "vida". A eutanásia pode ser a solução para todos esses sérios problemas. Realmente há situações em que pacientes já condenados se recuperam surpreendentemente, contrariando os pareceres médicos. Porém , tais casos são raros e isola dos, não p odendo servir d e fundamento para não se permitir a leg alização da eutanásia, obrigando qu e outros milhares de moribundos permaneçam anos sofrendo em um leito de hospital . Devemos ter em mente que não se pode tomar a exceção como regra. Se toda exceção fosse plausível para obstar um direito, certamente nunca conseguiríamos e laborar regras gerais e abstratas. Em se tratando de Brasil, a leg alização da eutanásia poderia encontrar suas bases na própria Constituição Federal, a qual as segura expressamente em seu artigo 5 °, inciso III, qu e "ninguém

será submetido a tortura nem a tratamento de sumano ou degradante". Manter uma p essoa sofrendo durante meses, ou mesmo anos, contra sua vontade, sem que haja nenhuma perspectiva de recuperação, obviamente é uma forma de tortura e, mais do que isso, sem sombra de dúvida configura-se um tratamento desumano, o que é veemente proibido por nossa Carta Magna. Dessa forma, além de encontrar embasamento na Lei Maior Pátria, a eutanásia trará uma série de benefícios, não só aos pacientes que, através dela, evitarão um imenso e prolongado sofrimento, mas também às suas farm1ias. É notório que é conditio sine que non para a legalização deste procedimento uma legislação bem elaborada e rígida, a fim de que não sejam permitidos abusos ou desvirtuamento d e seus fins dignos e humanos , mas é fundamental que a legalização desse procedimento ocorra o mais breve possível. Luiz Gustavo Borges Carlosso - estudante de Direito. Ensaio Curto. UNlFRA. 2005 (texto com adaptações)....


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