Fichamento 2 PDF

Preview

Summary

FICHAMENTO...

Description

VEIGA, Cynthia Greive. “Circulação de Conhecimento e práticas de educação no Brasil colonial (séculos XVI a XVIII) ” In__. História da educação. Ática. São Paulo, 2007. p 49-77.

Objeto de Pesquisa: Educação na Colônia. Objetivo: “Para este estudo são destacadas as ações educacionais de religiosos e de leigos nos primeiros séculos de estruturação da sociedade colonial” (p.49) Hipóteses: “Ao que tudo indica, os primeiros estudos do latim tiveram lugar no Colégio de São Paulo em meados do século VXI. Num relato de Anchieta transcrito por Cabral (1925), o padre afirma ensinar gramática latina em três classes diferentes, além de passar as noites copiando lições para seus alunos.” (p. 63) “Como síntese pode-se afirmar que a presença e a atuação dos jesuítas solidificaram os elos entre a expansão comercial da colonização e a Igreja.” (p. 64) “Ao que tudo indica, foram os jesuítas que organizaram, em seus colégios, as primeiras bibliotecas brasileiras.” (p. 69) Metodologia: O estudo foi desenvolvido traçando as práticas e vivências das pessoas na colónia, tendo como eixo central a forma como se dava o ensino na Colônia e os interesses que permeavam essa educação, destacando também o papel da Igreja e dos clérigos nessa forma de ensinar que se baseava nos princípios e na moral cristã e que tinha por intenção, conquistar almas para Cristo e expandir a fé Católica. O texto esta estruturado em cinco subtópicos onde cada um traz um aspecto das formas utilizadas para o ensino, passando desde a ação expedicionária e colonizadora até a educação de mulheres na colônia. Fontes: Carta-testamento, administrativos e religiosos.

Inventários,

Processo

testamentário,

Documentos

Principais conceitos utilizados pelo autor: “ “Ir” no entanto, vai além do triunfo sobre as distâncias físicas. No processo de catequização e expansão da fé, tem o sentido de triunfar também sobre distâncias culturais – e seu principal alvo foram os indígenas.” (p.55) “O “ensinar” significava o triunfo da inteligência.” (p.55) “O “cristianizar”, o triunfo da verdade.” (p.55)

“ “O triunfar das distâncias” também se aplicava aos imensos espaços territoriais que era necessário transpor no interior da Colônia e a uma importante característica demográfica: a dispersão e deslocamento populacionais.” Principais conclusões da autora: “Como vimos, a socialização nesse período se caracterizou pelo estranhamento entre grupos étnicos com costumes e hábitos diferentes e que passaram a conviver de forma interdependente.” (p. 52) “A estratégia pedagógica do “ir” jesuíta estava no “fazer vir” pela aglutinação dos grupos indígenas em vilas ou aldeamentos. O mesmo vale para a aproximação cultural.” (p.56) "... o que confirma ser impossível pensar a história da educação das mulheres comparando-a com a dos homens. Assim não há por que pretender para a época, por exemplo, a existência de colégios de gramática latina para meninas ou ainda que mulheres ocupassem cargos públicos ou participassem de círculos letrados.” (p. 75) Comentário pessoal: O texto de Veiga trata da educação na Colônia de forma objetiva e pontua importantes aspectos do ensino conduzido pelos jesuítas e pela Igreja, cumprindo a ideia central da propaganda da fé que buscara ganhar almas para Cristo. O texto traz também diversos pontos que nos fazem compreender a forma como o ensino era propagado na colônia portuguesa e as estratégias tomadas por aqueles que eram responsáveis pela educação dos colonos. Um aspecto diferencial no texto é um tópico voltado para a educação da mulher, já que muitas vezes não se trata desse tema e dar-se a entender assim, que as mulheres recebiam a mesma educação que os homens - quando não silenciadas pela historiografia, ideia essa refutada pela autora que evidencia a diferença no ensino de homens e mulheres na Colônia. Palavras-chave: Ensino – Colônia – Jesuítas –Educação - Brasil...