Fichamento Mussalim PDF

Title Fichamento Mussalim
Course Comunicação e Semiótica
Institution Universidade do Estado de Minas Gerais
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FICHAMENTO do livro Análise do Discurso de Fernanda Mussalim (2001)...


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FICHAMENTO: Análise do Discurso – Fernanda Mussalim ALUNA: Ana Maria Abdul Ahad Profa. Palavras chave AD

Citação A disciplina Análise do Discurso teve origem na França da década de 60. (113) Fundação da AD Fundadores da Análise do Discurso: Jean Dubois (linguista) e Michel Pêcheux (filósofo marxista) (113) Dubois e Pêcheux “Ambos são tomados pelo espaço do marxismo e da política, partilhando convicções sobre a luta de classes, a história e o movimento social.” (113/114) Objetivo AD “O projeto AD se inscreve num objetivo político, e a Linguística oferece meios para abordar a política.” (114) Estrutura da “(...) Já as influências externas, geradoras de irregularidades, não Língua afetam o sistema por não serem consideradas como parte da estrutura. A língua não é apreendida na sua relação com o mundo, mas na estrutura interna de um sistema autônomo.” (114) Signo “O signo linguístico “homem” se define em relação ao signo linguístico “mulher”, do ponto de vista dos traços semânticos (...); por sua vez, com relação ao signo linguístico “cachorro”, o signo “homem” se define por ser “quadrúpede”, e assim por diante.” (114/115) Materialismo “Althusser parte do pressuposto de que as ideologias têm existência Histórico material (...) materialismo histórico, que dá ênfase à materialidade da existência.” (115) “Na metáfora marxista do edifício social, a base econômica é chamada Metáfora marxista de infraestrutura, e as instâncias político-jurídicas e ideológicas são denominadas superestruturas.” (116) Aparelhos “Althusser (...) A escola, a religião, por exemplo, que funcionam “pela ideológicos ideologia” e são denominadas aparelhos ideológicos de Estado (AIE).” (116) Projeto “Como a ideologia deve ser estudada em sua materialidade, a althusseriano linguagem se apresenta como lugar privilegiado em que a ideologia se materializa.” (116) Semântica do “Pêcheux (...) não concebe nem o sujeito, nem os sentidos como discurso individuais, mas como históricos, ideológicos. Assim é que o autor propõe uma semântica do discurso.” (118) Ciência da “O projeto althusseriano visava definir uma ciência da ideologia que não ideologia fosse ideológica.” (118) Gênese da AD “O materialismo histórico e o estruturalismo estabelecem as bases não só para a Gênese da AD e do projeto althusseriano (...), mas também para a convergência entre esses projetos.” (118) Psicanálise A psicanálise lacaniana é fundamental para o início da Análise do lacaniana Discurso. (119) Concepção “concepção freudiana de sujeito clivado, dividido entre o consciente e o freudiana inconsciente.” (119) Discurso do outro “Lacan assume que o inconsciente se estrutura como uma linguagem, como uma cadeia de significantes latente que se repete e interfere no discurso efetivo.(...) sempre atravessado pelo discurso do outro.” (119) Critério diferencial (120) Critério relacional (120)

Sistema composto elementos

de

Relações binárias

Lacan rompe com a simetria

Conceito lacaniano para o sujeito para a AD

Núcleo rígido Contornos instáveis Diferentes Análises Discurso Americana

do

Francesa

Mecanismos na AD Discursividade em AD Condições de produção do discurso Chomsky

Enunciação para AD AD-1

Procedimentos AD-1

Critério do lugar vazio (120) “Jakobson é apontado como estruturalista pelo fato de abordar o processo comunicativo como um sistema composto de elementos – remetente, destinatário, código, mensagem, contexto, canal – que se relacionam no interior de um sistema fechado e recorrente, como um circuito comunicativo.” (121) “O sujeito, por definir-se na relação com o outro (inconsciente), nada mais é que um significante do outro.(...) por ser um sujeito clivado, dividido entre consciente e inconsciente, inscreve-se na estrutura, característica definida por relações binárias entre seus elementos.” (121) “Lacan rompe com o estruturalismo ao romper com a simetria entre os interlocutores. (...) O outro ocupa uma posição de domínio com relação ao sujeito, é uma ordem anterior e exterior a ele, em relação a qual o sujeito se define, ganha identidade.”(121) “O sujeito do discurso não poderia ser considerado como aquele que decide sobre os sentidos e as possibilidades enunciativas de seu dizer, mas como aquele que ocupa um lugar social e a partir dele enuncia, sempre inserido no processo histórico que lhe permite determinadas inserções e não outras.” (122) “O núcleo rígido (linguística) se ocupa do estudo da língua como se ela fosse apenas um conjunto de regras e propriedades formais.” (123) “se refere à linguagem apenas à medida que esta faz sentido para sujeitos inscritos em estratégias de interlocução, em posições sociais ou em conjunturas históricas.” (123) “A Análise do Discurso de origem francesa, que privilegia o contato com a história, e a Análise do Discurso anglo-saxã, área bastante produtiva no Brasil, que privilegia o contato com a Sociologia.” (125) “Considera a intenção dos sujeitos numa interação verbal como um dos pilares que a sustenta.” (125) “Considera que esses sujeitos são condicionados por uma determinada ideologia que predetermina o que poderão ou não dizer em determinadas conjunturas histórico-sociais.” (125) “Na Análise do Discurso, os mecanismos internos de produção do sentido é que serão enfatizados.” (126) “O que é específico de todas essas Análises do Discurso é o estudo da discursividade.” (126) “Harris restringe-se a uma concepção de discurso como uma sequência de enunciados.” (...) Insuficiente para a AD que busca reintegrar uma teoria do sujeito e uma teoria da situação. (128) “O sistema de regras é responsável pela geração das sentenças, propõese a noção de condições de produção, responsável pela geração dos discursos.” (129) “A enunciação não é um desvio, mas um “processo constitutivo da matéria enunciada.” (129) A AD-1 explora discursos mais estáveis e homogêneos, no interior de posições ideológicas, para interlocutores inscritos no mesmo espaço discursivo. (130) Corpus fechado de sequências discursivas; análise linguística: construções sintáticas e léxicas; análise discursiva: sinonímia e paráfrase; relações dentro da estrutura geradora.

Para AD-1

AD-2 Formação discursiva (Foucault) Arqueologia (Foucault) Arqueologia Fundamentos da arqueologia do saber

Perspectiva foucaultiana Noção formação discursiva

de

Tríade Pêcheux

Conjunto atitudes

de

AD-2 em relação a AD-1

Identidade na AD-

“Cada processo discursivo é gerado por uma máquina discursiva. Assim, diferentes processos discursivos referem-se a diferentes máquinas discursivas, cada uma delas idêntica a si mesma e fechada sobre si mesma.” (130/131) “Foucault (...) define discurso como um conjunto de enunciados que provém de um mesmo sistema de formação.” (131) “Um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no espaço, que definiram em uma época dada, e para uma área social, econômica, geográfica ou linguística dada, as condições de exercício da função enunciativa.” (131) Desfaz-se de categorias, para reforçar: “Continuidade histórica (...) familiaridade (...) repetição.” (131/132) Não busca ser interpretação, nem formalização, mas propõe análise histórica das condições de enunciabilidade. 1ª Cada discurso possui um referente no mundo que determina seu valor (...) referencial constituído pelas regras que definem as condições históricas do surgimento de cada objeto (...) 2ª Diferentes modalidades de enunciação não estão relacionadas à unidade de um sujeito (...) manifestam sua dispersão nos diversos status (...) pelo sistema de relações por meio do qual todas as modalidades de enunciação encontram-se ligadas. 3ª Formação dos conceitos (...) defende que o reconhecimento dessa unidade decorre da descrição da organização do campo em que os enunciados aparecem e circula. 4ª Refuta o pressuposto de que a unidade dos discursos provém da identidade e da persistência de determinados temas (...) a individualidade do discurso decorre do sistema de formação das diferentes estratégias que nele se desenrolam, estratégias essas que derivam de um mesmo jogo de relações. (132 a 137) “Na perspectiva foucaultiana, não se trata de um espírito de época, mas de condições históricas de enunciabilidade.” (137) “Uma das contribuições fundamentais que a noção de formação discursiva desenvolvida por Foucault traz para o campo da Análise do Discurso é a possibilidade de se eliminar o problema da homogeneidade na construção dos corpora discursivo.” (138) “A noção de formação discursiva é acolhida por Pêcheux (...) passando a construir a tríade formação social, formação ideológica e formação discursiva.” (138) “Cada formação ideológica constitui um conjunto complexo de atitudes e de representações que não são nem “individuais” nem “universais” mas se relacionam mais ou menos diretamente a posição de classes em conflito uma com as outras.” (138) (Pêcheux e Funchs) “As formações discursivas intervém nas formações ideológicas enquanto componentes que materializam a contradição entre diferentes posições ideológicas (...) não pode ser concebida como homogênea ou como um espaço estrutural fechado (...) espaço constantemente invadido por elementos de outras formações discursivas.” (139) “O deslocamento (AD-2) efetivo que se dá com relação à AD-1 diz respeito, sobretudo ao objeto de análise: discursos menos “estabilizados” por serem produzidos a partir de condições de produção menos homogêneas.” (139) A AD-2, mesmo atravessada por outros discursos, mantém a identidade.

2 Objeto da AD

(140) A AD-3 adota a perspectiva de que a FD está sempre dominada pelo interdiscurso. O objeto de análise da AD para ser o espaço de trocas entre as formações discursivas. (140) Gênese dos “O que há, a princípio, é o interdiscurso, de modo que a identidade de cada FD não está a priori, mas se constitui de maneira regulada no discursos Maingueneau interior de um interdiscurso.” (141) Triade Maingueneau “propõe que se considere o interdiscurso a partir da Maingueneau tríade universo discursivo, campo discursivo e espaço discursivo.” (141) Universo “Universo discursivo diz respeito ao conjunto de formações discursivas discursivo (...) que interagem em uma conjuntura.” (141) Campo discursivo “Campo discursivo (...) conjunto de formações discursivas com uma mesma função social.” (141) Espaço discursivo “Espaço discursivo (...) subconjunto de formações discursivas cuja relação o analista julga pertinente considerar para o seu propósito. (...) hipóteses fundadas sobre um conhecimento dos textos e sobre um saber histórico.” (142) Universo, campo “Estas três noções (universo, campo e espaço discursivos) trazidas para e espaço o interior da Análise do Discurso por Maingueneau permitem definir discursivo zonas de regularidade semântica (o campo e o espaço), no interior das quais pode ser mais produtivo o tratamento da gênese e do modo de coesão entre as formações discursivas em relação, já tais zonas de regularidade acabam por delimitar rigorosamente o fenômeno da interdiscursividade a partir de condições históricas bem especificadas.” (142) Texto para AD “O texto para a AD, não é concebido como uma unidade de sentido, tal como é, por exemplo, para a Linguística Textual. A relevância do texto para a AD “decorre do fato de que cada texto é parte de uma cadeia (de um arquivo)”, decorre de ele ser concebido “como uma superfície discursiva, uma manifestação aqui e agora de um processo discursivo específico.” (143) Análise A análise de Filiação pecheutiana, mobiliza os conceitos de formação pecheutiana ideológica, formação discursiva, interdiscurso, condições de produção, heterogeneidade, sujeito e sentido. (143) “A noção de formação ideológica (...) é definida como sendo um Formação ideológica - conjunto de atitudes e representações que “se relacionam mais ou Pêcheux e Fuchs menos diretamente a posição de classe em conflito umas com as outras.” (143) A formação discursiva materializa a formação ideológica (143) Formação discursiva Pêcheux demanda uma questão fundamental para a AD: “como ler um Questão fundamental para texto postulando as bases para uma semântica discursiva que seja da ordem das formações discursivas e não da ordem da língua.” (144) AD AD - contexto “A Análise do Discurso considera como parte constitutiva do sentido o contexto histórico-social.” (146) “os sentidos são historicamente construídos.” (147) Formação “uma formação ideológica comporta necessariamente mais de uma ideológica posição capaz de se confrontar com outra.” (147) FD “FD é um dos componentes de uma formação ideológica específica.” (148) Lugar ideológico “um mesmo enunciado pode ser compreendido de duas maneiras,

dependendo do lugar ideológico de onde é enunciado.” (149) “Bakhtin considera que a verdadeira substância da língua é constituída pelo fenômeno social da interação verbal e que o ser humano é inconcebível fora das relações que o ligam ao outro.” (150) “O dialogismo do círculo de Bakhtin, não tem como preocupação central o diálogo face a face, mas diz respeito a uma teoria de dialogização interna do discurso.” (150) Heterogeneidade Heterogeneidade mostrada em Authier-Revuz: Locutor usa suas das formações próprias palavras (discurso relatado) ou discurso direto (cita as palavras discursivas de outro; assinala as palavras do outro em seu discurso; mostra o outro em espações implícitos (antífrase, imitação, etc.) (151) Sujeito AD-1 AD-1: sujeito assujeitado à maquinaria; quem de fato fala é uma instituição, ou uma teoria, ou uma ideologia. (156) Sujeito AD-2 AD-2: o sujeito desempenha várias funções de acordo com a posição que ocupa no interdiscurso, ou seja, o sujeito é uma função que sofre coerção da formação discursiva que ocupa, pois esta é regulada por uma formação ideológica. (156) Sujeito AD-3 AD-3: Heterogêneo e descentrado. Não é mais senhor de si, é dividido, clivado entre o consciente e o inconsciente (este último faz parte de sua identidade também). (157) Característica O sujeito não é senhor de sua vontade e sofre as coerções de uma comum entre os formação ideológica e discursiva. sujeitos Ilusão do discurso A ilusão do discurso é constitutiva de condições de sua produção. O sujeito tem uma relação imaginária e tenta controlar o próprio discurso. Por não ter acesso as condições reais de produção de seu discurso as representam de maneira imaginária. (158) Sujeito não livre “O sujeito não é livre para dizer o que quer, a própria opção do que dizer já é em si determinada pelo lugar que ocupa no interior da formação ideológica à qual está submetido, mas as imagens que o sujeito constrói ao enunciar só se constituem no próprio processo discursivo.” (160) Fenômeno social da interação verbal Dialogismo Bakhtin

OBS: Citação direta (entre aspas); Paráfrase (sem aspas)...


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