Film: Encontrando Forrester PDF

Title Film: Encontrando Forrester
Author Ericles Vitor Dos Santos Martins
Course Corporeidade E Movimento
Institution Universidade Federal de Alagoas
Pages 4
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Summary

resenha do filme...


Description

O filme Encontrando Forrester, é uma grande produção do cineasta Gus Van Sant, retrata a história de um jovem estudante, negro chamado Jamal, que descende de uma família de classe baixa que vivi em um bairro pobre chamado Bronk, mas se destaca bastante tanto na academia quanto no basquete. O protagonista vive seus conflitos em uma sociedade que exala preconceitos, mas isso não o impede de lutar em busca de seus ideais e superar todas as barreiras que a vida lhe ofereceu. Além disso, o filme evidencia os traumas da vida de um grande escritor chamado William Forrester que supera seus conflitos traumáticos através da amizade entre o protagonista e o escritor e evidencia ainda, o autoritarismo do professor Robert Crawford vítima das decepções que a carreira de escritor lhe proporcionou. O filme tem duração de 136 minutos recheado de lições que servem tanto para a vida pessoal quanto para a profissional e acadêmica. Para vida pessoal, pode-se tirar como lição o seguinte - a condição social e a cor da pele não são fatores que possam nos impedir de realizarmos nossos sonhos e chegarmos onde almejamos. Para a vida profissional, podemos tirar como lição, que o professor não é o dono do conhecimento, mas sim mediador dele, que o autoritarismo não cabe mais no modelo educacional que vivemos na atualmente. Além disso, o conhecimento não pode ser medido pela cor da pele, pela raça, pela condição social e ect.. Quanto ao aspecto acadêmico podemos observar através do filme as lições que o William tentou passar para seu amigo: escrever não depende só de inspiração e que se nós nos dedicarmos podemos nos tornar grandes escritores, assim, a dedicação e a disciplina são a chave para o sucesso. Diante disso, podemos dizer que escrever não é um ato espontâneo, pois exige muito empenho e dedicação do escritor. O filme chama atenção dos telespectadores pelo seu tema central, o preconceito racial. Aborda questões que mesmo nos dias de hoje com tantos esclarecimentos ainda tem gerado grandes problemas e traumas que o indivíduo pode carregar por toda a vida, o que não é o caso do protagonista do filme, pois este conduz seus conflitos e consegue dissolvê-los de forma vitoriosa, o que nem sempre acontece com todas na situação dele. Apesar de sues problemas pessoais como: o abandono do pai, que era viciado e não conseguiu superar o vício, sua condição social, sua origem, sua descendência, Jamal não se deixa abater e vai à luta em busca da realização dos seus sonhos. Fazendo do abandono do pai um refúgio para tornar-se um talentoso aluno, pois isso aguçou ainda mais sua capacidade intelectual de ler

e escrever. E isso, se caracteriza na obra como um exemplo de superação que devermos considerar como uma verdadeira lição de vida. Por sua coragem o protagonista descobre aos poucos um grande escritor William Forrester que havia saído de circulação por vontade própria, medo de encarrar a realidade, pois havia sofrido um trauma – perdeu sua família. Concidentemente, William descobre o talento de Jamal. E depois de muita insistência do protagonista, Forrester passou a orienta-lo. Seus ensinamentos sobre escrever eram suficientemente, eficazes, para o escritor “primeiro se escreve com o coração, despois reescreve com a cabeça”. O que será que está por atrás desse fragmento? Primeiro devemos escrever para nós mesmo, por que segundo Forrester, o que escrevemos para nós mesmo, sempre é melhor do que aquilo que escrevemos para os outros. Isso se deve ao fato, de que quando escrevemos para nós mesmo, fazemos isso sem medo de errar e até mesmo de pré-julgamentos. O que não pode ser considerado um empecilho, que possa prejudicar talentos, pois os erros sempre são uma alavanca para correção e isso, faz nos tornarmos melhores, naquilo que nos propomos a fazer. Além disso, o filme em seu desfecho aborda também questão do aprendizado enfatizando a troca de conhecimentos, evidenciado quando William se dispõe a ir até a academia e ler o texto de Jamal que para seu professor Crawford era incapaz de produzir um texto com um grau intelectual considerável. Neste desfecho, observamos ainda uma cumplicidade muita grande entre Jamal e seu mestre Forrester, pois aquele, mesmo correndo risco de perder sua bolsa, ainda de ser acusado de plágio, não revelou seu mestre. De certa forma, se observamos esse trecho da obra vamos perceber que de um lado isso serviu para que Forrester que estava a tempos isolado se desvelasse ao público. De outro lado, percebemos a humildade da parte do Mestre em dizer que o texto foi escrito por Jamal, tornado público o preconceito e o autoritarismo do professor Crawford. Portanto, considerando o ponto principal do filme Encontrando Forrester, concluímos, sendo taxativos em sustentar a ideia de que não devemos medir a capacidade do ser humano baseado em preconceitos. Como educadores devemos agir com ética e respeito às diversidades que encontramos em sala de aula e até mesmo na sociedade. Devemos ter a convicção de que o ser humano é capaz independentemente, da cor de sua de sua pele, de sua origem, posição social, opção sexual e etc. Além disso, outra situação que filme evidencia é que a derrota também faz parte da vida. E ela serve para revermos nossas falhas e nossos erros e

através dessas revisões é que chegamos a ser vencedores. Portanto, devemos fazer do erro a escada para o acerto e assim nos tornarmos melhores naquilo que nos propomos a fazer e ultrapassarmos aquilo que a vida nos coloca como barreira. Por tudo isso, acreditamos que o filme é uma obra muito valiosa, por que aborda questões que mesmo na atualidade com tantos esclarecimentos, ainda se caracteriza como um problema para alguns, pessoas preconceituosas e não esclarecidas. Pois as diferenças existem e deve ser respeitadas e aceitas. Elas são resultado de um processo histórico e cultural que pode contribui significativamente com a sociedade. Mas, na maioria das vezes essas diferenças acabam sendo estereotipadas, vitimas de preconceitos. Portanto, o filme pode ser indicado para estudantes de graduação, professores que desejam adquirir conhecimentos.

RESENHA CRÍTICA 2 “Primeiro se escreve com o coração, depois se reescreve com a cabeça” – Essa é a frase chave dos ensinamentos do escritor Forrester para seu pupilo, o jovem que aspira tornar-se um grande escritor. Pobre, negro, talentoso e perseverante. Com este perfil, o personagem Jamal segue em busca da realização de seu sonho e tenta ultrapassar as barreiras do preconceito e da discriminação. Este é o assunto que o diretor Gus Van Sant aborda em primeiro plano, logo nos primeiros trinta minutos do filme. O personagem que vive no Bronk com a mãe, e cujo pai morreu viciado em crak, encontra na escrita uma forma de dar vazão aos seus sentimentos. Num segundo momento, ao conhecer Forrester, Jamal projeta no escritor a figura paternal ao mesmo tempo que Forrester vê no pupilo um resgate de sua juventude. Orientador e pupilo transcendem esses papéis na medida em que a amizade entre eles se desenvolve. Forrester, a figura mais intrigante do filme, é desvendado aos poucos. No início ele parece ser somente um velho rabugento e solitário, que vive recluso em seu apartamento num bairro de classe baixa, mas o diretor vai tirando camada por camada, as máscaras do personagem. Apesar de seu jeito agressivo, ele se deixa envolver pelo jovem que pede sua ajuda e que, por força do destino, torna-se uma ponte entre ele e seu passado, já que seu professor de literatura é um antigo desafeto de Forrester. Neste ponto vê-se que a crítica teve um papel fundamental na vida profissional do escritor. Sua primeira obra, vencedora de um importante prêmio literário, e aclamada pela crítica e pelo meio acadêmico como “A obra do século”, tornou-se um peso na vida de Forrester, que passou a repudiar qualquer tipo de crítica já que, segundo ele, “os críticos falam o que acham que sabem, ao passo que o autor é quem sabe realmente o sentido de sua obra”. Segundo Jamal, o próprio professor Crawford analisa a literatura de Forrester relacionando o autor com o personagem central do livro, sugerindo que o autor fala de si, o que revolta Forrester por considerar tal afirmação uma opinião equivocada de um escritor frustrado. Forrester parece sentir-se invadido e desrespeitado, mesmo com a consagração pública de seu trabalho.Sua

posição tornou-se tão radical, que o escritor impediu, no passado, a publicação de um livro de autoria do professor Crawford, que falava sobre ele e sua obra. No caso de Forrester, a crítica parece ter sido o motivo de sua reclusão e de o escritor não ter publicado mais nenhuma obra. Na verdade, existem paralelos reais do personagem, ou seja, autores reclusos, avessos à divulgação de seu nome e às críticas, como por exemplo, Jerome David Salinger: “Jerome David Salinger, o autor, é uma figura estranha. Nascido em 1919, desde sempre foi avesso à imprensa ou outras formas de divulgação da sua figura, tornando-se paranoicamente recluso. Ainda na época do lançamento de The Catcher in the Rye, na década de quarenta, fez o seu editor prometer que não lhe enviaria quaisquer críticas que fossem publicadas sobre o livro. Reclamou também que a sua foto na contra-capa estaria muito grande. Solicitou que não fosse feita qualquer publicidade do livro aludindo à sua pessoa, alegando que não queria correr o risco de acreditar no que leria.” ( Nemo Nox é editor do blog Por um Punhado de Pixels e do site http://www.burburinho.com/, onde este texto foi originalmente publicado). Apesar da posição do personagem, Forrester mostra-se apaixonado pela arte da escrita, que para ele é um ofício a ser dominado e que exige técnicas, que o escritor passa ao orientando, tais como: “escrever o que lhe vem à cabeça, sem pensar”, ou “copiar um texto e deixar que as próprias palavras surjam naturalmente e dêem início à criação literária”. Num terceiro momento, o diretor aborda o aprendizado como uma troca, quando o mestre se apresenta na escola de Jamal para fazer a leitura de seu texto, demonstrando humildade e respeito pelo jovem escritor. Forrester reconhece que o rapaz, apesar de correr o risco de perder a bolsa e ser acusado de plágio, respeitou o pedido do amigo de não revelar a relação entre ambos. Forrester agora já não é mais o mestre, seu pupilo está pronto, tanto que o escritor, após sua morte, deixa para o rapaz um manuscrito inédito, com a orientação de que o prefácio seja escrito por Jamal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tema do filme leva à reflexão sobre o papel dos meios acadêmicos na vida prática das pessoas, já que o mesmo retrata a escola como uma instituição um tanto viciada, submetida a regras e conceitos que nem sempre se aplicam ao dia-a-dia dos alunos. Não deveria ser a escola um ambiente de trocas de conhecimentos entre alunos e professores, possibilitando que a aprendizagem se dê através de estímulos, pela interação e pela curiosidade? O filme demonstra claramente o engessamento das instituições e as limitações do professor Crawford devido a seus preconceitos, e a dificuldade de aceitação do “diferente”, trabalhando a educação de cima para baixo, através de uma hierarquia que não permite aos educandos uma participação ativa no aprendizado. Os tabus certamente são difíceis de serem rompidos, e isto fica claro não só na trama, mas também no trabalho do diretor que, no romance entre Jamal e Anna, sua namorada branca e rica, não se permite mostrar um só beijo entre eles, apenas toques de mãos. Bastante inverosímil, em se tratando de dois jovens adolescentes e apaixonados......


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