Filosofia das Luzes- Historia PDF

Title Filosofia das Luzes- Historia
Course História A
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Filosofia das Luzes

História A | 11ºE

Introdução Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de história, cujo tema principal é o Iluminismo, também conhecido como Filosofia das Luzes. O Iluminismo foi um movimento cultural e filosófico que dominou o mundo no século XVIII. Este refletia o espírito e as aspirações da época, manifestados na expansão dos territórios e consolidação comercial, marcados pelo crescimento económico e financeiro, assim como pelo aumento demográfico e desenvolvimento técnico e científico. O presente trabalho tem como objetivo apresentar a pesquisa realizada sobre os tópicos referidos abaixo no índice.

ÍNDICE: 1. A apologia da Razão e progresso; 2. A defesa da Razão; 3. O valor do indivíduo e direitos naturais; 4. A separação dos poderes; 5. Filósofos Iluministas; 6. A defesa do contrato social; 7. A questão da tolerância: a liberdade de consciência; 8. A questão da tolerância: A religião; 9. A difusão do pensamento das luzes; 10.

Curiosidades.

11.

Síntese Geral; PÁGINA 1

12.

Cronologia do Iluminismo.

1. A apologia da razão e do progresso O século XVIII foi marcado por uma evolução cultural e científica que revolucionou o conhecimento daquela época. O entusiasmo pelos relatos de viagem, a descoberta das máquinas a vapor, a inovação na química e na física foram fatores que influenciaram as classes mais abastadas em investirem em gabinetes científicos com objetivo de explorar as potencialidades infinitas do raciocínio humano. Os intelectuais e filósofos deste século demonstraram um enorme ceticismo em relação aos dogmas religiosos e culturais e tinham críticas em relação á sociedade desigual em que viviam. Estes pensadores, no entanto tinham otimismo na humanidade e na mudança apesar da mesma não acontecer desde a idade média.

Este século foi então denominado de ´´o século das luzes ´´ sendo a Razão que guiaria a humanidade a prosperidade e à felicidade. A esta linha de pensamento foi dado o nome de iluminismo teoria filosófica defendida pelos filósofos desse século que defendiam o exercício da livre razão e o progresso científico e tecnológica como uma maneira de libertar a sociedade das trevas.

Foi uma época de renovação politica e social e de desenvolvimento mais acentuado do pensamento racional, científico e esclarecido. PÁGINA 2

2. A defesa da razão Os iluministas defendiam um novo modelo de sociedade incompatível com os ideais injustos e autoritários do antigo regime em que uma pequena parcela da sociedade considerada elitizada possuía privilégios tais como .Obrigações fundiárias . Permanência dos costumes e da tradição do antigo regime .Pela influência religiosa que influenciava a vida política e cultural Eram portanto contra o Absolutismo monárquico (regime que vigorava em quase todos os reinos europeus. Os filósofos das luzes tiveram as suas ideias divulgadas por diversos meios de divulgação daquela época tais como: .Livros .Panfletos .Jornais públicos Através destes meios divulgavam uma necessidade de mudança de paradigma substituindo os ideias do antigo regime pelo os do iluminismo. Dois dos filósofos mais importantes dessa época foram Condorcet e Turgot que sintetizam estas ideias, e acreditavam em reformas estruturantes com o propósito de: .Eliminar as distinções sociais .A soberania individual

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.Defender uma economia fisiocrática monopólios e entraves ao livre comércio

eliminando

Diderot (grande filósofo iluministas) com o apoio de outros grandes nomes da filosofia das luzes de sua época tais como: .Voltaire .Montesquieu .Rousseau .Barão D´holbach . O português Ribeiro Sanches Tentaram reunir todo o conhecimento acumulado pela humanidade até então na enciclopédia/ Dicionário racional das ciências.

3. O valor do indivíduo e os direitos naturais A burguesia foi a classe social precursora do Iluminismo, dado que, esta aspirava à liberdade comercial e intelectual, valorizando, desse modo, o espírito crítico, o individualismo e a Razão. Para além disso, esta no século XVII contribuiu ainda para a fundação da ciência moderna. Todavia, apesar da mesma se ter revelado uma extrema importância para a propagação das ideias iluministas e, consequentemente assumido uma grande importância na sociedade da época, ao invés da nobreza, estava integrada no terceiro estado e não tinha acesso aos cargos públicos, uma vez que estes eram ocupados, maioritariamente, por nobres, não lhes sendo concebida voz política. Tal situação levou a um movimento de contestação centrado na Razão.

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4. A separação dos poderes As teorias iluministas visavam uma governação que respeitasse a soberania do povo e a liberdade dos cidadãos e, como tal, questionava o absolutismo régio, caracterizado pelo poder ilimitado dos governadores sobre os governantes. Essas teorias eram elaboradas por filósofos, os quais assumiram um papel de enorme relevância na propagação das ideias iluministas. Entre estes destacaram-se nomeadamente: ➔ John Locke foi um dos filósofos mais importantes desta época, com quem surgiu o liberalismo político, o qual argumentava que todos os Homens são iguais, livres e independentes para a existência de uma lei natural. Para além disso, considerava ainda que o governo apenas seria legítimo quando governantes e governadores estabelecessem um contrato social. ➔ Rousseau por um lado reforçou as ideias de John Locke, visto que foi bastante inspirado pelo mesmo, e por outro lado considerava ainda que a soberania pertencia ao povo e, só desse modo, é que o Homem Gozava da sua liberdade. ➔ Montesquieu- foi também um pensador iluminista dos séculos XVII e XVIII que defendia o modelo político inglês, pois valorizava a PÁGINA 5

monarquia moderada e representativa, e acreditava que a separação de poderes era a forma de se obter uma governação mais justa, sendo estes o poder legislativo (elaboração das leis), executivo (ordenamento e cumprimento das mesmas) e judicial (aplicação da justiça).

5. A defesa do contrato social Os direitos do Homem, considerados inerentes ao seu nascimento são o direito à Segurança; Liberdade e a Igualdade. Referente ao direito à liberdade dos indivíduos está o seu direito a intervir ativamente na vida pública do Estado, como Eleitores dos seus representantes; como detentores de cargos políticos e manifestando as suas opiniões. A liberdade e igualdade defendida pelos iluministas estava em contradição com a autoridade dos governos. Surge então o contrato social como forma de garantir a defesa dos direitos do Homem. A criação de uma nova organização social, política, económica e cultural, que procurava manter a ordem social. Esta organização defendia que os três poderes, legislativo, executivo e judicial deveriam ser exercidos por órgãos destintos e independentes. A nova ordem política defende que o cidadão deixa de ser um simples súbdito para poder intervir e participar na tomada de decisões. Os governantes são representantes do povo, seguindo os princípios da constituição e o poder é exercido de uma forma representativa, onde cada cidadão assume importância política. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de PÁGINA 6

cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade. Rousseau -defendia a soberania popular (teoria segundo a qual o poder pertence ao povo que, através do voto, o delega nos seus representantes), o voto universal e a igualdade de todos os homens perante a lei. 6. A questão da tolerância: a Liberdade de Consciência O Humanitarismo e a Tolerância eram os temas das obras dos pensadores do Século das Luzes. O conceito de Tolerância era usado pelos Estados para alcançar a Paz e o Direito Natural dos Indivíduos defendia a Abolição da escravatura, da Tortura e das Punições medievais. No entanto o direito penal era uma das áreas onde falhava a dignidade humana pois ainda estavam presentes as práticas medievais como a tortura e trabalhos forçados. O iluminismo condenava a forma violenta como tratavam os homens no interrogatório, a inquisição e a forma como eram cumpridas as sentenças. A defesa da liberdade de consciência traduz-se no livre exercício do pensamento e da expressão, na igualdade perante a lei no ato do nascimento, na liberdade de oportunidades, na defesa da ordem para garantir a segurança, na possibilidade de cada cidadão fazer uso do próprio entendimento e poder intervir e participar ativamente na sociedade, assim como na liberdade em relação às suas emoções, paixões e desejos. Vozes como estas contribuíram para o desenvolvimento da fraternidade humana.

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Beccaria-publica “sobre os delitos e as penas” onde condenava a forma violenta como tratavam os homens no interrogatório, a inquisição e a forma como eram cumpridas as sentenças.

7. A questão da tolerância religiosa No século XVII, havia diversas/distintas opiniões entre a sociedade da época cerca do espirito de tolerância. Para muitos a questão de ser intransigente na religião, era positivo, pois contribuía para a diminuição da diferença entre o povo e os de “elite”. Este ponto de vista leva a um cenário de usurpação do direito natural, onde os filósofos defendiam que a noção/crença em relação à religião devia de ser adquirida pelos cidadãos, pois eles tinham o direito de interpretar a fé numa atitude mais individualista e pura, (se assim o desejarem). Em 1989, um dos filósofos iluministas John Locke, escreveu uma carta a favor sobre a tolerância e a caridade cristã , colocando assim em causa a sua liberdade ao ser vítima de perseguições, de membros ligados diretamente com a igreja que não concordavam com a sua objeção. (Acabou por ser um dos percursores da separação da igreja com o estado.) Com base em John Locke os filósofos iluministas, defendiam que a prevenção da propriedade e o cuidado do bem-estar da sociedade, era de extrema responsabilidade do estado, e foram isso este não tinham o direito de interferir nem fixar uma barreira. Estes promoveram ainda a tolerância religiosa, ou seja, aceitavam outras culturas religiosas (sem que estas provocassem danos civis; de segurança; paz e propriedade).

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Voltaire- Foi um dos filósofos que conseguiu progredir um espirito mais aberto e novas interpretações religiosas, declarando o deísmo, sendo uma filosofia que defendia a existência de Deus, pois acreditava num ser poderoso, criador de todo o universo. (O deísmo aceitou Deus de uma forma racional e individual, dando valor à vivencia pessoal; Voltaire baseava-se na ideia de religião institucionalizada, que partia do Homem e não de Deus.)

8. A difusão do pensamento das luzes Foi através de: Panfletos; folhas avulso; publicações de jornais e livros, que se divulgou o crescimento do pensamento científico e racionalista durante o século XVIII, contribuindo também para a introdução de novos valores. Os panfletos serviam de forma de iludir a censura, eram comprados em ruas divulgando: Obras literárias; ideias iluministas; trechos de ópera e canções populares… A enciclopédia, foi um dos meios com mais relevância para espalhar as ideias iluministas, foi escrita por Diderot e D`Alembert que continha ideologias de escritores; filósofos; historiadores; e cientistas, (contundo este livro foi alvo de muitas proibições). As elites intelectuais demostravam interesses pelas artes e letras, criando: associações e clubes culturais, reunindo-se em sessões coletivas de leitura, de modo a trocarem ideologias. Estas sessões eram muitas vezes realizadas em cafés e salões debatendo acontecimentos políticos; sociais; económicos; e culturais. A maçonaria- Era uma sociedade secreta que participava na vida politica no qual defendia o deísmo; o livre pensamento; o progresso técnico e científico. Era responsável pela divulgação do iluminismo através das lojas maçónicas, e outros meios. PÁGINA 9

Todo este progresso de iluminismo foi combatido pela igreja católica, que tentava condenar os seus defensores. Porém, surgiram defensores/admiradores destas ideias, com bastante “peso” a nível social nomeadamente membros da corte, como: Frederico II-da Prússia; e Catarina II-da Rússia. Trocaram ideias com os filósofos iluministas, apoiaram e divulgaram as ideias.

Bibliografia: Costa, Alice; Gago, Marília; Marinho, Paula. (2019) Horizonte Da História: volume1, LeyaTexto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo https://pt.slideshare.net/Ruineto13/o-iluminismo-presentation https://www.infoescola.com/historia/iluminismo/ https://www.sohistoria.com.br/resumos/iluminismo.php https://www.todamateria.com.br/iluminismo/

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